A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 24
Times Square (E)




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—Vai precisar disso. – e me entregou um par de botas de borracha. – Vai ser uma bagunça. – alertou.
—Vai ter que me mostrar para me convencer.
Novamente, aquele sorriso de tirar o fôlego direcionado a mim.
—O que te fez vir para cá? – perguntou, começando a ensaboá-lo. O imitei.
—Insônia.
—Não. – riu suavemente, e me peguei perdida em seu olhar. – Digo, aqui. Vieram de onde mesmo?
Pigarreei, nervosa.
—Viemos de Forks.
—Por quê?
—Já estávamos de mudança. – respondi vaga.
—Você namora? – perguntou tentando parecer casual, nem fez contato visual.
—Não. – sorri um pouco com sua tentativa de não demonstrar interesse.
—O que você gosta em um cara?
Parei um minuto para pensar.
—Talvez um cara que realmente goste de mim. Seja carinhoso no relacionamento, goste da minha família, educado e bonito. Acho que gosto de um cabelo escuro, de preferência. Alto... Protetor, mas não tanto. Inteligente, que se importe comigo. Ahh, sei lá. – dei de ombros sem o olhar.
—Eu pareço basicamente com o que você disse. – murmurou.
Eu fiquei calada, sem saber o que dizer. Não sabia que estava o descrevendo. Eu estava pensando mais em Seth, não William.
Ele veio ao meu lado.
—Olha, esse movimento é melhor, deixa o cavalo mais relaxado.
Pegou minha mão, me auxiliando. Tentei manter meu coração calmo ao que senti sua respiração em minha bochecha.
—Percebe como ele relaxou dessa forma?
—Sim. – falei sincera ao sentir o músculo dorsal dele mudar. – Isso foi impressionante.
—Obrigado. – murmurou em meu ouvido, e um arrepio percorreu naquela região. – Você também não foi nada mal.
—Para a primeira vez, até que não estraguei tudo, certo? – brinquei, me virando para ele.
Só não esperava estar tão perto.
—Não, você realmente se saiu bem. Poucas pessoas conseguem deixar o cavalo relaxado de primeira.
Sorri, orgulhosa.
Me surpreendi ao sentir uma mão em meu rosto.
—Você tem os olhos mais encantadores que já vi. – sussurrou, muito perto do meu rosto.
Não consegui evitar de direcionar meus olhos para seus lábios. Finos e rosados, com um pequeno sorriso torto de canto.
Sorriso torto... Seth tem um lindo sorriso...
Fechei os olhos com força, me obrigando a pensar em William, e mergulhei. Se surpreendeu com meu movimento súbito, porém respondeu quase de imediato. Uau, ele beija bem, pensei comigo mesma. Suas mãos foram para a minha cintura, trazendo meu corpo para perto, e eu segurei seu cabelo com delicadeza.
—Uau. – ele repetiu meu pensamento ao se afastar. – Só... uau.
Sorri, sem jeito.
—Carlie!
Nos separamos ao ouvir meu nome. Era tio Emmett. Estava longe do nosso alcance ocular, mas duvido que não tenha ouvido o que rolou.
—É meu primo. – gemi de propósito, sabendo que ele iria ouvir.
—Talvez se a gente ficar quietinho, ele desista... – me lançou um olhar esperançoso.
Ah, droga. Depois disso com certeza...
—Carlie, vamos jogar futebol! – sua voz ficando irritantemente mais perto.
—Ele não vai desistir. – grunhi, frustrada.
Qual é, tio Emmett? Resmunguei em sua mente.
Você é rápida, prima. Pensou de volta, malicioso.
—De qualquer forma, tenho trabalho a fazer. – tocou meu queixo, e me deu um selinho rápido. – Você está bem? Parece quente...
—É uma doença rara. – expliquei, tentando parecer natural. Bom, tecnicamente minha condição era mesmo rara. – É complicado de explicar...
