A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 46
2X04 Faculdade? (E)




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PDV Edward.

Enquanto organizava as papeladas do hospital no escritório, alguém bateu na porta antes de entrar.

—Papai? – Carlie colocou a cabeça para dentro.

Ela não estava sozinha. Imediatamente senti o cheiro de Renesmee, Seth e Jacob.

—Entre, querida.

Tive um pressentimento de que viria uma bomba. Do tamanho da bomba que foi a notícia de que elas tiveram... relações.

—O que foi? – ela encolheu os ombros inocentemente quando viu meu olhar.

—O que vocês fizeram? – fui direto ao ponto.

—Edward. – Seth falou antes dela. Eles estavam escondendo bem, porque eu não conseguia ler muita coisa coerente em suas mentes. – Eu queria... Jake e eu queríamos sua benção para casarmos com suas filhas.

Fiquei calado. Eu sabia que esse momento chegaria. Eu fiquei mais alerta quando descobri sobre o vampiro. Seth estava tão nervoso que mal conseguia pensar em outra coisa além de deixar o momento perfeito. Com eles dois lá fora, fiquei bem atento aos seus arredores. Quando ela disse sim, eu me permiti relaxar já que Seth a protegeria. E segundos depois seu grito entrou em minha mente, desesperado.

E quando Jacob pediu Renesmee. Fui um pouco invasivo, sim. Não me contive ao que Jacob disse que queria dar um presente a Renesmee, e um vislumbre de uma aliança passou em sua mente. Não interrompi, ainda mais ao ver a felicidade dela ao ouvir a proposta.

E depois, prazerosamente, os interrompi, fingindo não ter ouvido nada sobre o casamento duplo. Eles ficaram surpresos e assustados comigo ali.

Apesar de saber sobre isso resolvi fazer uma cena.

Inflei minhas narinas e travei meus dentes. Jake e Seth começaram a ter pensamentos de que eu mataria os dois. Fo divertido, mas não o suficiente para sobrepor ao sentimento de proteção por elas.

PDV Carlie.

—Achei o documento, estava na bol... – a nossa salvação havia chegado. Meu pai não estava com uma cara muito boa. – O que houve?

—Acho que papai está perto de ter um ataque cardíaco. – Ness falou. Seus olhos estavam um pouco maiores do que o normal.

—Isso está fora de cogitação. – ele enfim ditou.

—Pai!

—Se esqueceu de que já somos maiores de idade?

—Não cronologicamente! Vocês não vão se casar e ponto final!

—Vocês vão se casar? – mamãe perguntou com um brilho nos olhos.

—Não! – papai exclamou.

Foi duro o fazer aceitar. Mas no final ele percebeu o quão a gente se amava e nos deu sua benção. Mamãe não hesitou, ela cedeu rapidinho. Não é preciso dizer que ficamos muito felizes.

—Obrigada, obrigada, obrigada! – nós duas agradecemos e o abraçamos ao mesmo tempo. Depois foi a mamãe.

Não aguentamos de tanta felicidade e beijamos Seth e Jacob.

—Tá legal. Já chega. – meus pais falaram e nos separaram de nossos noivos. Apesar de ter sido somente um selinho.

Obrigada, papai. Falei, e pelo sorriso da Nessie, não fui a única.

Sua felicidade é a minha. Ele sorriu, e nem parecia que estava tentando me deixar viúva antes mesmo de me casar momentos atrás.

Estreitou os olhos para mim, e eu soltei um riso.

—Não abusem de nossa vontade. – mamãe falou, me segurando como se eu fosse escapulir de seus braços para beijar Seth novamente. Até que não era uma má ideia...

Meu pai me lançou um olhar me repreendendo. Ops. Não ativei meu escudo. Pronto. Agora sim.

—Vocês realmente acharam que estavam conseguindo esconder sobre o casamento? – meu pai perguntou, se divertindo com o fato.

—Você sabia?! – perguntamos todos em coro, e ele ficou surpreso com isso.

—Claro que sim! Acham que se mudar de cômodo vai dar privacidade? Eu tenho super audição, se esqueceram? – ele disse, quando nós duas o olhamos furiosas.

