A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 22
Nova York (E)




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Comecei a tremer, o medo de não a ver outra vez tomando conta de mim.

O arrependimento me rasgando por dentro por não ter sido sincero com ela quando tive a oportunidade. Eu merecia toda essa dor que me rasgava.

Baixei o olhar no objeto que minha mãe usava em seu cabelo, que ela me pediu para guardar. Minha mente voou para um dia que ela dormiu na minha casa.

“Flash Back on”

 

Eu esperava impaciente pelo resultado. Um tanto temeroso, não vou mentir. Minha mãe e Carlie garantiram que iria dar certo.

—Carlie, tem gente na internet que diz que alisou o cabelo só com isso aí.

Ela revirou os olhos para mim.

—São pessoas descuidadas, Seth. Sua mãe e eu temos noção do que fazemos.

Olhei para o aparelho alisante que minha mãe comprou, e agora testava nos cachos de minha amada.

—Clearwater, sente-se aí e fique quietinho. – minha mãe ordenou. Não restou muito o que fazer senão obedecer. – Ou melhor, faça mais um pouco daquele café divido que Carlie trouxe, por favor. Estamos quase acabando.

—Sim, mãe.

Suspirei e me levantei para ir atrás do meu afazer. Não conseguia parar de ficar nervoso. Não queria que Carlie se arrependesse de usar a tal escova alisadora. Eu não tinha dúvidas de que ia ficar maravilhosa. Só não queria ver seus olhinhos verdes tristes por perder os cachos.

Ao terminar de fazer o café, as ouvi exclamando na sala. Não contive minha curiosidade. Adentrei na sala. Meu coração queria saltar da caixa toráxica. Carlie estava estupenda. Seus cabelos cacheados haviam sumido, no entanto seus cabelos lisos batiam abaixo de seu quadril. Estava brilhoso e cheio, mesmo perfeitamente alisado.

—Minha querida, ficou esplendido. – mamãe elogiou, pegando um produto, pingando o que parecia óleo nas mãos e passando no comprimento de seu cabelo, instantaneamente um cheiro de coco invadiu minhas narinas.

—Uau. – soltei sem querer. Ela se virou em minha direção, surpresa de eu estar ali, e sorriu tímida. – Rapunzel morena.

Algo em minhas palavras a fez corar.

—Vou pegar a minha escova para alinhar mais ainda seu cabelo, espere um momento.

Minha mãe se foi com essas palavras, deixando Carlie e eu a sós.

—E então, gostou mesmo? – sorriu provocativa, jogando o cabelo de lado, ficando extremamente sexy. Seu olhar verde em minha direção era como uma bala em meu peito. Só que indolor. Eu só sentia o calor.

—Ficou perfeita. – afirmei, me aproximando. O cheiro em seu cabelo era irresistível. – Você fica linda de todas as maneiras que existem.

—Seth... – murmurou e olhou para baixo, fazendo parte de seu cabelo cair em seu rosto. Não resisti e passei a mão ali, colocando atrás da orelha, desesperado para continuar a olhar seu lindo rosto. Estava com um rubor em suas bochechas.

Levantei seu queixo, e aquelas esmeraldas estavam olhando diretamente para mim. Seus olhos com um leve arregalar. Sem meu comando, meu rosto foi em direção ao seu. Para a minha surpresa, não a vi hesitar. Encarou minha boca em vez disso. O desejo me inebriou ao ver seus lábios se partirem, e morder seu lábio inferior. Nossos rostos ficaram bem próximos. Olhei atentamente em seus olhos. Estávamos tão próximos que dava para ver cada um de seus cílios.

O que surgiu em sua expressão me pegou desprevenido: desejo. Apoiou uma mão em meu peito, e começou a se aproximar para mim. Ela também queria? Não tive tempo de pensar em outra coisa porque seu nariz roçou no meu, me fazendo fechar os olhos e soltar uma respiração entrecortada.

As pontas de seus dedos foram para a minha bochecha me causando um arrepio. Uma mão minha foi para sua cintura, a trazendo para perto, e ela estremeceu. Eu também, pois estava contendo o pensamento de que aquele vestido preto havia ficado sedutor em suas curvas.

Senti seu hálito ofegante em minha boca e meu desejo só aumentou. Seu lábio superior começou a roçar no meu e...

—Carlie, querida? – ouvimos minha mãe a chamar e nos afastamos em choque. No outro segundo, ela estava ali, confusa. Ela havia visto algo? O coração de Carlie estava rápido demais, o que me preocupou. – Viu a escova verde? Não a encontro em minha penteadeira.

