A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 27
Mundo Místico (E)




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—Que pressa é essa? – Renesmee reclamou quando esbarrei nela no meio do corredor.

—Desculpe. – falei sem me importar e continuei andando.

—Ei. – de repente a vi na minha frente. – O que aconteceu?... Por que você está me olhando com essa cara?

—Você... saltou até aqui? Tipo, como é possível?... – me interrompi espantada.

—Como é possível existirem vampiros? – arqueou uma sobrancelha, e eu entendi seu ponto. Ela era uma mestiça, tinha sangue sobrenatural correndo em suas veias. – O que houve? Ouço seu coração querer fugir daí.

—Não é nada. – dei um sorriso forçado e tentei passar por ela, porém meu caminho foi bloqueado.

—Pode conversar comigo. Sei que fui um pouco rude as vezes, mas posso tentar te ajudar, prima.

Concordei. Fomos para a biblioteca, e nos sentamos no sofá.

—Você já beijou alguém e se sentiu culpada?

—Não. – respondeu automático. E então um lampejo bateu em seus olhos. – Você beijou o Embry, não foi?

Sua expressão me deixou sem jeito. Era como se ela soubesse de algo que eu não sabia, e estava contente por isso.

—Err...

—Você fez a felicidade dele. – sorriu, bagunçando meu cabelo de brincadeira.

—Como você sabe disso? – questionei, perdida. – Estou deixando algo passar?

Seu sorriso vacilou, e ela coçou a cabeça, nervosa.

—Escuta, não sei se devo falar sobre isso. – ela admitiu, parecendo prestes a confessar um assassinato.

—Me diga, por favor. – implorei. – Sinto algo por Embry, diferente. Como se eu fosse capaz de tomar um tiro por ele. Só que quanto mais eu penso sobre isso, mais patética me sinto. Mal o conheço para ter esse tipo de sentimento.

Desabafei, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. Ela me encarou, preocupada.

Me sentia ridícula. Uma humana idiota no meio de tantas criaturas místicas, fortes e lindas. O que diabos eu estava fazendo ali?

Comecei a me sentir deslocada. Carlie, minha melhor amiga, uma mestiça. Meus novos pais, vampiros. Embry, cujo cara eu estava me apaixonando de uma forma louca, um lobisomem. E pela cara da minha prima Renesmee, havia algo a mais que eu tinha o direito de saber.

Olhou para a porta e para a janela, certificando-se de que estavam devidamente fechadas. Por que precisaríamos de um cômodo a prova de sons para conversar sobre o tal assunto?

—Metamorfos sofrem um tipo de... paixão. – ela começou, cautelosa. – O alvo também começa a sentir algo. É um laço eterno e inquebrável. Pode até ser um jeito do destino juntar duas pessoas que já estavam destinadas a ficarem juntas.

Ela sorriu sem graça e olhou para as suas mãos. Parecia saber bem do que falava.

Mas de repente respirou fundo e ergueu o queixo, se recompondo.

—Embry sofreu imprinting por você. Ele te ama desde o primeiro dia que te viu. Você é tudo para ele. Absolutamente tudo. Ele faria de tudo, seria tudo por você.

Parou, limpando uma lágrima repentina que caiu do seu olho.

Flash Back on

 

—Bom... Tem mais algo em que eu preciso saber?

—N-não. – ele gaguejou. – Não que eu saiba.

—Como assim? Você é um lobo e não sabe o que tem a me contar?

Ele encolheu os ombros sorrindo timidamente e eu ri.

 

Flash Back off

Com as peças finalmente se encaixando em minha mente, prestei atenção nela.

—Jacob e você. – raciocinei.

—Como sabe? – indagou, espantada.

—Lembro de vocês dois na praia. – admiti, os vendo brincar juntos. Ele tinha um sorriso iluminado ao olhar para ela. – Dava para ver a conexão de vocês.

—Bom. – pigarreou, desviando o foco dela. – Carlie e Seth, Paul e Rachel, Emily e Sam, Kim e Jared... todos são formados pelo imprinting. Eu achei que seria algo que Carlie iria conversar com você, já que são amigas de infância.

Senti minha testa se franzir.

