A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 28
Como nos filmes? (E)




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A manhã fria de Nova York era boa, mas não se comparava com a de Forks. Aquela pequena cidade ficaria para sempre no meu coração, não importava o tempo que eu passasse sem estar lá. A melhor parte é que estando dentro de casa, uma regata e um short não iriam me revelar estranha para ninguém. Se eu saísse e fosse ver William, claro que teria que me trocar.

Estávamos conversando na sala, sobre a Times Square. Minha família foi também, voltaram de madrugada com todos dormindo. E trouxeram coisas para todo mundo.

—Edward e eu conversamos. – mamãe puxou assunto, quando os lobos foram para a quadra de basquete com Claire e Mendy. Sobrou Ness e eu. – Queremos fazer uma... segunda lua de mel.

Franzi o rosto ao ouvir aquilo. Ela riu, já esperando.

—Devíamos fazer também, Emm. – tia Rose falou sorrindo maliciosamente.

—Ah, meu Deus. – exclamei me levantando, pronta para sair dali. E fui ligeiramente interrompida pelas palavras de minha vó.

—É uma boa ideia. – ela sorria também, olhando com os olhos brilhando de paixão para o meu avô.

—Acho que também vamos fazer. – ele concordou, satisfeito.

—Sério? Não podiam esperar a gente sair para fazer seus planos? – reclamei, colocando as mãos na cintura.

—Com certeza iremos. – tia Alice me ignorou, segurando a mão do meu tio.

—Vocês querem me torturar, só pode ser. – gemi, e notei que eu era a única não vampira sobrando ali. – Pelo menos Renesmee se safou desta.

—Ah, para de drama, ok? – tia Alice falou – Até parece que não sabe como foi concebida.

A olhei, incrédula.

—Não ouse colocar essas... coisas na minha cabeça. – estremeci.

—Vamos comprar uma casinha isolada. – tio Emm piscou para tia Rose.

—Parece uma boa ideia. – tia Alice comentou pensativa.

—As casas não vão sobreviver por muito tempo mesmo. – papai falou rindo.

—Há, há. – tio Emmett riu sarcástico. – Muito engraçado.

—Ok. – estiquei a palavra. – Meus ouvidos estão oficialmente corrompidos, com certeza posso senti-los doendo. Preciso sair daqui.

Direcionei meus pés para o meu quarto para colocar uma calça jeans e um cropped de manga longa. Corri para fora, sentindo o sol da manhã fraco. Com o inverno chegando, esse clima era raro.

—Você ficou lá todo esse tempo? – Nessie perguntou rindo, ao que me juntei a ela no estábulo.

Acariciava sua égua, e eu fui abraçar Employee.

—Você ouviu o que eles disseram?

—Não. – ela frisou. – Com certeza não. Mas os conheço bem para saber disso.

Ri, lhe dando razão.

Hey. A chamei, tendo uma ideia de filme. O que acha de darmos uma festa?

E chamar quem? Ela zombou, mostrando que nossos amigos são os que estão aqui e alguns em Forks.

William pode conhecer alguém. Sugeri, ignorando a malícia que veio a seguir em sua mente. Posso ver com ele. Assim que nossos pais irem, claro. Se não papai vai ler a mente dele.

Quando a vi pensando, retirei meu dom em torno dela para lhe dar privacidade.

—Como as senhoritas estão?

Antes de me virar para aquela voz, eu já sorria. Minha irmã também, um sorriso malicioso.

—Oi, William. – ela o cumprimentou calorosa.

—Olá... Renesmee, certo?

—Isso. – ela aprovou. – Muitas pessoas erram meu nome ao pronunciar.

—Não posso levar o crédito. Carlie falou bastante de você, acabei decorando. – ele encolheu os ombros acanhado, admitindo.

—Mesmo assim, é bom ouvir meu nome sair certo da boca de alguém que não é minha família. Bom, vou deixá-los a sós. Prometi as meninas que ia dar uma aula de maquiagem.

—Ok. Mais tarde irei também.

—Ah... eles estão de saída. – Ness comentou, e espiei também.

—Estamos indo ao centro fazer umas comprinhas. Estaremos de volta mais tarde. Se cuidem.

Mamãe falou como se estivéssemos por perto, enquanto entrava no Volvo com papai. Os outros em seus respectivos carros. Graças ao nosso gene de vampiro, conseguimos ouvir com clareza.

—Devem estar indo se divertir. – dei de ombros casualmente.

Minha irmã se foi após isso.

Me virei para William, e me surpreendeu com um beijo. Agora eu tinha certeza de que ele mastigou alguma bala. Seu gosto estava muito bom, de menta. Segurei seu cabelo, aprofundando o beijo. Nossas línguas dançando juntas, seu sabor me inebriando. Segurou minha cintura e me encostou na coluna de madeira, logo prendendo seu corpo ao meu. Sua mão serpenteou minha silhueta, e a outra agarrou um punhado de cabelo da minha nuca. Normalmente eu ficaria com raiva de alguém desmanchando meus cachos, nas no momento eu só conseguia pensar... ahhhhh!

Se separou do beijo, ofegante, entretanto não se afastou nem um centímetro.

—Você é incrivelmente bela de manhã. Passou maquiagem?

Ri, apreciando o elogio.

—Não, só passo maquiagem para sair. Mas obrigada.

Deu um sorriso, e eu percebi que algo estava errado.

—Ei. – sussurrei, tocando seu rosto. – O que houve?

—Nada. – deu um sorriso lindo, que não chegava aos seus olhos. – Não quero te perturbar.

