A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 35
Cartas na mesa (E)




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Sua voz mandou faíscas pelo meu corpo. E então eu parei alguns segundos para analisa-lo. Encarei seu cabelo, que estava pouca coisa maior. Me surpreendeu como ficou lindo da mesma forma. Como eu sentia falta de seu olhar. E de sua boca.

—Estou bem. – menti.

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—Que bom. – quase nem ouvi pela sua voz ter vacilado. – Hã... A festa está maneira.

—Valeu. – agradeci. Apesar de seu elogio ter sido tímido, seu olhar mostrava que era verdadeiro.

—Claro que uma Cullen sabe dar uma festa.

Sorri. Estava sendo mais fácil conversar com ele do que eu pensava. Achei que seria desastroso e que iria me machucar, mas foi como se ele estivesse aqui há algum tempo e nada de ruim tivesse ocorrido.

—Jake deve ter pego no seu pé, dando festa sem seus pais.

Deixei passar despercebido sua curiosidade, e eu podia arriscar que era sobre nossa conversa silenciosa de agora há pouco.

—Na verdade, não. Estou fazendo isso pela pequena Anne, de qualquer forma.

Olhei para ela, abraçando Stefan e depois saiu com algum coleguinha. Encarei meus pés ao notar que William nos observava, e então eu não conseguia olhar para cima outra vez.

—Quer dançar? – Seth me perguntou, um tom de desespero em sua voz.

Levantei o rosto, não esperando pelo seu pedido. Sorri, nos colocando em posição de dança. Respirou fundo, e eu sentia que ele estava esperando por esse momento desde que chegou.

Suas mãos em minha cintura me enviaram um pequeno choque de prazer, e eu não estava pronta para isso. Chegou mais perto com o rosto, e eu não tinha certeza do que esperar. Não estava pronta para um beijo.

Mas passou direto e colou seus lábios em minha orelha. Foi preciso tudo em mim para não deixar o arrepio em minha espinha se sobressair.

—Carlie Cullen, você seria trancafiada dentro de um quarto o resto da sua vida se seu pai visse você nesse vestido. – falou no pé do meu ouvido.

Outra vez, meu corpo foi tomado pela vaidade. Me fiz de desentendida.

—O que tem demais nele? – sussurrei, sabendo que me ouviria.

—Eu acho que é pela falta dele. – riu, beijou o meu cabelo e voltou a me encarar. Eu sabia que se não fosse pela maquiagem, meu rosto denunciaria como eu fiquei ruborizada.

—Que exagero, Clearwater. – revirei os olhos, mas no fundo eu sabia que meu pai me mataria.

—Vestido sem mangas, decotado, acima dos joelhos, colado ao corpo...

Ele listava os defeitos da minha roupa enquanto me olhava de cima a baixo. Pelo menos quando eu olhei para ele, eu vi que achava o contrário de defeituoso.

Pigarreou, olhando para a festa. Suas bochechas com um leve rosado.

—Ele vai até os pés. – o corrigi, sabendo que ele queria dizer sobre a fenda lateral. – E estou usando luvas, não conta como uma extensão da manga?

Sorriu da minha tentativa boba de amenizar o escândalo da minha roupa.

E então suas mãos pareciam evidentes demais em minha cintura. Eu sabia que era só na minha cabeça, porque ele não mudou de posição em momento algum.

Infelizmente, por mais que eu revirasse meu cérebro em busca de algum assunto enquanto evitava meus olhos, não tinha mais papo para me distrair.

—Você ainda usa.

O olhei sem entender, e segui seu olhar.

—Eu nunca tirei. – confessei, lembrando de que Will também tinha notado o colar. –Senti a sua falta. – falei sem pensar. Fiquei surpresa em como não me envergonhei de dizer isso.

Terminar com William me deixava mais leve com o andar dos acontecimentos. Mesmo que eu não fosse voltar com Seth, mesmo que não fosse o beijar. Mesmo que fiquemos apenas amigos, eu me sentia leve de estar sendo honesta comigo mesma.

—Eu também senti a sua. – e me abraçou.

PDV Renesmee.

Jacob tentava chegar perto de mim de forma sorrateira, mas não passava despercebido por mim. Finalmente pedi licença para Brady e Quil, e fui colocar suco para mim.