—Tudo bem. – mamãe cortou o clima e me soltou. – Vão dormir. Amanhã vocês terão teste e não quero receber nenhuma ligação de que vocês foram parar na detenção por dormirem em meio a prova.

—Tudo bem. – respondi e demos boa noite para eles antes de sairmos.

—Não acredito que ele sabia o tempo todo. – Nessie comentou enquanto andávamos pelo corredor.

—Nem eu. – resmungou Jacob.

—Mas foi engraçada a cara de vocês dois quando meu pai parecia que jogar vocês para fora do planeta. – comentei com um riso.

Seth passou o braço ao meu redor, também rindo um pouco.

—Dorme comigo hoje? – pedi quando chegamos a porta de seu quarto no fundo do corredor, fazendo um biquinho.

—Cada um em seu quarto. – meu pai gritou de seu escritório.

Franzi os lábios, mordendo o inferior, e fechei os olhos, lamentando por ele ter escutado.

—Acho que ele ainda está ouvindo. – Seth falou, cabisbaixo por não poder aceitar meu convite.

—Vamos logo. – Nessie me puxou pela mão quando me recusei tirar meus pés dali. Mas ela ainda era forte o suficiente para me arrastar. Mas ela desistiu quando coloquei toda a minha força sobre ela enquanto ela tentava me puxar para subir as escadas. – Carlie, não sei porque está resistindo. Papai não vai mudar de ideia.

Derrotada, soltei um gemido e fui para o meu quarto.

No dia seguinte teve o teste de matemática.

—Legal! – exclamei aos sussurros ao ver um B+ no canto da prova.

Normalmente sou de humanas, exatas não é muito para mim. Mas estudar e tentar entender o conteúdo faz bastante diferença. Entretanto o que eu mais gosto são as aulas de gastronomia. Nessa eu tiro A+ fácil.

Senti meu celular vibrar no bolso e o peguei discretamente. Certifiquei-me de que o professor não estava olhando em minha direção e verifiquei. Era do Seth.

“Tirou quanto?” Perguntou ele.

Seth estava a duas carteiras, afastado de mim porque havíamos chegado atrasados.

B+, e você?

B-. Não me surpreende de que você seja mais inteligente do que eu.”

Me senti lisonjeada e emocionada. Ele olhou para trás e eu sorri para ele.

Você não existe mesmo.

Em resposta, ele mandou-me meu sorriso preferido. Isso bastou para me desestabilizar e perdi a conexão.

O sinal tocou me livrando do constrangimento, e me levantei. Seth me esperou ao lado de sua cadeira, para sairmos juntos. Esperamos Jacob e Ness na frente da sala enquanto os alunos passavam por nós.

—Fui boa pelo menos. – ela deu de ombros. – Consegui um A-.

—Aê, nerd. Eu um B+.

—Minha gata manja dos números. – Jake abraçou seu pescoço e depositou um beijo na bochecha dela.

—E você, Jake?

—B+.

—Tirou mais que eu. – Seth comentou.

—Quanto você tirou?

—B-.

—Por causa de meio ponto. – ele riu e Seth o acompanhou.

—Ufa! – Derek exclamou quando saiu da sala. – Consegui garantir o meu A+. Puxa, minha mente está a mil.

—A nota mais alta de todos aqui. – comentei impressionada.

—Sério? – ele sorriu sem acreditar. – Consegui superar o quarteto da inteligência?

—Fala como se não fosse nos abandonar para Harvard. – mostrei língua implicando.

—Sei não, ainda acho que vamos para Yale. – Ness discordou.

—Também acho que Harvard é muita areia para o meu caminhão. – Der lamentou, porém eu tentava decifrar o olhar de Ness. E seu olhar de volta me confirmou: bastava dizer qual queríamos ir, papai teria certeza de que estaríamos juntos.

—Nunca diga nunca. – brinquei, temendo estar dando muita bandeira com nossa conversa silenciosa. – Bom, temos de ir, nosso pa-ti-cunhado quer nos ver no hospital. – tossi algumas vezes, tentando disfarçar. O ar quase me faltou por conta do desespero.