Pigarreou, desfocando totalmente sua atenção de mim e foi procurar o pequeno objeto. Não pude deixar de a acompanhar por mais um momento. Eu a desejava demais. Seu perfeito corpo desenhado com aquele pano colado nela, e suas madeixas grande e escuras tentavam acompanhar seus movimentos rápidos e ágeis.

—Achei. – ela comemorou, mostrando para a minha mãe, que também ficou aliviada. Foi para trás de Carlie de pé, e começou a pentear.

—Venha, vamos deixar seu cabelo perfeito para durar alguns dias, porque isso é bastante trabalhoso para se perder em tão pouco tempo.

—Concordo. – riu, porém seus olhos estava vidrados nos meus. Eu podia ouvir seu coração mais calmo, entretanto não estava no modo normal. Havia alguma coisa ali, bem escondida.

Será que tinha a ver com o fato de ela ter se levado pelo momento e quase me beijado?

 

“Flash Back off”

Nunca que minha insegurança iria me permitir pensar que ela gostava de mim. Fazia pouco tempo que ela havia voltado do Brasil, para a mansão de sua vó. Como ela havia confessado na noite que Renesmee estava no hospital, ela já gostava de mim. Eu fui um idiota que não percebi. Só pensando que ela iria me rejeitar.

Fechei os olhos tentando suprimir a dor enquanto lágrimas rolaram em meu rosto. A agonia no meu peito era muito grande a ponto de me deixar sem ar.

PDV Carlie.

Eu estava com a minha cabeça encostada na janela do avião. Quis ficar com a cadeira solitária, pois precisava pensar um pouco. Enquanto os avisos de colocar os cintos estavam apagados, os outros se divertiam compartilhando suas experiências de primeira classe explorando os botões do assento, as portas divisórias e as comidas oferecidas ali.

Leah de repente estava ao meu lado.

—Ei. – Leah me chamou, se inclinando para baixo. – Você está bem?

—Acho que sim. – sorri forçada, mas ela não deixou se enganar.

—O que está te incomodando tanto?

—Nada não. – sussurrei com medo de chorar novamente.

—É o meu irmão, não é?

Não falei nada e ela considerou isso como um sim.

—Se quiser conversar sobre isso, me avise. Vou te deixar em paz por enquanto.

Obrigada, agradeci a ela, a deixando saber que eu apreciava ficar em paz por um momento.

“Flash Back on”

 

Os meus dedos apertavam várias vezes o controle da TV, procurando algo de interessante que estivesse passando. Até que um pacote nas mãos de Sue chamou minha atenção.

—É uma escova secadora e uma alisadora. – ela comentou feliz ao ver meu interesse. – Tem dias que não tenho paciência de esperar meu cabelo secar. E também quero ver como meu cabelo fica cem por cento liso.

Arqueei as sobrancelhas, surpresa.

—Quer testar em mim? – ofereci, a deixando surpresa

—É que leva um tempo, e requer algumas técnicas, como não sair para o frio quando terminar...

—Isso implicaria que eu teria que dormir aqui, o que é impossível com o meu pai. – suspirei frustrada.

—A não ser... – seus olhos denunciaram que ela havia tido uma ideia. – Que eu fale com ele.

Senti meu olhar brilhar com essa possibilidade.

Fomos de carro até a mansão. Ela queria pedir pessoalmente para meu pai não ter dúvidas de que era ela que havia pedido.

Para a minha surpresa, ele deixou de boa, minha mãe também não se importou. Arrumei uma mini mala com meus produtos capilares e algumas trocas de roupas, pijamas, toalha de corpo e de cabelo.

Me despedi da minha família e voltamos para a casa dos Clearwater/Swan.

—Seth chega a qualquer momento. – Sue me avisou. – Ele foi consertar alguma coisa com Jake, mas disse que não iria demorar. Pode arrumar suas coisas no quarto de Leah, eu sempre deixo tudo arrumado caso ela apareça de surpresa.

Concordei e fui. Deixei minha mala no canto e me sentei na cama. Havia chegado uma mensagem de Jake.

 

Jake 1:32 pm

Ei, Carlie. Seth está apaixonadinho e não quer me dizer quem é. Se conseguir arrancar dele, me avise.

 

Respirei fundo, tentando conter o ciúme que queimava dentro de mim. Meu Seth, meu melhor amigo estava apaixonado. Por quem?