—Fala comigo, Will. – pedi, penteando seu cabelo macio para trás com os dedos. – Não vai me perturbar, prometo.

Pegou uma respiração profunda, e se afastou um pouco.

—Eu só estou um pouco triste. – começou. – Eu acho que não te contei que tenho uma irmã.

Minha boca se abriu de surpresa.

—Ela se chama Anne, e tem seis anos. – continuou. – Ela faz aniversário em alguns dias, só que eu não vou conseguir fazer a festa que ela quer.

—Por quê?

—Porque tudo o que ela quer é muito caro. – riu sem graça. – E eu estou me sentindo horrível por isso.

Meu coração se apertou ao ver seus olhos brilhando. E não era por causa do sol. Isso o afetava de verdade. Ele apenas queria ser um bom irmão mais velho.

—E seus pais? – perguntei.

—Meu pai morreu atropelado, faz alguns anos. E minha mãe... bem, ela mal tem tempo para a gente. Escolhe não estar perto. Então somos só nós dois.

Puxa. Eu não tinha ideia desse lado dele. Um homem sensível. Senti meu coração errar a batida. Ele estava triste, mas meu corpo se sentiu mais atraído por essa parte sua. Segurei seu rosto em minhas mãos, acariciando suas bochechas com meus polegares. Desejava poder tirar sua angústia...

E como um meteoro entrando na atmosfera, uma ideia surgiu em minha cabeça.

—Você vai fazer a festa dela. – afirmei, sorrindo. O deixei confuso. – É o seguinte. Minha família estará saindo para uma lua de mel. Todos eles. E eu estava dando a ideia para Ness de fazermos uma festa.

—E o que tem a ver? – franziu o cenho, sem entender o meu ponto.

—Nós não temos muitos amigos. – expliquei. – Trouxemos alguns, mas temos poucos em Forks, que iriamos convidar. Eu ia justamente te perguntar se você tem amigos. Mas agora, vamos dar a festa para a pequena Anne.

Seus olhos se arregalaram.

—Não, Carlie, não posso aceitar. – balançou a cabeça, atordoado. – Isso é demais. Eu deveria ser capaz de fazer isso...

—É o seguinte. – o interrompi. – Eu vou fazer a festa de qualquer forma. Só acho que iria aproveitar melhor se fosse uma festa para valer. Com mais gente. Faz assim, pergunte a ela o tema que ela gostaria.

—Eu nem preciso. – ele riu, começando a apreciar a ideia. – Ela quer o tema balada neon.

Ri disso, achando uma gracinha.

—Então está combinado. Meus p-parentes devem estar viajando logo, talvez até amanhã. – fiquei aliviada que ele não percebeu que eu ia falar “pais”. – Vou pesquisar alguns buffets, ou empresa de decoração. Minha sala é grande o suficiente para a festa. A gente poderia fazer no quintal, mas estava pensando em algo mais caloroso. Esse clima do inverno chegando não vai ser muito convidativo...

Fui impedida de falar pelos seus lábios nos meus.

—Não sei como te agradecer. – murmurou, encostando sua testa na minha.

—Só convide todos que conhece. A minha única condição é que eu irei convidar meus amigos.

—Pode convidar o presidente. – ressaltou, me fazendo rir.

—Me dê até amanhã, e assim que eu tiver tudo acertado, te mando um sinal verde.

—Vou esperar. – assentiu.

...

—Desistimos.

Congelei ao ouvir essas palavras.

—Desistiram do que exatamente? – perguntei com medo da resposta.

Mamãe estava com vovó na cozinha fazendo o almoço.

—Da lua de mel.

—Mas por quê? – indaguei, furiosa.

—Porque vocês são adolescentes. – ela falou devagar, não esperando minha explosão. – Não podemos deixar adolescentes sozinhos.

Bufei, pronta para começar meu teatrinho. Eu não ia deixar William dar a má notícia para sua irmãzinha. Eu iria fazer essa festa, e ela não iria ter meus pais, meus tios e meus avós nela.

—Fala sério, mãe. – grunhi. – Somos capazes de cuidar um dos outros. Não somos qualquer um. São só duas humanas que temos que lidar. E elas são bem grandinhas.

Olhou para a minha vó, em busca de ajuda.

—Não vejo nenhum ponto negativo no argumento dela.

Sorri vitoriosa.

—Bom, se pensa mesmo assim... Partiremos de madrugada. Tem certeza de que podem lidar com isso?

Veio até mim, afagando meu cabelo.

—Claro, mãe. – abracei seu pescoço. – Vão curtir sua eternidade. Ficaremos bem.

Papai entrou na cozinha, e havia uma dúvida em minha mente desde o primeiro dia que chegamos aqui.

Pai?

Sim?

Por que não surtou comigo e William ainda?

Ele sorriu com minha frase direta.

Honestamente, Carlie, eu sei muito bem o risco desse humano estar com você. Sei que pode perder o controle se ele sangrar. Mas só quero que você fique bem. Você ficou devastada indo embora de Forks, então eu não ligo de arriscar a vida desse garoto para te ver bem. Sei que é errado, porém você e Renesmee são tudo para mim.

Minha surpresa foi tão grande que perdi a conexão com ele. Por essa eu não esperava nunca. Não depois do meu primeiro beijo. Não depois de o ver explodir por isso e me colocar de castigo.

Contornei a mesa e abracei seu corpo, sendo retribuído no mesmo instante.

A conversa que fluía normal durante nossa conexão foi parada abruptamente por não esperarem nosso abraço repentino.


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