—Espera aí... Você ia dizer pai... Tio? O que? – ele perguntou desnorteado.

—Tio? De onde você tirou isso? – indaguei me fazendo de doida. Quando vi Seth fechar os olhos e balançar a cabeça, Ness coçar o couro cabeludo e Jake ficar com a famosa poker face, percebi ter sido ridícula. Meu corpo estava estarrecido.

Ele me olhou estranho.

—Estamos atrasadas, Der. Até mais. – minha irmã lhe deu um beijo na bochecha e me puxou para longe dele. Fiquei agradecida. Jacob e Seth seguraram as portas de trás para nós duas.

—Você quase revelou seu segredo para o Derek. – Jacob quebrou o silêncio enquanto arrancava o carro dali.

—Eu imaginei que devia ter vindo de moto hoje. – resmunguei.

—Ele está certo, meu amor. – Seth se virou para me olhar da frente.

—Eu sei. – gemi escorregando no banco. – Agora ele vai ficar desconfiado de mim. Perfeito. – resmunguei. – O que eu vou fazer?

—Conte a ele a verdade.

—Ficou maluco, Jake?

—Desculpe. Eu realmente não sei o que dizer.

Meu pai falou para a gente se encontrar no escritório dele, no hospital, depois da escola. Apenas eu e minha irmã. Mas eu fiquei muito curiosa para saber o que ele tinha a dizer para nós duas fora da presença de Jake e Seth. Ele geralmente só nos chamava para nos medir, o que parou recentemente porque era apenas para se certificarem de que tínhamos realmente parado de crescer. Fora isso, nossas visitas no hospital eram raras.

Depois de cumprimentar alguns e médicos e enfermeiros conhecidos, fomos para o consultório do papai.

—Olá, queridas. – ele nos cumprimentou sorrindo. Amber era a estagiária ou secretária, irrelevante para mim. Ela ficava na mesma sala que meu pai. Mamãe ficava evidentemente com ciúmes.

—Bom, está na hora do meu almoço. Volto depois, Edward. – ela se levantou de sua cadeira com um sorriso torto e caminhou para a porta mexendo suas “coisas”.

—Edward? – Renesmee repetiu, fazendo uma careta.

—Qual é a dessa aí? – apontei para a porta onde ela tinha acabado de sair.

Papai deu de ombros, sem dar muita importância a isso. Ele se levantou e foi se sentar em sua poltrona de couro.

—Ah, Carlie te chamou de pai para Derek. Quero dizer, foi mais para um pa-ti-cunhado. E ainda insultou a inteligência dele.

Meus olhos esbugalhados estavam voltados para a minha irmã dedo-duro.

—Ness! Qual é? – sibilei revoltada.

Seus olhos demonstraram um pouco de culpa, e ela puxou assunto.

—Bom, o que você queria falar com a gente?

Derrotada, peguei uma barrinha de chocolate do pote de doces. Não era para crianças, pois papai não atuava na pediatria. Ness pegou um para ela e nos sentamos folgadamente no sofá branco.

—Bom... O ano letivo logo chegará ao fim, sei que vocês pensam na faculdade...

—Eu nem tanto. – o interrompi. Minha frase saiu mais ou menos já que eu não terminei de mastigar ao falar.

—Muito menos eu. – Ness disse. Ela foi mais educada e se deu o trabalho de engolir.

—Como assim? – perguntou indignado. – Eu sempre ouço vocês falando com Derek sobre faculdades!

—Eu estive pensando e... – ela se interrompeu, e eu continuei a frase por ela.

—Já que temos muita vida pela frente, por que fazer faculdade tão cedo?...

—Para vocês se descobrirem, conhecerem pessoas novas, terem experiencias novas. – ele listou para nós duas.

—Pai, sério. – Nessie começou. – Nahuel é uma prova de quando nós duas chegarmos ao cento e cinquenta anos, estaremos assim, novinhas em folha. – depois continuei. – Por que a faculdade tem que ser tão importante com apenas sete anos? – quase sussurrei.