Olhei sugestiva para onde a voz de tio Emmett ficava mais alta.
—Claro, vai lá. Depois a gente se vê.
Dei um beijo demorado em sua bochecha, o deixando paralisado.
—A gente se vê. – soprei em seu ouvido.
Saí correndo dali, estreitando os olhos para o grandalhão, que me sorria inocente.
—Vamos para o campo, minhoquinha. Prometi a Mendy que jogaria futebol com ela.
—Da última vez que chequei, não estamos colados por nenhuma parte do corpo. – resmunguei mal humorada, e isso só o fez rir mais.
—Ah, deixa disso. Nada é tão legal sem minhas sobrinhas favoritas.
Não consegui deixar de sorrir.
—Mas Mendy jogando com a gente?
O olhei, demonstrando preocupação.
—Claro que nós vamos nos conter. Tente ser paciente, ok? Não quer machucar sua prima.
—Claro que não. – concordei rapidamente, vendo a seriedade em seu olhar. E do nada piscou para mim, deixando claro que não falava sério. – Tio Emmett!
—Shhhh. – sibilou para mim, olhando em volta para ver se tinha sinal de William.
—Desculpe. – encolhi os ombros.
Me abraçou de lado e se inclinou para murmurar só para mim.
—Fico feliz em saber que seu tio está enraizado na sua cabecinha.
Sorri, retribuindo o abraço em seu corpo musculoso.
—Para sempre. – prometi, recebendo um beijo na cabeça.
Nos dividimos em dois times pequenos. Embry extremamente carinhoso ao ensinar Mendy, e eu tentei ignorar a pontada dolorosa de inveja. Beijei William há pouco tempo, mas meu coração não se esqueceu de seu verdadeiro dono.
—Muito bom, minha filha. – tio Emmett abraçou-a, a tirando do alcance do lobo. Quase ri da cena. Era claro que ele estava se metendo entre os dois pombinhos, e nem ligava.
—Ah, cansei. – falei exausta. Me sentei na grama, no meio do campo. As quatro se juntaram a mim.
—Agora que estava começando a ficar bom. – tio Emmett provocou. – Vocês são muito moles.
—Eu vou chutar seu traseiro. – Mendy ameaçou. – Assim que eu me recompor.
Ele riu, e começou a passar a bola para vovô, longe da gente.
—Está conseguindo estudar bem, Leah? – a chamei, preocupada.
—Está brincando? – me encarou, chocada. – Se tivesse me dito antes que os quartos aqui são a prova de som para os nossos ouvidos, eu teria aceitado na hora.
Ri, feliz de ela ter gostado.
—É uma paz. Até esqueço que estou em Nova York.
Sorri, também me lembrando desse detalhe.
Olhei em volta, para aquele terreno de mato. Havia uma pequena cerca, só para delimitar a área para os carros não esmagarem o gramado bem cuidado. Aquilo me fez perguntar no meu íntimo se William só cuidava dos cavalos ou era empregado geral daqui.
Era um terreno grande, provavelmente tinha mais gente, trabalhando ocasional. Não teria privacidade com humanos ali o tempo todo. O estábulo ficava a uma certa distância da casa, separados por um lindo quintal. O campo de futebol se encontrava um pouco afastado, na parte de trás da casa.
E a piscina... ficava numa área lindamente planejada atrás da casa. Era como uma continuação da varanda. E coberta. Eu mal via a hora de dar um mergulho. A jacuzzi também era outra opção. Mas não cabia todo mundo.
—Querida. – mamãe se sentou ao meu lado. – Você precisa se alimentar.
E então me lembrei que estava sem comer comida desde que deixei Forks. Isso fazia com que meu lado vampiresco resmungasse de fome.
Ouvi o coração da minha prima acelerar.
—Acho que vocês esqueceram dessa parte. – ela sussurrou.
—Só caçamos na floresta. – a acalmei. – Adoro pumas. Só não tenho certeza se iremos encontrar algum por aqui.
