A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 21
Incopleto (E)




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—Tudo pronto. – apareci na sala, e só tinha Renesmee ali.

—Foram na frente para levar nossas malas. Tia Alice deixou as passagens com você, certo?

—Sim. Você quer...?

Ela já negava com a cabeça.

—Não estou afim de ser a responsável no momento.

Assenti.

Voltamos para a casa da vovó.

Fomos recepcionados por tia Alice, o que nos intrigou. Ela não costuma nos esperar na porta da frente.

—Estamos esperando vocês na sala de jantar. – ela falou alegre.

A seguimos, confusas.

Você fez alguma caquinha? Lhe perguntei, e minha irmã engasgou numa risada, não esperando o meu termo.

Eu ia te perguntar o mesmo...

Cortei a ligação assim que entramos. Os lobos e Claire estavam ausentes, entretanto Mendy e o resto da minha família se encontrava ali. Mendy, tia Rose e tio Emm pareciam radiantes, apesar de um pouco tímidos.

—Você tinha razão, Carlie. – vovô sorriu em minha direção. – Rose é perfeita para a adoção. Conversamos com Mendy, e ela concordou.

Olhei para ela, atônita. Eu dei a ideia, mas ver acontecer me deixava muito feliz.

Nos abraçamos e gritamos juntas.

—Bem vinda a família, Mendy. – Renesmee a abraçou. – Quando sai a papelada?

—Daremos entrada amanhã, a caminho do aeroporto. Como ela já tem dezessete anos, vai facilitar o processo.

—Isso é bom. – comemorei, apertando a bochecha de minha nova prima, que ainda estava com o braço de Ness ao redor de seu pescoço. Ela fechou a cara para mim, me fazendo rir. – Vou ver algumas coisas que faltam para arrumar.

—Eu vou terminar o filme. – Mendy disse, agradecendo Renesmee e aos outros, e se foi.

Subi as escadas e fui para o meu quarto. Peguei minha nécessaire para colocar meus objetos íntimos. Me lembrei de que tinha que olhar debaixo da cama para verificar. Quando vi o que tinha lá, arregalei os olhos.

O grito que saiu dos meus pulmões foi mais alto do que eu pretendia.

A primeira coisa que me veio à cabeça foi subir na cama.

Meus pais já estavam ali, totalmente alertas, me procurando freneticamente. No outro segundo, minha família estava ali, preocupados.

—Carlie, meu Deus, o que houve? – mamãe questionou, passando a mão em meu cabelo, tentando me acalmar.

Ainda assustada, eu me sentia um peixinho, tentando abrir a boca para falar. Claire e Mendy chegaram ali, junto com minha irmã e os outros.

—Cuidado! – gritei ao que a barata saiu debaixo da minha cama e caminhou para os pés de Claire.

Elas gritaram e subiram na cama junto a mim. Minha família estava chocada por ter um inseto assim dentro de casa. Olhavam para a barata sem acreditar no que estavam vendo.

—Ah, qual é? – Collin reclamou – Tudo isso só por causa de uma barata?

Quando ele foi pisar nela, vovó estava prestes a reclamar, mas foi impedida quando a barata abriu as asas e desviou da sola do sapato do meu amigo lobo.

—ELA VOA! – escandalizei, me encolhendo na cama, torcendo para que ela não viesse em minha direção.

O meu problema com aquele inseto não é medo... é nojo. Sabe-se lá de onde eles vêm.

—Ahhhh! – gritamos de novo e nos encolhemos novamente.

—Ah! – gritei ao que ela mirou para vir para cima de mim. Me atirei para fora da cama, e para o azar de Claire, foi para cima dela, que continuava sentada na cama. Quil foi tentar ajudar, mas meu pai agiu mais rápido.

—Claire, querida, fique paradinha, para que ela não voe novamente...

Se concentrou, e conseguiu pegá-la a tempo. Eu que estava mais perto, sentada no chão, vi que seu movimento foi muito arriscado perto das duas humanas ali. Entretanto quando observei bem, Claire estava com os olhos fechados de pavor, e Mendy estava fora de seu campo de visão. Só eu vi seu movimento não humano.