—Vocês são as únicas diferentes da família que podem sair a luz do dia, são metade humanas, quero que vocês tenham uma vida normal.

—Também podemos perder o controle se algum colega abrir uma ferida na educação física, ou se apenas cortar o dedo com papel. – murmurei encolhendo os ombros, o lembrando de que não somos tão distintos.

—Bom, - ele suspirou. Um hábito humano desnecessário. – Tenho um acordo a propor. O que acham?

—Depende. – dissemos ao mesmo tempo.

—Eu fico de boa com vocês tendo uma relação adulta com Seth e Jacob... Contanto que vão para a faculdade.

—O que?! – perguntamos em coro, chocadas. Como ele podia fazer aquilo conosco?

—Pai, nós já somos bem grandinhas, não acha?

—Provem. – ele se encostou-se à sua poltrona, nos observando. – A decisão é de vocês. Vocês têm como se locomover.

—Tá legal! – me rendi, e completei olhando para a minha irmã: – A gente vai pensar sobre isso.

—... Se vocês pedirem com jeito para Bella.

—Com a mamãe? Você sabe como ela é em relação a essas coisas. – Ness falou incrédula. – Nunca vai nos deixar dirigir de um estado para o outro.

—Mas ela ia ficar uma fera comigo se deixasse vocês dirigirem sem que ela permitisse, então..., Ah já ia me esquecendo. A habilitação da moto também está no acordo da faculdade.

—Você não deve estar falando sério, né?

—Estou muito. – não havia hesitação ou qualquer tipo de coisa em seus olhos.

—É, acho que agora é para valer. – ela comentou comigo.

—Você é um monstro espertinho. – resmunguei me levantando.

—E vocês são minhas duas monstrinhas lindas. – nos pegou em um abraço e beijou o topo de nossa cabeça.

Não deu para ficar séria por muito mais tempo.

—Ok, temos que ir. O dever de casa nos espera. – nos levantamos rapidamente e nos dirigimos para a porta.

—Como Esme e eu ficaríamos orgulhosos. Minhas duas únicas filhas na faculdade. Carlie cursando gastronomia como a avó gosta, e Nessie cursando arquitetura igual a avó fez.

Argh. Quase escapamos. Mais alguns passinhos, teríamos passado pela porta e pronto. Mas Edward Cullen tinha o poder da persuasão. Ou era ótimo em chantagem emocional.

Chantagista esperto. Pensei em sua direção. Seu sorriso mostrou o que seus pensamentos não esconderam. Ele adorou o elogio.

Eu e ela nos olhamos por um breve segundo.

—Já te falei que você é um monstro? – grunhi, arrancando um sorriso perfeito dele.

—Vamos preencher tudo. – ela foi até a mesa dele e pegou os formulários.

—Até mais. – não pude evitar sorrir para ele também. Ele não fez a chantagem, tanto emocional, quanto a material e nossos relacionamentos sérios com os nossos noivos. Ele queria que tivéssemos uma vida normal.

—Ah, em relação sobre você ter me chamado de pai... – ele se interrompeu subitamente como se um novo pensamento estivesse entrando em sua mente. – Vocês têm sorte. – e apontou para a porta.

—Vocês? – Nessie repetiu, indignada.

—Vem logo. – a puxei para fora rapidamente.

—Oi, Bella. – a cumprimentamos. Fiquei orgulhosa de não ter confundido o nome desta vez.

—Oi, garotas. É melhor preencherem tudo. – ela falou assim que viu o que havia em nossas mãos. – Ele sabe escrever seus nomes melhor do que vocês mesmas.

—Ok. – Ness falou murcha.

Queríamos ser seletivas. Mas papai não nos daria essa opção.

Passamos por ela, que entrou no escritório do meu pai e demos de cara com Jacob e Seth passando pelo corredor.

—Nos vigiando, stalkers? – provoquei.

—Esse apelido pegou mesmo. – Jake lamentou e rimos.

—Vamos que estou cansada.

Jacob adorava dirigir o carro de Renesmee. O Rabbit deu um problema e Jake não conseguiu comprar as peças, então demos de presente e ele o deixou novo. Porém ficou em Forks.