—Só saberemos se procurarmos. – papai disse, me pegando do chão num abraço. Dei-lhe um beijo em sua bochecha, e o deixei sabendo que iria me trocar.
No meio do caminho, vi William vestido diferente. Parecia pronto para sair.
—Vai sair? – indaguei, curiosa.
—Está me convidando para sair, Cullen? – arqueou uma sobrancelha em minha direção, colocando uma mochila em suas costas.
Abri a boca, surpresa. Não sabia o que dizer. Eu tinha combinado com minha família de ir caçar, mas agora queria sair com ele.
—Estou brincando. – falou, dando uma risada suave. Colocou um cacho meu atrás da orelha, encarando seu próprio movimento. – Fui dispensado mais cedo. Vou aproveitar para fazer alguns afazeres em casa.
—Você mora aonde?
—Certa de três quilômetros e meio daqui. Os Cullen me deram um carro para trabalho, para que eu possa me locomover com mais conforto.
—Entendi.
—E você, vai sair? Parece com pressa.
—Programa em família. – sorri, me sentindo ansiosa de repente para ir caçar com eles.
—Nos vemos amanhã então. – falou, acariciando minha bochecha. – Até mais, jogadora.
A medida que ele se distanciava, me senti corar. Ele me viu jogando. Uma pontada de vaidade me atingiu com o fato de ele ter me observado.
Corri para o meu quarto, vestindo um moletom e um tênis.
Fui me encontrar com eles na orla da floresta. Adentramos um pouco. Dessa vez somente mamãe, papai, tio Emmett e tio Jasper. Os outros ficaram em casa.
—Como vocês querem ir? Correndo ou carregadas? – Papai perguntou. Dei um sorriso e imediatamente ele já sabia a resposta. Ele se virou e pulei em suas costas.
Renesmee foi com tio Emmett. Era divertido ir com ele porque ele ficava fazendo gracinhas enquanto corria, mas eu também gostava de ir com meu pai. Quando eu não falava aonde eu queria ir, ia sempre na direção que os outros escolhiam.
Aqui está bom, pensei e ele parou. Desci de suas costas, em êxtase enquanto o cheiro de um leão da montanha enchia minhas narinas.
Comecei a andar silenciosamente na direção do cheiro, mas uma mão em meu braço me impediu de prosseguir. Virei-me para o meu pai. Ele balançou a cabeça. Implorei-lhe com o olhar.
—Por favor. – sussurrei quase inaudível, para que só ele escutasse.
—Sob uma condição. – sua voz não passava de um murmuro baixo.
O que? coloquei as palavras em sua cabeça. Eu não queria assustar a minha futura presa.
O maior é meu. Respondeu em minha mente.
Sorri.
Fechado. Ele piscou antes de andar um pouco mais perto e se abaixar em uma moita. Segui seus movimentos. Havia dois leões da montanha brincando. Não duraria por muito tempo. Como se tivéssemos combinado, eu e meu pai saltamos ao mesmo tempo, aterrissando na garganta de sua presa. Aquele estava tão bom!
—Ahhhh. – murmurei após chutar a minha presa para o lado e limpei a boca. – Que tal mais um?
—Estou ouvindo um grupo de veados logo ali. – ele apontou para a sua direita. – Apesar de não ser tão bom quanto o leão da montanha, dá para matar a sede. – ele deu de ombros.
—Ok. Vamos lá.
Eu cacei mais dois antes de todos nos encontrarmos.
—Quer trocar a passagem comigo? – Renesmee perguntou.
—Claro. – respondi, empolgada de estar nas costas do meu tio.

PDV Mendy.

—Uau. – Claire exclamou quando entramos no quarto de Renesmee. – Aqui parece um hotel cinco estrelas.
—Nem me fale. – concordei.
—Além de tudo, é enorme! – ela continuou.
