A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 56
2x14 Fim do ensino médio (E)




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—Ok. – ele falou devagar, parecendo pensar em como usar as palavras. Minha postura cessou um pouco, enquanto eu o esperava. – Sei que estão com raiva de mim, magoadas com certeza. Isso está me matando por dentro, sobre você e da sua irmã. Nessie por ser o meu imprinting, e você por ser imprinting do meu amigo e irmã da minha amada. O que está sentindo deve ser horrível, por causa de seu passado. Mas fique sabendo, que se fosse para evitar tudo isso, eu voltaria atrás e mudaria tudo. O fato de que beijei a Bella, que tentei roubá-la de Edward, e principalmente por ter desejado e incentivado a morte de vocês duas. Poxa, nunca imaginei que a garotinha que estava na barriga da mulher que eu achava que amava, seria minha vida. E a outra garotinha o mundo do meu amigo. – dei um sorriso fraco, e enxuguei a lágrima que caiu de meu olho. Ele continuou – Eu realmente sinto muito. Juro pela minha vida que eu nunca quis causar essa dor em vocês duas. Pode me desculpar?

Engoli em seco. A raiva tinha ido embora quase cem por cento. O que a segurava é o fato de a minha irmã ainda estar magoada.

—Tudo bem. – falei, e minha voz vacilou.

Ele abriu os braços num convite, e aceitei de bom gosto. Seth tirou as mãos de mim para que eu me movesse.

—Obrigado por me perdoar. – ele murmurou.

—Ok. – quase sussurrei. Se eu falasse mais alto, iria chorar.

Ele se separou e me olhou nos olhos.

—Agora... – ele hesitou. – será que posso te pedir um favor?

Arqueei uma sobrancelha.

—Está me pedindo um favor? Que cara de pau!

—É sério... – parou por um momento, e depois continuou. – sabe que a única que sua irmã vai ouvir nesse momento é você. Você pode pedir a ela, para, pelo menos, me escutar?

—Não sei, posso tentar.

E então ele me abraçou novamente, mas desta vez apertado.

—Está me esmagando. – minha voz saiu engasgada. Ele me soltou e me deu um beijo na bochecha.

—Obrigado, de verdade. Fico te devendo pelo resto da eternidade.

—Que tal começar agora? – o desafiei. Ele franziu o cenho, surpreso pelas minhas palavras, e confuso.

—Começar com o que? – perguntou desconfiado. Na verdade, o que eu estava lhe pedindo não seria nada legal para ele.

—Vinte e quatro horas de sofrimento para você.

—Ah, qual é, Carlie. – Jake choramingou. – Já não bastou aquelas horas de ontem que vocês ficaram fora? E hoje! Sua irmã mal olhou para mim o dia inteiro.

—Não bastou para você. Eu te perdoei pelo que fez a mim, não a minha irmã.

—Mas... Vinte e quatro horas? Não pode ser menos?

Fingi pensar por um minuto.

—Ok. – concordei e ele soltou um sorriso aliviado. – Vinte e três horas e cinquenta e nove minutos.

Seu rosto desmoronou quando mencionei ter tirado apenas um minuto de seu tempo. Ouvi uma risada, vindo atrás de mim por estar tirando uma com a cara de Jacob.

—Você não está brincando, né? – ele perguntou, e pela sua cara foi uma questão sem esperança. Balancei a cabeça em sinal de não. – E sua irmã?

—Eu consigo distraí-la por vinte e quatro horas... Quero dizer, vinte e três horas e cinquenta e nove minutos.

Ele resmungou de frustração.

—Você é má.

—Não está em condições de me acusar de ser má, senhor Black. Estou até sendo gentil. Eu tinha pensado até em uma semana... – parei fingindo pensar. – Até que não é uma má ideia...

—Ah, não, Carlie! – ele me cortou, o desespero apontado em seu olhar. – Já não está de bom tamanho um dia?!

Dei de ombros.

—O que eu vou fazer nesse meio tempo? –  perguntou mais para si mesmo, mas nos deixando ouvir.

—Vá se transformar, ocupe sua linda cabecinha em algum dever de casa, sei lá. Use sua imaginação. – fui dando “ideias” enquanto ia até o lado do Seth. – Mas enquanto isso, vamos namorar um pouco. Acho que não vai querer ficar de vela, né?

Ele revirou os olhos.

—Não está sendo dura demais com ele? – me perguntou Seth.

—Diga a ele que se disser mais uma palavra sobre isso, vou aumentar seus dias de sofrimento. – recomendei a Jacob, apontando para trás de mim, onde Seth estava.

—Obrigada, garoto. Mas não precisa me defender. – Jacob dispensou a contragosto. – Obrigado do mesmo jeito, Carlie, - falou para mim. – você não sabe como eu fico feliz com isso.

Sorri para ele.

—Acho que sei sim. – discordei dele. Ele sorriu antes de correr entre as árvores e desaparecer.

Meu noivo segurou minha cintura e me apertou contra ele, e levou a boca até meu pescoço.

—Não acha que foi dura demais com ele? – falou, entre uma mordida.

—Acho, - concordei, e me entreguei à sensação que ele sempre me causava. – mas não vou fazer isso com eles. Vamos ficar por aqui mais um pouco, talvez ir caçar, e quando chegar em casa eu falo com ela. E isso vai ser bem antes de vinte e três horas e cinquenta e nove minutos.

Ele riu contra a minha pele, provavelmente se lembrando da condenação que dei a Jacob.

PDV Renesmee.

Quando finalmente terminei meu trabalho de história, me levantei da cama me esticando toda, e torcendo meu pescoço. Ouvindo um monte de “crack” vindo de meus ossos. Puxa, fiquei bastante tempo sentada na cadeira. Minha barriga roncou de fome. Eu tinha caçado ontem antes de ir para a escola, então o que me restava era comida humana. Eca. Eu torcia para ter bolo de chocolate ou algum ovo para fritar. Claro que ia ter, mamãe e vovó nunca deixavam nada faltar nessa casa.

Desci as escadas movimentando meu pescoço pra lá e pra cá, ouvindo “crack” e mais “crack” de todos os lados. Nota mental: nunca mais ficar sentada sem me mexer por muito tempo. Quando entrei na cozinha, tive uma surpresa desagradável quando vi Jacob sentado à mesa, comendo um pedaço do meu bolo preferido. Ele estava sem camisa, e eu sabia que por isso ele tinha se transformado recentemente. Mas meus olhos não conseguiram se desviar de seu corpo. Tá legal, a surpresa não é tão desagradável assim.

O que me deixou desconfortável foi o fato de ele estar me olhando desde que entrei na cozinha.

—Oi. – ele me cumprimentou com a sua voz rouca e grossa.

O ignorei – e ao arrepio que me causou o som de sua voz – e fui até o armário, procurar minha bolacha preferida.

—Droga! – exclamei para mim mesma, certa de que ele ouviu. – Tinha certeza de que mamãe comprou minha bolacha semana passada... – falei enquanto procurava, e então me esqueci de que tinha comido o último pacote quando cheguei da escola e antes de dormir. Geralmente eu comprava o pacote com vários, mas não esperava que fosse acabar tão rápido. – Porcaria.

Fechei o armário com força, frustrada por não querer comer outra coisa.

—Sua mãe passou no mercado hoje de manhã e comprou mais de suas bolachas que você gosta quando viu que você tinha detonado tudo. – Jacob falou. – Está em cima do armário da geladeira, quer que eu pegue?

O armário era suficientemente alto para eu precisar de uma cadeira.

—Eu sei me virar sozinha. – nem dei ao trabalho de me virar para olhá-lo enquanto falava, ou ao menos agradecer.

