A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 53
2x11 Surpresa! (E)


Notas iniciais do capítulo

Espero que me desculpem pela demora, e apreciem o capítulo sem moderação
Beijocas



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Decidi ficar com a minha segunda opção.

—Faço qualquer coisa por você. – fingi um sorriso, a fazendo ficar satisfeita.

PDV Carlie.

Parecia que um estava seguindo o outro. Encontramo-nos com Jacob e Renesmee no restaurante Bella Italia. Acabamos por ficar na mesma mesa.

Meus pais me contaram que esse foi o primeiro restaurante que eles foram.

A gente estava comendo em paz, até que chegou Mendy e Embry. Eu ainda estava chateada, mas Ness, para tentar apaziguar tudo, os chamou para se juntarem a nós. Isso me enfureceu por dentro. Eu fiquei com raiva das duas por motivos diferentes; Mendy por passar dos limites, e Renesmee por estar sendo legal com ela. Mendy estava de mal de Renesmee porque a dedurou para mim, e querendo quase desesperadamente voltar a falar comigo. Renesmee se sentindo culpada por tudo isso; mas estava de bem conosco... agora não tão mais.

O que era para ser um jantar romântico, ficou muito estranho. Ninguém se falava, a não ser as meninas com meninos, nunca meninas com meninas. Bom, às vezes eles falavam conosco também para tentar quebrar o gelo. Não funcionava. Nada funcionava.

Chegamos em casa e Seth me deu um beijo antes de ir tomar um banho. Eu, exausta, me joguei no sofá ao lado de Leah.

—O que houve? – ela me perguntou.

—O que houve é que o que era para ser um jantar lindo, romântico e a dois, foi horrível, chato e a seis.

Com o meu tom enervado, ela resolveu se calar. Não é que eu não tenha gostado de a minha irmã ter ido, mas ela tentou ser legal com a nossa prima depois de tudo!

Na manhã seguinte, Seth me levou para passear um pouco pela rua, e aproveitar a trégua que a chuva deu.

Escutei meu celular vibrando no bolso. O peguei, ignorei quando li o nome no identificador.

—Quem é? – Seth me perguntou quando não atendi.

—Mendy.

O ouvi suspirar, e me virei a tempo de o ver revirar os olhos.

—Carlie, espere um minuto aqui.

Confusa, fiz o que fui mandada. Ele foi para longe de mim, onde eu não conseguia o ouvir. Pegou seu celular e mexeu nele. Com certeza discou algum número, pois logo estava conversando com alguém aos sussurros. Depois de um minuto, veio até mim.

—Vamos voltar para casa. – falou ele.

Segurou minha mão e demos meia volta.

—Aconteceu algo?

Não poderia ter acontecido, já que foi ele quem fez a ligação.

Por mais que eu o ameaçasse com coisas bobas, ele não falava o porquê de a gente estar voltando.

—Você vai falar com a Mendy e resolver isso de uma vez.

Parei de andar quando ele disse isso. Ele não podia me obrigar a nada.

Estávamos na frente da casa dos Clearwater a esse ponto.

—Não me obrigue a te fazer entrar nessa casa. – ele ameaçou, mas não me importei. Não me movi, o desafiando. Seu tom sem saco não me intimidava.

Surpreendeu-me quando me pegou em seu colo e fez como prometeu: levou-me para dentro de casa. Qualquer um que visse a cena, pensaria que éramos recém-casados.

Seth insistia em eu falar com ela e me acertar. Mas o meu orgulho gritava para não fazer isso.

—Seth, me solta agora ou você fica sem noiva. – ameacei, e o filho da mãe apenas riu.

Continuou andando comigo em seus braços, me levando para o seu quarto. Eu poderia facilmente me soltar, mas não queria machucá-lo.

—Seth, me solta agora. – falei alto, tornando minha voz mais ameaçadora.

Ele fez o que eu pedi, mas acontece que já estávamos na porta do quarto. Mendy que estava sentada com Embry se levantou assim que entrei em seu campo de visão.

—Carlie...

Mendy começou a falar, mas cruzei os braços e desviei meu peso para o pé direito, virando o rosto.

—Carlie, já chega com essa birra. – Seth falou cansado disso. – Embry e eu vamos dar uma volta enquanto vocês se resolvem.