Meu pai finalmente tinha a parada entre seus dedos, e as garotas aproveitaram e saíram da cama. Claire foi para os braços de Quil, ainda apavorada e ele a abraçou, aliviado. Mayra foi ao lado de Embry e encostou-se a ele. Ele colocou a mão ao redor de sua cintura e afagou suas costas. Sei que não era hora, mas senti uma pontada de inveja deles.

—Aqui. – tia Alice entregou um pote transparente para o meu pai. Porém ele fechou o pote, de repente se virou furioso para o tio Emmett, que por sua vez estava nervoso. Isso queria dizer que...

—Oops! – Tio Emm falou.

—Não vai dizer que foi ele? – apontei para ele.

—Ele deixou escapar pelos pensamentos. – papai falou com fúria. – Você fica responsável por isso, Emmett – Papai entregou-lhe o pote, e meu tio pegou de bom grado.

—Ela é limpinha. – disse ele, sorrindo. – Ela foi criada em laboratório. Eu não deixaria vocês, garotas, perto de algo nojento.

E de forma provocativa, colocou o pote perto de nós, nos fazendo gritar outra vez.

—Emmett McCarty Cullen. – Vovó falou – Se livre desse troço agora! – ela estava brava.

—Tudo bem, Esme. – ele falou sorrindo sem se afetar com a bronca e saiu do quarto. Soltamos um suspiro de alívio.

—Esse vai ser meu pai? – Mendy questionou, mas pela sua expressão ela estava achando aquilo muito divertido.

—Sim, querida. – tia Rose revirou os olhos por causa da brincadeira dele.

—Ãn... – hesitei em chamar meu pai, com Mendy ali presente. Papai?— Pode ver se tem alguma coisa minha em baixo da cama? Eu não vou olhar nem a pau. – trinquei os dentes.

Ele riu, mas olhou e puxou de lá minhas pantufas. Corri até ele e as peguei.

—Obrigado! – agradeci aliviada.

—Eu vou voltar a assistir ao filme. – suspirou Brady, e os outros meninos concordaram.

Mendy e Claire pareceram “acordar” do transe, e se afastaram dos dois.

—Podem ir, logo nos juntaremos a vocês. – tentei prender o riso quando todos os quatro coraram.

—Vou lá para baixo, está bem? – Quil falou com Claire e ela assentiu.

Como Embry era mais tímido, só gaguejou um “até depois” para Mayra e foi lá para baixo, sendo acompanhado pelo Quil.

Minha tia loira não deixou de perceber Embry próximo de sua futura filha, e a vi lançar um olhar mortal para ele. Sobretudo ele não viu.

—Eu tenho que terminar de organizar minhas malas. – tia Rose falou mal humorada e saiu do quarto.

—Emmett não tem jeito. – tia Alice lamentou, a seguindo.

—Ele só vai parar quando... – ouvi mamãe dizer ao sair com os outros. – Não, ele nunca vai parar.

A risada de vovô e tio ecoaram pelo corredor.

—Tem gente apaixonada por aqui. – Nessie cantarolou, sem deixar passar a cena anterior.

—Quil é meu amigo. – Claire falou ainda envergonhada e Mayra só corou mais ainda.

Leah saiu do banheiro com o cabelo molhado.

—Que gritaria foi essa? – ela perguntou. – Eu quase saí no meio do banho para ver o que houve.

—Emmett nos pregando uma peça. Ele deixou uma barata debaixo da minha cama.

—Essa eu queria ter visto. – ela riu alto.

Revirei os olhos.

—Carlie? Nessie? – ouvi a voz da mamãe nos chamando. Peguei a mão de minha irmã, que estava conversando animada com Mendy e Claire, e nem prestou atenção. Confusa, ela me seguiu.

—Me solta, Carlie. – ela reclamou quando viu quem nos esperava.

—Mas...

—Argh. Mas nada. – ela se virou e entrou com tudo no quarto, batendo a porta com força atrás de si.

—A culpa é toda minha. – ela falou triste.

—Não, mãe. – a abracei, sendo retribuído no mesmo instante. – Vocês não tinham como saber. Eu entendo Ness, mas também te entendo.

Ela suspirou.

—Obrigada, meu amor.

—Mas por que você me chamou? – perguntei.

—Nós vamos caçar. Voltaremos no horário de levar vocês no aeroporto. Para todos os efeitos, saímos em encontros. Não acordem muito tarde, o voo sai as nove e meia. Ou seja...

