A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 71
2x29 Rejeição...?


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo da 2ª temporada, meus amores!
Logo chega ao fim. Estou preparando um final emocionante e surpreendente.
Espero que gostem
Bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/432577/chapter/71

– Eles vão ficar tão felizes! – Nessie bradou feliz de mais, mas por cima das tagarelices no aeroporto, não fora muito alto.

– Eu espero. – suspirei, tentando ao máximo me livrar do nervosismo.

– Lá vem você com o seu pessimismo. – Nessie me reprovou.

– É só uma realidade da que eu possa encarar logo.

– É nada. – discordou, aparentemente ficando brava comigo. – Eles vão ficar tão felizes como eu fiquei quando soube da verdade.

Eu balancei a cabeça, concordando fisicamente. Mas a verdade é que eu não estava certa sobre isso. Eu gostaria de conseguir prever a reação deles, pois eu estava com medo.

Entramos no avião, e fomos para os nossos respectivos lugares.

– Precisa de um calmante? – Jacob perguntou, sarcástico.

– Preciso. – suspirei, sendo sincera.

– Acho que tenho um aqui... – ele falou, olhando na bolsa da Nessie. O olhei, não acreditando que Jacob realmente estava com isso em mente.

– Sério? – perguntei, sem humor.

– Mas você não disse...?

Ele parou quando minha irmã deu-lhe uma cotovelada.

Respirei fundo arrumando Harry na cadeira ao meu lado especialmente para crianças. Acho que eu precisava de um descanso antes de descer do avião. Deitei-me no ombro do Seth, e ele passou o braço ao meu redor carinhosamente, e eu me senti tão confortada que o sono veio rápido.

Eu estava na clareira dos meus pais, minha família não aceitava o fato de eu ser a Carlie. Todos me rejeitavam.

– Você é uma farsa! – eles acusaram, se recusando a me deixar me aproximar deles.

Eu chorava, com o coração partido. Totalmente dilacerada por dentro. Os meus passos foram interrompidos quando choquei com uma barreira eletrizante, e fui arremessada para trás. Eu reconheci de imediato o escudo da minha mãe.

– Por favor. – implorei, entre lágrimas. – Acreditem em mim! Eu sou a Carlie!

– Mentira! – eles bradaram.

E então Seth apareceu do outro lado do escudo.

– Seth. – arfei, feliz por ele estar ali. – Seth, me ajuda, por favor...!

– Vá embora! – ele disse, furioso. – Você não é a Carlie. Vá!

– Seth, sou eu! – chorei, mas ele nem ligava para o que eu dizia.

– Vá embora!

– Não! Não! – comecei a ficar desesperada quando ele foi desaparecendo aos poucos, como o resto da minha família. – Por favor, não me deixe!

– Carl, acorde. – ouvi vozes de longe, na verdade era só uma, me chamando. – Está tendo um pesadelo.

– Seth, não me deixe. – repeti, tentando me livrar desta ilusão que me deixaria louca se continuasse nela.

– Eu nunca vou te deixar. – prometeu a voz. – Acorde, Carl.

Abri os olhos, assustada. Meu coração estava frenético, as batidas tão descompassadas e tão fortes que chegavam a doer.

– Carl, teve um pesadelo. – Seth falou delicadamente, limpando as gotas de suor em minha testa.

Assenti, mesmo não sendo uma pergunta. As pequenas quantidades de lágrimas no canto de meus olhos se espalharam quando apertei minhas pálpebras uma na outra.

Bocejei e fiquei ereta na cadeira. Nessie ainda dormia no colo de Jacob.

Toquei seu braço, em vez do seu rosto, para ninguém me achar uma louca e lhe mostrei. Eu não precisava tocá-lo para lhe mostrar nada, mas era um costume desde pequena.

– Ficou tão preocupada que meio que viveu a sua própria preocupação? – ele perguntou, me ninando em seus braços. – Sabe que nunca faríamos isso com você, né?

Assenti, fungando. Eu conhecia minha família melhor do que isso. Sabia que eles não fariam tal coisa.

– Estou correndo sério risco de levar um soco na cara, mas – Jacob começou – a gente te avisou que não era para se preocupar.

– Calado. – falamos ao mesmo tempo.

– Nossa. – ele resmungou. – não levam nada na brincadeira. – e continuou a acariciar o cabelo da Ness.

