A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 57
2x15 O grande dia (E)




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—Nossa, que maravilhoso! – Mendy falou por cima do barulho.

A atmosfera deixava o ambiente bem acolhedor, e a pista parecia nos chamar.

Fomos pegar os nossos sapatos. E ficou decidido que eu seria a primeira a jogar contra o Seth.

Ficamos divididos em grupos dos lobos contra nós, as imprintings.

—Preparado para comer poeira? – perguntei, me posicionando.

—Tem certeza que sou eu? – perguntou, sorrindo sacana.

E então joguei. Não acreditei quando fiz um strike. Seth havia derrubado apenas seis.

—Seth! – gritou Embry. – Não a deixe ganhar. Não importa o quanto você ama essa garota! Se a gente perder, eu te mato.

—Desculpe. Não vai acontecer novamente.

Mas aconteceu. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco vezes. As meninas estavam dando um banho neles.

No final, as meninas ganharam.

—Parabéns. – ele me puxou para um abraço. – foi maravilhosa.

—Obrigada. Você também não foi mal. – zombei e ele deu um sorriso que fez meu coração acelerar.

Fomos pra casa depois de comemorar a nossa vitória num restaurante.

No dia seguinte, foi a nossa apresentação escolar e a final do jogo de basquete. Nossa família toda foi. A capitã da torcida não foi porque acordou se sentindo mal e não melhorou. Decidiu ficar em casa. Com isso, ficou combinado que Ness e eu ficaríamos no comando em seu lugar.

Meu coração se aqueceu ao ver meus pais, tios e avós, junto da Nick, aplaudindo nossas danças. Ganhamos na competição por votos, e o time de basquete – Jake e Seth faziam parte – também ganharam do outro time. Foi decidido que a competição final seria na nossa escola, então a escola adversária estava aqui.

Quando o jogo acabou, o ginásio foi preenchido por gritos e assovios. Foi realmente empolgante. Meus olhos captaram de repente uma pessoa lutando para passar pela multidão e não derrubar ninguém com a sua força, e não demorou muito para ver que era o Seth. Ele veio até mim e me abraçou.

—Parabéns, meu amor. – lhe falei, com um sorriso sincero e largo.

—Parabéns para você. – ele falou quando se separou e segurou minhas mãos. Sua testa com resquício do suor do esforço do jogo. – Parece que vou precisar arrancar algumas cabeças hoje. – segui a direção de sua cabeça e vi alguns pares de olhos masculinos em nossa direção. Mais específico em mim. Minha visão captou de relance Jake e Nessie se beijando, e mamãe interrompendo seu momento. Logo trás dela vovó Esme, tia Rose e tio Jasper.

—Não dê atenção a isso. – pedi. Peguei seu rosto em minhas mãos e o beijei. Ele me abraçou novamente.

—Oh, minha menininha estava tão linda! – ouvi a voz do meu pai e me virei a tempo de ele me abraçar.

—Obrigada, Edward.

—De onde será que você herdou esse potencial todo, hein? – tio Em perguntou, brincalhão.

—Da minha mãe com certeza não foi.

Eles riram, sabendo que eu falava de Bella.

—Isso não valeu! – um grito agudo ecoou pelo ginásio, fazendo todo mundo formar um silêncio gradativo pela surpresa.

—Posso saber o que não valeu? – Nessie perguntou antes de mim, com um cinismo que eu amei ver.

A esse ponto, o ginásio estava um silêncio, exceto pelos sussurros interrogativos.

—Vocês só ganharam porque são dessa escola! – ela brandou.

—Ou porque somos as melhores. – Carmen sugeriu.

“Uhhhhhh!”

Quase ri da resposta da “plateia”.

—E o que você sugere?

Dei um passo para perto dela, tentando parecer intimidadora. Observei satisfeita ela engolir em seco, mesmo com sua postura arrogante.

—Eu quero uma revanche. – declarou.

—Tudo bem, não me importo de vencer novamente. – eu falei, fazendo com que os outros soltassem mais um “Uhhhhhh!”.

Ela ficou vermelha de raiva, e andou até mim, até que nossos rostos estavam próximos.

—Vamos ver então, quem sai com cara de perdedora. – ela falou baixinho, de modo que só eu ouvi.

—Vá preparando a sua. – sugeri debochada.

No fundo eu fiquei com certo receio. A outra escola era tão boa quanto a nossa, e bom, perder para eles mesmo tendo já ganho oficialmente seria bem humilhante.

Não mesmo. Não iria deixar isso acontecer. Isso não é o que um Cullen faz.

—Preparadas para a derrota? – Ness perguntou alto, dando alguns passos para trás para nos acompanhar na formação. O resto das pessoas já haviam se afastado para nos dar espaço o suficiente. O ar era de expectativa.

—E vocês? – ela devolveu com outra pergunta, já em seu lugar.

—Vamos lá, pessoal. – ordenei para as minhas animadoras. – Cinco, seis, sete, oito!

E começamos a nossa dança. E depois foram elas. Foram três danças de cada lado, e então elas não tinham mais ideias para elas, e desistiram.

—Whoa! – demos um grito infinito de vitória se abraçando, enquanto elas se afastavam derrotadas, saindo do ginásio. Pois é. Isso foi demais para aquelas arrogantes.

—Parabéns, de novo. – Seth me pegou em seus braços.

—Você é verdadeiramente uma Cullen. – tio Emmett falou me roubando, me rodopiando num abraço.

—Estou orgulhoso de vocês. – meu pai falou com a Nessie em seus braços.

—Obrigada. – ela respondeu, com um sorriso, orgulhosa de si mesma.

—Caramba, vocês foram incríveis! – tio Jasper exclamou, e nós duas o abraçamos.

Quando olhei sobre o ombro do meu tio, vi Mendy nos braços de seus pais, num abraço triplo.

Todos tiveram a sua vez, e de dizer o quão impressionados e orgulhosos estavam.

