A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 33
Encruzilhada (E)




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PDV Edward.

Estar na nossa praia privativa era muito bom. Amamos nossas filhas, mas estar sozinho era o que precisávamos. Somente Bella e eu. Minha esposa.

Esposa. Quanto tempo eu esperei para dizer essa palavra oficialmente.

É difícil acreditar como o rumo da minha vida se tornou prazeroso. Tenho duas filhas lindas, uma esposa maravilhosa e uma família inacreditavelmente surreal.

Foi difícil aceitar o namoro de Carlie e Seth. Ele é uma boa pessoa. Fiel e companheiro. E mesmo eu gostando dele para valer, é difícil ver a minha princesinha se tornar uma adulta responsável enquanto eu queria apenas pegá-las em meu colo e levá-las para longe de todos, e protegê-las. Mas não comandamos em nossos sentimentos.

Eu nunca iria admitir que tenho sorte de ter dois homens nas vidas das minhas meninas como Jacob e Seth. Eu lia em suas mentes seu amor puro. Eu me rasgava de ciúme com os seus sentimentos aflorando por elas, e depois pensava melhor e sabia que eles jamais fariam algo que elas não quisessem.

Foi aí que eu realmente descobri a parte ruim de ser um leitor de mentes que tem filhas.

—Em que está pensando? – a voz de Bella me trouxe de volta.

—Na vida – respondi-lhe.

Estávamos na praia de sua ilha. Deitados na areia sentindo as ondas sendo arrastadas até nossas pernas e voltar. Levei meus olhos ao corpo cintilante dela. O fraco sol do fim da tarde batendo em sua pele, mostrando como sua pele fica como diamantes. Eu que, anos atrás, queria que Bella fosse humana para sempre, agora a quero como vampira. Para vivermos a eternidade juntos.

—Bella?

—Sim? – ela virou seus olhos cor de ouro para me encarar.

—O que você acha do namoro... Do ex namoro da Carlie, que dizer, achava? – perguntei todo embaraçado.

Ela riu enquanto apoiava seu cotovelo na areia para me olhar diretamente.

—Você deve estar brincando! – ela exclamou entre risos. – Mesmo, infelizmente, o namoro tendo acabado...

—Infelizmente. – bufei.

—Edward, não diga isso. Você não gosta de vê-la sofrendo, querido.

—Não, não gosto. – concordei. – É que era difícil para mim mais do que qualquer coisa.

—Sei, mas como eu dizia, mesmo o namoro tendo acabado, você ainda pensa sobre isso?

—Só queria ouvir a sua opinião. – dei de ombros.

—Mesmo também não gostando da nossa filha namorando tão cedo, eu entendia, pois eles se amam ainda.

Em relação a suas palavras, Seth nunca, jamais deixaria de amá-la. Carlie também não, já que seus sentimentos são quase igualmente fortes.

—Eu sei, eu sei. – murmurei. – Mas você levou mais a sério do que eu. – apontei, envergonhado de minhas atitudes.

—É, eu sei. – ela falou. – Mas você caiu na razão e devolveu a felicidade a ela quando deu a permissão para eles namorarem. E eu fiquei muito orgulhosa de você. – ela falou enquanto se aproximava e selou nossos lábios.

PDV Carlie

Abri meus olhos e eu estava deitava. Senti um braço ao meu redor da minha cintura. Eu reconheceria aquele toque em qualquer lugar. Não podia ser ele, podia? E se fosse?

Coloquei a mão por cima de sua mão quente e entrelacei nossos dedos. Ele não fez nenhuma reação. Achei estranho. Aproveitei alguns segundos a mais de seu toque. E se fosse apenas um sonho? Fiquei realmente com medo de me virar e o sonho acabar. Mas eu não podia ficar assim para sempre. Arrisquei-me. Virei-me lentamente.

Meus sentidos não estavam enganados.

Era realmente ele.

Deus.

Era ele mesmo!

Como?

Deixei esses pensamentos de lado para aproveitar o fato de que ele estava dormindo e o observei mais.

Ele estava tão lindo. Não tinha mudado nada. Exceto seu cabelo que estava maior.

Eu não conseguia acreditar. Era bom demais para ser verdade. Levei minha mão para fazer cafuné em seu cabelo macio. Pousei a minha mão em seu rosto. Foi um completo erro olhar para seus lábios. Deu-me uma vontade louca de experimentá-los novamente. Lindos. Rosados. Carnudos. Doces. Macios. Tentadores.

Grudei meu corpo ao dele sentindo cada músculo de seu corpo definido.