– Logo o avião vai pousar. – Seth falou, e isso me tranquilizou. Pelo menos, passei a maioria do tempo dormindo, em vez de acordada e ansiosa. Se bem que o sonho não foi lá essas maravilhas, mas serviu para o tempo passar mais rápido.

Vinte minutos depois, o avião anunciou pouso. Acho que nunca fiquei tão apavorada desse jeito por causa da minha família. Esse era um novo sentimento que eu vivia por causa deles.

Eu estava assim, nervosa. Mas também animada. Feliz por contar a verdade e voltar a viver com as pessoas que amo.

Olhei para Seth. Ele me dirigiu um sorriso de confiança, e funcionou.

– Está a uma hora da sua felicidade, Carl. Devia estar feliz. – Ness aconselhou enquanto saiamos do avião, com nossos filhos no colo.

– Não é que eu não esteja feliz. – me expliquei. – Estou apenas nervosa. Isso não vai ser qualquer coisa, né?

– Sem dúvidas. – concordou.

Seth e Jacob cuidaram das malas, mas nós duas tivemos que fazer uma paradinha no banheiro para trocar as fraldas dos bebês.

– Falta pouco. – Jacob deixou escapar, me deixando mais nervosa. Desde que Nessie acordou, proibiu-o e o Seth de falarem algo mais sobre isso para que não me deixasse mais fora de controle.

– Jacob Black, o que eu disse sobre isso? – ela o repreendeu.

– Desculpe. – ele falou assim que se deu conta das suas palavras anteriores.

– Está tudo bem. – falei, sem me importar muito. Já estava me acostumando com a ideia de não precisar mais me esconder. O nervosismo que vinha quando eu pensava na minha família não era mais tão chato. Agora era mais de felicidade, e não pessimismo.

Respirei fundo, tentando ficar mais tranquila. A gente tinha pegado um táxi.

– Mamãe me contou que está tudo pronto para amanhã. – Nessie me falou. Faltava uns quinze minutos para chegar a nossa... Hmmm... Antiga casa, em Boston. Bem, tecnicamente, é, pois a gente já tem a nossa própria casa.

– O que tem de especial para amanhã? – perguntei, confusa. Não era o aniversário de ninguém.

O motorista me lançou um olhar esquisito pelo retrovisor. E quando viu que eu estava o olhando, desviou o olhar rapidamente. Mal ele sabia o que eu estava vivendo nesses últimos meses. No meu aniversário, recebi apenas dois parabéns. E um deles não foi pessoalmente. Mamãe não pode vir porque levantaria suspeita, já que era o aniversário da Nessie. Mas mamãe me disse que toda a minha família e amigos foram até o meu “túmulo” de noite e deixaram flores lá. Falou que parecia um segundo funeral. Nessie e Mayra choraram tanto. Até a Nick e a Heather. Seth não apareceu para me desejar... bem, desejar para o meu tumulo feliz aniversário. Isso me chateou um pouco, mas eu o entendia.

– Amanhã é a véspera de Natal, bobinha. – ela falou sorrindo.

– Ah, havia me esquecido. – admiti.

– Sério? – perguntou, achando que era uma brincadeira.

– Quando eu falei que amanhã é Natal, ela olhou no calendário, achando que eu tinha mentido. – Seth contou a ela.

– Caramba...! – Jacob exclamou impressionado, do banco da frente. – Você estava mesmo... – ele parou, procurando por uma palavra certa. – Desligada da vida.

Dei de ombros, não me importando com isso. Concentrei-me em meu filho dormindo tranquilamente em meus braços. Meu anjinho. Me perguntei se Seth ficou muito tempo sem cuidar dele. Nessie me disse que ele ficou um bom tempo sem aparecer, e que Jake se transformava todos os dias para ver se ele não tinha se matado. Mas ele estava bem, na medida do possível. E quando voltou, se embebedou. Minha irmã me mostrou a imagem dele jogado no sofá, com uma garrafa de bebida alcóolica nas mãos. Foi horrível ver que ele não estava nem aí para a vida apenas por minha causa. Quando eu briguei com ele por causa disso, ele me perguntou “E não é o bastante? O amor da minha vida morreu, e eu não via mais razão para permanecer nesse mundo”. E ainda disse “Eu me sentia como mais um inútil entre sete bilhões”. Eu o abracei, chorando, e me desculpei por ter lhe causado aquela dor. E que se eu soubesse que isso aconteceria, nunca teria lhe escondido nada. Bem, ele nunca se conformou de eu não ter contado, então me abraçou e disse “Isso é passado. O importante é que você está viva e comigo”.