Senti alguém se aproximando, parecendo mais perto do que o necessário socialmente. Bom, claro que eu fiquei curiosa para ver quem era.

Virei-me e tive uma surpresa desgostosa.

—Você está linda.

—O que você está fazendo aqui? – perguntei com raiva.

Jacob tinha um sorriso no rosto, feliz por falar comigo.

—Sua irmã me convidou. – ele falou. Sua voz rouca me arrepiou, e odiei isso.

—Eu sei que ela te convidou, eu quis dizer aqui, na minha frente.

—Eu queria te dizer oi. – suspirou. – E que a festa está incrível.

—Obrigada. – resmunguei. – Mas fique à vontade se quiser se retirar da casa. – ofereci, minha voz carregada de sarcasmo.

Girei meus calcanhares pronta para ir para longe. Fui à procura de uma pessoa que eu precisava ter uma conversa séria.

PDV Carlie.

Meu coração acelerou ao senti-lo voltar, e com isso, nossos rostos estavam próximos. Nossos narizes quase roçando no outro. Meus olhos fecharam instantaneamente quando ele encostou seu nariz no meu. Eu podia sentir seu hálito em minha boca, e isso me fez desejar seu beijo mais do que qualquer coisa. Qualquer resquício de dúvida desapareceu naquele segundo.

—Seth...

—Posso interromper? – Renesmee falou dura, e eu pulei para longe dele.

O recente acontecimento bateu em mim como uma onda. Eu mal havia terminado com William e estava prestes a beijar meu ex?

—F-fala, Nessie. – falei constrangida.

—Preciso conversar com você agora!

—Mas eu...

Ela nem esperou eu falar mais nada, apenas me arrastou pelas pessoas. Eu fiquei com receio do que podia ter acontecido para ela não se importar em atrapalhar um momento íntimo.

—Me solta, Nessie! Poxa, o que aconteceu?

Só quando chegamos ao quintal ela o fez. Agora a raiva me dominava. Por que diabos ela me tirou da festa assim?

—Não percebeu que eu estava no meio de uma conversa...?

—Por que diabos você trouxe Jacob para a festa?

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—Porque ele é meu amigo. – exclamei, me sentindo culpada de súbito.

—Carlie, por que chamou ele? – falou entredentes, seu olhar raivoso como nunca vi.

—Por que eu chamei Jacob? Por que você chamou Seth?

—Porque ele é o meu amigo e eu quis que ele participasse da festa...

—Eu trouxe Jacob pelo mesmo motivo!

—Você não pensou como isso me machucaria? – perguntou, me olhando através das lágrimas.

—E eu? – retruquei. – Você de repente achou que eu estaria pronta para falar com ele?

Em seus olhos apareceram a compreensão que eu precisava.

—Sim, eu achei. – ela sussurrou.

—Eu também achei que você só saberia que está pronta para conversar com o Jake quando o visse aqui. – dei de ombros.

—Carlie. – segurou meus ombros. – Eu te amo, você é a minha melhor amiga. Mas isso não te dá o direito de interferir assim na minha vida. Eu quis te fazer essa surpresa porque você me contou que abriu a mente para o que aconteceu com vocês. Só que eu não te dei nenhum indício que fiz o mesmo.

Lágrimas rolaram dos meus olhos. Eu a estava machucando, e isso apertou meu coração.

—Ness... – sussurrei, pronta para abraça-la, sobretudo ela negou.

—Vou voltar para a festa. Preciso me distrair.

Falou e se retirou.

Eu precisava respirar. Eliminar o nó que havia se formado em minha garganta. Tirar a raiva, a magoa e a dor que eu sentia. Precisava fazer algo.

Andei um pouco, para longe da casa. O frio congelante não me incomodava nem um pouco, então me dirigi para o balanço.

Tirei minha luva até aparecer o elástico, e o puxei. Primeiro terminei com William, depois quase beijei Seth, e descubro que minha irmã está com estilhaços de sentimentos ruins dentro dela, mas tem que aguentar firme pela festa. E tudo isso é culpa minha. Até quando meu corpo poderia aguentar isso?

Eu realmente não gostava de discutir com Renesmee. Me deixava um vazio imenso no peito.

—Coloca um casaco. Está frio.

Ouvi a voz tão familiar. Que eu era acostumada a ouvir desde que me entendo por gente, por alguns anos por uma webcam.