—Papai está nos obrigando a ir para a faculdade. – gemi me afundando no banco.

—Obrigando? – Jake pegou a palavra chave.

Olhei para Ness, incapaz de revelar o motivo.

Ela respirou fundo e se preparou para falar.

—Ele vai... deixar a gente ter... relações adultas contanto que vamos para a faculdade.

Os dois na frente trocaram um olhar que não consegui decifrar de início.

—Bom, não vejo mal em vocês irem para a faculdade.

—É, - Jake concordou com Seth. – vocês vão se formar no que vocês adoram fazer. Mesmo que não quiserem trabalhar nisso, têm opção.

—Não acredito que vocês estão de acordo. – resmunguei. – Não queria ir para a faculdade. Queria viajar pelo mundo primeiro.

—Vocês podem fazer isso. – Seth contestou. – Mas tenha em mente que nós não vamos. Já que a condição de Edward ficar tranquilo com o nosso relacionamento adulto é a faculdade e vocês recusarem, ele não vai ser tolo de nos deixar viajar com vocês.

—Droga. – Ness xingou.

—Isso não é justo! Fizemos dezoito anos, isso não nos dá a liberdade de viver nossas vidas adultas? Papai ainda disse que temos que conversar com mamãe para ver sobre nossa licença de motorista para a faculdade, porque é em outro estado e-

—Sua moto está mais em jogo do que nosso carro.

—Ah, cara, nem fale. – encostei o queixo na parte superior do assento do meu namorado. – Levei tanto tempo para conseguir minha bebê para de repente tê-la arrancada de mim assim? Não é como se eu fosse participar de um racha, eu tenho responsabilidades. Poxa, não tenho esperanças de dirigir minha moto mais nos próximos anos...

Fui calada ao que Seth grudou seus lábios nos meus num selinho segurando minha nuca. E percebi que eu tinha tagarelado.

Uhhhhhhhh! – Jacob e Ness cantarolaram.

Claro que eles iriam zoar a “ceninha”. Me desgrudei de Seth na mesma hora e afundei no meu banco, me sentindo um pimentão. Geralmente não tinha vergonha de beijar o Seth na frente do Jacob ou da Ness. Talvez um selinho apenas na frente da minha família, mas Jake e suas gracinhas tornavam o momento uma comédia.

Ele até assobiou com os dedos.

—Cala a boca. – um sorriso tímido não saia de minha boca enquanto eu cruzava os braços.

Passamos por umas árvores que me fez lembrar do muro denso de árvores que tem em Forks. Vovô Charlie foi o que eu não me despedi quando fui para Nova York. Mas compensei passando o Natal em sua casa. Depois de alguns dias, mamãe disse que nunca havia dito que nós temos uma avó materna era porque, nunca iríamos a conhecer de qualquer jeito. Eu sabia que Sue não era minha avó verdadeira, e eu também não gostava de chamá-la assim, e ela estava de bem com isso, mas é que, que desculpa nós arranjaríamos para conhecer a vovó Renée? Ela me disse que a última vez que elas se viram foi no seu casamento, porque, como ela seria uma vampira quando chegasse a formatura, ela nunca mais a veria.

Eu fiquei triste por não poder conhecê-la. Mamãe falou que talvez um dia. Estranho pensar que vovô já foi casado com outra mulher, porque ele é tão feliz com Sue.

Em seguida começou a passar uma coisa pela minha mente.

—Oh, meu Deus! – indaguei espantada. Os três me olharam preocupados. Jake me olhou pelo retrovisor. – Eu estou noiva do meu próprio tio?! Estou cometendo incesto!

—Ai, Carlie bobinha. – ela riu de mim. – É claro que isso não é incesto. Essa prática é considerada por parentes de sangue. Vovô Swan está casado com Sue, e mamãe e Seth tem uma ligação por conta disso, mas nada que afete seu relacionamento.

—Ufa. – levei minha mão para o coração em sinal de alívio. – Não estava pensando direito.

—Percebi. – ela comentou de brincadeira balançando a cabeça.