Ele atravessou o quarto e foi até a sua cômoda, pegou uma pequena chave prata e foi em direção a porta com seu amigo.

Observei tudo confusa, o que ele pretendia. Saiu e nos trancou. Fiquei incrédula e momentaneamente sem reação com o que ele fez.

—Carlie, eu...

Mais uma vez Mendy tentou falar, mas a ignorei e a cortei.

—Seth, se você não abrir essa porta imediatamente, eu mesma abro. E garanto que boa parte dela não vai sobrar para contar a história.

—Carlie, pare com isso. – ouvi a voz de Embry do outro lado da porta. – Mendy se sente muito culpada, ela chora a noite porque está arrependida pelo que fez.

—Cala a boca, Embry. Cala a boca. – tentei ignorar o que ele falava. Não estava mais dando muito certo.

—É sério. – ele voltou a falar. – Apenas a deixe explicar.

Soltei um suspiro longo.

—Carlie, houve um grande mal entendido...

—Qual mal entendido? Você falando mal de mim pelas costas?

—Você sabe como a Denise é! Eu apenas comentei que você caiu da escada porque ela falou que uma menina que nunca gostou caiu da escada da escola, e eu comentei em seguida que você também já caiu da escada. Ela riu, e eu ri da risada dela, e Renesmee apareceu nesse meio tempo. Eu fiquei com medo do olhar dela, confesso, mas ela só saiu. Denise depois falou que foi engraçado o jeito que a menina caiu da escada, e ainda lamentou que você caiu porque sabe que você é importante para mim.

—Eu não fazia ideia. – sussurrei, a culpa me corroendo por dentro.

—Eu sei, e Renesmee se enganou quando falou que falei mal de você pelas costas. – ela esclareceu.

Mendy tinha um pouco de inchaço em seus olhos, apontando seu choro de muito tempo.

—Eu acredito em você. – dei sua razão. – Mas não fique com raiva da Renesmee. Minha irmã só quer meu bem.

—Eu sei disso, - ela concordou comigo. – mas ela devia ter falado comigo para ver o que realmente havia acontecido.

Dei um sorriso fraco, perdoando-a de qualquer maneira. Sua boca se curvou num sorriso sincero, e as lágrimas afloraram em seus olhos. Nesse momento que eu pude perceber o quão eu sou importante em sua vida.

Fui de encontro a ela, e me recebeu com um abraço. Passei os braços em sua cintura, apertando-a suavemente, para não a esmagar com a minha força.

—Me desculpe. – sua voz falhou, denunciando que ela estava chorando.

—Não foi sua culpa nem de ninguém. Foi apenas um terrível mal entendido.

—Você é minha melhor amiga. – ela continuava com o abraço, se recusando a me soltar. – E mesmo que eu não seja sua melhor amiga, não quero te perder por causa disso... tenho noção da liberdade que temos uma com a outra, e sei que podemos nos zoar. Eu jamais iria rir de você com outro alguém enquanto posso te irritar pessoalmente na sua cara.

Isso me fez rir. Era muito verdade.

Ficamos um tempo assim, abraçadas.

E então ela fungou e se afastou, e eu refleti seu sorriso.

—Pronto, Seth. – falei como se ele estivesse ao meu lado. Eu sabia que ele escutaria. – Fizemos as pazes. Pode parar de nos fazer de refém.

Escutei a risada dos dois, enquanto houve um barulho na porta antes de ela ser aberta.

—Obrigada, Seth, Embry. – Mendy os agradeceu. Devia realmente estar feliz.

—Não por isso. – os dois falaram ao mesmo tempo.

Seth e eu fomos caçar para passar o tempo. Foi bom para mim, já que fazia já algum tempo que eu não me lembrava do gosto de sangue do leão da montanha em minha boca. Realmente é gostoso, e meu pai tem razão em ser seu preferido.

Agora eu não estava mais chateada com a Nessie.

Logo depois a gente foi visitar a casa dos Cullen. Eu considerava a ideia de que iríamos voltar daqui a alguns anos, quando não tiver mais testemunhas para se lembrar dos Cullen. Um aperto se formou em meu peito quando pensei em Charlie. Um maior ainda se fez, formando lágrimas em meus olhos, sabendo que talvez eu morresse antes de conhecer minha avó materna. Fechei os olhos deixando-as sair livre.