Peguei uma cadeira e pus em frente a geladeira. Estava impaciente e com fome, então usei aquela mesma para pegar. Subi em cima dela e me estiquei para alcançar o armário, que era alto e comportava bastante coisa. Quando consegui finalmente abrir a porta, tive outra decepção: a bolacha tinha rolado para o fundo. Estiquei-me mais para apanhá-la... Ops! Senti a cadeira tombando de lado, me levando junto. Tentei segurar na geladeira, mas minhas mãos deslizaram. Se eu tivesse feito mais força, teria causado um bom estrago com minhas mãos na geladeira novinha de minha mãe. Mas antes que eu chegasse ao chão, braços fortes me pegaram.

A gente estava tão próximo, sua boca tão vulnerável. E então percebi que ele me segurava firmemente pela cintura e minhas mãos estavam em um soco em seu peito.

Pigarreei e me afastei rapidamente dele. Abriu o meu sorriso e conseguiu pegar o pacote de bolacha com facilidade. Peguei-a devagar, ainda o olhando, quase hipnotizada pelo seu sorriso.

—De nada. – falou ele em sua presunção, vendo que eu estava sem reação.

Abri a boca para falar algo, mas nada saiu.

—Argh! – grunhi alto e passei por ele, indo para a sala. Sentei-me com tudo no sofá e liguei a TV em um canal qualquer. Ótimo, estava passando South Park. Perfeito para me distrair.

—Ainda ligada em desenhos animados? – perguntou ele, se sentando de intrometido ao meu lado no sofá. Esse idiota devia mesmo estar querendo ficar perto de mim, já que largou a comida em cima da mesa para me seguir.

Eu sei que ele só estava tentando puxar assunto, já que ele sempre soube que eu gosto de desenhos. Então só ignorei.

Fui salva pelo meu celular tocando. Era minha tia Alice. Levantei-me e fui até a janela, e ficamos conversando um pouco.

Droga. Isso estava me machucando demais! Ficar perto dele apenas piorava tudo. Sei lá, acho que vou pedir para o meu pai me dar umas férias longe de tudo e de todos. Seria bom para mim.

PDV Carlie.

—Oi! Chegamos! – falei alto quando passei pela porta da frente com Seth. – Nessie, minha linda! Logo é a nossa apresentação. – a lembrei me sentando ao seu lado no sofá, do meio dela e de Jacob.

Ela me olhou, me questionando.

—A gente é animadora de torcida, se esqueceu? A gente se apresenta assim que as aulas acabarem, e também vai ter o jogo final de basquete, onde vamos dançar novamente. Isso não é demais? Ainda bem que começamos a ensaiar a nova dança, falta tão pouco para o...

—Eu sei, eu sei. – ela interrompeu minha tagarelice com um sorriso genuíno no rosto.

—Desculpe, é que estou tão empolgada! Quero dizer, vai ser a última apresentação e jogo do ano, como não ficar ansiosa para isso? – perguntei, mas não deixei que ninguém respondesse. – Não faço a mínima ideia!

Meu celular começou a tocar. Era Derek.

—Oi!

—Ei, por que você estava tão estranha com Jacob? Você e sua irmã? – ele perguntou, não se importando em me cumprimentar.

—A gente teve uns problemas por aqui.

—Mendy me disse que seria melhor que vocês me explicassem. – ele disse. – Ela parecia nervosa quando falou isso. Vocês estão bem?

—Estamos sim, Derek. – me levantei e fui até a janela, sentando na soleira da mesma. Um pouco distante dos outros, mas não de suas audições. – Lembra que eu te disse que alguns segredos da minha família me incomodam de vez em quando?

Eu tive que contar isso a ele, ou então ele nunca mais me perdoaria por esconder algo dele. Não me aprofundei no assunto, apesar de desejar poder o fazer.

—Você descobriu mais um? – ele perguntou.

—Pois é.

—E você não vai me contar?

—Sinto muito, Derek. Mas... Eu apenas não... Consigo, não posso.

—É confidencial demais? – ele brincou.

—Talvez. – entrei em sua brincadeira. – Quem sabe um dia eu te conto.

—Um dia? Quando eu tiver noventa e nove anos e estiver no leito de morte? – falou em tom de brincadeira.

—Vai saber...

—Engraçadinha. – quase me interrompeu, e eu podia visualizar seu nariz se franzindo em implicância.

Nahuel desceu as escadas, chamando minha atenção. Sua cara parecia cansada. Seu cabelo estava todo bagunçado, o deixando sexy. Isso me levou para pensamentos distantes. Nahuel nunca se mostrou interessado em cortar o cabelo, e eu queria saber por que de ele ter o feito. Portanto, eu não ia ficar me intrometendo na vida dele.

—Olá, Nessie. – ele a cumprimentou, com um sorriso que ele provavelmente tentou ser sexy. E conseguiu.

Qual é a dele? Primeiro tenta me beijar, e agora tenta flertar com a minha irmã?

—Oi. – ela falou com um sorriso educado em seu rosto. Porém eu sabia como ela realmente estava por dentro.

—Carlie? Carlie, você está aí?

—Hã? – voltei ao telefone, e me virei envergonhada quando percebi ter me distraído com Nahuel. – Estou aqui. O que estava dizendo?

Senti Seth me olhar, muito provavelmente viu eu olhando para Nahuel e ficou curioso pelo motivo.

—Se vai amanhã para a escola.

Eu estava apenas me lembrando de umas coisas. Nada demais. Eu te amo. Coloquei em sua cabeça rapidamente, não querendo deixar Derek no vácuo.

—Carlie? – Derek me chamou.

Seth sorriu.

—Vou sim. – respondi de uma vez.

—Talvez mais tarde eu passe aí. Se eu não me ocupar o dia inteiro com dever de casa... – ele deixou a frase morrer.

—Tudo bem. Se for vir, me liga quando estiver chegando.

—Tá legal. Vou indo aqui. Até depois.

—Até.

E desligamos.

—Nunca dormi tanto assim na minha vida. – Nahuel falou saindo da cozinha com um pão com presunto e queijo. – O que aconteceu na minha ausência? A Terceira Guerra Mundial?

Ri de sua piada.

—Na verdade, nada. – respondi ainda rindo.

Ele sorriu tímido.

Se Jacob já não gostava de Nahuel, agora muito menos. Já que fora ele o causador do tempo na sua relação com a Nessie.

—Carlie, - ela me chamou. – vamos chamar a Mendy e ensaiar a nossa coreografia?

—Não precisa! – a voz dela ecoou pela casa assim que ela passou pela porta da frente com Embry.

—Coreografia? Que coreografia? – Nahuel perguntou, curioso.

—Somos animadoras de torcida na escola. – lhe expliquei.

—Maneiro. – ele elogiou. Sorri.

—Na cozinha tem mais espaço. – sugeri.

—Que tipo de pessoa ensaia na cozinha? – Mendy indagou, achando minha sugestão absurda, e prosseguiu sem me deixar responder. – No quintal tem mais ainda.

—Tá bom. Vamos lá. – hesitei em sair, pois não seria uma boa ideia deixar Seth, Jacob e Nahuel no mesmo ambiente sozinhos. Seth não teria problemas, mas Jake sim. – Hã... Vocês querem assistir a gente? – propus. Pois seria melhor tê-los juntos sob nossa supervisão.

Eles concordaram. Jacob parecia que ia partir para cima de Nahuel a qualquer momento, apenas pelo fato de ter aceitado.

Eles se sentavam na grama, os lobos um pouco distantes do híbrido. Ou o contrário.

—Vamos lá, gente. – ordenei enquanto elas se arrumavam em suas posições. Ensaiamos bastante, então não era preciso muita instrução de como prosseguir. – Cinco, seis, sete oito!