—Ah, cuida da sua vida. – falei sem pensar, e me arrependi assim que fechei a boca.

Eu não podia descontar em Seth. Ele não merecia por somente estar sendo gentil.

—Estou tentando. – ele falou. – É que ela é muito teimosa.

Suas palavras mexeram comigo. Ele estava se dando ao trabalho de vir me ajudar mesmo após eu o abandonar em Forks. Mesmo com os meus motivos, lá estava ele, prestativo.

O olhei. Ele estava a pouca distância de mim com sua jaqueta na mão. O vento nunca me incomodava muito, só que parecia que a temperatura havia caído consideravelmente, e se algum humano me visse assim iria me olhar como se eu fosse um monstro de três cabeças.

Como eu não disse nada, ele chegou mais perto e colocou-a em meus ombros, logo depois se sentando ao meu lado.

—O que houve? – ele perguntou.

—Nada. – eu lutei para que a minha voz não vacilasse e me entregasse. – Estou bem.

Se levantou do balanço, e se postou de joelhos a minha frente. Segurou meu queixo delicadamente – seus dedos em minha pele me trouxeram uma sensação deliciosa -, trazendo meus olhos para encontrarem os seus. O chocolate de suas írises penetrou nos meus instantes antes de ele me abraçar apertado. Com ele aqui, a jaqueta era inútil em sua utilização; ele era o meu sol particular.

—Eu sei que você não está. – ele murmurou. Apertei-me mais contra o seu corpo que me reconfortava. – O que houve?

—Nada. – repeti. Não queria que ele soubesse o motivo de eu estar assim porque eu me derramaria em lágrimas.

—Tudo bem. – ele falou rindo levemente, seu hálito quente fez meu coração bater mais rápido. – Se não quer falar, não vou forçar nada. – fiquei agradecida por aquilo.

Ele se afastou do abraço e eu senti o vazio no peito novamente.

—Eu só tive uma discussão com Renesmee. – expliquei sem detalhar.

Sem que eu fizesse nada, uma lágrima desceu do meu olho. Ele esticou sua mão e a eliminou.

—Vai ficar tudo bem. – murmurou baixinho enquanto acariciava meu rosto. – Essas brigas são passageiras. – ele assegurou.

—Será? – sussurrei. – Eu acho que a magoei de um jeito diferente. Não sei se ela vai voltar a falar comigo.

—Isso é temporário. – ele disse com tanta certeza que quase me fez acreditar. – Todas as melhores amigas brigam. É normal.

—Espero que seja.

Não deixei de esconder o desapontamento em minha voz – estava sem forças para isso.

—É sim. Você vai ver. Daqui a pouco vocês estarão rindo de tudo isso. – ele falou num tom suave e confortante.

—Tudo bem... obrigada. Ajudou muito. – agradeci.

—Disponha. – ele se sentou ao meu lado outra vez, dessa vez me puxou para deixar em seu peito que, mesmo por cima da blusa, era quente.

Me afastei para tirar sua jaqueta de mim e encostei-me a ele. Seus braços me envolveram, tirando qualquer vestígio inexistente de frio de mim.

Era estranho. Há poucas horas eu estava num relacionamento estranho com William, porque Seth me desapontou ao me esconder que outra garota havia o beijado. E cá estamos nós dois, como se fôssemos melhores amigos que nunca brigaram e que nunca havia se desentendido.

PDV Renesmee.

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Entrei de volta na festa, o corta vento da porta me atingiu forte, e nem parecia que lá fora estava congelante para um humano. Seth me olhou preocupado quando não viu Carlie comigo.

Revirei os olhos e andei pela festa a procura das meninas. Agora não era hora de chorar. Não no meio de uma festa. Então o melhor que eu tinha que fazer era fazer de conta que nada havia acontecido.

Quando as achei, perguntaram da minha irmã. Falei que estava por ali, e elas aceitaram. Fomos para a pista de dança, já que a música havia voltado.

Várias vezes que eu olhava pela festa, pegava Jacob me olhando enquanto dançava. Estava conversando com os outros lobos, entretanto seu olhar sempre voltava para mim.