—Tudo bem, tudo bem. – falou a voz do diretor acadêmico no microfone, que esta tarde, ficou encarregado de entregar o troféu ao time vencedor. Ele disse que tinha certeza que a nossa escola ganharia, e se ofereceu para nos entregar o prêmio. Sempre assistia os treinos, e ficava impressionado. Particularmente com Jacob e Seth.

Foi meio difícil ele passar pela multidão.

—Eu tenho orgulho de entregar esse prêmio aos Pumas!  – e lhes ofereceu.

Depois aquele lugar foi preenchido por gritos de todos dessa escola, e dos que estavam aqui, torcendo por nós.

—Whoa! – gritei junto, aplaudindo meu cunhado e meu amor, que estavam com o troféu em suas mãos.

—Parabéns para os alunos dessa escola!

E mais gritos.

—Der! – gritei enquanto acenava, e ele veio ao meu encontro me abraçar.

—Você e Ness arrasaram! Deram um tapa na cara daquela menina.

Ri alto, o empurrando de brincadeira.

Foi um fechamento fantástico das aulas!

A gente foi comemorar numa sorveteria.

O tempo estava passando rápido desde aquele dia. Deve ser porque a gente estava se divertindo nas férias, e não estudando mais. Pelo menos não o estudo rigoroso. Papai concordou em fazermos faculdade após o casamento, e a gente queria que fosse após o inverno. Ou seja, feriados de final de ano todos com a família!

O dia de Ação de Graças a gente passou em Boston, com a nossa família. E daí que eles não comem? A gente ficou reunido, pelo menos. E então veio o Natal e o Ano Novo, que acho que iria se tornar uma rotina passar eles em Forks. Nos instalamos na casa grande durante o período e fomos para La Push para ajudar Emily e Sue a preparar as ceias.

Os preparativos do casamento estavam ótimos. Faltava apenas um mês. Tia Alice estava deixando tudo maravilhosamente perfeito. Decidimos que seria casamento duplo.

Ela havia tirado as medidas dos dois e comprado seus smokings. Eles ficaram bravos por podermos ver seus trajes e eles não poderem ver os nossos.

PDV Renesmee.

Jake ficou o resto do dia emburrado, assim como o Seth, por não ver nossos vestidos de casamento. Foi difícil enfiar em sua cabeça que era uma tradição. E também iríamos fazer o casamento no quintal da vovó, como foi o da minha mãe com papai. O mestre de cerimônias que mudaria dessa vez: Emmett, o palhaço da família. Não me importava. Apenas queria me juntar ao Jake de todas as formas possíveis.

Todos estavam muito ansiosos para o grande dia chegar. Principalmente eu. Desde o dia em que eu descobri sobre ele ter beijado minha mãe no passado, eu queria que ele desaparecesse da minha vida e nunca mais ter que vê-lo. Mas quando eu menos esperava, eu já sentia esse amor por ele que não havia escapatória. Eu tentei evita-lo de todas as formas em Nova York, e parecia que quanto mais eu tentava fazê-lo, mais isso doía em mim. Então me rendi a ele. Rendi-me ao amor que sinto por ele, e quanto mais dias estamos juntos, parece que só aumenta.

E nunca imaginei, eu, noiva dele, do cara que já pensei odiar uma vez. Mas apenas me feriu, e eu estava tentando evitar me ferir o evitando. Bom, mas o passado é passado, e o futuro que interessa. E o meu futuro é ao lado de Jacob. Sempre foi, apenas levei um tempo para descobrir isso.

PDV Carlie.

—Você viu como Jonathan está mudado? – perguntei ao Seth. A gente estava no seu quarto. Meus pais tinham virado a noite no hospital, e a casa ficou todinha para nós quatro.

Seth estava sem camisa, lendo um jornal encostado no balaústre da varanda. Eu estava apenas com uma regata preta, e um short da mesma cor.

Ele se virou para mim quando falei com ele.

—Mudado de que forma? – perguntou, andando em minha direção e sentando na cama onde eu estava deitada.

—Ele parou de falar com a gente antes das aulas acabarem. A Daisy falou que ele recusou as chamadas dela, e não falou mais com ninguém. Nem minha mensagem respondeu. Acho que ele nunca foi nosso amigo de verdade. Ou talvez isso tenha mudado.

—Tudo muda, Carlie.

—Até o nosso amor?

—Sim.

Senti um aperto no peito com a sua resposta. A confiança diminuiu um pouco. Eu não achava que meu amor por ele pudesse mudar, e o imprinting acontece apenas uma vez na vida de um lobisomem, então... Por que ele me disse aquilo?

—Ele cresce. – Seth continuou, e se inclinou para dar um beijo estalado em minha bochecha.

Sorri aliviada.

—Seth, acho que tem algo embaixo de mim. – falei finalmente.

—Provavelmente tem. – ele concordou, olhando em volta. Estava tudo fora de lugar, que era difícil de acreditar. E isso tudo aconteceu ontem apenas. Fizemos uma pequena bagunça antes de realmente dormir.

Enfiei a mão embaixo de mim e senti uma capa de CD. A puxei e fiquei positivamente surpresa.

—Você tem um CD do Plain White T’s? Como eu nunca soube disso?

—Meu primo me mandou há alguns natais atrás. – ele falou surpreso e pegou o CD de minhas mãos para analisa-lo. – Será que está em boas condições?

Abriu e o tirou, e o examinou.

—Isso é um milagre. – falou, surpreendido.

—Posso ouvi-lo? – perguntei, mesmo já sabendo a resposta. Ele deu de ombros. Levantei-me com a mídia em minha mão e caminhei até o toca CD.

Dei uma olhada na capa, atrás, para ver as músicas. A terceira era muito boa: 1, 2, 3, 4.

—Ahh, eu adoro essa música! – falei empolgada quando ela começou. Andei até a cama onde Seth estava sentado, praticamente deitado, apoiado em seu cotovelo, me olhando. Mas o que eu não esperava era tropeçar em algo justo quando meu pé se levantou para dar outro passo. Tive sorte de estar de frente para ele, porque ele não teria tempo de me ajudar a não cair. Por sorte, caí em cima dele.

Caímos na gargalhada. Suas mãos foram parar em minha cintura nua, e as minhas estavam me apoiando, na cama.