E começamos. Nossa dança era desafiadora, com piruetas e giros no alto, mas Ness e eu tínhamos habilidades para isso, graças aos genes vampirescos. Éramos perfeitas em nossos movimentos. Mendy precisou de algumas aulas de ginastica para conseguir entrar na torcida.

Ensaiamos mais um pouco até quando meus pais chegaram do hospital. Eles viram a parte final e aplaudiram, como os três.

PDV Renesmee.

Eu estava chegando. A noite ainda não tinha caído totalmente, e Carlie tinha conversado comigo e me convencido a dar uma chance a Jacob. Se a gente se ama, por que não deixar o que passou para trás? Eu não via porque não. E foi isso que fiz. Decidi o perdoar, mas ainda não contei a ele. Essa parte já estava por vir. Talvez o passado já o tivesse castigado o suficiente.

O lugar onde a gente iria conversar estava entrando no meu campo de visão. O avistei já de longe na clareira que havia ali. Ele estava sentado longe de mim, com as pernas dobradas, e seu queixo encostado em seu joelho. Vestia uma calça jeans velha e uma blusa xadrez vermelha. Seu olhar perdido no horizonte de árvores.

Devia estar completamente absorto em pensamentos, pois não notou minha presença até eu estar a alguns metros dele. E quando me viu, levantou apressado, ansioso.

—Nessie, você precisa me escutar, eu... - ele foi falando e andando em passos longos até mim, mas quando chegou perto, o distanciei com o meu braço estendido. – Você vai me escutar?

—Não sei se é preciso. Ainda tem mais?

—Só a parte de que eu te amo. De que você é o amor da minha vida.

—Não vai me matar agora? – perguntei com cuidado.

—Renesmee Masen Cullen, eu daria a minha vida por você antes mesmo de pensar em tirar a sua.

Sorri.

—... Estou perdoado? Eu preciso que você me perdoe, Ness... Minha vida não é nada sem você. – ele ficou em forças para ficar de pé, e caiu sobre seus joelhos, parecendo tão frágil em seu momento de súplica. – Por... por favor. 

Sua voz saiu num meio fio, e aquilo mexeu comigo.

—Primeiro: quero que fique ciente de que isso que descobri foi o que mais me machucou nessa vida, que abriu uma ferida como nunca. Segundo: eu espero que a partir de agora não haja mais segredos entre nós. Por pior ou mais banal que seja. Terceiro: ... – me coloquei de joelhos também, e o fiz olhar para mim. – Eu te amo.

Ele abriu o sorriso mais lindo da face da Terra quando falei a última parte.

—Eu também, Ness. – ele prometeu, pronunciando o apelido que ele me deu na minha infância. – Eu te amo demais.

—A vida nos ensina que precisamos nos desapegar do passado para sermos felizes no presente.

Dei um sorriso pequeno, mas verdadeiro, o deixando eliminar o espaço entre nós.

—Eu te amo, pequena. – ele murmurou ao pé do meu ouvido.

—Eu também te amo, Jake.

Desfiz o abraço e o puxei para um beijo apaixonado.

—Eu odeio isso. – falei, contra os seus lábios.

—O que? – perguntou surpreso, separando nossa boca para procurar em meus olhos.

—Odeio não conseguir de odiar por muito tempo. – confessei, frustrada. – Eu queria tanto ficar com raiva de você por mais tempo, mas só não consigo.

—Sorte minha, então. – ele falou, soltando um sorriso que fez meu coração acelerar.

—Idiota. – falei, sorrindo e olhando sua boca.

Ele percebeu o que eu queria. Segurou minha nuca e grudou nossos lábios.

—Jake... – gemi quando ele deixou minha boca, mas nunca a minha pele, para beijar o meu pescoço.

Me deitou na grama, me suspendendo pela cintura. Voltou para os meus lábios, me beijando como se não tivéssemos visto um ao outro há muito tempo. Controlou seu peso por cima do meu corpo, mas eu ainda conseguia sentir nitidamente seus músculos contra mim. Apoiou com uma mão no chão ao lado da minha cabeça, e a outra, segurou minha silhueta apenas como ele faz. Mexi em seus cabelos negros enquanto ele descia seus lábios para o meu colo, e tirou minha roupa não muito tempo depois. Tirei sua blusa e sua calça, e estávamos quites em relação a isso. 

E ali tiramos a saudade que tínhamos um do outro. E ele me deixou sabendo – centésima nona vez – o quão ele me amava.

PDV Tifanny.

Argh! A fúria dentro de mim estava em chamas! Não consigo achar nenhum meio de me livrar daquela meia vampira idiota.

—Tifanny, pare de andar para lá e para cá.

Esse garoto me mandando fazer coisas não está ajudando em nada!

Eu tenho que pensar em algo para matar ela..., mas o que? Com a família que ela tem, o meu poder só funciona com uma pessoa por vez. Eu tinha que pensar em algo e rápido. A peste vai até casar! E isso só me dá mais sede de vingança!

PDV Carlie.

—Eu gostei mais desse. – apontei para um que estava ao canto da revista.

As mulheres da família estavam reunidas com Ness e eu na casa da tia Alice, escolhendo a decoração da cerimônia. A revista era de uma estilista francesa, um catálogo reservado.

A gente já havia marcado para quando seria o casamento. Seria um mês após o final das aulas. Teríamos tempo o bastante para minha tia planejar tudo.

Derek viria em casa, e teria um pequeno problema: Nahuel. Ele nunca soube dele, e concordamos que o melhor seria apresentá-lo como um amigo de infância. O que não deixava de ser verdade, no fim das contas.

—Hey, Derek! – gritei assim que o avistei na esquina da rua do condomínio. Ele já tinha autorização de entrar sem precisar do interfone. Ness e eu fomos até ele.

A gente estava no quintal da frente ensinando Nahuel a fazer embaixadinha.

—Oi. – ele falou quando o abraçamos. – É da família? – perguntou ele, avistando Nahuel. O mesmo olhou para cá rapidamente, deve ter notado que falara dele.

—É um velho amigo de infância. – Nessie deu de ombros. Começamos a andar para a minha casa.

—Mas, e aí? – ele disse, parecendo animado ao tocar no assunto. – Ansiosas com o casamento?

—Ansiosas.

—Nervosas.

Ele riu.

—Eu ainda me impressiono com o tamanho da sua casa. – ele falou, de olhos arregalados, observando os três andares. – E como você e sua irmã são tão mimadas a ponto de terem um andar todinho só para vocês duas.

—Não somos mimadas. – nos defendi, fingindo estar ofendida. – Não tenho culpa se minha família inteira nos mima desde que somos beb...

Me interrompi, no segundo que percebi que confirmei o que ele falou.

Ele revirou os olhos teatralmente.

—E fala que não são mimadas. – provocou.

—Hey. – Nahuel falou quando chegamos perto.

—Olá. – Derek o cumprimentou.

—Derek, esse é o nosso velho amigo Nahuel. Nahuel, esse é o nosso melhor amigo, Derek.

—Oi. – eles falaram quase ao mesmo tempo, acenando com a mão.

—Como estão minhas crianças? – a voz da vovó rompeu por longe, alegre. Virei-me em sua direção com um sorriso. Tia Rose e tio Em também vieram com Mendy. Tia Alice e tio Jazz trouxeram a Nick. Fomos para dentro da casa, e nos acomodamos na sala.

—E então? Como você está em relação ao casamento?

—Tia Alice, ainda falta alguns meses para isso acontecer. – murmurei olhando ao redor da sala, e encontrei o olhar do meu futuro marido. – Mas tenho certeza de que vai ser o melhor dia da minha vida.

Ele sorriu meu sorriso torto favorito para mim ao ouvir minhas palavras. Ele murmurou um “eu te amo”. Eu só soube o que ele falou porque li seus lábios, já que ele não emitiu som nenhum.