—Carlie, te encontrei. – ouvi a voz da minha prima ecoar pelo silêncio do meu quarto. Eu estava sentada de frente a janela de vidro, com a vista para a floresta. – Você está bem? – perguntou ela quando não me movi. Senti uma movimentação ao meu lado, presumi ser ela sentando-se junto a mim.

—Nunca conheci minha vó materna. – minha voz saiu num sussurro.

—Sinto muito.

Não disse nada, apenas ficamos no silêncio. Eu queria ficar naquela posição por mais tempo, mas fiquei sem escolha ao sentir meu celular tocando. Não seria minha irmã ou Charlie, ambos sabiam que eu estava dentro da casa grande. Então o puxei do bolso. Fiquei feliz ao ver quem era. O atendi com entusiasmo.

—Oi, papai. – o cumprimentei.

—Oi, minha flor. – ele falou, e quase pude ouvir o sorriso em sua voz. – Como estão por aí?

—Bem. Estamos na casa grande.

—Ah. Legal...

Ele se interrompeu quando eu funguei levemente, mas involuntário.

—Estava chorando?

—Não...

—Não minta para mim. – ele me cortou.

—Eu não conheço minha avó. – soltei num sussurro.

Acho que já estava mais do que na hora de ela saber da verdade. Não queria pensar nisso, que um dia ela morreria, assim como vovô Swan... Sue... Afastei esses pensamentos malignos de mim antes que eu entrasse em profunda depressão momentânea. Por mais confortável que fosse minha vida, parecia que sempre teria algo para deixar incompleto.

—Não acha que eu poderia ter esse privilégio antes de ela morrer? Quero dizer, todos os humanos que conhecemos agora vão morrer um dia...

Interrompi-me, incapaz de continuar.

—Não sei ainda, querida. Tenho que falar com Carlisle sobre isso. Tenho certeza de que ele saberá o que fazer.

—Tudo bem.

—Sua irmã está aí?

—Ela está lá em baixo com Jacob, Seth e Embry. Eu precisava de um tempo a só.

—E Mendy? – ele perguntou, não deixando passar em branco o fato de que não mencionei seu nome.

—Está aqui, ao meu lado.

—Ah... – ele deixou sua voz morrer, talvez se lembrando do fato que eu sempre odiei chorar na frente dos outros. Mas agora não me importava. Eu sinto essa dor no peito sempre que meu cérebro me traz lembrança da minha avó que nunca conheci.

—Mas fora isso está tudo bem. – continuei antes dele. – Charlie insiste em ficar na polícia. Ele ficou frustrado comigo só porque lhe sugeri que está na hora de se aposentar.

Meu pai caiu na gargalhada quando acabei de falar.

—Charlie realmente adora seu trabalho. – ele concordou. – É como Carlisle, mesmo tendo mais de trezentos anos de idade, nunca largou seu emprego.

—É diferente, ele nunca vai envelhecer. – apontei o fato óbvio.

—Mas os dois adoram seus trabalhos.

Eu ri, concordando. Agora que eu fui me dar conta de que o assunto da minha avó foi totalmente deixado para trás. Não me surpreende; meu pai sempre foi bom em desviar de qualquer assunto com facilidade.

—Quantos dias vocês pretendem continuar aí? – ele perguntou, agora curioso e um pouco preocupado, não queria nos fazer perder aula.

—Não se preocupe, não iremos perder aula.

—Ok. Depois te ligo. – ele hesitou antes de continuar: - Alice está chateada com você.

—Por quê? O que eu fiz?

—Não ligou para ela hoje.

Eu ri. Prometi a minha tia que a ligaria todos os dias.

—Acho que falhei nisso. – admiti, rindo um pouco. – Mas eu estava ocupada.

—Sem problemas, minha querida. Até depois de uns dias.

Ri novamente.

—Até.

E desliguei.

—Vamos descer? – lhe perguntei, quebrando o silêncio.

Ela concordou e fomos escada abaixo. Seth, Embry e Jacob estavam na sala, jogando um jogo de tabuleiro. Assim que me avistou, o amor da minha vida sorriu. Sorri de volta, me derretendo com o seu sorriso, que o deixava mais lindo.

Desviei nosso olhar por um momento, para olhar a minha irmã.