—Ai, ai. – ele falou entre risos. – Minha desastrada.

—Bota desastrada nisso. – concordei e rimos novamente.

Depois não havia mais motivos para rir, então simplesmente paramos. Levou sua mão para pousar em seu rosto, e tirar o cabelo dali. Segurou delicadamente a parte de trás dos meus cabelos e trouxe meu rosto para perto do seu, e me beijou.

Ele rolou para cima de mim sem parar o beijo, dando mais intensidade ao mesmo. A mão que estava em minha cintura, ele a escorregou caminho da minha perna, minha coxa, até o meu tornozelo, o segurando, e o encaixou em sua cintura.

—Falta pouco tempo. – falou em meu pescoço. – Pouco tempo para você ser completamente minha.

—Bom, eu já sou sua. – lhe garanti. Em resposta, ele arrastou seus lábios até chegar na parte do meu pescoço que ficava abaixo de minha mandíbula. – Toda sua.

—Mas de papel assinado, não.

—Ainda

—Ainda...

PDV Renesmee.

Já eram quase oito da manhã. Eu estava abraçada ao Jake depois de uma noite maravilhosa que a gente teve.

A gente aproveitou que meus pais fizeram o turno da noite do hospital. De início achei estranho meu pai não falar nada sobre nós quatro, sozinhos, a noite toda. Mas me lembrei da conversa que tivemos no hospital, Carlie, ele e eu, e ele disse que nos deixaria ter uma relação adulta com Jacob e Seth apenas se concordássemos em ir para a faculdade.

Bom, eu realmente quero ir para a faculdade, então não achei nenhum mal aceitar.

Aliás, estaria ganhando um bônus extra: namoro sem vigilância. Pelo menos da parte dele. Quando tio Em vinha aqui em casa, ficava enchendo o saco, apenas sendo ele. Sempre que a gente ia visitar nossos familiares em Washington, meu avô ficava igualzinho ao meu pai, porém nos dava a liberdade.

Apesar disso tudo, tenho a família mais perfeita do mundo. Todos eles são maravilhosos em seus próprios jeitos. Saí automaticamente dos meus pensamentos quando senti lábios gentis beijar meu pescoço e pousar em meu ouvido.

—O que você está pensando?

Arrepiei-me, como sempre.

—Hein? Hein? Hein?

Ele foi sussurrando e desviou sua boca para beijar meu ombro nu. Eu ri.

—Na vida. – respondi me virando. Ele colidiu com nossos corpos com o braço a minha volta. – Em como tudo é perfeito. Minha família, meus amigos, você.

—Me desculpe. Não tenho culpa de ter nascido perfeito.

—Tem razão. Quem tem culpa são os seus pais.

Ele sorriu e me beijou. Ele estremeceu quando rocei minhas unhas em sua nuca. Agora foi a minha vez de sorrir. Eu adorava as reações que causava nele.

PDV Carlie

Ness e eu decidimos contar para Derek sobre nós. Fomos para um restaurante que consideramos bem reservado, e acredito que Tifanny não andaria por ali. Muito menos os Volturi. Eles mesmo quebrariam suas próprias regras de não chamar atenção, já que suas vestes tradicionais são os mantos negros.

Der era a pessoa mais próxima da gente fora nossa família. E a certeza de que ele iria ficar tranquilo quando entendesse tudo era de cem por cento.

—Meu pai me trouxe aqui uma vez para um encontro de negócios. Ele queria fechar sociedade com um cara, e eu vim de apoio.

Nosso amigo dizia enquanto nos acomodamos na mesa dos fundos. Privacidade total. Bada barata, também.

—Der. – Ness começou. – Te chamamos aqui porque te amamos, e decidimos contar os nossos segredos.

—Só que não são segredos comuns. – alertei. – São segredos perigosos. Você é a primeira pessoa... de fora a saber. Ao saber deles, não tem volta. Então tenho que perguntar: quer fazer parte das nossas vidas por completo?

Seus olhos claros voavam entre mim e minha irmã, um pouco arregalados.

—Não me digam que são da família do Drácula?

Olhei para Ness, de certa forma esperando que ele dissesse algo bobo, mas não tão perto da realidade.

—Não exatamente do Drácula...

Peguei a mão dele na minha, na intenção de fazê-lo focar em minha temperatura.

—Sinta meu calor. Não temos anidrose.

—Somos de duas raças. Filhas de um vampiro e de uma humana.

Ele sorria, aguardando a gente rir e falar que é zoeira. Não falamos. Seu sorriso foi desfazendo aos poucos.

—Por que não estão desmentindo? É alguma pegadinha?

Seus olhos começavam a demonstrar assombro. Olhei para Ness sem saber o que fazer.

Ela pegou um garfo de prata da mesa, e após chegar o nosso redor, o torceu com as mãos. Derek pegou o metal retorcido com o queixo caído.

—Quer dizer que todos os dias que eu as acompanhei para casa, eram vocês que estavam me protegendo?

Soltei um riso aliviada.

—Sim, Der.

E contamos toda a nossa história. De como mamãe engravidou humana do nosso pai vampiro – ele ficou chocado ao saber que Edward e Bella são na verdade nossos pais de dezessete e dezoito anos, e não somos adotadas de Esme e Carlisle – e que nascemos com poucas semanas de vida. Que com três dias de vida já possuíamos nossos dentes de leite, e em poucos meses já parecíamos crianças de sete anos. Contamos também da nossa dieta de sangue, nossa idade verdadeira.

Dissemos sobre os Volturi. Que a existência dele não poderia chegar aos ouvidos dele de forma alguma, e ele também estava proibido de falar qualquer coisa para qualquer um. Nenhum humano poderia saber de nós.

—Quer dizer que sou nove anos mais velho que vocês? Haha! Mas esperem! Vocês vão se casar com sete anos?

—Estamos prestes a fazer oito. – Ness rosnou. – E olhe bem para nós, Derek. Parecemos alguém de oito?

Ele fingiu nos avaliar por um segundo.

—Parecem alguém de dezessete.