Pegando-me de surpresa, ele subiu em cima de mim inconscientemente. Ele era pesado o suficiente a ponto de me deixar sem ar. Dei um soco em seu ombro para acordá-lo. Deu certo. Ele, surpreso, abriu os olhos. Como eu sentia falta deles. Castanhos. Profundos.

—Não consigo... Respirar! – ofeguei.

Ele pareceu acordar do transe e saiu rapidamente de cima de mim, se afastando o suficiente para eu sentir um vazio. Sentei na cama.

—M-me desculpe. – ele falou.

—Tudo bem. – era difícil de falar algo com os seus olhos me fitando. Então desviei o olhar.

—Hã... Eu te machuquei? – ele perguntou. Finalmente tive coragem de olhar em sua direção.

—Não. – o que eu disse mesmo? – O que faz aqui?

—Fui convidado...

—Estou falando aqui, no meu quarto. – o interrompi.

—É... Eu... – ele falou embaraçado enquanto coçava a cabeça sem saber o que fazer. Levantei a sobrancelha o questionando. – Eu estava passando por aqui e...

—Você queria se aproveitar do fato de que eu estava dormindo!

—Não! – ele exclamou desesperado.

Ri.

—Estou apenas brincando.

Por impulso, fui engatinhando até o outro lado da cama, onde ele estava.

—Senti sua falta. – confessei. Sua mão foi para o meu queixo, o segurando delicadamente. Eu quase estremeci. Eu sentia tanta falta dele.

—Eu também. – ele sussurrou. Seus dedos fizeram todo o caminho dos meus lábios. Depois acariciaram meu rosto. Coloquei a mão em sua bochecha e ele fechou os olhos com o toque. Fui me aproximando lentamente até juntar nossos lábios.

Acordei num sobressalto. Ofegante, assustada e suada. Mendy que estava ao meu lado se mexeu um pouco como se fosse acordar, mas voltou a dormir.

Puxei o novo elástico em meu pulso, e o soltei quando senti quase arrebentando. Porcaria de material. Mal me fazia cócegas, com a borracha desgastada.

Balancei a cabeça, me livrando desses pensamentos.

Era hoje a festa. Os quileutes chegariam em breve, se por sorte o voo não atrasasse.

Me levantei e fui para o banheiro. Era cedo o suficiente para eu me arrumar sem preocupação.

—Animada para a festa? – Renesmee falou com a escova de dente em sua boca.

—Muito. – afirmei, indo fazer o mesmo e revitalizar meu cabelo.

Logo eles foram acordando aos poucos e tomando conta dali, em fila para escovar os dentes.

Eu estava distraída, ainda me recordando do sonho. Foi tão real, eu jurava que podia senti-lo comigo. Isso fez despertar um sentimento que eu nem lembrava que estava ali. Eu o tinha bem guardado no fundo do coração.

...

A empresa de eventos havia me mandado mensagem dizendo que alguns funcionários estariam vindo para arrumar ali, e eram nove da manhã. Estava ficando tudo muito lindo. Realocaram os sofás para mais espaço, colocaram algumas cadeiras e mesas de comes e bebes. Um palco para um karaokê, um microfone com um pedestal e um violão. Um telão no fundo do palco para auxiliar no karaokê.

Fui até a casa de William para deixar a roupa da Anne ali. Tinha o dispensado para passar o dia com ela, e os irmãos também estavam ali.

—Oi, cunhada. – Stefan me abraçou demorado, e eu não deixei passar despercebido seu flerte. – Sério, você é muito linda para o Li. O que viu nele?

—Não sou sua cunhada. – o corrigi tentando não parecer grossa. – Não estamos namorando, Stefan.

—Ah, claro, ele não teve culhões para te pedir em namoro. – revirou os olhos.

—Carlie! – Will me chamou aparecendo ali, e me abraçou. Lançou um olhar mal humorado para o irmão. – Pare de importunar ela.

—Estávamos apenas conversando. – levantou as mãos, alegando inocência.

—De qualquer jeito, vim apenas para deixar a roupa de Anne. – entreguei o saco preto, cujo tinha a roupa em perfeito estado. – Assim que estiver tudo pronto, mando mensagem.

Sem dizer nada, deixou a roupa ali em cima da mesa e me puxou para fora, para termos privacidade.

—Nunca vou conseguir dizer como sou grato por você estar fazendo isso. – me disse, ao redor dos seus olhos num tom de vermelho claro.

—Me sinto feliz com isso. – Falei sincera. – Anne é maravilhosa, e ela merece.