—Nessie, acho que deve desculpas a alguém.

Ela desviou sua atenção do jogo e me olhou sem acreditar no que ouviu.

—Você deve estar brincando, né? – ela perguntou, um tanto de emoções quase do mesmo gênero se passando pelo seu rosto. Raiva, mágoa, tristeza, dor...

—Você fez uma confusão com isso tudo. – falei num tom delicado, ainda assim a censurando. – Se enganou sobre o fato de ela estar falando mal de mim pelas costas.

Ela olhou em nossa direção, e depois desviou.

—Ness, vamos lá. Foi tudo um mal entendido, e ela reconhece isso. Facilite as coisas. Nós três somos melhores amigas, não vamos parar de nos falar.

—Tem razão. – ela suspirou e se levantou. – Mendy, apesar de eu achar que estava certa, foi apenas uma falta de comunicação. Eu quis proteger demais a Carlie, enquanto eu devia ter ido falar com você sobre o que eu ouvi e não tirar conclusões precipitadas.

—Está tudo bem, sério. – ela sorriu, e se abraçaram. – Fico feliz que tenha tentado proteger Carlie, mas na próxima tenha certeza do fato.

—Vou lembrar disso.

Após a gente se acertar, voltamos a nos concentrar no jogo. Passaram-se algumas horas e fomos para casa. Já estavam todos dormindo.

Entramos rápido e silenciosamente em seu quarto para não chamar a atenção de ninguém.

—Caramba. – falei baixinho, não escondendo o divertimento em minha voz. Virei-me e vi-o tirar a camisa e o short, deixando seus músculos a mostra. Aquilo fez meu coração bombardear uma batida. O ar me faltou por um instante. – Vai dar meia noite. Será que meu avô ficou furioso? – perguntei, agora curiosa, enquanto ele desabava em sua cama.

—Charlie vai ser sempre Charlie. Lembro-me uma vez de sua mãe dizendo que ele não era desse jeito, não pegava no pé dela quando ela namorava. Então a proteção ficou para você e Ness.

Eu ri. Livrei-me da minha roupa, ficando de lingerie e fui até a minha mala para procurar um pijama. Senti uma movimentação atrás de mim, e imaginei que ele fosse pegar uma regata para vestir. Me pegando de surpresa, me puxou para cima, me deixando frente a frente ao seu corpo seminu.

Eu podia sentir o calor emanar se sua pele, e o quarto parecia ter ficado mais quente. Enlaçou um braço em minha volta, me levantou e caminhou comigo até sua cômoda. Nossas peles coladas uma na outra pareciam terem se unido, e seus lábios próximos aos meus sem se tocarem tornava o ato de provocação intensa. Eu fazia todos os movimentos que ele dizia, e ele os dizia com suas mãos em mim. Me erguendo do chão, afastou alguns objetos dali e me depositou em seu móvel.

Seu corpo colado no meu, encaixado em mim com minhas pernas ao lado do seu quadril, eu já sentia sua intimidade muito desperta contra a parte interna da minha coxa. Fechei meus tornozelos em sua silhueta, o esmagando em mim. Fechei os olhos, sendo dominada pela sensação dos lábios dele em meu pescoço, e Seth foi no exato local que sabia que me tinha nas mãos, abaixo do lóbulo da orelha. Trilhava rotas por ali, e suas mãos fortes não se decidiam entre meu quadril, cintura e alto da perna. Faziam tentativas desesperadas de me puxar mais e mais, e eu sentia que estava enlouquecendo. Se acendesse um fósforo dentro de mim, eu pegaria fogo.

Cansada de esperar, apenas rasguei sua cueca e me inclinei para frente...

PDV Renesmee.

http://www.youtube.com/watch?v=mBYiIMZy3fM

Mendy se tornou uma grande amiga para mim. Portanto Carlie ainda é minha melhor amiga. Algumas vezes tenho esse sentimento forte de proteção por ela, mesmo que a mesma não precise.

Ouvi batidas na porta. Eu já sabia quem era.

—Entre.

Eu estava em seu quarto, já que ele se oferecera a dormir no sofá para que eu tivesse mais espaço. De início achei tolice, mas depois cedi. Apesar de ambos quererem ficar juntos, também tinha que considerar Billy. Mesmo Jake sendo homem, podia não gostar do filho dormindo com a noiva debaixo do seu teto. Eu o respeitava.