Mostrei língua com seu tom provocativo. Agora que ele sabia, ia querer sair por cima na idade o tempo todo.

—Você lidou bem com isso. – ela observou.

—Eu conheço vocês. Vocês podem falar que são filhas do monstro do lago Ness, sei que são criaturas bondosas. Então nada vai me assombrar para longe de vocês duas.

Olhei um segundo para ela, e ela me olhou de volta. No momento seguinte, sentamos cada uma ao lado dele e o abraçamos. Eu me sentia extremamente sortuda, pois o meu melhor amigo se tornou o meu amor, a minha amiga é minha irmã e eu ganhei um melhor amigo como se fosse um irmão. Substituiu Seth de certa forma porque eu me apaixonei por ele à certa altura.

Aproveitamos o resto do jantar, felizes de ter o nosso melhor amigo dessa forma na nossa vida.

PDV Edward

—Como estou? – perguntei, terminando de arrumar meu terno em frente ao espelho.

—Edward, você já fez essa pergunta umas dez vezes hoje. – Bella falou, colocando sua sandália de salto alto. Eu me pergunto como uma mulher conseguia andar nisso o dia todo. As vampiras nunca se cansariam ou teriam dores, mas e as humanas? – Relaxa um pouco, ok? – ela veio até mim e pôs as mãos em meus ombros. – Você vai ser o pai mais lindo de todos os casamentos.

—E você a mãe mais linda e mais maravilhosa de todos os casamentos. – falei e a beijei.

—Apenas relaxe. Você vai levar as suas duas filhas ao altar hoje. Espero que Emm não faça nenhuma gracinha.

—Ele não vai. – lhe assegurei. Apesar de ser piadista e fazer brincadeiras em horas inadequadas, ele nunca iria estragar um momento tão único para elas duas.

—Bella! – escutamos a voz de Alice flutuar pelo corredor. – Venha ver suas filhas antes de ir para o altar.

E você nem pense em vir. Vá logo para a casa de Esme e espere lá. Vá com Jazz e peça-lhe para acalmar um pouco os noivos. Posso até sentir a tensão deles daqui. Enfim, apenas vá.

Ela fez questão de estar olhando para longe das duas – que já estavam com os vestidos – apenas para eu não as ver. E então eu não podia mais ouvi-la.

—Você é a baixinha mais irritante que eu conheço. – falei num tom baixo, mas certo de que ela ouviria.

—Edward, Edward, certamente não é a primeira vez que eu ouço isso. Vá logo, seu chato. Jazz está te esperando na porta da frente. Bella, venha logo!

—Estou indo! – minha esposa reclamou. Deu-me um beijo rápido e se foi. Obriguei-me a descer as escadas e ir de encontro com meu irmão.

—Ei, relaxa, cara. – ele tentou me acalmar assim que captou meu estado de espírito, e seguiu a ordem de Alice: a tentativa de me acalmar. Começamos a andar pela rua a caminho da casa de Carlisle.

—Claro, até porque suas filhas se casam todos os dias. – falei sarcástico. – Nick um dia vai ter dezoito.

—Só estou dizendo que é normal você ficar desse jeito. Só tente se concentrar nos seus sentimentos, e deixe o resto comigo, pelo menos até a hora chegar.

Respirei fundo – uma mania adquirida de Bella – e tentei relaxar meus músculos retesados, permitindo a onda de relaxamento de Jasper penetrar minha tensão.

Finalmente chegamos lá, o que demorou tempo demais para um vampiro, já que tínhamos vizinhos e precisávamos manter a aparência de um humano. Bom, eu já havia visto a decoração que Alice fez. Tinha ficado tudo tão grandioso e perfeito. Todos os vampiros da casa trabalharam o dia de ontem em tudo. Alice, como sempre, planejou tudo com excelência.

Toda vez que olho para as minhas filhas, me sinto prestes a explodir de orgulho. As duas são minha esperança de que haja algum lugar no céu para alguém como eu. Antes eu me achava um monstro sem alma, que iria para o inferno de um jeito ou de outro, até que pousei os olhos naquelas duas criaturas lindas.

—Preparados? – perguntei a Jacob e Seth, parados ao altar, quando cheguei perto dos dois.

Preparados sim, relaxados não. Jacob pensou.

—Sim, mas nervosos também. – Seth se deu ao “trabalho” de responder em voz alta.

Pelo visto, não era apenas o pai delas que estava tenso.

PDV Carlie.

 

Vestido da Carlie

Vestido da Renesmee

Respirei fundo novamente. Meu coração estava a mil por hora, e eu não conseguia acalmá-lo. Eu mal podia acreditar que, ainda hoje, Seth seria meu de todas as formas possíveis e impossíveis.

—Carlie, Renesmee. – mamãe chamou a nossa atenção, o que me distraiu e fez quinze por cento da minha tensão desaparecer. – Eu tenho uma herança de minha avó, que passou para minha mãe, depois para mim, e agora para vocês duas.

—Podemos revezar. – minha irmã deu a ideia. – Vamos trocar durante a cerimônia. Tenho certeza que tia Alice não se importa de nos ajudar.

—Perfeito para mim. – sorri.

—Com certeza não me importo. – tia Alice juntou as mãos, orgulhosa.

Ela veio atrás de mim e colocou em meu cabelo.

—Minha mãe adicionou diamantes nele antes de me dar, então decidi não adicionar mais nada.

—Ele é perfeito.

Elas sorriram, e não tive como não sorrir de volta.

Nossos pais nos disseram que teríamos uma surpresa hoje. A curiosidade nos envolveu. E ao que parecia, todos sabiam. Minha intuição dizia que era algo bom.

—Há quanto tempo eles estão nos esperando? – Nessie perguntou, curiosa.

—Bem, os mandei saírem daqui quando eu ia arrumar vocês, e a gente está aqui por volta de... Duas horas. Então, provavelmente é isso.

—Eles devem estar pirando. – murmurei.

Seth devia estar tão ansioso, que, pela nossa demora, já devia estar pensando que a gente desistiu de casar. Ri com esse pensamento. Sinceramente, eu não duvidava.