Eu também te amo. Disse-lhe em silêncio.

Dias se passavam e nada de ruim acontecia. Nada dos Volturi, da Tifanny, na escola, absolutamente nada. Até estranhei isso. Mas não me importei. Na verdade, a paz estava boa.

—Ainda bem que essas porcarias de aulas acabaram. – desabafei para Seth enquanto caminhávamos pelo corredor da escola.

—Confesso que também estou meio aliviado.

—Meio? – o questionei, parando em sua frente, o parando também. – O que é? Se apegou a escola?

—Um pouco. – ele admitiu. Fiquei surpresa com isso.

—Sério? – perguntei não acreditando.

—Calma! – ele falou. – Não é de se espantar. Jake e eu repetimos de ano por conta das faltas na escola, e depois paramos de estudar por um tempo. Eu senti falta de estudar um pouco.

—É, sei. – falei e dei-lhe passagem para começarmos a andar novamente. – Tirando o fato de que você é péssimo em trigonometria e história. Só passou na matéria por minha conta. – o lembrei, me gabando um pouco.

—Fala sério! Quando na vida a gente vai usar alguma coisa que tem a ver em trigonometria? E pra que a gente precisa saber quem ganhou a Segunda Guerra Mundial? Já passou.

—Para que talvez não se repita. – dei de ombros olhando para frente.

—E é por isso que você é melhor do que eu. E eu não repeti nenhuma matéria... – ele pôs um braço ao redor de minha cintura, e me puxou para perto para que ele pudesse colocar os lábios em meu ouvido, e murmurou: - graças ao amor da minha vida.

Sorri tímida.

—Qual é? – ele falou, de repente se afastando de mim, mas ainda mantendo sua mão no lugar. – Sempre que te elogio, você fica envergonhada?

—Nunca vou me acostumar com isso.

Ele riu.

—Não vejo a hora de te chamar de minha mulher. – ele falou, sorrindo genuinamente.

—E eu não vejo a hora de te chamar de meu marido.

Um sorriso brotou em sua face em resposta.

—Quando você entrou no meu mundo, tudo começou a melhorar.

Agora foi minha vez de sorrir.

—Quanta sorte eu tenho de ter você comigo, hein. – murmurei me encostando ao seu corpo. Já estávamos chegando no carro.

Ele beijou meu cabelo. De repente, soltou um suspiro, parecendo frustrado com algo.

—Você está bem? – perguntei, receosa. Ele abriu a porta do motorista para mim, depois deu a volta e entrou.

—Alice não quer me deixar ver seu vestido. – ele resmungou, me observando ligar o carro.

Eu ri.

—É uma tradição. Ela não vai deixar você vê-lo até a hora do casamento. Meu pai também não viu o da mamãe até a hora. Bom, provavelmente ele viu pelos pensamentos da minha tia... É, acho que sim. – concluí depois de um segundo.

—Isso é péssimo para mim, não ver. – ele se lamentou.

—Não para mim.

—Claro, você já viu.

Eu ri.

—Relaxa, logo você verá. – falei e me inclinei para beijar a base de seu pescoço. O senti estremecer. – Ok?

—Ok. – ele se rendeu, e eu ri. – Isso é ruim, você tem todo poder sobre mim. Sou seu escravo.

—E isso realmente é uma parte ruim? – perguntei curiosa e divertida, com qual poderia ser a sua resposta.

—É no sentido figurado que estou falando.

Franzi o cenho.

—Eu apenas não me importo. – ele disse e beijou minha boca. – O que você acha de irmos ao boliche? Sabe, a gente e a galera toda. Quero dizer, nós dois – não quis falar como mexeu comigo o jeito que ele falou “nós dois”. Com toda a certeza do mundo eu já deveria estar acostumada com ele me incluindo em seus planos, entretanto meu coração ainda sentia uma paixão frenética com essas pequenas coisas. – Jake, Nessie, Mendy e Embry. – continuou – Eu tenho certeza de que eles vão topar.

—Acho perfeito para comemorar o fim das aulas. Sei que eles vão gostar da ideia.

Eu sabia que minha irmã adorava boliche, Mendy nunca foi mas sem dúvidas iria adorar. Jake igualmente, gostando de desafios como ele gosta. E Embry, mesmo que ele não gostasse, o que eu duvido muito, toparia sem pensar por causa da minha prima.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para minha irmã.

Saímos uns minutos mais cedo da aula. Afim de um boliche? Eu. Você. A galera. Não precisa responder agora se tiver ocupada. Beijo.

—Bom, o que estamos esperando? – ele me perguntou, e eu dei a partida no carro em resposta.

Não demorou muito para chegar em casa. Tirando a parte de que quase perdi a concentração algumas vezes por causa de sua mão atrevida passeando em minha coxa, seus dedos roçando em meu ombro e afastando meu cabelo.

Quando estacionei o carro na garagem ao lado da minha moto, me preparei para sair. Uma mão quente e macia me impediu, fechando de novo a porta.

—O que foi? – perguntei curiosa. Ele não disse nada, apenas me puxou para si, me colocando em seu colo, e encostou sua boca na minha.

—Eu te amo – falou, seu se mover. – mais do que a minha própria vida.

Coloquei os braços ao lado de seu pescoço, apertando mais nossos lábios, sem me importar de dar impulso ao beijo.

—Eu sei disso. – sussurrei – Também te amo demais.

Com a resposta, pousou as mãos em minha cintura e me abraçou, afastando sua boca para beijar minha bochecha e todo trajeto até o meu pescoço, e afundou seu rosto ali. Eu realmente queria ficar ali, naquela posição, mas se eu não fizesse nada, não teria boliche naquela tarde.

Portanto, eu não tive que fazer nada, alguém quebrou o clima quando bateu na janela do carro. Contra a vontade, me obriguei a me separar do Seth. Inclinei a cabeça para trás e me virei para ver a pessoa futuramente morta. Emmett. Tinha que ser.

—Saiam logo daí! – ele falou alto como se fossemos humanos e não pudéssemos ouvir claramente. Sua voz foi abafada pelo vidro, mas nada que dificultasse a nossa audição. – Seu pai está quase vindo aqui por causa de vocês. Sabe, não é muito bom ser um pai e ainda por cima ler mentes. Facilitem isso para o Eddie.

Ouvi baixinho um som de um rosnado vindo lá de dentro. Meu pai nunca gostava desses apelidos.

Revirei os olhos e saí do colo dele. Fui para o banco do motorista, abri a porta, e saí. Seth já estava lá fora.

—Nunca mais ando nesse carro. – ele falou.

—E todo mundo pode andar no seu carro, né? – devolvi, em nome do meu pai.

Ouvi a gargalhada dele de dentro da casa.

—Vamos lá, minhoquinha. – meu tio falou. Ele me pegou e me colocou debaixo do seu braço. Eu ri alto com a adrenalina da sua brincadeira.

Entramos e vimos meus pais enroscados um no outro, no sofá.

—Nessie não veio com vocês? – ele perguntou assim que entramos em seu campo de visão.

—Essa última aula não era com ela. – falei, ainda debaixo do braço de Emm – Milagrosamente, com M maiúsculo, meu professor da última aula nos dispensou alguns minutos antes.

A gente ficou conversando um pouco, esperando os outros quatro chegarem.

Fiquei curiosa com quem podia ser quando ouvi o barulho de carro se aproximando.

—Jake e Nessie estão chegando. – Edward anunciou.

Enquanto o carro ia sendo estacionado, fui falando:

—Seth teve uma ideia para a gente comemorar o término das aulas. – minha voz saiu empolgada.

Quando meu pai leu a mente de Seth, que supostamente estava pensando no boliche, ele olhou para nós dois.