—Nem dá para contar por quantas portas passamos até chegar aqui. – ri, me recordando de segundos atrás. Esme nos trouxe até a porta, e nos deixou dizendo que iria fazer um lanche da tarde.
Ela me acompanhou.
—Acho que vou tomar um banho. – suspirei, sentindo minhas roupas pesarem.
—Tudo bem.
Antes que eu pudesse fazer meu próximo movimento, Collin entrou no quarto.
—Vocês já viram o quarto de jogos?
Claire e eu nos entreolhamos, surpresas.
—Vamos para lá, até Leah está lá.
Sorri. O banho podia esperar.

PDV Carlie.

—Ok, definitivamente temos que ir na Times Square. – afirmei, olhando os lugares turísticos. – É tudo tão lindo a noite. Ainda está de tarde, dá para aproveitarmos bastante...
Olhei para os meus pais, e eles sabiam o que eu pedia.
—Bella? – ele a olhou. Gemi por dentro, sabendo que o aval dela era mais difícil.
—Não vejo porque não. – ela sorriu. – E não vejo porque adiarmos aquilo, querido.
Os encarei, confusa.
Sabe de alguma coisa? Ness me perguntou. Neguei com a cabeça em sua direção.
—Se arrumem para sair e nos encontre lá em baixo. – mamãe falou, e saiu com o meu pai do quarto.
Passamos uma hora nos arrumando, escolhendo roupas, passando maquiagem e arrumando o cabelo. Com muito choro dos meninos que nos apressavam, finalmente descemos.
—Poderia ter um desfile de moda em sua homenagem. – tio Emmett abraçou Mendy, e logo minha tia empurrou ele e a tomou em seus braços.
—Vocês estão lindas, meus amores. – papai nos deu um beijo na testa. – Como sempre. Espero que o presente seja digno de vocês.
Tentando conter minha ansiedade, os seguimos para fora. Fiquei espantada com o que meus olhos viram na entrada da casa. Os carros já estavam guardados na garagem, mas ali tinha duas coisas robustas cobertas por um gigante embrulho prata, e com laços vermelhos.
—Sua mãe e eu conversamos. – papai nos falou com tranquilidade, e Ness e eu nos contínhamos com um grito preso nos lábios, segurando o braço uma da outra, ambas eufóricas. – E decidimos dar um voto de confiança em vocês. Sei que o acidente não foi sua culpa, Renesmee, e o nome já diz, acidente. Então aqui, carteira de motorista e não menos importante, as chaves.
Finalmente gritamos, recebendo as chaves em nossas mãos.
—Mas algumas regras. – mamãe falou, e logo desanimamos. Ela e Ness ainda não estavam se falando. – Nada mais de cem por hora, não tem necessidade para isso fora da estrada. E vocês irão dirigir com humanas, tem vidas para proteger.
Sorrimos para Claire e Mendy.
—E cinto. Sempre. Entrou no carro, colocou a chave na ignição, cinto. Não tem nenhuma câmera de vigilância nos carros ou algo do tipo, então estamos apenas confiando em vocês.
Gritei, pulando em seus braços. Renesmee abraçou apenas meu pai. Minha família estava feliz, e o pessoal estava chocado com isso.
Tiraram os panos, revelando meu bebê ali. Arregalei os olhos, gritando. Meu tão sonhado Bugatti.
—Meu Porsche! – Ness soltou um gritinho, abraçando o veículo.
—E não voltem tarde, por favor. – mamãe pediu.
Entrei no banco do motorista, acariciando o volante. Nem percebi quem tanto entrou, só conseguia encarar o painel estupendo.
—Que fabuloso. – Mendy soltou um gritinho ao meu lado.
—Carro maneiro, Carlie. – Embry disse no banco de trás, e Brady concordou.
—É um sonho se tornando realidade. – sorri para eles, colocando o cinto e ligando o carro.
Arranquei devagar, me acostumando com o pedal sensível. Corri rumo a Times Square.