—Então vamos? – ela sugeriu.

Meu coração acelerou quando ela falou aquilo.

—Pelo amor! – Alice exclamou alto – Vocês estão muito nervosas. Tratem de relaxar. Com tanta tensão no ar, dificilmente Jazz vai conseguir acalmar a todos vocês.

Respirei novamente. Ela tinha razão, mas como a gente conseguiria se acalmar justo hoje?

Elas, quase desnecessariamente, nos ajudaram a levantar. Quase porque temos genes vampirescos, e porque realmente iria precisar de apoio para não cair caso eu tropeçar de nervosismo.

—Uma limusine apenas para nos levar até o final do condomínio? – Nessie e eu perguntamos ao mesmo tempo quando chegamos ao quintal da frente.

—Vocês querem mesmo ir andando até a casa de Esme? – tia Alice perguntou, sem chance de réplica. – Aliás, esse casamento precisa ser inesquecível de todas as formas possíveis. – Alice nos explicou. – Tudo bem. Vamos lá, garotas.

Ela abriu a porta para nós e entramos. Não demorou a chegarmos à frente da casa da minha avó. A porta do carro foi aberta pelo meu pai, que nos esperava do lado de fora da mansão.

—Oh, meu Deus! – ele exclamou emocionado e admirado enquanto saíamos. – Vocês estão tão maravilhosas! Não há duas mulheres mais lindas que vocês no dia de casamento. Desculpe, Bella.

—De fato. – mamãe disse. – Não há como discordar disso.

—Muito lindas. – tia Rose concordou.

—Elas estão perfeitas. – tia Alice ressaltou.

Soltamos um sorriso.

—Preparadas? – ele perguntou, com um sorriso nervoso em seus lábios.

—Não. – falei.

—Acho que não. – Nessie disse.

Falamos quase juntas.

—É normal estarem assim. – ele comentou com intenção de nos acalmar. – O Edward do passado diria para vocês desistirem. Entraríamos nessa limusine e eu seria seu motorista para onde vocês quisessem ir. Mas hoje eu vejo como vocês estão maduras, adultas, e amam aqueles dois que estão à sua espera no altar. Então eu digo: respirem fundo e se preparem para o momento mais importante de suas vidas.

—Meu Deus, Edward, logo agora? – tia Alice rosnou, sacando dois lenços para nós duas.

Peguei imediatamente, sentindo as lágrimas já banharem minhas bochechas.

—Fiz bem em passar maquiagem à prova d’água nelas duas.

Abraçamos nosso pai, sentindo toda a sinceridade de suas palavras me confortando de uma maneira que me aqueceu. Tudo o que eu precisava para seguir em frente naquele altar sem sentir minhas pernas bambas, meu pai me deu.

Quando o abraço terminou, ele se intrometeu no meio de nós duas e nos ofereceu seus braços; um para cada. Fiquei impressionada como fizemos isso. Parecia que foi treinado.

—Hey, esperem! – Alice nos parou. Em suas mãos havia dois buquês de flores. Ela me entregou o que havia dois tons de rosa com um branco, e algumas paniculatas espalhadas pelo buquê, e terminando o charme com algumas folhas verde vivo. O da Ness era quase o mesmo, só que apenas um tom de rosa.

—Obrigada. – agradecemos, emocionadas.

—Ah, não acham que eu esqueceria desse detalhe, né?

Nick, Claire e Quil, Paul e Rachel, Jared e Kim, Mendy e Embry, Derek e Gabriela saíram da casa e vieram até nós.

—Deus, como vocês estão lindas! – Claire falou emocionada, com as mãos em frente a sua boca.

—Meu irmão tem tanta sorte. – Rachel falou.

—Estão completamente lindas. – Kim exclamou, sorrindo.

Nós sorrimos e agradecemos. Tia Alice e tia Rose se apressaram com a mamãe para o quintal, onde estavam os convidados.

—Vocês são as noivas mais lindas que eu já vi. – Derek se pronunciou, e eu notei em choque as lágrimas em seus olhos. – Puxa, estou casando minhas irmãs de consideração.

E nos abraçou. Nunca achei que veria Derek chorando. Apesar de ele ser emotivo, não era de derramar lágrimas.

Uma risada do meu pai nos atraiu a atenção. O interrogamos com o olhar.

—Seth e Jake estão com os nervos à flor da pele.

Rimos também.

Ele andou conosco até a lateral da casa – Nick e os padrinhos sempre a nossa frente -, onde logo em seguida ficava o quintal, que estariam lá os preparativos e começaria tudo.

—Vocês precisam segurar suas emoções por hoje. – ele disse.

Fiquei confusa pelo modo que isso pareceu um aviso. Imaginei que teria algo haver com a surpresa.

Respirei fundo mais algumas vezes. Pela minha audição sensível, percebi Nessie fazendo o mesmo.

—Rose, pode começar. – meu pai falou como se ela estivesse ao seu lado. Bom, um humano por lá poderia ter ouvido nitidamente, mas presumi que ninguém ouviu por causa do barulho das conversas.

Meu coração deu um salto olímpico quando a música de casamento começou. Imediatamente ouvi uma movimentação grande, presumi serem os convidados se levantando.

Nick andou a nossa frente, e depois os padrinhos, com os seus respectivos pares. Contei até três mentalmente. Um. Dois. Três. Firmei meu aperto em meu pai.

—E lá vamos nós. – essas foram as últimas palavras de meu pai antes de entrarmos no quintal.

Começamos a andar no ritmo da música. A primeira vez que vi a decoração. Estava simplesmente... grandioso. Os detalhes rústicos dos bancos não tiraram a elegância das mesas ou do arco do altar. Flores distribuídas em fitas no alto formavam tiras caídas desde o “teto”. Suntuoso. Não havia palavras para descrever. Parados perto dos bancos estavam os convidados, que agora estavam em pé. Fiquei mais irritantemente nervosa quando percebi, obviamente, ser um dos centros das atenções.