A porta foi aberta, revelando o Jacob sem camisa. Ele nunca dormia com camisa. E mesmo o tendo visto com o peito nu inúmeras ocasiões, sempre me surpreende. E desde que começamos a namorar, todas as vezes me atrai.

—Você está melhor? – perguntou ele, vindo até mim, se sentando ao meu lado.

—Estou sim. – coloquei meu celular de lado para conversar. – Eu acho que passei do ponto com elas. Sei agora que Mendy nunca faria algo assim com Carlie, só não pensei antes de agir.

Ele riu.

—Você e sua irmã têm uma relação linda. – ele comentou, colocando meu cabelo para trás da orelha, e sua mão foi além o passando por cima do meu ombro. – Mas tente dosar o tanto de proteção que acha que ela precisa.

—Eu vou. – prometi rápido. Não queria nunca mais brigar com minhas duas melhores amigas. – Fui estúpida com Mendy. E falei com Carlie sem pensar. Não vou mais fazer isso. Quase estraguei nosso tempo em Forks.

Ele me puxou para deitar em seu peito. Beijou meu cabelo e encostou o nariz nele.

—Jacob, tem duas coisas que eu queria te contar...

—Pode falar. – ele me encorajou quando eu parei.

Respirei fundo. Tinha medo de ele ficar temperamental e se transformar comigo ali. Ele nunca iria se perdoar caso me machucasse.

Afastei-me para que pudesse olhá-lo nos olhos.

—Você não é nem de longe o primeiro garoto que beijei.

Ele comprimiu os lábios, desviando nosso olhar. Estranhei seu comportamento não ser outro. Ciumento, talvez. Aborrecido. Sinceramente não sabia o que esperar.

—Jake? – o chamei, mas ele não me olhou.

—Eu estava pensando quando você iria me contar isso.

Abri a boca, perplexa.

—Você sabia? – quase gritei, o acusando; e depois me lembrei de que não estávamos sozinhos para eu ficar soltando gritos histéricos pela a casa à meia noite.

Ele riu, provavelmente ouvindo o mesmo que eu, Billy resmungando em sua cama.

—Não só sabia, como presenciei. Carlie me deixou usar o carro dela em Nova York, lembra? Eu parei um momento em frente a sua escola quando percebi estar lá. Eu estava caçando sarna para me coçar, eu tinha noção disso. Eu estagnei lá. E eu vi.

 O olhei chocada.

—Jake... – comecei, e não sabia como continuar. Deve ter sido doloroso para ele me ver beijando outro cara, sua imprinting. Revirei meu cérebro em busca de algo para ele me perdoar, logo depois raciocinei; claro que ele havia me perdoado, caro contrário, não estaria aqui comigo. Então falei apenas: - sinto muito.

—Não sinta. – ele disse me puxando novamente para os seus braços. – Não te culpo por isso. Não tínhamos nada.

—Você ficou chateado. – apontei o óbvio.

—Talvez. Mas... O que era a outra coisa que queria me contar? – mudou de assunto.

Senti que ele não queria continuar nesse assunto. Mesmo me aliviou que ele não ficou magoado comigo. Apesar de que me sentia culpada por ter feito aquilo com ele. Mas aquele garoto era tão lindo, e parecia tão certo tentar esquecer Jake naquele momento...

Tirei esses pensamentos para longe da minha cabeça imediatamente.

—Dias atrás eu tive um pesadelo com os Volturi. – minha voz se tornou um sussurro.

—Sobre o que foi o sonho? – perguntou carinhoso.

—O pesadelo— dei ênfase da palavra. Ele riu. – Foi muito... Estranho. Não conseguia ver onde eu estava, ou com quem eu estava. Mas tinha certeza de que eles estavam lá. E se acontecer algo, Jake? E se eles decidirem vir aqui de novo?

—Shiii, não há motivos para eles virem aqui. – sussurrou ele, me apertando contra ele. Em seu aperto eu me sentia protegida.

—Então por que eu tive esse sonho, Jake? – minha voz saiu tão baixo que até eu tive dificuldade em ouvi-la.

—Foi só um sonho, não coisa da vida real. Pelo amor de Deus!

Não pude deixar de rir de sua tentativa de me animar.