—Será que a mamãe vai ficar furiosa comigo se eu dormir de novo? Meu Deus, essa escola acaba comigo!

He Is We ft. Owl City – All About Us

—Dramática. – Seth se direcionou a mim, sorrindo terno.

—É sério. – me acomodei no banco após me espreguiçar. Amaldiçoei Jacob por dirigir tão rápido que chegamos rápido em casa, não me dando um tempo de tirar uma soneca.

Meu corpo reclamou de preguiça até de ter que andar até o meu quarto. O carro parou e eu peguei meus materiais e saí. Seth me acompanhou até meu quarto.

—Você está tão linda. – Seth falou enquanto eu tirava o cinto.

—Obrigado, admirador não secreto. – sorri tirando minha bota. – Me lembre de marcar oftalmologista para você.

—Você realmente não sabe o valor que tem, né? – ele se sentou ao meu lado na cama, colocou o braço ao meu redor e beijou minha têmpora.

—Ah, Seth. Tá legal, eu sei. Tá melhor assim?

—Não. – ele discordou. – Você só está falando isso para eu parar de falar o quanto você é linda e encantadora.

Levei minha mão até seu rosto e o acariciei. Será que ele não cansava de me elogiar? Não que eu não gostasse. Eu adorava.

—Eu te amo. – falei simplesmente.

—Eu também te amo. – ele sorriu torto.

Arrastei minha mão até seu cabelo e puxei seu rosto para perto do meu. Ele se inclinou mais ainda e juntou mais nossos lábios.

—Sabe... Estamos sozinhos em casa... – enquanto ia falando, escorreguei minha mão pela sua nuca, pescoço, sua clavícula e seu peito por cima da blusa.

—E...?

Afastei-me dele.

—Sério?

—Seus pais podem chegar a qualquer hora. – ele lembrou e afastou minha mão dele.

—Seth, pare de se preocupar. – comecei a engatinhar até ele. – Eles estão no trabalho. Vão sair em duas ou três horas. Tempo de sobra. – sussurrei a última parte antes de beijá-lo.

Empurrei seu peito com as mãos o fazendo deitar. Com uma mão, ele segurou meu cabelo, o bagunçando um pouco. Normalmente isso me irritaria, mas meus hormônios queriam que ele puxasse minhas madeixas. Segurou a barra do meu vestido e em segundos, ele havia sido tirado de mim, me deixando apenas com meu lindo lingerie preta de renda. Eu sabia que ele adorava meus lingeries de rendinha. Interrompeu o beijo para se sentar e se encostar-se à cabeceira da cama, e eu fui até ele e sentei em seu colo, as pernas em cada lado do seu corpo. Agarrou meu quadril, me pressionando em sua intimidade. Puxei seu cabelo trazendo mais seu rosto para mim. Minhas mãos escorregaram em seus braços fortes conforme o beijo ia ficando cada vez mais urgente. Foi uma sensação deliciosa quando ele mordeu meu lábio inferior.

—Carlie, Ness está pedindo para você...

Seth e eu nos separamos brutalmente pela súbita voz. Jacob abriu a porta entreaberta, enquanto eu me cobria com um travesseiro.

—Iiii, foi mal. – ele prendeu o riso com a cena.

—Cala a boca. – resmunguei, me sentindo ruborizada.

—Bom, só vim falar que sua irmã precisa de ajuda com uma lição que ela não consegue fazer.

—Jake, pode deixar. Eu já entendi. – ela gritou lá de baixo. Revirei os olhos.

—Coitado dos pombinhos. – ele zombou. – Mas da próxima vez que quiserem brincar, fechem a porta.

Ele saiu e o fez.

Às vezes parecia que tudo nos impedia de ficar sozinhos para tudo. Mas resolvi tentar.

—E então... ainda tem clima? – andei com meus dedos por sua barriga e peitoral.

—Claro que tem. – respondeu ele e veio para cima de mim segurando minha cintura e me beijando.

PDV Renesmee.

—Aconteceu algo lá em cima? – perguntei curiosa quando vi a cara de Jacob divertida.