Meus sentimentos por ele eram ainda embaralhados. Só que, por mais brava que eu estivesse por ele estar ali, seu olhar me enviava uma mensagem que ia além da zona de amigos. E… eu gostava. Queria explodir com ele por tudo, e também queria suas mãos delineando minha silhueta com o seu corpo grudado no meu.

PDV Mayra.

Embry e eu estávamos namorando, e eu não sabia como contar isso para minha mãe quando ela voltasse. Renesmee havia dito vagamente que ela não vai muito com a cara deles. Mas ele era tão encantador, que me deixava boba. Fisgou meu coração, e eu me deixei levar sem protestar.

Não havia dito a ele que sei do imprinting. Eu ainda estava me acostumando com essas coisas místicas. E para ser sincera, eu me sentia bem a vontade do cara que eu era afim ter um tipo de paixonite eterna por mim.

Embry e eu estávamos num canto um pouco afastado das pessoas, para podermos conversar sossegadamente. E então a gente ficou sem papo, e ele começou a me olhar de uma forma... admirável.

Eu estava prestes a dizer alguma coisa para fugir de seu olhar, mas ele me surpreendeu com suas palavras.

—Você é linda, sabia?

Senti meu coração acelerar seu ritmo de batidas, me deixando nervosa. Tive a nítida consciência de meu rosto ficar mais quente, e percebi que corei. Droga, eu não sabia o que falar...

—Obrigado. – gaguejei.

—Você é perfeita. – ele afirmou, afagando meu cabelo trançado.

Moveu seu corpo de forma que senti minhas costas na parede atrás de mim. Eu até tentaria sair dali, mas não conseguia. Apenas... não conseguia. Alguma coisa nele me prendia ali. Eu havia caído numa emboscada.

O nervosismo tomou conta de mim quando ele começou a se curvar para capturar meus lábios, e finalmente tive a coragem de dizer:

—Embry, eu sei sobre o imprinting.

E então ele congelou. Ficou estático, me olhando meio que apavorado. E isso me partiu o coração. Eu não gostava de vê-lo desse jeito.

Lentamente, ele tirou suas mãos dos lados da minha cabeça, que estavam na parede, e começou a se afastar, ficando a uma distância suficiente para parecermos simples amigos.

—Como você ficou sabendo disso? – ele perguntou baixinho, mas alto o bastante para eu ouvir.

—Renesmee me contou a uns dias atrás. – confessei.

Ele ficou parado, pareceu não conseguir se mexer. Havia dor em seus olhos.

—Embry. – fui até ele e segurei seu rosto em minhas mãos, o fazendo olhar diretamente para mim – Não fique assim, por favor. Não se sinta culpado. Eu gosto de você. Realmente gosto de você. Para a falar a verdade, desde o primeiro dia em que nos conhecem...

E então minha fala foi interrompida por sua boca na minha. Ele me beijou urgentemente, como se sua vida dependesse disso. Mas não me importei. Suas mãos seguraram forte a minha cintura e me prenderam entre a parede e seu corpo quente. Agarrei seus curtos fios de cabelo, o puxando para mim, esmagando nossos lábios um contra o outro. Sua língua invadiu minha boca, e começou a explorar ela.

Comecei a ficar excitada com o modo que estávamos. Eu jamais sentira aquilo por nenhum outro menino na minha vida.

—Vamos até o meu quarto um pouco. – pedi.

Ele me olhou surpreso, e eu me senti constrangida pelo o que pareceu ser minha sugestão. Todavia Embry aparentava querer tanto quanto eu.

—Para conversar. – completei, e me senti uma idiota por possivelmente ter dito algo óbvio.

Me inclinei para sussurrar em seu ouvido:

—E então? O que acha?

Senti seu corpo estremecer brevemente, e sorri internamente com isso. Depois foi sua vez de falar baixinho perto do meu pescoço:

—O que você quiser.

Senti meus pelos se eriçarem. Escorreguei minha mão por todo seu braço até que segurei sua mão, e comecei a puxá-lo pela multidão.

Não muitos segundos depois a gente já estava subindo as escadas, e logo, na porta do meu quarto. Me surpreendi que o andar de cima estava vazio. Geralmente as pessoas aproveitam para dar uns amassos em casas que tem festa. Ou isso era coisa de filme?

—Alguém está se divertindo lendo livros.— sorriu de lado, apontando para a biblioteca. Ele ouvia algo que meus ouvidos não podiam alcançar.