—Quer que eu fique com você essa noite? – ele se mostrou prestativo.

—Devia estar ficando todas, nem era preciso estar dormindo no sofá.

Ele me deu um sorriso malicioso. Surpreendi-me de não ficar com vergonha de nada; nem das minhas palavras e nem do significado de seu sorriso.

Começou a se inclinar contra mim, e então seus lábios moviam-se aos meus. Não perdi tempo, o envolvi entre minhas pernas e braços, o trazendo mais para mim. Suas mãos pousaram na cama, ao lado de meu corpo, o apoiando. Apertou seus lábios aos meus, fazendo minha cabeça ir para trás, assim como meu corpo e quando vi já estava deitada sob Jacob.

—Jake, – interrompi o beijo entre ofegos. – e se seu pai vir aqui?

Estávamos em seu quarto, na sua cama. Nunca imaginei nós dois sozinhos desse jeito, sem ninguém para perturbar ou interromper, até na casa dos meus pais não temos muito como ficar íntimos. Então, até nos casarmos, esse vai ser um dos momentos difíceis de ter, por isso é melhor aproveitar.

Com o seu jeito de me deixar louca por ele, estava distribuindo beijos quentes, carinhosos e molhados pelo meu pescoço.

—Ele não vai entrar. – ele falou, logo voltando a colocar seus lábios em meu pescoço fervorosamente, me fazendo arrepiar e o desejar ainda mais.

Coloquei minhas mãos em seus ombros musculosos, o empurrando e o fazendo ficar deitado sob mim.

—Mas se ele vir? – perguntei com o meu rosto a centímetros do seu, ofegante.

Ele pensou por uma fração de segundo. Se soubesse como fica encantador desse jeito...

—Fácil. – ele respondeu. – se ele vir aqui vamos fingir que estamos dormindo. – então aconteceu tudo rápido. Ele segurou meu quadril, girando para ficar novamente por cima de mim, e me beijando com fome.

—Mas se ele entrar aqui? – interrompi o beijo de novo.

Ele suspirou.

—Por que sempre que eu te beijo você me interrompe?

Quase ri de seu tom decepcionado.

—Porque você é um safado. – respondi e desta vez eu quem iniciei o beijo.

PDV Carlie.

Já tínhamos passado tempo o suficiente em Forks para matar as saudades. Resolvemos ir no fim de semana, já que eu não queria perder nenhum dia de aula a toa, nem Renesmee. Eles concordaram, já que a gente ia ter mais chances para vir aqui depois. Teriam muitos feriados ao longo do tempo, e esse, aliás já estava acabando. Meu avô ficou de coração partido ao saber que já íamos, mas ficou feliz de nos interessarmos na escola.

—Quero ver vocês mais vezes por aqui. – ele falou, me abraçando. Depois a Renesmee. Jake também veio aqui para se despedir. Eu já tinha ido a casa dele para ver Billy uma última vez.

—Se cuida, meu filho. – Sue falou com a voz embargada, abraçando Seth. Ele correspondeu de imediato.

—Também vou sentir muito a sua falta.

De repente uma mão tapou meus olhos, me impedindo de ver. Mas reconheci o toque de imediato.

—Leah? – chutei, mas já sabia que era ela.

Ouvi seu riso, e logo depois a mão desapareceu. Ela estava com Jayden nos braços.

—Você vai fazer falta aqui, meia vampirinha.

—Vou sentir saudades também.

Rimos.

—Você vai vir mais vezes aqui, tia Carlie? – Jayden me perguntou.

—Claro que vou, pequenino.

Ele cruzou os braços e fechou a cara, obviamente chateado com o apelido. Ele sempre quis ser grande como os quileutes.

Apertei levemente seu nariz, o fazendo rir.

PDV Renesmee.

Quando Claire acabou de me abraçar, me virei e tive uma surpresa: uma garota abraçando um Jacob surpreso.

—Vai me dizer que não sabia que Clara é a mais nova loba do pedaço? – Leah me perguntou percebendo minha atenção.

—Não. – lhe respondi, mas sem tirar os olhos dos dois. – Ninguém nunca me contou.

E então eu percebi a semelhança nos três nomes: Clara, Claire e Carlie.