“Flash Back On”

–Carlie? – Seth chamou minha atenção. A gente estava assistindo TV.

–Sim?

–Me desculpe.

–Por...?

–Por quebrar a minha promessa. – ele esclareceu. Tá bom, eu estava perdidona. Não fazia ideia do que ele estava se desculpando.

–Que promessa? – perguntei, me virando para ele.

–Se lembra quando reatamos, em Nova York?

–Claro. – respondi, um sorriso brotando em meu rosto. – Como poderia não me lembrar?

Ele sorriu, mas não chegava aos seus lindos olhos.

–Então, – ele continuou – eu te prometi que nada, nunca mais iria nos separar. – sim, disso eu me lembro também. E agora sabia exatamente do que ele estava se desculpando. – E quebrei essa promessa. – falou.

–Seth, quem diria que aquilo aconteceria comigo? – perguntei, não querendo que ele carregasse essa culpa totalmente desnecessária. – Não acredito que esteve se culpando sobre isso! – quase gritei, furiosa com ele, me levantando bruscamente.

–Carlie, esqueça isso. – ele falou, mas já sabendo que não seria nada fácil eu esquecer.

–Seth, isso é tão masoquista! – julguei.

–Carl, vem cá. – ele puxou minha mão em sua direção, e meu corpo caiu em seu colo. E então ele estava entre minhas pernas. – Isso é porque eu te amo, OK? Não fique assim comigo.

–Mas você sabe como eu fico quando você faz essas coisas. – falei com biquinho manhoso.

–Eu sei. – ele sussurrou e me deu um selinho, o desmanchando. – Mas eu só quis me desculpar... – sua frase parou de forma brusca quando o olhei seriamente. – Tudo bem. Não vou falar mais sobre isso.

–E nem se culpar mais. – avisei.

Ele assentiu. Seu olhar estava arrebatador. Ele segurou minha nuca e me puxou para um beijo apaixonante. Me deitou no sofá e ali começou o de sempre.

“Flash Back Off”

– Carlie. – Nessie me tirou do transe. – Chegamos. – ela falou saindo de dentro do táxi.

Ainda de dentro, olhei para a minha casa. Bem, a casa dos meus pais. Os dois estavam do lado de fora, surpresos e felizes com a vinda da Nessie. Meu pai. Ahh, meu querido paizinho. Que saudades dele. Com o seu sorriso torto e perfeito no rosto por ver a filha e os netos.

Limpei a lágrima, saindo do carro.

– Hã, Edward. – Seth começou e colocou o braço ao redor de minha cintura quando cheguei ao seu lado e meu não parava de me olhar com um ar interrogativo. – Essa é a Angel, minha namorada.

Fiquei meio decepcionada por ainda ser retratada como sua namorada.

– Ela é uma híbrida também. A gente se encontrou na floresta.

Meu pai assentiu.

– Prazer. – ele estendeu a mão.

– Prazer. – repeti, a apertando.

– Bom, - mamãe falou, batendo palma uma vez. – vamos entrar?

A gente entrou e o espanto tomou conta de mim. A decoração estava incrível!

– Gostou? – ele me perguntou, vendo minha cara de chocada.

– Simplesmente... adorei! – exclamei.

Depois de alguns segundos, fiquei incomodada ao percebeu que ele me olhava. Parecia concentrado em mim, como se tentasse ler minha mente... ah, claro! O meu dom não o deixa ler minha mente desde quando fiz cinco anos, e aparentes quinze.

– Tem quatro quartos vazios nessa casa. – minha mãe falou, vendo que eu fiquei sem jeito diante do olhar do meu próprio pai. – Fiquem a vontade para decidirem onde vão dormir.

– Obrigada. – mamãe. Completei em seu pensamento, e vi um sorriso em seu rosto antes de ela se virar para ir para a cozinha.

– Vou falar para os outros que vocês chegaram. – meu pai falou e se dirigiu a porta.