Ri disso, e antes que eu pudesse sequer esticar a mão para abrir a minha porta, ele me prendeu contra ela e me beijou novamente. Seu braço se enroscou em minha cintura, me puxando ainda mais para ele. O beijo estava quente, e minha mão procurou freneticamente pela maçaneta da porta. Quando a encontrei, a girei e ela se abriu. Se ele não tivesse me segurando, ambos teríamos caído no chão, mas de alguma forma, isso não aconteceu. Fiquei surpresa com isso.

Segundos depois, a gente já estava do lado de dentro do meu aposento, e a porta fechada. Imediatamente, procurei pela porta, a fim de trancá-la, e foi isso que fiz assim que minha mão encontrou a chave. Pus as mãos em seu peito, com intenção de empurrá-lo, mas me surpreendi quando ele não se moveu.

Um segundo depois, ele estava me puxando, e logo caímos na cama. Dobrei minhas pernas e fiquei de joelhos, de frente para ele, com cada perna ao lado de seu corpo. Ele se sentou sem mudar as nossas posições, e segurou a barra do meu vestido, o passando pela minha cabeça. Agradeci por estar com o meu lingerie branco, pois subitamente senti vergonha.

Puxou-me para si, colando nossos corpos e voltou a me beijar. Passeei minhas mãos por seu ombro firme, sua clavícula, seu peitoral, e levei-as até os primeiros botões de sua camisa. Parei o beijo para respirar um pouco, e aproveitei para desabotoar sua roupa. Suas mãos repousavam em minhas coxas, enquanto seu peito subia e descia. Aquela visão estava me entorpecendo. Em questão de segundos, ela fora arrancada dele.

Ele agarrou meu quadril e inverteu nossas posições. Seus lábios desceram para o meu pescoço, e minha cabeça se inclinou para trás automaticamente, desfrutando de seus beijos. Seu membro se encontrava sem pudor em minha intimidade, e eu queria mais do que tudo me livrar do pano que impedia de ir além. Senti sua mão descer pela minha cintura, meu quadril – nossa, ele estava queimando! – e segurar a barra da minha calcinha.

E então ele parou o beijo justamente quando eu ia parar.

—Eu não estou com camisinha. – ofeguei, me odiando por isso.

—Eu também não. – vi seu pomo de Adão mexer, e ele ficou frustrado.

O empurrei novamente, e mais uma vez fiquei surpresa de ele não se mexer um milímetro. Apenas meio segundo depois, ele percebeu o que eu queria fazer e se afastou.

Respirei fundo, tentando me recompor. Eu ainda tinha dezesseis anos, mas nunca tive tanta certeza de algo assim. Eu sabia que Embry me completaria.

—Vamos descer? – sugeri o olhando, e a vaidade misturada da vergonha se instalaram em mim com seu olhar percorrendo meu corpo seminu.

—Não estou com vontade de descer. – respondeu com labaredas de fogo em seus olhos, e me beijou novamente.

Assim que seu corpo colidiu com o meu, as palavras desapareceram de minha mente. Sua temperatura me fazia querer colar nele para sempre.

—Embry, eles vão sentir nossa falta. – gemi, me lamentando.

—Ok, ok, vamos lá. – ele falou, me dando espaço. Sorria, me medindo da cabeça aos pés. – Garota, você é incrível. – suspirou, e eu corri para o banheiro para me... limpar.

Minha maquiagem ainda estava ótima. Apenas limpei o batom nude do meu rosto e o retoquei. Depois saí e vesti minha roupa de volta.

—Hey. – me chamou assim que terminei de colocar o ombro do vestido. – Eu te amo.

Puxei seu rosto para o meu, e selei nossos lábios.

—Também te amo.

Logo descemos. Quando chegamos lá em baixo, Jacob e Paul vieram chama-lo, e o interrogaram por causa de nosso sumiço repentino. Era óbvio que eles estavam desconfiados.

—Vou procurar Carlie. – o avisei, e comecei a andar pela festa a sua procura. – Hey, finalmente te encontrei. – exclamei aliviada quando a vi. Ela estava com três garotas conversando. Assim que me viu, pediu licença e veio ao meu encontro.

—Hey, onde você estava? – ela me perguntou – Estava com o Embry? Os meninos estavam procurando por vocês dois, e não acharam... – ela se interrompeu sugestivamente.