—Hã? Carlie e eu? Como poderíamos? Nos conhecemos agora na adolescência, você que é a gêmea dela.

—Quem aqui te conheceu na adolescência? – ela parecia zombar e fiquei confusa.

—Carlie e eu. – pronunciei as palavras lentamente, tentando achar o erro que parecia óbvio.

E só piorou quando ela me deu um sorriso implicante.

—Carlie e eu temos apenas cinco anos de idade na verdade.

Senti meus olhos se arregalarem.

—C-como assim? Tipo... Vocês tiveram um surto de crescimento?

—Meio que isso. É algo relacionado com a nossa genética, por sermos filhas de um vampiro e uma humana.

—Meu Deus. – murmurei espantada. – Vocês nunca vão parar de crescer?

Ela riu alto, parecendo esperar essa pergunta.

—Claro que vamos. – falou entre risos. Lhe mostrei língua. – O nosso crescimento está desacelerando. Vovô tem tudo anotado desde nossa... concepção. – enrugou o nariz, parecendo com nojinho ao falar da lua de mel dos seus pais. – Vamos parar de crescer quando atingirmos a idade de seis anos. E então ficaremos imortais com aparência de adulto.

—Uau. – sussurrei impressionada. Não pude deixar de sentir uma onda de inveja. Carlie e Renesmee naturalmente eram belas e jovens, e durariam um tempo indeterminado.

Isso me fez pensar que não cheguei a perguntar como ocorria a transformação para ser vampiro. Eu, com certeza, não queria envelhecer vendo minha família congelada no tempo.

—Você e a Carlie devem ser únicas de sua espécie.

—Raras, mas não únicas.

—Como assim? Existem quantos de vocês?

—Além de nós duas, existe mais alguns. Até onde sabemos, um híbrido chamado Nahuel, e poucas irmãs. Ele nos salvou uma vez de uma guerra com os Volturi. Os que levaram Carlie e eu.

—Ele deve ser bem querido para vocês. – apontei.

—Ele é. É um ótimo amigo. Apesar de às vezes ter demonstrado mais do que isso. Nahuel quer alguma fêmea da nossa espécie para ficar... Você entendeu, né?

—Entendi sim.

Ficamos um tempo em silêncio. Parecia que tudo o que havia para esclarecer já havia sido.

—Bom, vou dar uma olhada em alguns pontos turísticos para vermos enquanto estamos aqui. – ela falou se levantando. Se despediu e se foi, me deixando imersa em meus pensamentos.

Embry me ama. De uma forma que qualquer pessoa teria inveja. Desde aquele dia que me encarou na casa da Emily Young. Eu havia me sentido encurralada, sem ter ideia do motivo que seu olhar se prendeu a mim.

Ahh, mal eu sabia que aquele gato estava apaixonado por mim.

Suspirei. Não sabia se ia ou não falar com Embry no momento. Quebrei o ato que ele provavelmente estava ansiando de mim: meu beijo.

 

PDV Carlie.

O crepúsculo caiu, trazendo o lindo céu azul escuro. Will ficou depois de seu horário ali comigo, observando as estrelas. Ficamos deitados na grama, conversando. Seu corpo perto de mim me deixava nervosa. A única aproximação que eu tive com outro cara assim foi Seth.

William também me deixava a vontade. Nervosa, mas a vontade. Sua mão brincando com a minha me mandava ondas pelo corpo que eu até esqueci que existiam.

—O verde dos teus olhos transcende o maravilhoso. – comentou de súbito, me fazendo ficar tímida. – Combina com os seus cachos.

—Obrigada. – murmurei sustentando o olhar apesar disso. – O seu olho também é muito lindo. É uma mistura de azul e cinza, é de outro mundo.

Sorriu agradecido.

—Combina com o seu sorriso. – devolvi, encarando seus dentes a mostra.

Em resposta, me puxou para perto, em direção a um beijo delicioso.

Eu esperava meu pai vir a qualquer momento, que lesse a mente dele ao escorregar a mão para a minha bunda, ou puxar minha perna para entrelaçar em sua volta. Ou seus beijos indo tentadoramente para baixo da minha clavícula.

Mas nada vinha. Era uma privacidade estranha.

Claro que eu jamais iria reclamar.


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