– Pai, temos telefone e celular. – Ness o lembrou.

Também estranhei ele querer os avisar pessoalmente.

– Não tem problema. – ele falou, aparentando estar apressado para sair de casa. – Eu quero fazer uma visita também. Até logo.

– Tchau. – respondemos ao mesmo tempo, mas ele já tinha ido.

– O que houve com ele, mamãe? – perguntei baixinho, curiosa.

– Ele está estranhando o fato de que não consegue ler a sua mente. – ela esclareceu.

– Ahhhhh. – falei, finalmente compreendendo.

– E também estranho o fato de você chama-la de “mamãe”.

Congelei quando ouvi a voz do meu pai dentro da casa de novo. Caramba, desde quando ele fica as espreitas ouvindo a conversa dos outros? Será que não ler minha mente despertou um interesse que o levou a ouvir a conversa escondido?

– É que eu perdi a minha mãe no parto. – menti, ainda nervosa. – E quando falei uma vez com a Bella no celular, eu contei a ela a minha história e ela me disse que eu poderia chamá-la de mãe, se eu quisesse.

Bem, ele poderia estar sabendo naquele momento que eu sou a Carlie. Mas eu queria que fosse surpresa, então ninguém ficaria sabendo até a noite ou amanhã.

– Edward, mas que história é essa de ficar ouvindo a conversa dos outros? – mamãe o repreendeu.

– Mas... – ele tentou se desculpar, mas minha mãe não deixou.

– Vá de uma vez fazer o que você ia fazer. – ela ordenou.

– Tudo bem. – ele resmungou de cara fechada e saiu.

– E se ouvir mais uma vez atrás da porta, vou te dar um castigo que você nunca mais vai esquecer.

– Ahh. – ele choramingou, e fiquei incrédula quando ele ainda estaria ouvindo se minha mãe não dissesse nada naquele momento.

E então finalmente ele desapareceu.

Os quatro me olharam tipo “Por que não contou a ele?.

– Quero que permaneça a surpresa. – expliquei. – Mãe, eu ia te pedir isso. Que trouxesse o pessoal de La Push para eu poder contar.

* * *

Mais tarde chegaram Claire, Quil, Paul, Rachel, Jared, Kim, Collin, Brady e mais alguns amigos. Eles iriam dormir aqui hoje. Havia quarto para todos. Vovô Swan preferiu esperar pela manhã para vir com a Sue. Fiquei meio com medo de acontecer algum imprevisto no voo por conta da neve.

– Não se preocupe. – Seth sussurrou, de modo que ninguém ouvisse. – Vai dar tudo certo. Charlie e minha mãe chegarão aqui as onze da manhã. Vai dar tudo certo.

Assenti e aceitei quando ele ofereceu um abraço.

Jared e Paul não estavam tão contentes de estarem aqui. Na verdade, eles só vieram porque Seth disse que era uma surpresa. Na hora que ligou, disseram que tinham outros planos, apenas para não virem. Fiquei chateada com isso, mas eu ainda queria todos reunidos aqui, em Boston, no Natal.

– Aqui é... Bem... Enorme. – Disse Jared, boquiaberto.

– Eu falei que ia gostar. – Kim disse, sorrindo. Eu já mostrei fotos da minha casa para ela quando fomos para La Push.

– Vou mostrar os quartos para vocês. – Nessie se ofereceu. – Fazer o papel da vovó Esme. – ela riu consigo mesma. – Você vem, C-Angel?

– Claro. – respondi e fui com ela para o segundo andar com os outros.

– Nesse andar tem dois quartos disponíveis. – Nessie apontou para o corredor, onde tinha os quartos dos meninos. – Mostra para eles, Ang?

Sorri, pelo fato de ela também usar meu apelido do nome falso. Assenti e caminhei, com eles me seguindo.

– Este é o quarto do Seth e aquele é o do Jake. Fiquem a vontade. – falei. Eles me olharam como se estranhassem o modo que era hospitaleira. – Bem, eu vou lá com as meninas.

– Tá. – foi só o que eles falaram.

Dei um sorriso fraco, envergonhada pelos seus olhares, e fui para o quarto onde estavam as meninas.

–... e Tia Alice vai nos levar ainda hoje no centro da cidade para comprarmos roupas de Natal. Bem, se ela quiser comprar para vocês, não poderão dizer nada contra, pois com ela é assim.