—Quase pego os dois no ato. – ele declarou.

Com essa até eu ri.

—Espera... Minha irmã estava sem roupa...?

—Não sei, espero que não. Ela estava com um travesseiro se escondendo. – ele me cortou quando viu minha cara de espanto.

Ele se sentou ao meu lado e continuamos a fazer o dever de casa. Eu comecei a pensar no que meu pai falou. Eu realmente queria ir para a faculdade, mas seria agora o momento certo? Teria Derek conosco...

Olhe para pilha de formulários que eu havia deixando na mesinha de centro de vidro.

Eu estava tão dividida.

Também seria legal viver mais como humano.

Como eu queria.

Como minha irmã queria.

Conhecer gente nova.

Fazer novas amizades.

Conhecer novos lugares.

—O que se passa por essa sua cabecinha linda?

—O que você pensa sobre a faculdade? – perguntei.

—Faculdade é uma boa. Eu quero fazer alguma faculdade que me ajude a me profissionalizar em mecânica. Não descarto outra profissão.

—Para que? Você já é habilidoso.

Ele sorriu diante ao meu elogio.

—Nunca é demais saber um pouco mais.

—É. Talvez. – suspirei. Tinha muita coisa em jogo por causa da faculdade.

Quero dizer, meu carro, minha carteira de habilitação, meu relacionamento sério com o meu noivo. Mas não foi justo meu pai ter feito isso, quer dizer, ele é o meu noivo, como ele podia comandar na minha relação pré casada?

—Quer falar sobre isso? – ele tentou ser prestativo. Respirei fundo. Eu tinha que falar para ele.

—Eu não estou muito animada com a faculdade. – admiti.

—Como assim? Você, Carlie e Derek vivem falando sobre faculdades. – ele apontou. Talvez ele quisesse que eu fosse mais do que eu pensava.

—É, mas... Eu estava pensando, já que tenho muita vida pela frente, para que fazer faculdade tão cedo? – dei de ombros.

—Eu respeito a sua opinião, mas eu queria que você fosse. A faculdade não teria graça sem você. – falou ele carinhosamente, afagando meu rosto. – E eu sei que não é apenas por isso. – me surpreendi com o que ele disse. – Pode falar, por que mais você não quer ir?

—O-o que? N-não é nada demais... É só por isso...

—Confie em mim. – ele assegurou. Suspirei. O que será que ele iria pensar quando soubesse a verdade? – Confie em mim. – repetiu ele.

—Tá legal. – me rendi. Senti minhas bochechas corarem apenas de admitir isso. – É por causa da Carlie.

—O que ela te falou que te fez mudar de ideia? – perguntou ele surpreso. Talvez Jacob pensasse que ela fez minha cabeça. E fez. Mas não intencionalmente.

—Ela não falou nada para eu mudar de ideia. – falei rapidamente. – O problema é que ela falou que não quer mais tanto assim fazer faculdade, e eu acabei pensando bem e não acho que seria a hora certa. E eu ficaria com muitas saudades dela se ela não fosse. – levantei os ombros, envergonhada. Abaixei a cabeça quando ele olhou nos meus olhos.

Senti seu dedo em baixo do meu queixo, fazendo levantar minha cabeça.

—Você pensa em não largar da sua irmã, mas seu noivo está tudo bem em ficar longe?

Seu sorriso deixou claro a provocação.

—Bobo. – empurrei seu ombro. – É diferente.

—Você tem que pensar primeiro em você, e depois vem os outros. E se ela realmente não quiser ir para a faculdade tão cedo, vocês podem se falar pelo computador, celular... E ela vai ficar feliz por você, apesar de também sentir sua falta.

—Posso te perguntar algo?

—Pode.

—Você só está falando isso para eu ir com você?

Ele riu.

—Pode ser. Mas eu quero que você faça a escolha que você quiser.

Nosso papo foi interrompido por passos descendo as escadas.