Foi fantástico como nos divertimos. Papai deu um cartão platinum para mim, um para Renesmee, e Mendy ganhou um de seus pais.
—Não me sinto bem com vocês pagando tudo. – Brady disse, hesitante quando nossos pratos iam chegando à mesa.
—Você acha mesmo que iriamos chamar vocês para Nova York para ficar mofando em casa? – Renesmee perguntou retoricamente.
—Não é nada, gente. Sério, de verdade. – falei sincera. – A companhia de vocês é a melhor parte.
—E como está com William?
Engasguei ao ouvir o nome dele.
—Claire! – exclamei, indignada.
—Todos notaram que você sumiu. – Mendy se juntou.
Olhei para os meninos em busca de ajuda, mas acontece que até Leah tinha um sorriso malicioso no rosto.
—Não posso dizer que não estou gostando. – ela deu de ombros.
—Ele é seu irmão. – semicerrei os olhos em sua direção.
—Que foi um babaca. Não vou te dizer o que fazer, garota. Contanto que siga seu coração.
Me sentindo vermelha, neguei com a cabeça.
—Vocês são muito indiscretos. – murmurei, colocando a comida na boca.
Depois a gente ainda foi no Madame Tussauds ver os famosos de cera, no National Geographic, tiramos fotos na escadaria TKTS.
—A gente tem que ir na Forever 21! – Mendy soltou um gritinho, segurou a mão de Embry e o puxou para dentro, enquanto ele sorria da alegria de sua amada.
—Se ela diz... – comentei, entrando de bom grado na loja. – Depois temos que ir na loja da Disney. – me virei para Leah e Collin logo atrás de mim.
—Já ouvi falar. – os olhos de Collin brilharam, e Leah sorriu empolgada.
Antes de ir para lá, ainda passamos na Sephora. Ness e eu precisávamos repor nosso estoque de maquiagem. E Mendy fez o dela próprio. Uma vendedora nos ajudou a escolher a cor certa para cada uma.
Finalizamos na loja da M&M’s. Assim como nas outras lojas, coloquei uma cesta na mão deles e os mandei ficarem a vontade. Ali foi onde nenhum deles teve pudor no doce.
Pedimos para embrulhar individualmente – e o melhor foi a cara da atendente ao ver a quantidade comprada ali.
—Agora eu tenho uma foto com a Taylor Swift. – disse Brady, e caímos na risada.
—A gente volta outro dia para algum show da Broadway. – comentei, chegando no carro.
—E... – Renesmee esticou a letra. – Temos que voltar na Forever 21.
Meus olhos brilharam, me lembrando dos quatro andares.
—Leah. – a chamei. Ela parou de conversar com Quil e se virou para mim. – Tem carteira de habilitação, certo?
Ela acenou com a cabeça. Joguei minha chave em sua direção, e ela a pegou no ar, pasma.
—Sério que vou dirigir um Bugatti? – ela exclamou, correndo para o banco do motorista. Ri disso. Puxei o banco para Quil, Embry e Collin no banco de trás. Renesmee, Mendy e Claire estavam empolgadas para ver algumas de suas coisas no carro, e Brady levaria o Porsche na volta.
—Emily vai adorar isso. – Quil sorriu, pegando um acessório da loja da Disney. – Jayden a fez gostar de Rei Leão.
Sorri ao ver o carinho dele pela tia da Claire.
Ao chegarmos, era quase meia noite. Eu ainda me sentia energizada, então aproveitei para ir tirar a maquiagem.
—Que demaquilante maravilhoso, Renesmee. – Leah exclamou, descrente.
—Pode ficar, se quiser. Comprei mais na Sephora. Não vivo sem ele.
Ela agradeceu.

Tate McRae – Rubberband

Mendy foi tomar banho no box, enquanto nós continuamos a nos arrumar. Comecei a prender meu cabelo para ir dormir.
Falando sério agora, o que está rolando entre vocês?
Respirei fundo. Ela não estava mais tentando tirar sarro.