—Eu ia contar, mas esqueci. – ela falou. – Ela escolheu ficar no bando de Jacob, ou seja, o meu. Já que ele e Seth se aposentaram por enquanto de ficar na ativa, eu estou no comando. Agora ele tem sua própria matilha em Boston. – ela deu de ombros. – De qualquer jeito tenho mais membros na minha própria matilha do que o Jacob. E não sou mais a única mulher.

E então a tal loba se separou com um sorriso sacana no rosto. Mas quem ela pensa que é para flertar com um homem noivo?

—Jake, está na hora, vamos? – o chamei, pegando minhas malas, quase desesperada para tirar ele de perto dela.

—Vamos sim. – ele concordou. – Nessie, meu amor, essa é a Clara. Clara, essa é minha noiva, Nessie. – ele gesticulou com as mãos enquanto nos apresentava.

—Noiva? – seu sorriso vacilou. Um sorriso vitorioso quis escapar em meus lábios, mas me contive comprimindo os lábios.

Jacob colocou um braço ao redor de mim e me puxou para mais perto dele.

—Ela é o meu imprinting. – ele explicou e me deu um selinho.

—Ah. – ela falou surpresa. Ergui as sobrancelhas, a desafiando a falar algo mais. E a filha da mãe aceitou meu desafio. – Você já teve seu imprinting. – murmurou decepcionada.

—Pois é. – passei os braços ao redor de sua cintura larga. – Vamos nos casar em breve.

Ela pareceu decepcionada com as minhas palavras.

Sue a chamou para dizer algo, e Jacob aproveitou para dizer:

—Você está com ciúmes?

Não. Por quê?

—É que é engraçado.

Você não vai achar nada engraçado ter que procurar os dentes da sua amiguinha no asfalto.

Fiquei incrédula quando ele riu.

E ela já estava de volta a nossa frente.

—Aquele garoto, o Clearwater...

—Também tem seu imprinting. – a cortei antes que ela criasse esperanças. Essa Clara dá tiro para tudo o que é lado! – Minha irmã.

—Entendi. – falou ela, totalmente murcha.

—Hey, Nessie. – minha irmã chegou perto de mim, e parou de falar assim que viu a garota que eu também nunca havia visto até aquele momento, e queria que nunca tivesse visto.

Cuidado para ela não flertar com o Seth.

Ela assentiu para mim, deixando a novata perdida.

—O cheiro de vocês duas é... Diferente.

Olhei Jacob, surpresa de que ela ainda não sabia sobre nós.

—Elas são duas mestiças. – Jacob explicou com orgulho, mais precisamente de mim. Sorri para ele.

—Que raças?

—Metade vampira e metade humana. – Seth explicou, parando ao lado da Carlie. Ia ficar pior para ele; Seth mal chegou e ela já começou a olhar para ele como se fosse comer com os olhos. Parece que ela ficaria com qualquer um da matilha.

—Pessoal, - a voz de Mendy nos distraiu. – Temos que ir agora ou então vamos perder o voo.

E então ouvimos carros se aproximando. Vovô se ofereceu para nos levar em sua rádio patrulha, mas preferimos ir todos de táxi. Aliás, éramos muito para caber em um só carro. E a bagagem não era uma das poucas, principalmente das garotas.

Despedimo-nos definitivamente, fazendo o motorista nos esperar um pouco a mais. Eu já planejava dar uma gorjeta de qualquer forma.

Clara ficou decepcionada por nós já estarmos indo embora. Eu fiquei aliviada de não ter que lidar com isso. Fomos até o aeroporto e chegamos na hora de despachar as bagagens.

PDV Carlie.

Mendy e Embry foram direto para casa, para assim poderem descansar. A gente também ia direto para nossa casa. Ninguém sabia que estávamos chegando, já que falamos que íamos voltar apenas amanhã de manhã. Nossa casa estava vazia e com um cheiro familiar, e eu não me lembrava de jeito nenhum.

Presumi que meus pais estavam no trabalho. Decidimos fazer uma surpresa para eles, não ligando e não contando que chegamos.

No começo achei estranho ouvir a porta do banheiro do corredor de baixo se abrir e depois se fechar, já que todos aqui tinham seu próprio banheiro em seus quartos.

Terminei de colocar a última peça de roupa no saco para doações no closet e desci para a sala. Estanquei os pés no chão com quem encontrei no sofá.

—Nahuel?


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