A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 20
Lembranças trazem de volta você (E)


Notas iniciais do capítulo

Caso os links não funcionem, primeira música: It's not over - Chris Daughtry
Segunda música: Ocean Wide - The Afters



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—Por favor, Carlie – ele implorou novamente.

—Eu não sei...

—É o que eu te peço...

—Pra que? – fiz uma pergunta retórica – Para você fazer tudo de novo e me enganar novamente?

—Eu não te enganei, eu estava saindo do mercado e... – as palavras saiam como um jatinho de sua boca.

—Eu já te disse. – o interrompi, dura, e as malditas lágrimas caíram dos meus olhos. – O tempo de se explicar já passou.

—Carlie, por favor, não faz isso. Eu te amo como nunca amei ninguém. Eu nunca iria mentir para você!

Essas palavras realmente mexeram comigo.

Calma Carlie, seja forte.

Lembrei-me das fotos e foi isso que me ajudou a continuar.

—Adeus. – falei e sai de lá, temendo ser tomada de novo por seus lábios e me render de vez. Meu cérebro implorava por isso.

PDV Seth.

Verdes.

A cor mais linda existente nesse universo.

A cor dos olhos do amor da minha vida. Será que os verei outra vez? Carlie seria capaz de perdoar minha estupidez algum dia?

Eu não iria atrás dela. Ela já fez sua decisão. E eu merecia a dor. O sofrimento. A angústia. Sem querer eu a deixei ser humilhada pela Tifanny, na frente dos quileutes, da sua irmã, de suas amigas. Ao invés de ter parado aquilo tudo ali, ter sido sincero com minha namorada, teria evitado esse término.

Teria evitado meu coração ser arrancado do peito e pisoteado.

PDV Carlie.

Assim que Sue me viu, me tomou em seus braços num abraço forte. Retribuí no mesmo instante.

—Leah me contou tudo. – se afastou um pouco, segurando meus braços e me olhando. – Seja forte. Ele é meu filho, mas entendo como está magoada.

—Obrigada. – sussurrei, temendo a voz embargada se pronunciar.

Me despedi e fui para o carro.

—Eu realmente sinto muito, meu amor. – meu pai passou a mão em meus cabelos, e beijou minha testa.

Respirei fundo, incapaz de continuar naquele assunto. Ele arrancou dali com o carro.

—Mendy? – indaguei, a percebendo no banco de trás.

Olhei com expectativa para meu pai.

—Por que precisou esvaziar o Volvo? – exigi.

—Calma, querida, chegaremos rápido. – porém ele ainda sorria.

Olhei para o banco de trás. Leah, Claire e Mendy não conseguiram disfarçar. Principalmente Claire e Mendy possuíam um sorriso diferente, e então eu soube que com certeza Embry e Quil estavam indo também.

Me encostei no banco, satisfeita.

Chegamos rápido, as meninas tagarelando sobre como iriam se divertir em Nova York. Ao descer do carro, senti o cheiro distinto e amadeirado dos lobos.

—E aí, garota, não acredito que nos convidou para a cidade que nunca dorme. – Brady falou e fui abraçá-lo.

—Não estou pronta para me despedir da reserva assim do nada. – dei de ombros. – Oi, Collin. – o abracei, depois Quil e Embry.

—Cadê o Seth? – Collin perguntou e meu sorriso se desmanchou, e deu lugar ao vazio no peito. – Não o vi aqui ainda. Falei alguma coisa errada? – ele perguntou quando viu minha expressão.

—Ele não vai ir. – falei.

—Por quê? – ele franziu o cenho. – Não acredito que vai conseguir ficar tão longe do seu namorado...

—Seth me traiu, Collin. – sussurrei.

Ele engasgou com as minhas palavras.

—Te... traiu? – Quil questionou, atônito. – Seth jamais... te trairia. Ele não pensa em outra garota, acredite em mim.

—Vocês vivem dizendo isso, que Seth tem sentimentos por Carlie, e que ele seria incapaz de fazer isso. – Mendy vociferou. – Acontece que chegaram fotos com provas da traição.

Eles estavam confusos com isso.

—Mesmo que Seth não tenha tido a intenção, ele não falou nada para Carlie. – Renesmee veio ao meu resgate. As palavras estavam presas à minha garganta. – A infidelidade não é a única forma de traição que existe.

Pigarreei, desconfortável com eles discutindo sobre algo tão íntimo e constrangedor meu.