—Vocês não vão sair sozinhos. – ele antecipou sua resposta, e meu cunhado e minha irmã entraram pela porta da garagem.

—Ah, qual é, sanguessuga? – Jacob provocou em relação ao meu pai super protetor. Ele lhe lançou um olhar não muito agradável ao mencionar o apelido preconceituoso. Bom, agora era mais provocativo. Hoje estava sendo o dia dos apelidos para o meu pai. – Estamos noivos, se esqueceu? Aliás, vamos apenas ao boliche, o que tem demais? Se quiserem ir conosco... – ele se interrompeu quando Nessie e eu lhe lançamos um olhar, o repreendendo. Fala sério! Era para ser um programa entre amigos, e não família.

—Obrigado pela oferta, cachorro. – meu pai retrucou – Mas hoje queremos ficar em casa. Vocês deviam fazer o mesmo – ele sugeriu e eu revirei os olhos.

—Pai, a casa é grande e tal, mas qual é a graça de ter a eternidade e ficar mofando aqui dentro? – perguntei, mas não esperei nenhuma resposta – Temos que curtir a vida e tudo mais.

Seth me puxou delicadamente para si mesmo e beijou meu cabelo. Era nesses momentos que ele ficava orgulhoso de mim.

—Se é assim... – por um momento achei que ele fosse deixar – a gente vai junto.

Encarei incrédula um Edward sorridente.

—Que tal, Bella?

Ela riu de sua provocação que, como sempre, fazia efeito.

—Paaaai! Fala sério, né?

—Você mesmo disse que quer ficar em casa! Podem curtir a sua eternidade outro dia, que tal?

Ele riu.

—Estou brincando, mas Mendy vai com vocês?

—Não sei – falei – não sou a Mendy.

—Mantenha essa atitude, mocinha, e você não vai a lugar nenhum.

—Desculpa. – gemi.

—Tudo bem, mas se forem chamar a Mendy, não vou ajudar em nada.

Revirei os olhos. É claro que ia ter um castigo. E esse não era nada bom. Tia Rose sempre dificultava de deixar a filha sair quando envolvia Embry na parada.

—Obrigada, de qualquer forma. – agradeci antes de me despedir deles e puxar Seth para fora. Os dois nos seguindo.

Andamos tranquilamente pela rua até chegar à casa de Rose. Abri a porta e percebi estar tudo muito quieto.

—Marco! – gritei, entrando. Os três atrás de mim.

—Polo. – ela falou alto, e em segundos, estava no andar de baixo. Franziu o nariz para o cheiro dos lobos. – Não podem esperar lá fora não?

—A Senhorita Perfeição é a única que nunca se acostumou com isso. – Jacob disse, zombeteiro.

—Não sou obrigada a conviver com isso. – ela falou jogando seu lindo e impecável cabelo loiro para trás.

—Queríamos conversar com você – avisei e fui me sentar preguiçosamente no sofá. Nessie se sentou ao meu lado, e como era um sofá de dois lugares, Seth se sentou no braço do sofá, ao meu lado, e Jake fez o mesmo, mas ao lado dela.

—Pode dizer, querida. – ela falou carinhosamente.

—Mendy e Embry podem sair juntos com a gente hoje para o boliche, por favor? – falei rápido, juntando minhas mãos como se tivesse implorando.

—Tá bom.

Fiquei surpresa ao ouvir sua resposta sair tão rápido e facilmente positiva de sua boca.

—Sério? – Nessie perguntou, se certificando.

—Mendy conversou comigo e eu estou disposta a ser flexível com ela e Embry. Devo começar a deixando sair para alguns lugares com ele, mas apenas passeio com amigos. Não sou tão radical assim.

—Bom, então obrigada. – agradeci de verdade.

—Não por isso. – ela se levantou para sair de casa conosco.

A gente foi para a minha casa, onde tio Emm estava importunando meus pais.

—Ainda bem que chegaram. – Bella falou aliviada. – Emmett é chato demais quando quer.

—Não estou sendo chato, irmãzinha. – ele discordou e se inclinou para bagunçar seu cabelo. Ela devia estar tão cansada de suas provocações, que apenas deixou, mas sua cara não era uma das melhores.

—Sai daqui! – ela falou alto e afastou sua mão.

—Eu só queria a atenção dos meus queridos irmãos. É tão difícil assim? – ele falou, tentando parecer chateado. Se jogou de cabeça para baixo no sofá entre meus pais, fazendo suas pernas ficarem onde era para ser a silhueta e vice-versa.

Revirei os olhos, mas ri. Eu tinha a melhor família do mundo.

PDV Renesmee.

—Hey, cadê sua irmã e o garoto? – Jake me perguntou quando saímos da aula, e eu sabia que ele falava de Seth.

Finalmente as aulas haviam terminado. Estávamos livres para dormir tarde e acordar tarde.

—Poxa, tenho que ir para casa ajudar meus pais com alguns assuntos da empresa. – Derek lamentou olhando para a tela do seu celular. – A gente se vê depois Ness!

Acenei enquanto o mesmo se afastava.

—Carlie mandou mensagem avisando que saiu mais cedo. – expliquei ajeitando as coisas em meu braço e com a mão livre, peguei a sua mão livre. – Filha da mãe sortuda.

Ele riu.

—Também estou aliviado, principalmente porque os Cullen conseguiram fazer com que eu não tivesse que fazer todo o ensino médio, só o último ano.

—Você não estudou mais desde quando? – perguntei curiosa, soltando sua mão e ficando na sua frente, o encarando.

—Bom, depois que você nasceu...

—Ahhhhh. – o interrompi, suspirando – sabia que eu estava no meio.

—Escute, eu não me arrependo de nada. – ele esclareceu, o que me fez sorrir um pouco. – Como eu ia dizendo... – abaixou o tom de voz, pegou minha mão e me puxou para andar novamente. Alguns curiosos ficavam olhando para nós dois. – depois que você nasceu, eu parei de ir para a escola. Eu não via mais sentido. Por conta das faltas, eu repeti de ano, e só não refiz a minha matrícula.

—E esse “parei de ir para a escola”, eu suponho que seja até agora. – sugeri.

—Sim. – ele balançou a cabeça.

—Tudo bem. Não vou pedir desculpas, já que isso não vai mudar nada do passado.

Ele sorriu.

—Obrigado. – ele falou.

Sorri de volta. Larguei sua mão para abraçar sua cintura até chegarmos ao estacionamento.

—Me deixe dirigir por hoje. – ele tentou pegar as chaves da minha mão quando as tirei de meu bolso, mas as levei para fora do alcance dele.

—Não, não e não. – neguei. – Faz muito tempo que eu queria dirigir meu próprio carro, e agora que meu pai me deixou, tenho que aproveitar.

—Mas hoje você dirigiu o caminho para cá. – ele acusou, me prendendo com o seu corpo contra o carro. Eu tentei não me distrair com isso, e estiquei o braço para fora de seu alcance com o punho fechado, onde estava a chave. Tive o cuidado de não a amassar. – Não acha que eu tenho o direito de dirigir na volta? – perguntou ele, beijando meu pescoço, num ato claro, porém delicioso de persuasão. Foco, Renesmee. Foco.

Senti meu corpo estremecer quando suas mãos subiram minha silhueta e escorregaram pelo meu ombro, - e eu sem me dar conta – todo o meu braço, até que suas mãos estavam nas minhas.

—Obrigado. – ele sussurrou em meu ouvido antes de se afastar.

E antes que eu pudesse assimilar o que estava acontecendo, percebi minha mão direita vazia, e a chave do meu carro estava nas mãos dele.

—Isso definitivamente não valeu. – falei emburrada, e cruzei os braços.