Enquanto eu entrava no quarto da Nessie, ela ia falando para Kim, Rachel e Claire.

– Preciso tomar um banho. – Claire e Kim falaram ao mesmo tempo. Nós rimos.

– Tem três banheiros neste andar. Um meu, o da Carlie e um do corredor. Fiquem a vontade.

– Obrigada. – elas falaram.

– Eu vou ficar com o Paul. – Rachel disse. Ela sabia que ele não estava muito a vontade aqui.

Quando estávamos sozinhas no quarto – Claire estava trancada no banheiro da Nessie, e cantarolando consigo mesma – eu me sentei na cama da minha irmã.

Ela fechou a porta e veio até mim.

– Como você está se sentindo? – ela perguntou, afagando meu cabelo num gesto de carinho.

– Normal. – respondi, e ela riu.

– Está preparada? – perguntou.

– Estou. – falei, convicta. Esse seria o melhor dia da minha vida desde tudo que ocorreu.

– Estou tão feliz por você. – ela me abraçou.

– Obrigada. – eu tentei fazer minha voz sair mais alta, porém não passou de um sussurro.

– Por que não conta a todos agora ao invés de esperar a manhã de Natal? – ela falou, brincando com uma mexa do meu cabelo.

– Bem, eu até poderia fazer isso, mas o resto do pessoal não está aqui.

– É, tem razão. – suspirou.

– Mas estou aliviada de já estar aqui. – disse, deixando uma lágrima cair.

Ela não disse nada, apenas me abraçou forte.

– Hey, Nessie. – a voz de Derek atravessou a porta enquanto ele batia na mesma. Derek! Que saudades dele! – Fiquei sabendo que temos uma novata. E namorada do cachorro.

– Entre. – ela riu.

A porta se abriu, revelando meu melhor amigo.

– Oi, gata. Meu nome é Derek. – ele estende a mão para me cumprimentar. – Prazer em te conhecer. – ele falou e eu a apertei. Em vez de apertá-la de volta, ele segurou-a e depositou um beijo ali.

– Que cavalheiro. – falei, achando graça nisso. Ah, que saudade do seu jeito engraçado de ser. – O prazer é todo meu.

– E tem bom humor. – ele disse.

Dei de ombros.

– Você é... como a Nessie? – ele perguntou, inseguro.

– Híbrida? Sou sim.

– Nessie, cheguei. – tia Alice gritou lá de baixo.

Eu fechei os olhos, querendo evitar o choro. Mas já era tarde demais. A saudade vazou pelos meus olhos.

Eu sabia que isso seria muito estranho para Derek.

– Por que está chorando? – ele perguntou, franzindo a testa.

Respirei fundo, sentindo outra lágrima cair, por mais que eu estivesse me contendo.

– Derek. – Nessie sussurrou, apressadamente.

Sou eu. Coloquei em sua mente. Carlie, se lembra?

– Como poderia não me lembrar-caramba, é você! – ele exclamou se atrapalhando no meio da frase, chocado. – Mas como, você está m...

– Calado! – sibilei, colocando minhas mãos em sua boca para que ele não dissesse mais nada.

Ele segurou meus pulsos e tirou minhas mãos de perto dele.

– É você mesmo?

Foi a ultima coisa que ele pode perguntar, pois tia Alice adentrou no quarto.

– A Rachel é muito legal. – ela foi falando. Até que viu a cena: Derek segurando meus pulsos. Bem, pela sua cara, ela achou extremamente estranho, o fazendo me soltar imediatamente. – Ah, oi Angel. Prazer, Alice.

– O prazer é meu.

– Prontas para as compras? – ela perguntou, animada.

– Prontas. – Nessie e eu repetimos, juntas. Ela riu.

É, nem o tempo muda velhos hábitos.

A gente foi. Minha família estava entrando quando descemos as escadas.

Eu... a Angel foi cumprimentada por todos. Vovô Carlisle, vovó Esme, tia Rose, tio Em e tio Jazz. Eu fiz um tremendo de um esforço para não chorar. Foi tão difícil.

E o modo como eles me olhavam – principalmente tio Jasper e meu pai, pelas minhas emoções a flor da pele – me deixou desconfortável.