Larguei o celular na cama, com receio de esmaga-lo.

Ouvi a porta da frente se abrir e se fechar. A voz dele entrou em meus ouvidos, e me contive para não demonstrar ciúme.

—Está no quarto de Leah. – Sue respondeu quando ele perguntou de mim.

Ao entrar no quarto, ele abriu um lindo sorriso e veio até mim para me abraçar. Mas para sua surpresa, eu rosnei e soquei seu ombro.

—Au. – sibilou, colocando a mão no local de dor. – O que aconteceu?

—Eu achei que éramos melhores amigos! – exclamei, raivosa. O ciúme me rasgando por dentro. Quem era essa garota que chamou sua atenção?

—Claro que somos, minha linda. O que te fez achar que não?

—Jacob me disse que você está apaixonado. – rosnei, dando um passo em sua direção, e o mesmo recuou de minha fúria. – Como não me contou isso? Quem é ela?

—Você!

Paralisei. Tentei assimilar essas palavras, mas não fazia sentido.

Antes que meu cérebro processasse, ele continuou.

—Você-você está equivocada. – gaguejou, apesar de suas palavras, seu rosto estava vermelho igual um pimentão. – Jacob é um idiota. Ele queria que eu fizesse a parte dele do trabalho, e eu me recusei. E pegou mais pesado na brincadeira quando disse que iria te contar que estou apaixonado. Não acreditei que ele fosse fazer isso. Aquele babaca.

Apesar do alívio que se instalou em mim, a decepção veio junto. Eu queria que ele dissesse que era eu.

—Me desculpe. – pedi. – Não queria dar esse ataque de ciúme...

—Ciúme? – arqueou uma sobrancelha, me indagando.

—Sim, ué. – dei de ombros, desviando o olhar. – Achei que você estava se afastando de mim. Sua amizade é importante.

—Ei. – segurou minhas mãos nas suas. – Você é importante para mim, garota. Não se preocupe. Meu coração está no lugar certo. Se um dia eu ficar com alguma garota, você será a primeira a saber.

Dei um sorriso mínimo com aquelas palavras, desejando mais do que tudo ser a tal garota sortuda.

—Quero ver quem vai ser a sortuda. – brinquei.

Seu olhar estava... com expectativa. Eu acho. Ele desviou muito rápido para eu ter certeza.

 

“Flash Back off”

Mal eu sabia que a minha resposta estava na frente dele o tempo todo...

—Carlie. – me senti sendo cutucada – Carlie, acorda, estamos pousando!

Abri os olhos preguiçosamente.

—Chegamos, dorminhoca. – Nessie falou sorrindo.

Espreguicei-me bocejando e me despertei, vendo o solo muito perto. Eu havia dormido com o cinto. O avião mal balançou ao tocar o chão.

—Passou muito rápido. – falei com um aperto no peito.

—É. – ela falou não percebendo meu estado – Agora vamos.

Levantei-me junto a ela, pegamos nossas bagagens de mão e nos juntamos a fila que a comissária de bordo indicou.

E como se eu tivesse acordado de um sonho, veio tudo para cima de mim como um tsunami. Era tudo real. Eu não tinha Seth comigo em Nova York porque ele havia me traído. Traído minha confiança. Escondido coisas de mim e me beijado, me tocado, olhou nos olhos da minha família inteira, e no meu, mesmo depois de beijar Tifanny.

De repente eu me questionava quem era ele. A mesma pessoa por quem me apaixonei perdidamente tempos atrás, que me viu crescer, meu melhor amigo, ou tudo foi só um mal entendido que precisaria de uma explicação calma e detalhada da parte dele?

—Pode seguir por essa fila, senhora. – a moça loira que monitorava a fila me indicou, sorrindo, e então percebi que Renesmee já estava a uns passos a minha frente e eu parada.

—Obrigada. – agradeci com um sorriso e corri para alcançar minha irmã que nem percebeu que eu parei.

As garotas e os garotos estavam conosco. Todos a nossa frente.

—Não ache que não vi aquele garoto te olhando toda hora. – falei baixinho para Renesmee. Ela me olhou surpresa, e corou. – Sortudo, hein. O único conosco na primeira classe. Fiquei surpresa de papai não reservar tudo para nós.

Ela deu de ombros.

—Era bonitinho.

Arfei, surpresa.

—Sua safadinha. – belisquei de leve sua cintura, e ela se esquivou rindo.

Andamos até aonde nossas malas apareceriam.