—Temos que estar lá as oito. – gemi, imaginando ter que acordar seis da manhã para todos se arrumarem e ninguém se atrasar.

—Durmam cedo para não se arrastarem de manhã, ok? Suas olheiras irão te denunciar. – brincou, colocando meus cachos atrás da orelha. – Vocês vão ficar bem?

—Qual é, mãe? – resmunguei. – Duas meias vampiras e cinco lobos, acho que damos conta das duas humanas aqui. Não tem com o que se preocupar.

—Tudo bem. Até amanhã na fazenda. – ela se despediu, me deu um beijo na testa e se foi.

Contei a elas quando entrei no quarto. Deixamos passar cinco minutos para garantir, depois descemos correndo para a sala. Nessie e eu subimos no sofá pulando e começamos a comemorar.

Eles nos olharam confusos.

—Estamos livres para fazer o que quisermos. – expliquei sem parar de pular.

—Mas agora silêncio porque estamos assistindo. – Collin reclamou.

Ri e me joguei ao seu lado no sofá, pegando uma mão cheia de pipoca da tigela que estava em seu colo. Mayra sentou ao lado de Embry e Claire, óbvio. Leah sentou em qualquer lugar e Nessie ao seu lado.

—Que cena forte, qual a indicação desse filme? – questionei, surpresa.

—É para a idade de nós, adultos. Vocês ainda são jovens para assistir isso. – Brady disse, sem nem olhar para mim.

Você se esqueceu de que eu sou uma meia vampira? Coloquei essas palavras em sua mente, mas ele ignorou. Em sua mente só tinha o filme. Até que vi uma brecha; ele estava me provocando. Peguei uma pipoca e taquei em sua cabeça. Ele tacou uma em mim que pegou na ponta do meu nariz. Arfei incrédula e quando eu ia jogar outra...

—Vamos assistir, pessoal. – Embry falou.

Mostrei língua para Brady, que devolveu com uma careta meio risonha.

—Chato. – sussurrei para não atrapalhar os meninos e continuei assistindo. Deitei no ombro de Collin já com sono. Olhei no relógio. Dez horas. Acho que adormeci.

De repente, eu estava andando em uma floresta muito escura.

Tinha muito musgo no chão e eu estava descalça.

Eu podia sentir a maciez dele na sola do meu pé.

As árvores eram enormes

E isso me impossibilitava de ver algumas coisas.

Pela primeira vez tive que forçar meus olhos para a escuridão,

Mas não resolveu muito.

Eu escutava vozes ao longe, mas não conseguia distinguir quem era.

Forcei novamente meus olhos, sem sucesso.

Dei um passo à frente sem sabe aonde eu ia.

De repente ouvi uma voz num sussurro.

“Ele está atrás de você”.

Eu não sabia que tinha dito isso,

Mas quando virei-me, me deparei com uma figura horripilante.

Seu rosto era todo deformado e ele tinha um machado na mão.

Dei um passo involuntário para trás,

Mas ele me segurou nos braços me impossibilitando de fugir.

Comecei a me debater e a gritar, mas não conseguia me libertar.

Ele era muito forte.

Tentei mais uma vez.

“Me solta” Gritei, o que não adiantou, já que ele não me soltava e começou a me chacoalhar “me solta” gritei novamente e ele começou a murmurar meu nome.

—Carlie. – a voz foi ficando mais perto. Não parei de me debater. Eu tinha que fugir desse monstro. – Carlie, acorda, acorda.

Abri os olhos finalmente desistindo de fugir e vejo Brady na minha frente.

—Brady? – sussurrei aliviada.

—Está tudo bem? – ele perguntou. Percebi que eu estava toda suada e ofegante.

—E-eu tive um pesadelo. – gaguejei.

—Vem cá. – ele me puxou para um abraço carinhoso. Fiquei aliviada de ter sido acordada daquele pesadelo horrível.

—Você pode deitar comigo um pouco? – pedi.

Ele me olhou hesitante.

—Por favor. – pedi e ele suspirou. Ele devia estar pensando em Seth. Com razão. Não queria imaginar a fúria que seria se ele soubesse disso.

—Tudo bem. – ele se deitou ao meu lado e deitei em seu peito.

Apesar de ele ser também aconchegante, não era o meu Seth.

Argh, eu precisava esquecê-lo.