—Vocês são dois nerds. – Carlie zombou. Ela estava com um cheiro de banho tomado e seu cabelo num coque alto. Um cheirinho de lavanda vinha deles. Prendi o riso com seu esforço em esconder dos nossos pais que fez sexo. – Em vez de estarem curtindo estarmos sozinhos temporariamente em casa, ficam estudando.

—Não quero papai no meu pé. – lhe mostrei língua.

—Amanhã, depois da escola, tia Alice e tia Rose pediram para a gente ir a casa da vovó para começar o planejamento do casamento. – seus olhos até brilhavam apenas de ouvir a palavra “casamento’’ ou “noivo’’. Aposto que os meus faziam o mesmo.

—Ahhh! – soltei um gritinho batendo palmas, muito empolgada. – Mal posso esperar.

—O que acha de manter a tradição? Quero dizer, a mamãe casou-se no quintal da vovó, podíamos fazer o mesmo...

—Sem dúvida, claro que vamos manter a tradição!

Novamente, fomos interrompidos. Mas desta vez pela porta se abrindo e fechando.

—Ah, estou super empolgada! – Mendy exclamou ao entrar, seus cabelos loiros voando contra o vento.  – Sei que não sou a noiva, mas sou prima das duas! Deve ser maneiro casamento duplo. Minha mãe falou que vocês vão planejar o casamento amanhã. E aí, empolgada com o casamento? – perguntou ela se sentando ao meu lado.

Ri disso. Seu entusiasmo estava quase nos ultrapassando.

—Claro que sim. Só espere Embry te pedir também, ou sua empolgação toda vai se esgotar conosco.

Eu nunca vi alguém chegar a um tom tão vermelho de vergonha.

—Calma, Ness. – Jake falou risonho. – Rosalie vai ser um tanto mais complicado do que Edward foi.

—Calem a boca. – Mendy acabou rindo, apesar de ainda estar recuperando a cor de seu rosto.

PDV Carlie.

No dia seguinte minha irmã não pôde ir à escola porque estava com intoxicação alimentar. Eu também estava, mas fiz um esforço para esconder. Seth foi comigo, mas não desconfiou de nada. Jake decidiu ficar em casa com ela. Achamos bom que ele ficasse para cuidar dela. Papai nos disse que poderia ter sido algo que comemos, então logo ficaríamos melhor.

No meio da aula de química, eu não suportei o cheiro de uma mistura química e pedi licença para ir ao banheiro. Vomitei, e me senti um pouco melhor.

Na última aula Seth me mandou uma mensagem falando que teria que ficar na escola para uma prova surpresa que ainda não terminou. Falei que ia deixar o carro para ele, já que deixei minha moto em casa e viemos juntos de carro. Deixei as chaves no para brisa. E para o meu total azar, começou a chover no caminho. Coloquei meu casaco e meu boné, me xinguei por não ter pego o guarda-chuva.

O caminho até em casa não era tão longe, de qualquer forma. Seth me mandou várias mensagens falando que não era preciso deixar o carro para ele, mas o ignorei já que estava na metade do caminho. A chuva era de vento, e guarda-chuva nenhum iria me salvar. a chuva estava vindo em minha direção, e nem com o guarda-chuva eu conseguiria salvar meus sapatos e minha meia calça. Mas a ignorei, me encolhi em meu próprio casaco e continuei andando.

De repente um pontinho cinza na calçada me chamou a atenção. Parecia algum animalzinho. Estava difícil enxergar com a chuva batendo nos meus olhos desfreada. Fui até lá. Era um gatinho todo ensopado, tremendo de frio. Meu coração deu um apertou profundo. Tive que respirar fundo para não ficar com falta de ar.

Sem pensar duas vezes, o peguei no colo e o enrolei em meu casaco. Mesmo o tecido molhado, iria pelo menos o proteger do vento. Mesmo que meu pai não me deixasse ficar com ele, poderia o doar para alguém da vizinhança ou leva-lo para algum local seguro. Eu só não poderia deixá-lo indefeso na rua.

Continuei andando o segurando em meu casaco, tentando mantê-lo quente com a temperatura do meu corpo. Ele estava tremendo demais. Eu não sabia o que fazer. Estava com medo de deixá-lo morrer de frio.


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