A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 70
2x28 Mais do que tudo certo




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Quando Harry finalmente cessou seu choro, Seth apareceu no quarto com ele nos braços. Ele estava brincando e sorrindo com uma parte da blusa branca de Seth.

– Seth, me desculpa. – pedi, honestamente. Ele se sentou ao meu lado, me avaliando. – Eu sei que você só está preocupado com a minha segurança, mas é que...

– Você está certa, Carl. – ele me cortou. Minha expressão mudou, ficou meio confusa e incrédula com a sua declaração. – Tifanny não apareceu desde que pensou que você estava mo... – ele aparentou ter dificuldade de dizer a palavra. – Que você estava morta. – soltou de uma vez.

Franzi os lábios, sabendo que era exatamente isso.

– Vamos conversar com a Bella sobre isso, então.

O olhei, de um jeito estranho. Como ele sabia disso?

– Quando você falou com o Jake no celular, ele falou algo sobre contar a Bella e ela ficar uma fera com os dois, ou algo assim. Então, com certeza ela sabe, né?

Assenti eventualmente, confirmando.

– Vai ficar calada para sempre? – perguntou, quando eu não pronunciei nenhuma palavra, nenhuma letra, nem um A.

Dei de ombros, fria. Mas havia um sorriso em meu rosto, que eu lutava para tirar.

Eu sabia que ele tinha segundas intenções assim que levantou para colocar Harry num canto seguro da cama, que não pudesse cair. Eu não olhei, mas sabia disso.

Segundos depois, senti uma leve e lenta movimentação atrás de mim na cama. O sorriso relutante da minha boca, agora estava maior. Sem querer se esconder.

Meu corpo inteiro se arrepiou no momento que a ponta dos seus dedos roçaram em minha nuca, afastando metade do meu cabelo para beijar meu pescoço. Ele adentrou minha blusa, massageando minha barriga com sua mão quente.

– Seth? – o chamei, tentando me concentrar em alguma palavra.

– Sim? – sussurrou contra a minha pele, seu hálito bateu delicado no meu tronco.

– Você estava falando sério quando falou que eu poderia contar a verdade a minha família?

Ele suspirou pesadamente, frustrado com algo.

– Honestamente, Carlie.

Problemas.

Desde quando Nick me deu esse apelido, meu nome agora é apenas para se alguém tiver com raiva de mim. Quando meu pai chama a Nessie de Renesmee, ela está encrencada. Agora é isso comigo. Todos me chamam de Carlie apenas quando estou em encrencas.

– Você pensa que eu brincaria com os seus sentimentos? – perguntou, parecendo bravo.

– Não foi o que quis dizer. – tentei me defender, usando meu ponto de vista. – Foi o que veio a minha mente na hora. – expliquei. – Sei que você nunca brincaria com algo sério como isso.

– Então você já sabe a minha resposta. – ele falou, se recusando a responder minha pergunta inútil e idiota.

Virei-me para ele, meus olhos lacrimejantes.

– Eu te amo. – falei com a voz engasgada, e me joguei em seus braços.

Nosso filho deu uma risada sufocada, com um sorriso alargador em seus lábios, e batendo palma, seus olhinhos verdes brilhando.

Seth virou sua cabeça para vê-lo também.

– Ele gosta de ver a gente junto desse jeito. – observei a criança, toda contente olhando para nós dois. Seu sorriso tão encantador.

– Claro que gosta. – Seth falou, como se fosse algo óbvio.

– Lindo. – sussurrei, hipnotizada pelo meu filho.

– Mamãe.

Paralisei com as palavras que saíram de sua boca. Foi uma graça o modo infantil e errado que ele pronunciou.

– E-ele disse o que eu ouvi que ele disse? – perguntei, tropeçando nas palavras.

– Disse. – Seth disse, no mesmo estado que eu.

– Papai. – ele continuou, olhando para o meu marido ao meu lado, com um sorriso na boca.

– Ele acabou de dizer “Mamãe” e “Papai”? – falei finalmente.

– Foi. – era só o que ele conseguia dizer.

– Tem como esse dia ser mais perfeito? – perguntei retoricamente.

– Daqui a pouco você terá a resposta. – ele falou de um modo malicioso.

Eu acho que eu não teria uma boa noite de sono depois que Harry dormisse. Apenas de sono...

* * *

– Hey, Carl. – Nessie me cumprimentou, empolgada assim que estava com o telefone no ouvido. – Qual é a boa?

– Seth... – me interrompi, fungando e me preparando para dar-lhe a notícia. – Seth concordou em me deixar ver minha família.

– Tá louca? Eles vão te conhecer pelo seu cheiro, o olfato deles é bem mais aguçado...

– Literalmente. – a cortei, explicando melhor. – Eu vou dizer a todos que estou viva. – esclareci. Fiquei nervosa só de pensar nisso.

– Carl, que ótimo! – ela exclamou, pela sua voz muito feliz por mim.

O que ela está dizendo? – ouvi Jacob perguntar, parecendo furioso.

– Jake, pare! – Nessie falou, brava com ele. – Ela tem todo o direito de ser feliz.

OK. Vão em frente. Façam o que quiser. Mas depois vocês vão se responsabilizar pelas consequências.

Eu sabia que ele falava da boca para fora. Só nunca gostava quando alguém contrariava ele.