—Eu nunca imaginei que iria pisar nesse aeroporto. – Collin disse, maravilhado.

—Eu nem lembrava tanto dele mais. – concordei, olhando em volta junto a ele.

Pegamos nossas malas e chamamos alguns táxis. Todos já tinham o endereço, então fomos despreocupados. Tivemos de ir em três carros, de três em três.

Chegamos mais rápido do que pensei. A felicidade pulsou em minhas veias ao ver aquele lindo terreno.

Descemos dos carros e pegamos nossas malas, dispensando os motoristas que queriam nos ajudar. Dei uma gorjeta, e só faltaram sair saltitando dali.

Entramos no gigante quintal, conversando uns com os outros. Até que o avistei não muito longe dali. Corri com minha mala para dentro, mais rápido que o resto, e as deixei ali no canto da sala. Depois saí correndo da casa, indo na direção de meu interesse.

—Employee! – exclamei emocionada. Levei minha mão até a sua cabeça para fazer-lhe carinho. Sorri quando ele lambeu minha mão. – Estava com saudades, garoto. Cuidaram bem de você?

Para a minha surpresa, ele já estava com uma sela. A minha sela inglesa. Semicerrei os olhos. Quem estaria usando a minha sela?

Abracei-o antes de subir nele.

—Quanto tempo, garoto. – acariciei seu pelo. – Vamos lá, meu menino.

Vi Mendy de longe e puxei a corda dele para a esquerda, onde ela estava.

—Você não tem medo? – ela me perguntou.

—De cavalgar nele? Claro que não. Quer ir uma vez?

—N-n-não, obrigada. – ela gaguejou.

—Por que não? – perguntei – É super legal. Ele é dócil.

—Eu tenho minha mala para desfazer, sabe? Tenho que arrumar muita coisa. – foi falando e dando passos para trás. – Até mais tarde! – ela se virou e correu para dentro.

—Precisa de ajuda para achar o quarto? – gritei.

—Não, eu peço para Nessie. – ela gritou de volta, já fora de vista.

Direcionei Employee para o amplo campo atrás da casa, indo cada vez mais rápido. Só que minha sapatilha acabou escapando do meu pé.

—Ah, droga. – resmunguei.

Puxei a corda para fazê-lo parar, mas não sei o que fiz de errado; ele relinchou e ficou agitado. Começou a ir mais rápido.

—Calma, Employee. – falei, mas nada adiantou – Calma, eu vou cair. Não, não, calma!

Tentando me segurar, puxei novamente sua corda, e isso foi a gota d’água para ele. Levantou as patas dianteiras relinchando, o que me fez cair gritando. Antes que eu pudesse fazer algo, saiu correndo.

—Employee, volta aqui! – gritei, mas já era tarde demais, ele estava muito longe. Levantei-me com intenção de ir pegá-lo, mas logo ouvi um barulho. Quando me virei, havia alguém montado em outro cavalo, indo em direção ao Employee.

Um estranho estava no cavalo indo atrás do meu. Enquanto lançava uma corda pelo seu pescoço e o continha, fui até onde deixei meu sapato cair e o peguei.

Ele deu meia volta e veio até mim com os cavalos. Pude dar uma boa olhada nele enquanto chegava perto. Tinha um topete grande e rebelde, num castanho claro puxado para o ruivo. Seus olhos num azul acinzentado. As bochechas magras combinavam com seu rosto harmonioso. A marca em sua barba denunciava que havia sido feita há menos de um dia.

Ao descer do cavalo, sorria simpático. Jogou suas madeixas para trás, ficando muito atraente.

—Desculpe, ele não está acostumado com estranhos. – ele falou sorrindo. Usava uma camiseta preta, e por cima uma blusa de couro preta, com a touca caída para trás. Uma calça jeans e uma bota marrom.

—É, eu sei. – respondi, nervosa. – Ele é o meu cavalo.

Me olhou surpreso, um brilho em seus olhos claros.

—Carlie Cullen? – perguntou atônito.

—Bom, da última vez que olhei minha certidão de nascimento, era o que estava escrito.

Ele riu de forma gostosa.

—P-prazer, William Johnson. – estendeu sua mão após tirar sua luva de cavalgar. Me xingando mentalmente por estar sem luvas, dei um aperto rápido. – Fui avisado de que vocês viriam hoje. Só não esperava...

Se interrompeu, dando uma singela olhada da cabeça aos pés, e logo tentou disfarçar.

—Não esperava...? – o pressionei, indo acariciar meu cavalo, que agora estava sob controle.