Avistei de longe os Denali, as Amazonas, Benjamin e Tia. Papai nos disse que pediu para que se alimentassem bem antes de virem. Senna e Zafrina nos visitavam desde que éramos pequenas. Tínhamos boas memórias com elas. Benjamin e Tia também, ele sempre brincando com os elementos conosco. Eles aceitaram usar lentes de contato enquanto estivessem perto dos humanos.

Do outro lado dos bancos estavam nossos colegas de escola.

Eu quero que meu casamento seja exatamente desse jeito. Estephany murmurou.

Elas realmente estão lindas. Quero uma parceira tão maravilhosa quanto uma delas. Comentou Dean.

Cara! Jacob e Seth são dois sortudos. Elogiou Rick.

Caramba! Olha só os vestidos delas! Nicole falou baixinho.

Que inveja delas. Além de terem os caras mais bonitos do colégio, elas ainda têm esse grandioso casamento. Beatriz falou.

Como eu queria estar no lugar de um deles agora. Ryan falou num tom sonhador.

Eu acho que meu pai poderia enlouquecer a qualquer momento com os pensamentos desses garotos. Mas quando olhei para ele, seu rosto transparecia calma. Ou mamãe estava com seu escudo em volta dele, ou ele tinha um auto controle absurdo.

Música

Prendi a respiração quando meus olhos encontraram os no meu futuro marido. Ele estava lindo de uma forma que não imaginei ser possível. O homem mais bonito da minha vida então me surpreendendo outra vez. Lágrimas deixaram nossos olhos ao mesmo tempo. Já eu queria ter a enxugado, mas estava com as duas mãos ocupadas. Mesmo a maquiagem sendo boa, eu ainda torcia para a água salgada não deixar rastros.

Não demorou a estarmos em frente aos noivos. Papai nos deu um beijo na testa de cada uma. Segurou nossas mãos e Seth e Jake as pegaram. Uma emoção forte tomou conta de mim com o contato de nossas peles.

Eles andaram os poucos passos conosco até a frente do “padre”. Ele estava sorrindo, feliz. Eu não tive como não retribuir.

—Estamos aqui para comemorar a união de Renesmee Cullen e Jacob Black, Carlie Cullen e Seth Clearwater...

Os votos foram as palavras tradicionais e simples, já ditas um milhão de vezes, porém nunca para um casal como nós. Adotamos também algo do casamento dos meus pais: “Até que a morte os separe” pelas mais apropriadas “Enquanto ambos estiverem vivos”.

E só me dei conta que tinha derramado mais lágrimas, quando foi a hora das palavras finais e definitivas.

Houve quatro “sim”, um a cada seu tempo. Eu mal prestei atenção nas palavras ao meu lado esquerdo, apenas do meu, agora, marido.

Emmett nos declarou maridos e mulheres.

Seth se virou em minha direção ao mesmo tempo em que eu, segurando suas mãos. Seus olhos vermelhos e inchados denunciaram seu choro.

Ele foi se aproximando, me beijou com afeto.

E então o quintal de encheu de gritos, palmas e assovios.

Depois de alguns segundos, envergonhada, quebrei o beijo, risos escapando entre meus lábios. Sem pensar duas vezes, peguei a tiara e coloquei na cabeça da minha irmã. Ela murmurou um obrigado e me abraçou.

E logo se formou uma fila para cumprimentar os recém-casados. Não acreditei quando vi Clara, a garota que flertou com o meu Seth, ainda ter a audácia de os cumprimentar com um sorrisinho mais do que amigável.

Nahuel também apareceu com as suas irmãs. Seus olhos estavam já ao normal; ele parou de vez com o sangue humano. Mesmo comparecendo no nosso casamento, ainda havia um brilho em seu olhar. Papai já nos contou que ele queria alguém da nossa espécie para formar uma possível família. Espero que ele enxergue suas chances nulas conosco.

Na hora de cortar o bolo, Seth e Jacob fizeram um complô; Jake puxou Ness e Seth me puxou, acertando um pedaço do bolo em nossos rostos. Eu não esperei a hora de retribuir o favor com o meu marido.

Limpamos o excesso de bolo dos rostos para cortá-lo de forma decente e distribuir. Mandei a minha ideia para minha irmã, e ela sorriu para mim. Para os outros ali seria apenas uma sorrindo para a outra por felicidade. Ofereci o meu pedaço de bolo para a mamãe e ela para o papai. Os vampiros e os lobos caíram na gargalhada quando eles tiveram que comer na frente de todos. Os humanos não entenderam nada, nem mesmo Derek. Não contamos a ele a parte de que vampiros não comem comida humana.

Tio Jazz e Emm riram quase exageradamente quando Seth e Jacob retiravam as ligas de mim e da Nessie, com os dentes. Segurei uma risada de desespero quando meu marido deu uma mordiscada de propósito na minha coxa. Torci com todas as minhas energias interiores que o escudo de mamãe estivesse sobre nós.

Cinta da Carlie

Cinta da Renesmee

A minha foi parar na cara surpresa do Dean. Todos riram quando Derek pegou no ar a da Nessie, e logo a soltou, esfregando a mão na calça como se tivesse pegado em algo nojento.

Fomos nos trocar para as roupas da festa, depois voltamos.

Seth me tirou para dançar, e eu fui de bom gosto.

—Agora está feliz? – perguntei em seu ouvido.

Ele riu.

—Não poderia estar mais. – respondeu; eu quase pude ouvir o sorriso em seu rosto.

Ele me girou em meio à dança. Os flashes das câmeras dispararam, clicando febrilmente.

Encostei a cabeça em seu ombro, sentindo seu corpo relaxado contra o meu. Deixei seu estado de espírito me atingir, pensando para mim mesma que a parte mais difícil já passara.

—O que foi? – perguntou preocupado.

—Só estou um pouco nervosa. – admiti, ainda tentando relaxar.

Ouvi o som reconfortante de sua risada, e isso me ajudou a acalmar.