– Calado. – Nessie ordenou, e pelo jeito que sua voz saiu, presumi que ela estava com os dentes cerrados. – Eu te dou todo o apoio, Carl. – ela voltou a falar comigo. – Vou estar lá quando isso acontecer.

Mais lágrimas. Encostei minhas unhas nos dentes, não acreditando que isso realmente estava acontecendo comigo. Depois de tanto tempo, eu seria feliz novamente. Com toda a minha família.

– Eu estou tão feliz, Nessie. – minha voz saiu num sussurro emocionado. Se eu falasse mais alto que isso, eu choraria.

– Só falta ela quebrar a casa, de tão feliz que está. – Seth se intrometeu.

Ela riu.

– Fica quieto. – ameacei de brincadeira. Ele me lançou meu sorriso torto preferido.

– E quando vai ser o grande dia? – ela falou de novo.

– Talvez amanhã. – respondi, incerta. – Seth está vendo as passagens na internet.

– Peça para ele comprar a minha e do Jake também. – ela pediu. Seth assentiu, deixando claro que ouviu.

– Pode deixar. – falei para ela.

– Ok. Vou dar banho na Sarah. Acredita que ela se sujou toda?

– Como?

– Com o doce que fiz para ela. Eu me distraí por um segundo e ela bateu na minha mão, e o doce caiu em cima dela.

Eu ri suavemente.

– Dê um beijo nela por mim. – pedi.

– OK. Dou sim. – respondeu.

– E mande ao Jake que eu mandei dizer as siglas VSF. E diga a ele entender como ele quiser.

– Hey! – ela me repreendeu, mas ainda se divertia com isso. – Ele ainda é meu marido.

– Não quero saber. Ele é um chato.

– Às vezes é sim, mas o que eu posso fazer?

Julguei ser uma pergunta retórica.

– Estou brincando, Jake. – falei, tendo certeza de que ele ouviria. – E estou muito agradecida por tudo o que você fez por mim.

– Claro, claro. – ele respondeu.

– Tchau, Nessie. – me despedi.

– Até mais.

* * *

Eram oito e meia da manhã. Eu já estava pronta. Apesar do sono por não ter conseguido dormir quase nada, eu estava tão eufórica.

– Carl? – Seth me chamou. Ele chegara ao quarto com o meu nécessaire e minha pequena mala com uma ou outra peça minha, e algumas coisas do Harry, e suas também. Em Boston tinham muitas, então nem precisava levar nada. – Acabou?

– Acabei de acabar. – respondi, fechando a caixinha do irritante óculos. – Odeio ter de usar tudo isso.

– Em poucas horas, não vai mais precisar. Quem diria? Você iria fazer isso logo na véspera de Natal.

– Que? – perguntei, pasma. Já era Natal? Desde quando?

– Você ficou bem perdida no calendário. – ele observou. Imediatamente olhei no meu celular. É mesmo! Hoje é dia vinte e três! – Isso sim vai ser algo bem bom para se comemorar no Natal. A volta de Carlie Masen Cullen.

Minha cabeça virou em sua direção, eu estava emocionada.

– Eu te amo tanto. – falei e fui até ele rapidamente, capturando seus lábios num beijo longo e apaixonado.

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Suas mãos desceram pela minha cintura, e as minhas se prenderam com força em seu cabelo crescido. Foi meio estranho. Ainda era estranho seu cabelo um pouco maior que o normal. Mas eu não me importava nem um pouco. Para mim, ele continuava perfeito. Mas era ainda melhor, pois eu conseguia segurá-lo sem nenhuma dificuldade.

Fiquei frustrada quando ele interrompeu o beijo. E não me deixou me deixou beijá-lo novamente.

– Você quer perder o avião? – ele perguntou, divertido.

– Seu chantageador. – acusei. – Vamos lá! Só mais um...

Eu sabia que ele não resistiria. Imediatamente, ele grudou sua boca na minha.

Mas logo a buzina do táxi nos interrompeu.

– Eu posso matar o taxista?

Ele balançou a cabeça, negando, rindo.

– Então vamos logo antes que eu me arrependa de ter te perguntado e o mate sem aviso prévio.

Seth riu, me seguindo para fora. Passou no quarto do Harry e o pegou no seu andador. Estava difícil de acreditar como ele cresceu em apenas cinco meses e meio. Parecia com uma criança de um ano!

A gente passou pela casa da Nessie para eles virem conosco.

Demorou o que me pareceu um longo tempo para chegarmos apenas ao aeroporto. Juro que nunca fiquei tão impaciente para pegar o avião.

Seth pegou na minha mão livre. Naquele simples toque, senti toda a confiança e segurança que eu precisava naquele momento.

– Pronta? – ele se assegurou.

Respirei fundo antes de dar a resposta que todos queriam e esperavam de mim.

– Pronta. – repeti, certa.

– Logo todos saberão quem você realmente é.

Com essas palavras já me adentrou uma explosão de nervosismo, imagine quando eu já estivesse lá!

Como eles reagiriam quando saberem a verdade? Eles acreditariam? E se não aceitassem?

Perguntas e perguntas se repetiam em minha cabeça, me importunando.

Meu pai? Acreditaria que era eu mesma? Mesmo que fosse meu cheiro? E meus tios? Meus avós? Como eles responderiam ao meu “renascimento”?


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