Ele me lançou o meu sorriso preferido, e fui incapaz de não sorrir de volta. Veio até mim e puxou minha cintura até que estávamos um contra o outro, sua boca novamente eu meu pescoço, sussurrando em meu ouvido:

—Adoro a reação que tenho sobre você.

Arrepiei-me, e escutei sua risada antes de ele se afastar de mim.

Fiquei na ponta dos pés e descansei o braço ao redor de seu pescoço, agarrando seu cabelo, o puxando para mim. Minha mão passou pelo seu musculoso braço e seu antebraço. Delicadamente, raspei meus dedos por ali até chegar em sua mão, e sem ele perceber, tirei as chaves dele. Ele percebeu o que eu fiz, mas ficou sem reação por dois segundos. Prendi minha mão nas costas, segurando-a firmemente com a mão fechada, e me inclinei para sussurrar de volta em seu ouvido:

—Obrigada você.

Afastei-me, com um sorriso maroto, antes que ele tentasse algo. Seu lindo rosto estava dividido: meio abobalhado e incrédulo.

—O que foi? – perguntei quando ele não disse nada. – O carro é meu.

—Você acabou de me seduzir. – acusou ele.

—Você também fez isso comigo. – lembrei a ele, fazendo pouco caso e me virei para a porta do motorista. – Carlie te ofereceu a moto.

—Você fala como se não tivesse me obrigado a vir com você. – ele resmungou dando a volta pelo carro para entrar no mesmo.

—Bom, “obrigado” é uma palavra muito forte e você chega a me ofender desse jeito. – dramatizei a situação. – Eu só pedi e você aceitou. E antes que você fale – falei antes dele, que estava prestes a dizer algo – eu sei que foi por causa do imprinting que você tem por mim. Eu sei. Não precisa falar nada.

—Imagina. – ele falou, sarcástico, enquanto eu arrancava o carro dali. – Se eu não falar nada, você faz drama o resto do dia.

Eu ri. Isso era verdade. Eu gostava de encher o saco.

—Carlie perguntou se a gente queria ir ao boliche. – falei depois de um minuto em silêncio.

—Claro, claro. – falou ele, com indiferença.

—O que? – perguntei – Não quer ir só por que eu vou? É isso?

—Começou de novo a fazer drama. – ele suspirou teatralmente, e eu não tive como não rir.

Fez-se silêncio novamente, mas não me importei. O silêncio não me incomodava. Era tão confortante quanto ter uma conversa casual com o seu melhor amigo.

—Eu te amo. – ele falou de repente, e o olhei. Algo me disse que estava me olhando bem antes disso.

Eu resolvi brincar.

—Eu e mais quantas? – perguntei, e fiquei surpresa quando ele não reclamou de eu estar falando asneira.

—Aí depende de quantas filhas vamos ter.

—Ah, Jake. Eu te amo. – falei comovida e dei um beijo nas costas de sua mão.

—É sério. – ele assegurou.

Eu ri, deixando claro que acreditava nele.

Pousei o punho esquerdo de forma discreta na minha barriga, e desejei com todas as minhas forças que eu estivesse grávida. Bom, deixamos de usar a proteção uma ou duas vezes, então isso poderia ser o bastante. Se pudéssemos ter filhos, já estava mais do que na hora.

PDV Carlie.

Roupas, roupas. Decisões, decisões. Fazia um tempo que eu não me preocupava tanto no que vestir para sair. Saia? Vestido? Calça? Short? E de calçado? Sandália? Rasteirinha? Salto? Sapato? Tênis? Aaah, tão difícil!

Eu estava quase louca andando para lá e para cá no meu closet a procura de algo decente para ir ao boliche, quando a óbvia ideia veio a minha cabeça, e fiquei furiosa por não pensar nisso antes.

Corri de volta para o quarto e procurei rapidamente meu telefone que estava na minha bolsa.

Quando estava com ele em minhas mãos, disquei o número que eu queria, e um toque depois, ela me atendeu.

—Oi, sobrinha querida! – ela me cumprimentou alegremente.

—Oi, Alice. – respondi no mesmo tom. Normalmente ela atendia antes mesmo de acabar o primeiro toque, por causa de suas visões, mas quando se tratava de mim e da Nessie, ela não sabia, e então atendia quando tocava, normalmente, e não tão depressa. – Eu preciso da sua ajuda com roupas.

—Agora? – ela perguntou, parecendo meio decepcionada. Isso não era típico de Alice Cullen. Ela sempre gostava de ajudar as pessoas: principalmente se o assunto fosse moda.

—É que meu pai deixou a gente ir ao boliche hoje, e eu estou desesperada para procurar uma roupa que combine, pois não estou achando nada! Preciso da sua ajuda urgentemente!

—Hã... – ela hesitou, e depois de meio segundo, respondeu. Achei isso muito estranho. – Estou indo aí.

—Estou atrapalhando algo, não é? – falei, finalmente sacando, e me sentindo culpada.

—Esquece isso, a gente estava apenas assistindo TV com a Nick. Estou aí em um segundo. Beijo.

—Whoa! – gritei assim que ela saiu da linha. Por que diabos eu estava tão animada? Ah, lembrei. Eu simplesmente ADORAVA sair com os amigos! Isso sempre me alegrava de um jeito incomum. Ou comum, sei lá. De qualquer jeito, eu ficava quase eufórica antes de sair de casa.

Eu sabia que ela não demoraria a chegar aqui, então me sentei na cama e esperei – impacientemente – por minha tia. Jess subiu no meu colo pedindo carinho, e eu afaguei seus pelos.

Olhe para a parede do meu quarto, e meus pensamentos voaram para longe.

“Flash Back On”

 

Estávamos no meu quarto – cujo tinha uma queen size que eu adorava – assistindo Marley e Eu. Ele queria assistir Velozes e Furiosos pela centésima vez, mas cedeu quando eu falei que nunca tinha assistido. Sei que nenhum dos dois precisava, mas dava uma sensação de conforto uma manta fina nos cobrindo.

No final, acabei não contendo os soluços.

— Esse filme é tão triste. – chorei. O coitado ficou preocupado e me abraçou forte. – Por que ele teve que morrer?

— Shiiii, é apenas um filme. –  falava em meu ouvido, com os braços ao meu redor.

— Isso mostra o quão é ruim se apegar as coisas. – falei, fungando e limpando minhas lágrimas. – E quando for a Jess? Não pensei nisso quando decidi ficar com ela.

Confirmou com a cabeça.

— Sabe, não sei por que os homens mal caráter são chamados de cachorro. E quando se vê um homem bonito é chamado de gato. – raciocinei. – O cachorro é fiel, ama o dono incondicionalmente e nunca o esquece. O gato, por outro lado, é esnobe e se acha dono de si.

Seth riu contra o meu cabelo.

— Que horas são? – perguntei em meio a um bocejo curto.

— Cedo ainda. Cinco e meia. – ele respondeu.

Eu fechei os olhos por um momento, e encostei minha cabeça em seu peito.

— Está mais calma? – perguntou, se referindo a minha crise quase histérica sobre o filme.

— Estou. – suspirei. Me apoiei em meu cotovelo para encará-lo. – Às vezes é ruim ser sensível com animais.

Ele riu e segurou minha nuca, me puxando para um beijo.

Só então me lembrei que hoje seria o plantão dos meus pais. Chegariam depois das sete e meia. Com esse pensamento, atravessei uma perna sobre seu corpo, o deixando no meu meio. Não me permiti desgrudar de seus lábios um segundo sequer.

Continuei o beijando, e não demorou muito para eu ficar excitada com a nossa posição. Comecei a provocá-lo com mordidinhas em seus lábios, até que ele não aguentou mais e nos inverteu, me beijando de forma urgente, tomando o controle da situação. Eu simplesmente amava despertar o lado mais... selvagem dele.