—E ela gosta muito de você. – comentou, por algum motivo corando com isso.

—Ela é uma criança muito doce.

Seus olhos passaram a encarar minha boca. Os dentes perfeitos de sua boca puxaram o lábio inferior, me fazendo esquecer meu nome. Ele não fazia ideia de como ficava sexy assim. O seu rosto foi chegando mais perto do meu, em seguida nossos lábios trocavam um beijo delicado. As mãos em minha cintura me grudaram em seu corpo, e eu já conseguia sentir a sua temperatura aumentar. Não sabia se era por alguma influência minha ou era só ele.

Me separei a contragosto.

— Tenho que ir. Vou recepcionar meus amigos de Forks.

—Ok, linda. – me abraçou, seus braços relaxados fazendo suas mãos roçarem em minha bunda. – Alias, belo carro. Nem tive tempo de falar sobre isso.

—Obrigado. – agradeci, contente ao lembrar que tenho um.

Me despedi com um beijo mais longo do que eu pretendia, quando constatei pelo meu relógio de pulso que já eram dez e dez.

Ao chegar ali, fiquei muito feliz ao ver Jared e Kim, Paul e Rachel, Sam e Emily, inclusive Rebecca e Solomon.

—Que bom ver todos vocês aqui. – abracei cada um deles, e fui retribuída com muito carinho. – Me perdoem ter comprado as passagens tão cedo, mas fiquei com medo do voo atrasar.

—Ah, não se desculpe. – Rachel sorriu. – A primeira classe foi um belo descanso.

—Paul roncou muito. – resmungou Rebecca, depois sorriu deixando claro que estava só o provocando. Ele riu, e eu podia imaginar que era aquela brincadeira com fundo de verdade.

—E Jayden? – perguntei, sem sinal dele por ali.

—Minha mãe veio nos visitar, e decidi deixá-lo com ela. – Emily esclareceu. – Fazia tempo que Sam e eu não temos uma folga.

Sorri, compreendendo.

Não vi Jake por ali, e fiquei decepcionada. Ele decidiu não vir mesmo.

—Comprei algumas roupas neon, e tenho outras de festa, se não se sentirem confortáveis em algo diferente. – falei, vendo Paul roubar um doce da mesa. Rachel deu um tapinha em sua mão, e ele se encolheu de forma dramática. – Tem mais na geladeira. – comentei rindo. – Aluguei uma empresa de eventos boa. Quero que levem um pouco dos doces para vovô e Sue. Eles vão adorar. E como vai o surfe, Solomon?

Ficamos conversando mais um pouco, e fui fazer um almoço, já que a festa seria por volta das cinco da tarde.

Fiz uma lasanha, coloquei um peru já marinado para assar, e deixei preparada uma salada de legumes. Rachel e Emily me deram uma mãozinha, já que eram as únicas boas na cozinha.

Após o almoço, subimos para nos arrumar. Eu tinha comprado maquiagens para as cores de pele das outras meninas, e começamos a nos maquiar. Depois foram as roupas.

...

A festa já estava boa. Eram cinco e meia, entretanto tinha bastante gente. Eu achei que eram todos conhecidos de Will, mas ele me pediu desculpas porque foram os irmãos dele que convidaram algumas pessoas a mais. Garanti que não havia problema. Eu queria uma festa agitada mesmo.

O ambiente pouco iluminado para dar lugar as cores neons tinha ficado fantástico. Nada que os humanos ficassem perdidos. As bexigas, as fitas caindo do teto e parando a meio metro de nossas cabeças, o bolo fake, as decorações de parede e de mesa, tudo colorido e brilhante no escuro.

Andei um pouco por ali, me sentindo orgulhosa da festa que consegui arrumar.

Fiquei curiosa quando ouvi a porta aberta. Me virei pronta para ver algum convidado atrasado. Meu coração de repente queria escalar meu peito, passar pela garganta e fugir pela boca. Realmente eram convidados atrasados. Porém eu só tinha ciência de um deles. O globo de luz dando um ar de discoteca por todo o ambiente refletia na pele dos dois lobos parados ali, parecendo perdidos.

Minha respiração se alterou contra a minha vontade. O calor tomava conta de mim, e não era nada com a festa. Eu podia sentir as primeiras gotas de suor se fazerem em minha testa. E as malditas borboletas em meu estômago voltaram mais fortes do que nunca. Fechei minhas mãos num soco, e as palmas das mãos constataram meus dedos gélidos.

Antes que Seth e Jacob pudessem me alcançar visualmente, andei na direção oposta, para a mesa de comes e bebes.


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