Apesar da saudade de todos eles, e de nunca mais querer desgrudar de nenhum deles, fiquei aliviada quando tia Alice me apressou para irmos. Todas nós ocupamos três carros. Nessie, mamãe e eu fomos na minha Mercedes. Rachel, Kim, Claire e Leah foram na Pick up super espaçosa da Nessie. E por último, vovó e tia Rose foram em sua BMW.

As meninas não tiveram escolha quando minha tia disse sobre ela comprar para elas. Mas foi legal, como nos velhos tempos. Senti tanta falta de seu jeito compulsivo e de querer todos felizes.

Chegamos em casa e ia dar dez da noite. Todas estavam cansadas. Inclusive eu, que quase nem dormi a noite.

PDV Renesmee.

– Oi. Desculpe interromper. – falei entrando no quarto do Jake, onde ele conversava com Seth, Paul, Jared, Collin, Brady e Quil. – Preciso dos meus sneakers e estão aqui, em algum lugar.

– Não, estão no seu quarto. – Jacob discordou.

– Não, da última vez que os usei, eu estava no seu quarto. – insisti.

– Não, vem cá. – ele me puxou para o meu quarto e abriu meu guarda-roupa. – Está... aqui.

– Oh. – falei ao vê-los nas mãos do meu marido.

Ele sorriu dando de ombros e me entregou.

– Vamos matar a saudade? – ele sugeriu, com um olhar malicioso, me puxando pela cintura.

– Matamos a saudade antes de virmos.

– Vamos de novo. – ele pediu. – Aproveitar que Edward está na casa de Jasper com Emmett e Carlisle.

– Lamento, mas só vim pegar meus sapatos para emprestar a Claire. Eu ia esquecer se deixasse para amanhã.

Estiquei-me e dei-lhe um beijo nos lábios.

– Vai ficar na vontade. – sussurrei em seu ouvido.

– Isso é maldade. – ele acusou enquanto eu caminhava para fora do quarto.

Soprei-lhe um beijo, o provocando, e fui para o quarto da minha irmã.

PDV Carlie.

Nessie, Rachel e eu fomos tomar um banho. Eu não parava de pensar sobre meu futuro destino que seria me juntar a minha família outra vez. E desta eu esperava não precisar me separar de novo.

Acordei às uma e meia da madrugada, com fome. Será que tinha algum pacote de Doritos no armário? Ou cereal Choco Ball? Ou alguma pizza de forno? Qualquer coisa gostosa e aceitável por uma meio mortal.

– Me desculpe, Nessie. Mas vou comer o seu último salgadinho. – falei comigo mesma, como se ela fosse ouvir.

Ouvi passos quase silenciosos descendo as escadas. Mas apenas seu cheiro delicioso me deixou sabendo quem era.

– O que a madame faz acordada a essas horas? – ele perguntou, vindo até mim.

– Bem que eu queria estar dormindo. – comecei, e ele colocou seu corpo perto de mim. – Mas a fome me odeia demais para isso.

Ele riu e começou a beijar meu pescoço.

– E você, descamisado? – eu disse, tentando me concentrar com os arrepios e outras sensações que eu ganhava de seus beijos calorosos.

– Preocupado com você. – murmurou contra a minha pele, e eu já podia sentir a umidade em minha nuca e minha testa. – E a fome me lembrou que eu queria comer. Aliás, eu estava dormindo – ele falou, se referindo ao fato de estar sem camisa -, e você sabe que não sentimos frio.

– Mas desse jeito, eu posso te agarrar no meio da cozinha, o que não é lá educado já que estamos embaixo do teto dos meus pais.

– Não seria nada ruim. – sussurrou em meu ouvido.

Eu ri, quase sem folego. E então seus lábios encontraram os meus.

Com o que está preocupado? Perguntei. Desde que ele me testou quando fomos fazer uma visita para a sua mãe, venho treinando. Agora está mais fácil colocar palavras em sua mente, mas ainda me distraio.

– Em como está se sentindo com a sua volta. – ele sussurrou quase inaudível, nem eu ouvi direito. Consegui digerir apenas porque sua boca estava em minha orelha.

– Isso logo vai passar. – lhe garanti. Eu realmente comecei a soar quando ele começou novamente a beijar meu pescoço, segurando meu cabelo com uma mão, e a outra me puxava para mais perto pela cintura.