Engoli em seco, quando percebi que estavam desconfiando demais.

—Embry e eu... fomos... conversar um pouco... eu... por que você quer saber? – perguntei incomodada por termos chamado atenção.

Ela não falou nada. Pegou meu braço e me puxou em meio à multidão, até estarmos perto da parede, onde haviam poucas pessoas conversando.

—Ficamos preocupados. Você estava onde com ele?

—Eu... fui ao banheiro e ele me acompanhou...

Parei de falar quando percebi estar falando asneira. Por que diabos ele iria me acompanhar ao banheiro?

—Vocês...? – se interrompeu, me olhando desconfiada.

—Olha, se não quer acreditar, não posso fazer nada.

Virei-me para ir embora.

—Não vá. – ela falou, me fazendo parar. – Acredito em você, ok? Não fique brava. Não tem porque você mentir para mim.

—Tá bom! – falei alto, me rendendo ao que a culpa me atingiu. – Eu... nós...

Eu não sabia como falar que não aconteceu nada demais, mas que o clima esquentou muito.

—Se importa? – ela perguntou, apontando para a sua testa.

Aliviada, balancei a cabeça, e eu ouvia seus pensamentos.

Hã... hesitei, sem saber como fazer isso. Ela riu, e eu percebi que ela também podia ler os meus.

É isso, só pensar. Posso ouvir tudo... e ver. Alertou.

A gente foi para o meu quarto. Comecei pensando em algumas partes. Ela sorria, atrevida. Nos deixamos levar um pouco.

Ela soltou um gritinho ao que parei na parte que não tínhamos forma de prevenção, e paramos.

Sua danadinha! Não acredito!

Empolgada, me abraçou. Eu ri, sem saber o que fazer.

—Quem não vai gostar é tia Rose. – me alertou, sem nunca tirar o sorriso do rosto. – Você está conosco há pouco tempo, e ela não gosta de verdade dos lobos. Ela tolera mais Seth do que qualquer outro, e ainda assim é um pouco hostil.

Suspirei. Então seria mais difícil do que eu pensava falar sobre minha vida amorosa com o Embry, para a minha mãe.

—Depois eu me viro com ela.

—Sim, claro. – concordou imediatamente. – Vamos curtir a festa. Está ficando tarde, e logo os convidados vão querer ir embora.

Voltamos a nos encontrar com as meninas que ela conversava.

 

PDV Carlie.

A festa já estava no fim. Vesti meu sobretudo para manter as aparências, já que a porta estava aberta para as pessoas irem embora. Acompanhei Joseph e Stefan até o carro de William, e começamos a colocar os presentes de Anne no porta malas.

—Não vai dar tudo. – comentou Will, observando alguns serem muito volumosos.

—Vamos colocar no meu. – ofereci. – Acompanho vocês até sua casa, Will.

Com um rubor a mais em suas bochechas, além do causado pela temperatura, concordou.

Tivemos que colocar o que eu dei no banco de trás do Bugatti. Uma bike rosa com cesta e fitinhas coloridas dentro de um embrulho gigante.

—Coube? – perguntei, o vendo encaixar atrás do banco.

—Coube. – falou, fazendo certo esforço para arrumar sua postura. – Não acho palavras para te agradecer, jogadora.

Ri, tímida ao lembrar do fato.

—É feio encarar as pessoas. – o adverti de brincadeira. – E já falei, fiz tudo de coração. Agradeça a Anne por ser uma criança incrível.

—Você é um anjo que caiu do céu. – murmurou perto de mim, e eu sabia que mais um pouco sairia da zona de amigos. – A coisa mais importante para mim é ver aquela garotinha sorrindo. E por sua causa, ela não parou de o fazer hoje.

Segui seu olhar, a vendo sorrir com os olhinhos brilhando com o tanto de presentes que havia ganho. Eu acabei comprando alguns a mais para serem de Brady, Collin, Quil, Embry e Leah.

Me assustei ao sentir sua respiração em minha bochecha. Não me atrevi a virar, pois sabia onde daria se fizesse. E então me deu um abraço rápido para disfarçar.

—Vou avisar minha irmã que irei te levar.

Me virei para caminhar até a porta. Ela me esperava na porta da frente.