—Que você fosse tão linda.

Envergonhada, evitei contato visual.

—Desculpe, eu não quis te ofender.

—Não ofendeu. – assegurei, sorrindo para ele.

—Posso perguntar sua idade?

Parei para pensar. Eu ainda crescia alguns milímetros ocasionalmente, provavelmente pararia ano que vem. Então para todos os efeitos...

—Dezessete.

—Vai terminar o ano escolar por aqui mesmo?

Engoli em seco, repreendendo minha família por não me preparar mais sobre a escola.

—Provavelmente. – respondi de forma vaga.

—Bom, então tenho alguns meses empolgantes pela frente.

Sorri de seu flerte. Ele me olhava de uma forma intensa.

...

—Você não vem muito aqui, né? – ele perguntou.

Estávamos em seu cavalo porque ele insistiu em me levar caso o Employee tivesse outro ataque.

—Não muito. – admiti. – Eu... viajei para outro lugar. E depois outro antes de vir para cá.

Tive receio de falar demais.

—Uma moça bem vivida. – elogiou, e segurei em sua cintura ao que o cavalo deu uma guinada. – Pode se segurar, eu te protejo.

Seus flertes estavam engraçados, me faziam rir, também faziam meu coração acelerar.

—Tenho que dizer, vai precisar pegar jeito com o Employee outra vez. – dizia, e se inclinou para trás para me olhar. O azul ficou mais evidente refletindo a luz do dia. Ah, aqueles olhos... – Ele não parece ter gostado muito de você.

O identifiquei zombando de mim.

—Não foi minha culpa. – falei indignada, gostando de abraçar seu corpo magro e musculoso. – Meu chinelo caiu, e então eu tentei pegar. Acabei puxando a corda de forma errada, e ele não gostou muito...

Ele soltou uma gargalhada.

—Eu estou brincando, Cullen. Mas posso te ajudar a se adaptar.

—Obrigada, Will. Pode ser muito útil.

A esse ponto, estávamos chegando no estábulo. Ele desceu do meu cavalo, e segurou minha cintura para me ajudar a descer. Foi divertido fingir ser a donzela em perigo por um segundo. Mal ele sabia que eu poderia dar um salto gracioso para descer.

—Eles devem estar esperando você. Vou acomodar o cavalo. – ele falou.

Fiquei confusa com o que ele disse, e percebi a noite caindo. Ficamos a tarde toda conversando, e eu realmente notei os carros da minha família estacionados ao longe.

—Nem vi a hora passando. – exclamei surpresa, ao olhar o céu estrelado.

—Quando a companhia é boa, o tempo voa.

Fiquei nervosa quando pegou minha mão e a beijou. Engoli em seco, com medo de despertar uma curiosidade com a minha temperatura. Para isso, eu já tinha a resposta na ponta da língua, sendo ensinada desde criança. Entretanto o nervosismo não deixava de estacionar em mim.

Sorri e fui embora, meu coração querendo saltar pela minha boca.

Entrei em casa e vi papai no sofá, junto aos meus tios. Ouvi uma movimentação na cozinha, e percebi serem as mulheres, agucei mais minha audição, e tinha quase certeza de que os lobos estavam nos andares de cima.

—Vi que já conheceu William Johnson. – papai falou, me encarando.

Pigarreei, sem jeito.

—Achei que se laçava apenas cavalos. – tio Emmett provocou, me fazendo arregalar os olhos. – Aquele garoto está caidinho pela Carlie.

Olhei para o meu pai, me preparando para a bronca. Que não veio. Franzi a testa. Percebia seu olhar incomodo, mas não disse uma palavra sobre o comentário do meu tio.

—Deixe-a, Emmett. Ela precisa se acostumar com o local. Faz anos desde que esteve aqui.

Ok. Eu estava surpresa.

—Eu... me diverti muito com o Employee. – tentei disfarçar. – Eu não sabia que estava com saudades até o ver.

—Não me surpreende. – papai disse, feliz. – Montar no Employee sempre te deixou com esse rostinho sorridente.

Sorri espontaneamente.

Fui para o meu quarto, onde minha mala estava já dentro do meu closet. Meu quarto perfeitamente arrumado, meu closet abastecido. Me senti agradecida pelo responsável que colocou meus enfeites de uma forma linda na decoração. Eu apostava minhas fichas que foi minha vovó arquiteta. Ela sempre foi perfeita em decoração.

Tomei um banho e troquei de roupa para finalizar o dia em casa.


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