—Posso interromper? – a voz do meu pai nos fez parar de dançar e olhá-lo. – Oh, meu docinho! – falou com a voz emocionada e me tomou em seus braços protetores. Eu sentiria falta dele na lua de mel. – Nesse momento, eu gostaria de conhecer um vampiro que pudesse fazer a gente voltar no tempo e reviver a sua infância. – eu tinha certeza de que, se ele fosse humano, estaria em lágrimas. – Passou tão rápido.

Apertei os braços a sua volta. Eu tentei dizer algo, mas o nó na garganta não deixou.

—Admito que é um clichê falar isso. – descansei a cabeça em seu ombro. – Mas Ness e eu mal temos uma década de vida, e já estamos casadas. Eu te entendo.

Pigarreou antes de mudar de assunto.

—Bem, – murmurou, se separando de mim, e me olhando nos olhos. As cortinas de lágrimas estavam me cegando, mas eu não queria arriscar a maquiagem limpando meus olhos. – lembra que falamos que vocês teria uma surpresa?

Assenti, tornando a ficar curiosa pelo fato.

—Então, querida. – ele continuou. Algo em seus olhos queria dizer que ele não queria fazer isso, mas arcaria com as consequências depois. Isso me deixou confusa. – A surpresa está te esperando lá dentro. E não se preocupe com as fotos, Alice, Jazz, Rose e Emm ficarão no centro das atenções por enquanto.

Isso me fez rir. Se hoje não fosse meu casamento, com certeza toda a minha família estaria no centro das atenções. Meus pais insistiram em registrar cada segundo de meu casamento e o da minha irmã. Eu concordei, pois assim como eu vi, eu queria que meus filhos pudessem ver. Eu e minha irmã, por exemplo, já vimos muitas vezes o DVD do casamento deles. E eu também vi o enfeite de cabelo que eu estava usando. Uma herança de família. A primeira e provavelmente a única e última.

Deixei que meu pai me guiasse até lá dentro. Eu podia sentir Seth me seguindo. Chegamos lá e vi Nessie e Jake, minha mãe ao lado deles.

—Hã, Jake, Seth. – mamãe começou. – Será que vocês podem esperar lá fora? É que esse é um momento de família.

—Sem problemas, Bells. – ele falou rapidamente, se levantando e arrastando Seth para fora. Isso me deixou mais curiosa que nunca. O que será que era de família? A curiosidade quase estava me deixando exaltada. Num geral eu não me importo com surpresas, até gosto. Mas essa estava ansiando meu corpo.

Por fim, eles nos levaram para cima, nos deixando andar na frente. Apesar de a curiosidade mórbida estar quase me corroendo por dentro, de querer saber o que era, andei casualmente pelo corredor, ao lado da minha irmã.

Eles nos pararam quando chegamos à frente da porta do escritório dos meus pais. Fiquei sem saber o que fazer quando eles não falaram nem fizeram nada, apenas ficaram parados.

—O que? – falei, finalmente quebrando o silêncio. – A nossa surpresa é uma porta?

—Preparadas? – ele me ignorou, colocando a mão na maçaneta. – Sério. Vocês precisam estar preparadas para o que vem a seguir.

—Estamos. – garantimos.

—É, eu sabia que não. – ele falou, mais para si mesmo.

Sua mão girou a maçaneta e abriu a porta de madeira escura, revelando uma mulher de aparência gentil em frente à mesa de madeira. Prendi a respiração ao me lembrar de onde eu a reconheci.

—Vovó? – sussurrei sem querer, e depois cerrei os lábios.

Eu não sabia da história que ela sabia.

—Mãe, essas são suas netas postiças. – minha mãe disse, dando um passo à frente. – Carlie e Renesmee.

Um sorriso emocionado cresceu em seus lábios, conforme ela nos analisava. Seus olhos estavam encharcados pelas lágrimas que queriam saltar deles. Era possível ver as rugas em sua testa e no canto de seus olhos, quase denunciando sua idade.

Caramba! Era parecia ainda mais com a mamãe do que nas fotos.

Eu não vi que andava até estar a abraçando. Nessie foi a segunda, e nos juntamos em um abraço triplo.

Esse foi o melhor presente que eu já ganhara. Eu tive realmente a oportunidade de conhecer a minha avó materna. Mesmo que ela não soubesse de nada dos vampiros, como vovô Swan sabia; ainda sim, a gente a conheceu. O sentimento que me inundou foi gratificante. Eu me sentia mais inteira, mais... viva.

—É bom finalmente conhecer vocês. – ela falou quando desfizemos o abraço. – Bella me disse que criou vocês desde os onze anos. Eu não acredito que ela me deixou sem saber de suas existências tanto tempo.

Eu raciocinei: de onze até os dezoito, nossa idade verdadeira, assim o real tempo que estávamos vivas.

—Nem eu, vovó. Nem eu. – Nessie e eu falamos juntas, e ela riu, impressionada.

—E gêmeas! Se Bella não tivesse me dito, eu nunca saberia. Como pode? Você é a cara de Bella, e você puxou a Edward. Até parece destino.

—Lembrando que elas são sobrinhas do Edward, mãe. Natural que se pareçam com ele. E a falecida irmã dele incrivelmente parecia comigo. Pena não ter nenhuma foto para te mostrar.

—Não tem problema, meu amor. Puxa, é realmente impressionante. Nunca vi nada igual. Gêmeas com aparências diferentes. Muito raro. Mas tão lindas! Esses olhos verdes, com certeza a genética de Edward. Mas esse ruivo, Bella, você sempre teve um pouco de ruivo.

—Coincidência. – meu pai veio ao nosso socorro.

A gente riu. Jogamos um pouco de conversa fora, e ficou decidido que era a hora de jogar o buque. O meu caiu nas mãos de Mendy, que saltitou e beijou Embry. O da Nessie foi parar na Gabriela, e ela corou quando os olhos dela encontraram o do Derek bem na hora.

—Carlie, Renesmee. – a voz de meu tio Emm, que estava na mesa do DJ se elevou por cima da música. – Por favor, venham até a mesa do DJ.

Seguimos sua instrução. Chegamos lá, toda a minha família estava reunida, e Jacob e Seth apareceram ao nosso lado.