—Já sabe, né?

—Sim, eu ouvi. Não se preocupe, estamos bem. Sobrou alguns doces.

Assenti, entrando apenas para pegar a minha chave. Seth me fitava sem querer disfarçar, e eu quase tropecei em meus próprios pés. Sua expressão denunciava seu mal humor.

Eu apostava toda a minha fortuna de que não lhe agradava nada que eu passasse um tempo a sós com William.

A viagem de carro até sua casa foi até que agradável. Não deixou de me cantar algumas vezes, e eu o peguei olhando para as minhas pernas duas vezes.

Ajudei a deixar os presentes dentro da casa deles. Me despedi de todos com um abraço, e Will se demorou em sua vez. E era meio que uma despedida de nós dois.

Voltei para o meu Bugatti, atirando o sobretudo no banco de trás, aliviada de não ter que me vestir de acordo com os seres humanos comuns.

Pisei no acelerador, um rosto tomando conta de minha mente. Seth.

Seth. Seth.

Seth.

Eu queria estar em sua presença. Queria que ele me notasse. Queria sentir seu toque. Seu abraço, aqueles braços mais quentes que o verão. Mais confortáveis que qualquer colchão, mais deliciosos que qualquer lençol egípcio.

O fato de eu ter ido embora não significa que deixei de me sentir atraída por ele.

Suspirei aliviada ao avistar a fazenda. Guardei o carro na garagem e me apressei para entrar.

—Oi, Nick. – a chamei, vendo-a com doces na mãozinha. – Se divertiu, meu amor?

A peguei no colo, e a enchi de beijos, arrancando gargalhadas doces dela.

Vi Seth me fitando, e não deixei de corar. Foi muito difícil tentar ignorar as borboletas em meu estômago. Ele me olhava sem sequer disfarçar.

—E a decoração? – minha irmã me perguntou.

—Ah, fechei o pacote completo. Amanhã virão tirar as decorações, e uma equipe de limpeza vai fazer uma faxina pesada.

—Papai não pode sentir nenhum cheiro diferente. – ela sussurrou de modo que só eu ouvisse, já que Rebecca estava ali também.

Balancei a cabeça para cima e para baixo uma vez, disfarçando como se tivesse cheirando Nick.

—Eu estava pensando em a gente aproveitar a piscina aquecida. – Ness sugeriu, e eu concordei na hora.

Todos foram vestir suas roupas de banho. Na volta, as humanas pararam ao ver que a piscina ficava lá fora.

—Uma piscina aquecida não nos deixaria com hipotermia. – Rachel brincou, hesitante na porta.

—Ah, sobre isso...

Do lado de dentro perto da porta tinha um botão. O pressionei. Paredes de vidro começaram a se mover, fechando ali, tornando a varanda de trás uma extensão da casa. Arrumei o termostato para ficar em uma temperatura confortável para que quando saíssem da piscina também não sofressem choque térmico.

—Ok, isso foi genial. – Rebecca comentou, sendo a primeira a sair de tanta empolgação.

Sorrindo, me sentei em uma cadeira com minha prima, vendo os outros pularem na água.

—Vai lá. – Leah ofereceu, sentando na mesma cadeira que eu estava. – Eu olho Nick.

Sorri agradecida, e mergulhei na piscina. A água quente relaxou os meus músculos que eu nem sabia que estavam tensos. Com certeza por causa da situação Seth-William.

—Seria gula eu falar que estou com fome? – Renesmee fez um biquinho, só sua cabeça para fora d’água.

—Não. – ri, também com um incomodo na minha barriga. – Leah. – a chamei. – Peça algumas pizzas. Eu fiz um bolo de cenoura para vocês. – acrescentei. – Testei uma nova técnica.

Fiquei animada com a aprovação deles, e saí da piscina. Ao me virar para pegar um roupão, Seth e Brady me olhavam. Seth me encarava com admiração e desejo. Já Brady surpreendido.

Droga. Será que era certo esconder de Seth que eu quase beijei o melhor amigo dele?

Entrei em casa, fui até a cozinha e peguei o bolo na bancada. Era grande o suficiente para todos.

—Você gosta de cozinhar? – Paul indagou, surpreso.

—Peguei gosto. – admiti, tímida.