—Vamos assistir um filme? – sugeri. – Temos um tempo antes de dormimos. Não precisamos estar tão cedo assim no aeroporto.

Com suas malas já no canto, nos acomodamos no sofá.

—Ah, droga, qual é a senha mesmo? – perguntei frustrada para minha irmã, ao ver o aviso de senha errada na tela.

—Tenho anotado na agenda das senhas. – falou e se levantou, pegando um caderninho no painel da TV e começou a procurar.

Estava tão absorta procurando que não ouviu Jake entrar. Ao nota-la ali, seu coração disparou.

—Ãn... – ele estava sem jeito. Bastou seu único múrmuro para chamar atenção dela. Sua cabeça voou em sua direção, ansiosa. Entretanto seu olhar era vazio. – Eu vim ver onde vocês estavam, quero dizer, Seth está fazendo a patrulha sozinho e achou estranho...

Era óbvio que suas palavras eram direcionadas aos lobos. Porém seu olhar nunca deixou Ness.

Fiz de tudo para esmagar o sentimento que me atravessou ao ouvir aquele nome.

Como se acordasse de um transe, ela desviou o olhar dele.

—Devo ter guardado a senha na agenda do nosso quarto. – ela se direcionou a mim. – Vou procurar.

Ela se apressou para sair dali. Percebi que Jake abriu a boca para dizer algo, e começou a estender a mão para segurá-la. Só que pensou direito e ficou quieto.

—O que estão fazendo aqui? – ele perguntou quando acordou do transe.

—Você nos liberou por uns dias das patrulhas. – Brady falou como se estivesse o relembrando.

—Amnesia, Jake? – zombei, grata de não terem dito o real motivo. Tanto por Ness quanto por mim. Jake sabendo, Seth saberia também.

Eu percebi o olhar de desconfiança em seu rosto, e foi com alívio que assisti sumir por completo ao dar de ombros.

—Acho que não estou acostumado por não ter vocês em patrulha.

—Precisamos voltar? – Collin perguntou.

—Não, não. – Jake se apressou ao dizer. – Está tudo calmo, sob controle. Seth e eu damos conta. Sam e Paul revezarão comigo por esses dias. Só queria ter certeza de que estavam bem.

Se virou e começou a descer as escadas.

Comecei a ponderar. Era certo eu tentar ajudar Nessie? Eu não queria me meter. Mas ficar parada e a ver sofrer parecia tão errado...

Me levantei do sofá e corri atrás dele.

Jake? Ainda está perto o suficiente? Jake...?

Ei, mestiça. O que faz aqui? Não é perigoso?

Contive uma risada, imaginando qual perigo poderia estar por ali.

Nunca subestime o mal. Me alertou, aparecendo a minha vista em sua forma humana.

—Eu sei. – suspirei.

Minha visão noturna me fazia enxergar tudo ótimo. Percebi que Jake estava prestes a se transformar, pois seu peito estava nu.

—Diga, Cullen.

—Minha irmã... está muito chateada. Ela não merece sofrer desse jeito.

—Me dói, me rasga, me dilacera ver que ela está assim. – sussurrou, seu rosto se contorcendo numa careta de angústia. – Mas o que eu posso fazer? Não posso força-la a me ouvir...

—Mas pode pedir uma chance de explicar. Diga que o que ela ouviu está...

—Aliás, quem contou a ela?

Revirei os olhos para sua interrupção raivosa.

—Meu pai estava me consolando sobre Seth.

—Aquele sanguessuga. – rosnou, cruzando os braços. – Tinha que abrir o bico.

—Nossa, que alívio saber que pretendia manter esse segredo a sete chaves. – ironizei. – Meu pai estava muito concentrado em mim para prestar atenção em Renesmee bisbilhotando.

Sua expressão enfurecida se foi dando lugar a um olhar de condolência.

—Sinto muito por você e Seth. Logo percebi na praia que ele estava estranho. O garoto não é ruim, Carlie. Ele te ama. Só agiu um tanto idiota por medo de perder você.

Não, não, não. Exclamei em sua mente, com os olhos cheios de lágrimas. Isso o surpreendeu, o fazendo recuar. Não me diga que foi uma atitude passional. Seth traiu minha confiança e eu não consigo pensar nisso agora.

—Não quer falar com Renesmee, tudo bem.

Encolhi os ombros e dei meia volta em seus calcanhares.

—Eu vou falar com ela. – sua voz estava carregada de ansiedade. – Obrigado, Carlie.