– Vamos para casa?

– Já estamos em casa. – falei ofegante.

– Estou falando da nossa casa. – ele afastou seu rosto para que pudesse olhar para mim. – a alguns bons metros daqui.

Notei a malícia em sua voz.

A gente foi. A rua estava totalmente deserta.

– É bom estar de volta. – falei fechando os olhos, sentindo o vento congelante da noite em meu rosto.

– É bom ter você de volta. – ele disse, com um sorriso no rosto.

Sorri, dando um aperto em sua mão entrelaçada na minha. Nossos passos eram lentos, pois não estávamos com pressa de chegar.

– Harry vai ficar bem? – perguntei, começando a me preocupar em deixar os bebês a sós no quarto.

– Vai sim. – ele respondeu, sem se preocupar. – Edward e Bella vão ouvir se eles chorarem.

Assenti.

– Como era? Quero dizer, todos os dias, vinte e quatro horas, ficar dentro do chalé se ter para onde sair?

– Literalmente entediante. – respondi de imediato, me lembrando das horas assistindo Friends, Go On, The Big Bang Theory, 2 Broke Girls, Two And a Hal Men, Unce Upon A Time, The Mentalist, Os CSI’s. As vezes jogava Xbox com o sensor de movimentos. Ou outras vezes entrava no site de entreterimentos ou no Facebook. Até no Club Penguim. Ou o Habbo.

– Se eu tivesse pensado melhor, eu teria descoberto antes que estava viva. – ele falou como se tivesse raiva de si mesmo por isso. – Quando eu estava por perto, eu decidi entrar. Eu estava quase na porta, pois senti o cheiro do Jake e pensei o que ele estava fazendo ali.

– Eu me lembro disso. – falei assim que a imagem dele se aproximando da porta do chalé encheu minha mente.

– Você me viu? – perguntou, surpreso.

– Vi. – falei.

Ele respirou fundo antes de continuar.

– Então eu pensei: ele deve ter vindo aqui com a Nessie para matar a saudades da antiga casa de Bella e Edward. Isso quase me fez desistir, e então pensei que eles não deixariam Harry e Sarah sozinhos em La Push.

– Eles podiam ter levado os bebês. – apontei um fato óbvio.

– Não pensei sobre isso. – ele confessou. – Se não fosse pelo Jake estar perto, eu teria sabido mais cedo de você.

– Agora isso não importa mais. – falei e coloquei o braço em sua cintura. Ele passou um braço ao meu redor.

– Tem razão. – falou, e chegamos em frente a porta da nossa “mansão”. Era uma casa, mas ainda enorme.

Ele abriu a porta para que eu entrasse primeiro.

– Que saudades deste lugar! – falei, tirando meu robe que escondia meu pijama; uma blusa e um short que mais parecia uma calcinha. E então minha barriga roncou. – Droga, preciso comer algo.

Andei rápido para a cozinha, torcendo ter algo para comer.

– Tem comida aqui? – perguntei, surpresa quando vi a cozinha estocada. – Quem estava aqui?

– Mayra e Embry. – ele falou. – Não tinham privacidade em casa, então passavam o tempo aqui.

Parei de comer a bolacha de chocolate com recheio de chocolate, congelando com o que ele disse.

– Mayra e Embry estavam passando o tempo na nossa casa? – perguntei, incrédula ou chocada. Talvez os dois.

Ele assentiu, franzindo os lábios.

– Eles estavam transando na nossa cama?!

Ele deu de ombros, também nada feliz com isso.

– Caramba, por que ninguém comprou uma casa para os dois em vez de darem a minha?

– Ei, relaxa. – ele pediu, vindo até mim e me agarrando pela cintura para untar nossos corpos. – Quando soube que a gente vinha, que eu viria com uma namorada, ela tratou de trocar o edredom da cama. Está prontinha para nós.

Mordi o lábio, melhor com a ideia. Nunca pensei que me sentiria desconfortável de fazer amor na minha própria casa. Mas com a notícia de ter a cama mais limpa, eu relaxei.

– Mas só se fizer um lanche bem gostoso para eu comer depois. – falei contra seus lábios.

– Fechado.