Como? Talvez alguém me fizesse esquecer ele, mas quem? Óbvio que eu não ficaria com nenhum dos lobos. Nem mesmo Brady. Brady é um dos melhores amigos de Seth.

E... será que ele conseguiria me esquecer? Sofreu imprinting por mim, mas... teria como?

Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Coloquei a mão ali na mesma hora, para que ele não sentisse e se preocupasse.

—Tenho que parar de assistir esses filmes.

Meus olhos focaram no ambiente.

—Por que estamos no quarto da tia Alice? – perguntei, curiosa.

—Mayra decidiu ficar com Embry no sofá, Claire está com Quil no seu quarto, e Leah foi se transformar um pouco. Te trouxe aqui para os outros dormirem com mais privacidade. Renesmee disse que esse era um quarto válido.

Ri, imaginando a cara de tia Rose ao sentir o cheiro de “cachorro molhado” em sua cama.

—Entendi. – murmurei.

—E bem, eu fui sair e você... bem... me puxou para deitar. Não consegui me soltar e acabei dormindo.

—Ah.

Eu senti minhas bochechas vermelhas.

Encolhi-me onde estava. Ele me aconchegou em seu peito.

—Você acha que um dia vai encontrar seu imprinting? – perguntei levantando o olhar para ele.

Ele sorriu.

—Talvez um dia.

Sorri de volta.

—Não me preocupo muito com isso. Não tenho muito tempo.

—É bom não se preocupar. – o encorajei. – Ainda mais de algo que não temos controle.

—Seth vivia preocupado antes de te conhecer. Seus pensamentos quando se transformava era se iria achar seu imprinting logo. Quando ele te encontrou, toda a confusão em sua mente se foi. E de repente ele só pensava em te proteger, e te fazer feliz.

Engoli em seco. Revirei meu cérebro em busca de algo a dizer. Pensa, Carlie, pensa!

Felizmente ouvi um leve ronco, e eu não tinha que lhe dar nenhuma resposta.

Acordei com Brady roncando levemente ao meu lado. Olhei no relógio, cinco e cinquenta. E eu odiei saber que se fechasse os olhos, iria perder a hora. E pior: minha família iria me ver dormindo com Brady.

O acordei, avisando sobre a hora. Ele iria me ajudar acordar os outros.

Após todos acordados, peguei uma troca de roupa e fui para um banho rápido no chuveiro de tia Rose. O meu quarto teria que ficar com os lobos.

Entrei no meu quarto, e avistei somente Quil ali, arrumando sua malinha.

—Hey. – o cumprimentei.

—Hey, mestiça. – sorriu para mim. – Está muito bonita.

—Obrigada. – sorri para o elogio amigável. – Claire também está adorável essa manhã, não acha?

Imediatamente um rubor tomou conta de suas bochechas.

—S-sim, ela está. Sempre está.

Sorri, achando uma graça.

Me virei para a minha escrivaninha, abri a gaveta e peguei o papel dobrado. Guardei no bolso da calça jeans. Mamãe disse que estaria de volta a tempo. Isso me daria uns trinta minutos de vantagem. Dava para chegar até La Push e voltar. Com sorte eles não teriam chegado.

—Eu... volto logo. – avisei. – Se alguém perguntar.

—Beleza.

Fui lá para fora e corri em direção à floresta.

Hoje estava congelante, o que não é novidade em Forks. Mas agora chegando o inverno, em Nova York seria a mesma coisa. Mas logo viria o verão. Sol. Iria demorar eu me acostumar.

Quando eu menos esperava, eu já estava em La Push. Fui discretamente em direção à sua casa. A janela de seu quarto estava aberta. Agucei minha audição, e não ouvi ninguém no quarto dele. Pulei lá silenciosamente. A primeira coisa que notei foi sua cama bagunçada. Roupas espalhadas pela cama, chão e cadeira da escrivaninha.

Se eu o conhecia bem, ele devia mesmo estar furioso consigo mesmo e magoado. Não tinha cabeça para organização. Sentei-me em sua cama e passeei com os dedos em sua coberta. Me permiti deitar ali, cheirando seu travesseiro. Inspirei fundo, aproveitando o amadeirado tomar conta dos meus pulmões.