Coloquei o bolo em cima de uma mesa, e fui surpreendida ao ver todos saindo da piscina para provar da minha culinária.

—Isso não é chocolate normal. – Emily exclamou em deleite.

—Chocolate suíço. – mordi o lábio, envergonhada.

—Desde aquele caldo com bacon, eu sabia que você iria ficar cada vez melhor na cozinha. – Seth comentou a centímetros de mim, fazendo meu ego inflar. Se esgueirou perto de mim de propósito para pegar seu pedaço de bolo.

Droga! Uma coisa era estar perto dele vestido. Outra coisa era estar a centímetros de seu corpo só de bermuda. E eu apenas de maiô.

—Ei, Cullen.

Olhei para Leah, esperando.

—Hmm... Carlie. – ela se corrigiu, e percebi que Ness e Mendy também olharam em sua direção. – Estará aqui em alguns minutos.

Achei graça de que Leah não se ofereceria em momento algum para pagar. Ela se aproveitava mais do que todos de que foi convidada para estar aqui, e tinha consciência da riqueza da minha família. Então, nem um centavo de seu bolso.

—Certo, vou lá buscar. – coloquei meu roupão e prendi meu cabelo molhado para não deixar poças pela casa.

—Vou te ajudar. – Seth se ofereceu na mesma hora também se vestindo.

—Vou só buscar meu cartão. – avisei ao chegarmos na sala, e corri escada acima. Peguei minha carteira dentro da bolsa, e com o cartão em mãos, desci.

Fomos para o lado de fora esperar. A grande vantagem de ter a temperatura corporal alta era isso. O inverno não me fazia sentir frio. Eu podia sentir que a temperatura iria abaixar mais naquela noite, mas o vento gelado não me incomodava.

—Foi muita bondade sua ter feito uma festa para aquela menininha. – comentou, rompendo o silêncio.

—Ah, não foi nada. – dei de ombros. – Ela é um amor.

—Ela estava falando com uma amiga que você logo seria sua cunhada.

E encarou o chão. Arregalei os olhos com isso. Não a ouvi falar isso com ninguém.

—Ela... Só é muito inocente. – tentei fugir, e fiquei aliviada ao ouvir o barulho de um veículo se aproximando.

Era um carro. Parou perto dali, e tirou sete caixas de pizzas de dentro. Deixamos que se aproximasse da varanda, já que eram poucos passos.

—Entrega de pizza. – anunciou o óbvio.

Seth pegou para mim e colocou no chão enquanto eu pagava. Ao encostar o cartão na máquina, senti um braço quente ao redor de minha cintura. Quando levantei o olhar depois de apertar em confirmar, entreguei a maquininha ao homem, que por algum motivo parecia sem jeito.

Agradeceu rápido e quase correu de volta para o seu veículo.

Olhei para Seth. Ele precisava explicar algumas coisas.

—O que foi? – perguntou. Pareceu desconfortável com o olhar que eu estava lançando a ele.

—O que foi aquilo? – perguntei baixinho.

Não que eu não tivesse gostado de um contato seu.

—Ele estava te olhando. – ele falou de cabeça baixa. – Para um lugar impróprio.

—Lugar impróprio? Meu corpo está todo coberto. – ri, achando que ele estava exagerando.

—Ele estava olhando para o seu decote. – ele olhou para o mesmo sem malícia por um segundo, depois desviou o olhar. Por baixo de sua pele morena, estava um tom de vermelho.

Confusa, olhei para baixo. O meu roupão tinha se afastado um pouco do meu corpo, deixando uma abertura o suficiente para mostrar meu busto. Com certeza foi quando subi e desci correndo as escadas. O arrumei na mesma hora.

—Alguns caras não têm escrúpulos. Obrigada.

—Não foi nada.

—Vamos entrar? – perguntei. – A pizza vai esfriar.

Levei as mãos até o cabelo para arrumar a presilha, porém ela escorregou das minhas mãos e caiu no chão com um barulho baixo.

—Droga!

Abaixei-me para pegá-la, ao mesmo tempo dele. Nossos rostos estavam a uma proximidade perigosa até demais. Seth olhou para os meus lábios com tanto desejo que simplesmente o nervosismo explodiu dentro de mim. Se chegássemos mais perto, teríamos um encontro desagradável. Então ele levou seus lábios mais perto dos meus.



 


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