* * *

Eram nove e meia, e eu me esforcei para me levantar, pois literalmente não dormi nada na minha casa, mas o pessoal chegaria ainda hoje. E quando chegamos à casa dos meus pais depois de sairmos escondidos, eram quase seis da manhã. Ainda bem que ninguém viu a gente. Seria um constrangimento e tanto.

Eu ainda estava com a franja e as sobrancelhas postiças, então não havia perigo de ir a cozinha, pois dormir e... hmm... fazer outras coisas, fez minha barriga esvaziar. O que será que tem para comer? Hmmm, vamos ver...

– Bom dia, querida. – mamãe falou, entrando na cozinha. – Deixa que eu preparo algo para comer.

– Obrigada. – falei e uma foto na bancada me chamou a atenção. Era do vovô Swan e da Sue. Logo eles estariam aqui. Testemunhando, como Seth disse, a volta de Carlie Masen Cullen. E a vovó. Ahh, que saudade dela também. Ela nem imaginava que eu passei por tudo isso. Deve estar feliz com a sua vida em Jacksonville.

– Está confirmado que todos virão? – perguntei, ainda com medo de dar algo errado.

– Sim. – ela respondeu. – Charlie, Sam, Emily, os filhos dela, Billy... todo o resto que você conhece.

Suspirei, aliviada. Eu sabia o quão difícil era para Sam e Billy ficarem entre os vampiros, mas era por uma boa causa. Uma vez mamãe me disse que quando os ossos do lado direito do Jake foram esmagados, vovô Carlisle foi até a casa deles, na reserva, e o ajudou. Isso meio que criou uma aliança de amizade entre Billy e Carlisle.

Horas depois, os convidados chegaram. Pedi para que eles se reunissem, e ficaram aglomerados na sala de estar.

– Bem, todos nós sabemos que a vida dá voltas. – comecei. – Ela nos deixa cabisbaixo, outras vezes alegre. Outras tristes. Ou felizes. E para uma mulher se sentir completa e feliz ela precisa de uma família. Um laço com quem ela ama. – nesse momento, não consegui esconder mais as lágrimas. – com todos que ela ama. Seja um melhor amigo. – lancei um olhar para o Derek, que sorriu, emocionado. – Ela precisa de um pai. – olhei para o meu pai, e ele franziu a testa, extremamente confuso, mas sorriu. – Enfim. Essas coisas são muito importante para que sejamos felizes. Essa pessoa que está aqui, falando com vocês, ela não se sente completa. – notei um olhar sério do Seth, e tratei de completar: - Ainda. – e ele sorriu. – Bom – nervosa, coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha – o que eu tenho para dizer para vocês... que morreu mais uma vez uma pessoa conhecida por nós. – todos arfaram, espantados, e percebi que não estava fazendo isso muito bem. – Ou melhor – tentei me corrigir. – Mais uma pessoa que conhecemos está prestes a morrer.

Eles ainda estavam explicitamente confusos com as minhas palavras sem sentido. Droga! Eu precisava arrumar isso. Não me saio muito bem com discursos.

– Mas... ao contrário dessa morte que houve há alguns meses... essa é para o bem.

Agorra alguns me olhavam como se eu fosse uma louca, e outros bem confusos.

– Pois na verdade, essa morte... essa morte significa um renascimento. Um renascimento de uma mulher que pode ser feliz e completa outra vez. Com a sua família. – olhei para a minha família, que estava do meu lado direito. Eles ainda estavam com aquele olhar confuso e interrogativo. – E com seus amigos. – terminei, olhando para os Quileutes, que estavam do lado oposto da minha família.

Eles começaram a soltar múrmuros, confusos e tipo “O que ela quer dizer?”.

– Eu preciso de um minuto. – falei e corri para o banheiro. Tirei a sobrancelha falsa e o pedaço de cabelo, e o óculos.

Peguei um pedaço de algodão e coloquei um pouco do removedor de maquiagem, e passei em todo o rosto, tirando cada vestígio da maquiagem. Eu senti falta de ser eu mesma.

Apoiei minhas mãos na pia de mármore, tentando me livrar do nervosismo.

– Se acalma. – sussurrei comigo mesma, com os olhos fechados. – Vai dar tudo certo.

Mas nada do que eu dizia me acalmava. Eu sabia que isso era momentâneo, mas ainda incomodava um pouco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.