Ele iniciou uma longa sessão de beijos no meu pescoço, fazendo meu corpo se incendiar por completo. Sem cerimônias, arranquei sua camiseta preta dele, deixando à mostra seu lindo peitoral e barriga. Ele voltou a me beijar, enquanto as pontas dos meus dedos se deliciavam ao sentir sua pele quente e firme.

Ele arrancou minha regata e meu shorts de moletom, me deixando com a minha lingerie francesa vermelha, distribuindo beijos em minha barriga no processo.

— Linda. – ele sussurrou, olhando meu corpo.

Logo as roupas estavam em algum canto do quarto.

— Ahh, Seth. – minha voz falhou enquanto eu tentava normalizar a respiração.

— O que foi? – ele perguntou, do mesmo jeito que eu, segurando minha mão. Era um costume seu fazer isso toda vez depois que fazíamos amor.

— Você fica cada vez melhor. – transpirei o ar que eu enchi meus pulmões.

— E você então. – ele falou sorrindo, e se apoiou em seu cotovelo para ter uma visão melhor de mim. Se esticou e depositou um leve beijo nos meus lábios. Deixei meus olhos fechados, com um sorriso sincero na boca.

Quantas vezes eu achei isso ser impossível, que Seth e eu seriamos nada além de amigos para sempre. E agora estamos aqui, noivos. Que coisa maravilhosa!

Sempre pensava que ele nunca iria querer nada além de amizade, mas o fato de ele ter quase me beijado duas vezes comprova o contrário. E a vez em que fomos ao cinema também. Ele me confessou de que teve medo do que eu pensaria se me beijasse ali.

— No que pensas? – ele me arrancou do meu transe, e eu abri os olhos.

— No passado. De quando eu pensava que você só queria ser meu amigo.

— Impossível. – ele sussurrou a centímetros dos meus lábios.

— Eu te amo. – murmurei, prendendo meus braços em seu pescoço.

— Eu também te amo. – respondeu, com um sorriso lindo em seu rosto, com qual ele sempre ficava quando me ouvia se declarando. E me beijou.

 

“Flash Back Off”

 -Está pensando em que?

Uma voz me fez sair dos meus pensamentos.

—Nada em especial. – respondi me levantando. Alice estava aparentemente feliz em me ajudar com algumas combinações de roupas.

—Então; que tipo de roupa você vai querer?

—Hmmm... – pensei por um segundo – algo que combine com boliche. Nada chamativo demais, e nada simples demais.

E então seu rosto se clareou, e havia um brilho em seus olhos.

—Ah! Sei exatamente o que precisa. Vem comigo.

Ela pegou minha mão e me puxou para dentro do closet. Andou em velocidade vampiresca, e alguns segundos depois, minha tia parou a minha frente com um cropped preto, uma calça jeans wide leg com rasgo no joelho da mesma cor do cropped, e uma jaqueta preta de couro. No fim para completar trouxe um tênis branco robusto. O look caiu como uma luva.

—E para completar, sua bolsa.

—O que seria de mim sem você? – e a abracei. Realmente, ela era brilhante.

—Ahhh, não foi nada. – ela murmurou feliz, e retribuiu meu abraço. – Bom, não vou te atrasar, – ela me afastou dela e me ofereceu minhas roupas. – se divirta com os outros.

E desapareceu. Sério, Alice era simplesmente demais. O que seria dessa família sem ela e sua loucura por moda? Todos andariam bregas para todo canto, principalmente minha mãe.

Ri e fui correndo para o banheiro, e tomei um banho rápido. Depois coloquei a roupa e fui para frente da minha penteadeira. Finalizei meus cachos e os deixei livres. Passei uma maquiagem mais marcante para sair à noite, com direito a sombra-glitter, olho de gatinho e batom vermelho escuro.

Quando acabei, peguei minha bolsa e fui ao quarto do meu futuro marido.

Entrei sem bater e o vi colocando sua blusa.

—Alice deu uma passada aqui? – brinquei.

—Não. – ele respondeu sorrindo. Mas parou bruscamente ao me notar de verdade. – Nossa senhora, minha noiva é uma deusa. Tudo isso é meu?

Ri sentindo o calor em meu rosto.

—Mas por que perguntou da sua tia? Gostou da roupa?

—É. – respondi. – Nada mal.

Ele riu, sabendo que eu falava da boca pra fora.

—Você também não está nada mal. – ele respondeu, no mesmo tom de brincadeira. Andou até mim e me puxou pelo braço, até que ele estava com a sua boca na minha.

O beijo durou uns vinte segundos até que caiu a ficha de que eu não havia perguntado a Mendy se ela queria ir junto.

Quando eu ia interromper o beijo para lembrar esse detalhe, meu celular começou a tocar. Era ela mesma.

—Vou pegar um lenço para nós. – ele falou passando o dedo ao redor de seus lábios.

—É intransferível. – o acalmei antes de pegar o celular na bolsa e o atender.

Antes mesmo que eu tivesse que falar algo, ela tomou a iniciativa.

—Minha mãe me falou sobre o boliche e eu super topo! – ela falou, bastante animada. – Só agora que me dei conta de que não te avisei que também vou.

—Eu também só lembrei agora de te lembrar. – confessei sem graça.

—Ahh, não tem problema. Estou me perguntando até agora como minha mãe me deixou ir com Embry. Tudo bem, eu sei que vai mais pessoas, mas por que ela deixou? – ela parou por um momento, mas não o suficiente para me deixar falar. – Pode ser que a conversa que eu tive com ela tocou seu coração. É que ela não tem cara dessas coisas, sabe? Ela parece ser fria demais, principalmente com o Embry.

E então, quando finalmente ela me deixou falar, lhe expliquei. Seth, que estava terminando de se arrumar no seu closet, se virou para mim e riu.

—Acredite em mim. Você está com ela há pouco tempo para conhecê-la. Ela é realmente surpreendente em alguns aspectos. Você vai ter muito tempo para conhecê-la de verdade.

—Bom, de qualquer modo, vou pegar minha bolsa. Embry e eu estaremos aí em alguns minutos. Beijo.

—Beijo. – falei e desliguei.

—Sua prima é maluca. – Seth me disse.

—Sei disso. – retribuí seu sorriso.

Ele me puxou para perto.

—Está muito bonita. – murmurou no meu ouvido.

—Você também está. – falei e ele sorriu por me agradar.

PDV Rosalie.

 

Olhando para a minha família ali reunida na casa de Edward e Bella, eu tive um baque. Todos são vampiros. Os únicos humanos são seres sobrenaturais. Sem procriar, sem envelhecer. Porém Esme me mostrou que há maneiras de ter filho que não seja engravidando. E então veio Mendy para a minha vida. Minha filha. Já adolescente, e eu não sinto falta nenhuma de não a ter tido quando pequena.

Filha. Nunca pensei que poderia chamar alguém assim. Minha mente fechada sempre se lamentou do meu sistema reprodutor ser eternamente falho. Ela foi minha salvação. E já vai fazer dezoito anos, igual a idade física das minhas sobrinhas. Com o pequeno detalhe que minha Mendy logo será mais velha do que eu. Logo parecerá minha mãe! Droga, no que eu estava pensando quando a adotei?

—O que há de errado, Rose? – Jasper me perguntou, de sobrancelhas juntas.

—Não é nada demais. – falei tentando tirar a preocupação, mas não obtive muito sucesso.

Em também percebeu, e eu sabia que ele não ia deixar isso passar em branco. Bella ficou preocupada com as palavras de Jazz, e me olhou. Edward que, irritantemente esteve ouvindo meus pensamentos todo esse tempo, já sabia o motivo por eu estar apreensiva.

—O que foi, amor? – Emmett perguntou carinhosamente.