Vi uma camiseta sua no chão, e eu lembrava que ele usou na última vez que nos vimos. Peguei-a em minhas mãos, respirando fundo nela. Sua fragrância natural e forte tomando conta do meu olfato. Abracei-a por um instante, tentando não chorar. A dobrei, e a coloquei na cama, sobre a folha de papel. Acho que iria chamar sua atenção diante de toda aquela bagunça.

PDV Seth.

Após voltar da oficina/garagem de Jake, voltei para casa, satisfeito por terminar outro trabalho. Estávamos evoluindo, graças ao curso de mecânica que fizemos.

Eu tinha que me conter para não contar à Carlie. Não teria como mesmo. Ela me bloqueou. Não conseguia lhe mandar mensagens ou ligar. De início achei que meu celular estava quebrado, mas Carlie me deu um bom celular. Logo caiu a ficha de que eu estava impedido de falar com ela.

Não a culpo. Eu fui idiota de não lhe dizer a verdade.

Suspirei. Não era tão tarde quando voltei para casa. Era duas da tarde. Terminamos rápido o serviço.

Ao abrir a porta, paralisei. Aquele cheiro que eu tanto amava invadiu minhas narinas. Ela esteve aqui? Como?

Bati a porta atrás de mim, seguindo seu cheiro. Estava mais forte no meu quarto. Para a minha decepção... ela não estava lá. Mas esteve. Seu cheiro era muito recente.

Diante daquela bagunça, havia uma camiseta minha perfeitamente dobrada ao pé do meu travesseiro. Meu travesseiro estava mais cheiroso do que qualquer sabão de lavar roupa jamais o deixou. A roupa dobrada só concretizou minha suspeita. Ninguém entrou no meu quarto hoje. O único cheiro era o dela.

O que você veio fazer aqui, meu amor?

Peguei o pedaço de pano, quando estava prestes a cheirar, notei um pedaço de papel. Uma folha comum dobrada, as linhas pretas denunciavam ser um caderno escolar.

Com sua linda caligrafia estava escrito um enorme texto.

 

"Eu comecei a escrever esse bilhete, mas não tenho muita certeza do que dizer. Só queria dizer que não vai me ver por um tempo. Não digo que eu não vou na sua casa, ou você não vai na minha. Estou indo para Nova York. Lembra que meu avô disse que iriamos? Renesmee e eu decidimos que essa é a hora. Nos magoamos muito e precisamos de um tempo para pensar. Não tenho previsão para voltar. É mais provável que nos mudemos para outra cidade. Talvez Boston, ainda estamos decidindo."

 

Parei de ler para enxugar as lágrimas que embaçavam minha vista.

 

"Siga seu caminho, assim como tentarei seguir o meu. Se quiser conhecer alguém, não irei te culpar. Não temos mais nada um com o outro, não temos mais compromisso. O tempo deve curar nossos corações.

Aquelas fotos não saem da minha cabeça. Eu as deixei aí com você, mas as tenho em perfeito estado em minha memória. Você segurando a cintura dela, enquanto vocês tinham os corpos colados."

 

Com essas palavras, me lembrei de como congelei quando Tifanny me beijou. Coloquei as mãos em sua cintura para empurrá-la, e no momento não consegui me mexer mais.

Fechei os olhos, me xingando por dentro.

 

"Essa situação me magoa demais, mas estou tentando te perdoar, assim como espero que faça comigo por ter ido embora.

Vou fazer uma promessa: um dia volto a te encontrar. Não sei se com os mesmos sentimentos, não sei qual data. Mas prometo que o farei.

Cada segundo que passei com você foram mágicos. Vão ficar em mim para sempre, não importa o que aconteça. Agradeço a Deus por ter te colocado em minha vida. Por ter sido meu primeiro beijo. Sentir sua boca, seu cheiro, seu calor, você! Naquele momento parecia tudo tão perfeito.

Não nos despedimos, mas acho melhor assim. Eu sei que quem está indo embora sou eu, mas está ficando um pedaço enorme de mim com você. Tente ser feliz.

Com amor, Carlie."

 

A sensação de encarar aquele papal era estranhamente dolorosa. Então era isso. Ela partiu. Sem se despedir. Sem dizer um último adeus. Deixando apenas uma droga de uma carta.

Como ela podia sequer pensar que eu poderia esquecê-la? Nem se eu quisesse, nem se eu tentasse.


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