Repassei a cena do beijo de mais cedo para ela ver.
E ele beija bem? Sorriu para mim, pegando outro lenço umedecido demaquilante.
Ele beija... super bem. Mordi o lábio, me recordando. E aqueles olhos? Aquele sorriso...
—Estamos prontas. – Claire comentou, e Leah concordou.
—Estamos indo em breve. – minha irmã as dispensou, e elas foram para o quarto.
Eu sei que deve ser uma merda ouvir o tempo todo sobre ele. Mas sério, deixe ele um pouco de lado.
Não consigo... fechei os olhos, lhe mostrando que antes de beijar William, eu estava com os pensamentos em Seth. Nunca vou esquecer ele.
E quem aqui está falando sobre esquecer? Fez sua pergunta retórica, terminando de limpar os últimos vestígios da make. Você veio para Nova York porque quis dar um tempo. Não se esquece alguém assim, do dia para a noite. Só... viva um pouco em seu pró. Sem pensar em magoá-lo. Se um dia voltarem a se ver, a se relacionarem, ok. Mas agora, você não tem compromisso.
Com isso, me lembrei da carta que escrevi para ele. Deixei claro que os dois estariam desimpedidos.
—Siga a correnteza. – ela sussurrou em meu ouvido, saindo do banheiro, me deixando imersa em meus pensamentos.
Eu deveria mesmo curtir esse sentimento com William. Ele parecia gostar de mim, e puxa, um gato como ele tendo olhos para mim era... uau.
Comecei a me retirar ao ouvir o chuveiro sendo desligado. Deitei na cama, na companhia do meu notebook. Abri o meu Messenger, me surpreendendo ao ver o verde ao lado dele.
Não sei quanto tempo fiquei em transe, mas saí dele quando a janelinha dele piscou.

“Oi...”
Calma, coração. Pensei comigo mesma. Ele só disse “oi”.
“Oi.”
Eu não pensei em nada melhor do que um “oi”.
“Tudo bem com você?”
Ele perguntou.
“Na medida do possível”. Escrevi. Pensei bem, e cliquei em apagar.
Engasguei ao ver a mensagem no balão de enviada.
—Droga! – xinguei baixinho, percebendo que cliquei no Enter.
“Eu sinto falta de você, sinto falta de nós”
Lágrimas encheram meus olhos. Fechei-os com força, me obrigando a não me deixar levar por palavras bonitas.
“ ...”
“Por que a resposta em branco?”
“Fiquei sem saber o que dizer...”
“Queria que tivesse sido diferente”
“Eu também.”
Engoli em seco, as memórias invadindo minha mente. A saudade do seu beijo, de sua pele, de sua voz, de seu cheiro, tomando conta de mim.
“Eu tenho que dormir”. Escrevi, desesperada por me livrar dos sentimentos sufocantes.
“Tudo bem.”
Mordi o lábio. Droga. Eu ainda me importava muito com ele. Não é como se eu tivesse deixado de amá-lo.
“Se cuida?”
“Não...”
“Por que não?”
“Só você sabia fazer isso para mim... “
Cerrei as mãos em punhos, querendo socar o notebook. Cliquei no x para fechar a página, e voltei para a tela inicial que tinha um papel de parede do Employee.
Balancei a cabeça, me livrando desses pensamentos que me perseguiam. Para com isso, Carlie! Você quem quis assim, agora aguente. Se bem que era apenas eu lhe dizer que queria voltar, e ele aceitaria imediatamente.
Suspirei. Seus lábios me faziam uma falta danada.
Sem pensar, puxei o elástico em meu pulso e o soltei, fazendo ricochetear em minha pele. Ardeu. Era uma boa punição para eu parar com esses pensamentos dolorosos.
Decidi descer e ligar o videogame.
—Deus abençoe quem instalou. – murmurei, observando os jogos organizados ali.
Passei algumas horas jogando, e adormeci ali.


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