—Ela está preocupada com o crescimento de Mendy, principalmente por ela ser sua filha. – Edward, o senhor-lê-mentes falou. Eu ainda tenho boca, sabia?

Ele revirou os olhos com esse pensamento.

—Como assim? – Em perguntou, sem entender.

—E quando ela crescer e parecer mais velha que nós dois? Quando parecer nossa avó?...

—Já consideraram a ideia de ela querer ser uma vampira também? – Edward me interrompeu.

Rosnei para ele. Como ele pode sequer pensar sobre isso? Mendy nunca, jamais se tornará um sanguessuga sugador de sangue como nós! Não vou roubar a alma dela apenas para nunca a perder! Acima de tudo, ela ainda é minha filha!

—Eu sei que ela é sua filha. – ele revirou os olhos, parecendo não se importar com uma vampira muito furiosa querendo arrancar sua cabeça! – Não quis ofendê-la, senhoria. – falou, realmente não se importando se eu esquecesse que ele era meu irmão e decapitá-lo. – Pare de ser dramática, ok? Eu só quis dizer caso isso vá acontecer em breve. Bella é a prova de que isso pode acontecer. Quando soube sobre nós, quis imediatamente se tornar uma vampira, pois não queria ser a que envelhece. Isso pode acontecer com qualquer humano que estiver entre nós e souber do nosso segredo.

—Cale a boca!

—Edward, pare, por favor. – Emmett pediu-lhe, quando viu como eu estava abalada.

—Em, ela precisa estar preparada caso isso venha a acontecer.

—Me deixe em paz! – desta vez não poupei força para os meus pulmões me ajudarem a gritar. Não quis mais ouvir nenhuma palavra desse idiota, então saí daquela casa e corri para fora dali. Odiei não poder usar meus passos reais e ter que andar igual uma tartaruga para imitar os humanos ao redor. Eu sabia que Emmett me seguiria, então não corri tanto assim para ele me alcançar.

—Rose, me espere. – o ouvi falar. Pela sua voz, presumi que ele não estava muito longe, mas tentava me alcançar. E então o plano de ir devagar não deu muito certo, afinal.

Diminuí meus passos e parei. Sentei-me no banco, pela primeira vez exausta de ficar em pé.

O senti se aproximar por trás e envolver seus fortes braços ao meu redor. Me encostei ao seu corpo, tentando me confortar de alguma maneira.

—Rose, não liga para ele não. – ele falou perto do meu ouvido. – Edward não teve a intenção de te magoar.

—Não é por causa dele, Em. – falei me virando para olhar em seu rosto. – Mas a verdade de suas palavras. A realidade, de que nossa filha possa desejar querer ser um de nós. Isso me apavora. – sussurrei a última parte.

—Não pense nisso agora, está bem? Espere até o momento que ela começar a pensar sobre isso, se esse momento vier à tona. Não fique se preocupando desse jeito agora, tá legal?

Assenti.

Ficamos um tempo ali, eu tentando tirar essa ideia de minha filha se tornar uma vampira...

PDV Carlie.

—Que gritaria foi essa? – perguntei terminando de descer as escadas com Seth.

—Apenas Rose exagerando. – papai me disse.

—O que houve? Vocês brigaram?

—Não. Como eu disse, ela só estava exagerando.

—Ok. Bom, a gente já vai, ok? Tchau, pessoal.

—Tchau. – responderam juntos, perfeitamente em coro. Balancei a cabeça. Eu nunca iria me acostumar com isso.

—Não vai esperar sua irmã? – mamãe perguntou.

—A gente vai esperar eles na garagem. – respondi.

Ela assentiu e fomos.

Assim que chegamos lá dentro, eu estava contra o carro, e uma boca se movendo urgentemente na minha. Ele pressionou seu corpo ao meu, e agarrei seu cabelo macio.

—Vish, se eles continuarem desse jeito, a gente não vai chegar lá nunca, Jake. – a voz de Jake interrompeu nosso momento.

—A gente nem vai sair de casa se depender do papai. – Renesmee resmungou.

Dei mais um demorado selinho nele antes de ele se afastar por conta da nossa companhia que nos irritou.

—Vamos de moto? – perguntei a Seth. Ele me conhecia para saber que eu iria de moto de qualquer forma.

Saímos da garagem para esperar Ness e Jake quando Mendy e Embry chegaram e foram até eles.

—Vamos no boliche do centro, certo?

—Não, tem outro melhor.

—O do centro é o melhor!

—Sério que eles vão discutir justo agora? – fiz uma pergunta retórica. Coloquei o pezinho dela e saí de cima. – Você vem? – perguntei a ele, que já estava descendo da moto.

—Claro, você pode se machucar involuntariamente.

—Que nada, eles não vão chegar a esse ponto.

Terminei de falar e já estávamos do lado de dentro da garagem.

—Não sei para que essa discussão infantil. Chega disso! – exclamei interrompendo-os. Embry revirou os olhos e Jake bufou com o meu comando, mas me obedeceram. – Eu já reservei o do centro porque hoje fica aberto até mais tarde. Ou se quiserem ir no outro, resolvam no par ou ímpar.

—Fala sério. – Nessie reclamou – tem coisa mais infantil que isso?

Mais infantil não sei, mas é tão infantil quanto essa discussão. Vamos logo ou querem lidar com burocracias desnecessárias?

Ao não ter nenhuma resposta encrenqueira, continuei.

—Agora se resolvam como adultos e vamos esperar quando chegarmos lá.

Seth pôs a mão em minha cintura enquanto íamos para fora.

—Você conseguiu. – ele falou, sorrindo. – Estou orgulhoso de você, minha pequena.

—Obrigada. Mas eles tinham que ter aquela discussão sem sentido?

—Não. – riu. Me puxou para perto para segredar algo. – Devo dizer que você ficou sexy tomando as rédeas dessa forma.

—Uau. – exclamei abobalhada. – Obrigado.

Segundos depois, a garagem foi fechada após o carro de minha irmã sair. Lá estavam ela e Jake. Mendy e Embry já estavam a caminho do carro dela.

—Vocês vêm ou não?

—Sim, a gente vai. Depois nos encontramos.

Ela acenou e arrancou o carro dali.

Subi rapidamente na moto e Seth subiu atrás de mim. Mordi o lábio quando ele colocou escorregou suas mãos pelos meus braços até suas mãos estarem por cima das minhas.

—Se lembra de como pilotar? – perguntou ao meu ouvido. Fechei os olhos, tentando me concentrar em ligar a moto. Com sucesso. Ele afastou meu cabelo do pescoço para beijar ali.

—Como você me pergunta se eu lembro, com você fazendo isso? – minha voz tremeu. Ele riu e se afastou, e colocou as mãos em meu quadril.

Coloquei a moto em movimento.

—Whoa! – ele falou alto quando aumentei a velocidade. – Vá com calma aí!

—Quem vê pensa que você não ia para a escola comigo. – falei com o mesmo tom de voz, mesmo sabendo que ele me ouviria de qualquer jeito. – Seth Clearwater, meus genes estão sempre comigo. Meus genes de Cullen, não de Swan.

Ele riu baixinho perto de meu pescoço, o que me fez cócegas. Pôs os braços a minha volta com firmeza e se arrastou para perto de mim.

A sensação do vento no meu rosto era libertadora. A adrenalina correndo em minhas veias se assemelhava com a caça. Mas de moto é diferente. Caçando é só correr... Com moto é dirigir.

Chegamos lá primeiro, já que ultrapassei Renesmee e seu carro.

Mendy demorou um pouco para chegar. Talvez sua humanidade a fazia ter mais reflexos auto preservadores do que eu.

Eu tinha a sensação de que iria ser uma noite incrível!


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