Meu pai entregou um envelope ao Seth e outro ao Jacob.

—Essa é uma conta bancária para vocês. – papai explicou enquanto eles abriam e tiravam algo de dentro.

—Mas, Edward. – Jake falou, parecendo não acreditar em algo. – Eu vou começar a trabalhar logo.

—Eu sei disso. Se quiser, pode adicionar o seu dinheiro na conta.

—Fala sério, Edward. Aqui tem dinheiro para sustentar o país por um ano! – Seth exclamou, chocado, e Jacob concordou.

Papai riu.

—Temos essas poupanças salvas desde que elas eram pequenas. Eu conheço as filhas que tenho. – ele mandou uma piscadela para nós duas. – E aqui há as passagens de onde vocês sempre quiseram conhecer.

Pôs em nossas mãos outros dois envelopes.

—Podem começar e acabar por onde quiserem. – ele foi falando enquanto nós duas, de boca aberta, víamos os papeis. – Já está tudo pago e não precisam se preocupar com nada.

—É por isso que vamos chegar atrasadas na faculdade? – perguntamos as duas, em coro.

Ele riu suavemente.

—Digamos que sim.

—Caramba! – falei comigo mesma, olhando as passagens já pagas, mas sem data de ida e volta. – Vou passar minha lua de mel em Las Vegas, Londres, Buenos Aries, Paris, Nova York!

—Você também? – ela perguntou, parecendo animada com a ideia de irmos praticamente juntas para o mesmo lugar.

Abraçamo-nos, emocionadas.

—Mas e a Jess? – questionei. – Não quero ficar muito tempo longe dela.

—Já reservei todas as passagens com pet incluso. Em qualquer avião que for pegar, já vai estar tudo certo com ela. E a rede veterinária também está pronta para atende-la em qualquer um dos países que forem.

Me joguei em seus braços, tentando passar como eu estava agradecida por ele ter pensado na minha gatinha nesse momento tão importante da minha vida.

—Tá bom. – Alice interferiu. – Vamos. Vou leva-las para vocês se verem no espelho. Não vou cometer o mesmo erro de Bella.

Entregamos o envelope ao papai antes de sermos levadas para cima pela Alice, com mamãe, Rose, Mendy e Esme nos seguindo, e fomos parar no quarto de minha avó.

Tivemos o nosso tempo para nos admirar. Eu sinceramente nunca havia me visto tão linda. Meus olhos verdes e meus cachos jamais foram tão valorizados.

—Ok. Para a Carlie, eu separei essa troca.

—Perfeito. – garanti. Realmente, me parecia um look lindo.

—Ok. –  repetiu e se virou para a minha irmã. – O seu é esse. Gostou?

—Amei. – ela garantiu.

Roupas pós festa

Elas nos ajudaram a tirar os vestidos com cuidado e colocamos nossas roupas. Se demoraram na despedida, dizendo que iriam sentir nossa falta, que crescemos muito rápido, e que ainda somos as menininhas da família. Amaldiçoei-me quando não consegui segurar as lágrimas – nem a Ness – mas fiquei contente quando não vi nada de maquiagem em meus dedos. Essa maquiagem realmente funciona.

A gente desceu, e nos deparamos com todos os convidados lá fora, esperando por nós. Eles tinham arroz em suas mãos para jogar em nós quatro. Eu ri comigo mesma, que eu sentiria cócegas em minha pele. Seth e Jacob estavam ao pé da escada, nos esperando. Os olhos do meu marido se admiraram quando ele viu minha roupa.

Nada mal? Perguntei-lhe silenciosamente.

Nada mal.

Ele repetiu minhas palavras num tom de brincadeira, mas seus olhos com um brilho único. Pegou minha mão assim que eu estava no piso de baixo e a segurou firme.

—Pronta?

—Sim. – respondi-lhe com convicção. Nessa minha única palavra, senti que lhe passei a impressão que eu queria; de estar preparada para o que der e vier ao seu lado. Enfrentar todos os momentos sombrios que pudessem nos alcançar, e também os felizes que nos rondassem.

Saímos os quatro para fora, enquanto as mulheres da minha família se juntavam com os outros na chuvinha de arroz. Fiquei surpreendida quando pareceu que alguém realmente estava jogando forte, e se esclareceu em minha mente; Emmett. Nenhum deles jogaria tão forte.

Lá fora, a gente se despediu de bastante gente, e demoramos na minha família.

A limusine estava esperando por nós, para nos levar ao aeroporto. Rose e Alice já haviam preparado nossas malas, somente com o “necessário” porque voltaríamos cheias de novidades por onde fossemos.

Depois dos mais importantes das nossas vidas, veio a número 1. Mamãe. Ela esmagou nós duas num abraço em três. Um daqueles que te sufocam e te fazem sentir protegida de tão forte.

—Me liguem todos os dias. – ela pediu, afagando maternamente nosso braço. Funguei, as lágrimas lá ameaçando a transbordar.

Eu ri, assentindo com a cabeça.

—Mamãe? – a chamei, ainda grudada no abraço.

—Sim?

—Obrigada por tudo.

—Sim, por tudo. – Ness enfatizou.

—Não têm que me agradecer. – mamãe falou em seu tom doce.

Depois de alguns minutos a mais, entramos no carro, prontos para irmos para nossos destinos. Jacob abriu um champanhe para nós, e nos serviu.

—Um brinde a nós. – ele levantou sua taça, pronto para brindar.

—A nossa união definitiva. – Seth acrescentou, também levantando a mão com a bebida.

—Ao casamento. – Nessie e eu falamos juntas. Tocamos nossas taças e tomamos um gole. Senti minha irmã estremecer ao meu lado, como eu.

—Vocês estão bem? – eles perguntaram quase juntos.

—O gosto é estranho. – esclarecemos.

A gente ficou conversando sobre planos para o futuro. Eu fiquei particularmente feliz de meu marido já estar planejando um futuro para nós dois.

Logo chegamos ao aeroporto. Despedimo-nos e fomos para nossos respectivos voos. Primeiramente, eu ia para Londres, e Nessie ia para Paris.


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