—Claro, claro. – lhe dei um sorriso mínimo, e andamos para a mansão.

 

PDV Renesmee.

http://www.youtube.com/watch?v=XgqrqY3LUcQ

 

Com a senha já decorada na cabeça, voltei para a sala, me surpreendendo ao ver Jacob ali também.

Ele vai ficar? Vociferei para Carlie, carregada de acusação.

—Nessie? – Jacob chamou-me hesitante. Odiei o arrepio que atravessou meu corpo ouvindo meu apelido saindo tão carinhosamente de sua boca.

O olhei, incapaz de pronunciar algo.

Sua boca carnuda e avermelhada de repente parecia me atrair. Odiei o fato de não saber se isso era somente eu, ou a droga do imprinting.

—Podemos conversar?

Pensei em recusar, porém seu olhar pidão me amoleceu de uma forma vergonhosa.

—Podem começar sem mim. – falei para eles, mandando um olhar severo para a minha irmã. Ela encolheu os ombros, parecendo culpada.

Suspirei revirando os olhos, acompanhando-o para fora.

Naquela noite com o inverno se aproximando, o clima fora de casa era gélido. O vento estava calmo, só que era a temperatura que incomodava. O frio em si não me afetava, entretanto estar em um ambiente quente era com certeza mais confortável.

Olhei para os meus pés descalços conforme adentrava a floresta atrás dele, me arrependendo de vir descalça. Meus pés estavam ficando cobertos de musgo.

Fiz uma careta, imaginando a lambança que faria se eu não arrumasse um jeito de limpar antes de entrar em casa. Vovó iria me fazer limpar tudo, e com razão...

Imersa em meus pensamentos, não percebi que ele havia parado. Esbarrei nele forte, o fazendo vacilar, por consequência segurar minha cintura para nos estabilizar. E eu encontrei apoio imediato em seus ombros fortes, nossos corpos perto demais. E droga, Jacob estava sem camiseta. Meu coração acelerou com nosso repentino contato pele a pele.

Não resisti ao que seus dedos me puxaram para colar nossos corpos. Com esse movimento, a alça do meu vestido caiu do meu ombro, atraindo seu olhar. Desejo cintilava ali, e não pude deixar de sentir uma pontada de vaidade.

As pontas de seus dedos passearam em meu ombro nu. Suspirei, me rendendo àquele carinho. Minhas pálpebras se encontraram, e sem meu comando meu corpo pedia por contato de sua pele. Como atraídos por uma corda invisível, sua mão subiu por minha clavícula e pescoço, caminhando para minha orelha e parando em meu cabelo.

Respirei fundo ao sentir sua respiração quente em meu pescoço, e dei um passo em sua direção. Nossos corpos estavam colados. Separados apenas por um tecido leve e fino. Isso despertou uma curiosidade em mim. Minhas mãos coçaram seu abdome, e o senti ali ficar tenso de imediato. Subi meus dedos interessados, sentindo sua pele sedosa, quente e macia. Seu peitoral subia e descia na minha mão, e seu coração martelava contra minha palma.

Seus lábios finalmente tocaram a pele sensível do meu pescoço, e minha mente despertou.

Dando um passo para trás, levantei a alça da minha roupa. Aqueles lábios... já beijaram minha mãe!

O olhar de choque percorreu seu rosto, não esperando minha parada brusca.

—Ness...

—Como você pôde?!

—Me deixe explicar...

—Você beijou minha mãe? – o interrompi.

—Ness...

—Você. Beijou. Minha. Mãe?

Soltou um suspiro derrotado, seus ombros de imediato ficaram caídos.

—Sim.

—Isso não tem explicação para mim. – falei rude.

—Ness, por favor, isso foi antes de você nascer. Eu não fazia ideia de nada... Olha, tem algo que eu preciso te contar. Tem a ver com nós dois...

O observei, tentando decifrá-lo. E a ficha caiu; ele ia tentar me ganhar com o imprinting?

—Que você sofreu imprinting por mim? – conclui, rindo decepcionada. Me olhou em pasmo. – Sério que ia tentar me convencer do seu amor usando o imprinting?

—Como-como sabe disso?

—Você achou mesmo que um de vocês diria em voz alta e deixaríamos para lá?

Lhe mandei lembranças de quando fiquei no hospital, e Carlie mencionou o que Seth lhe disse. Frisei a lembrança dela, que percebeu a mudança de comportamento de Jake no milésimo quase imperceptível. Quase.

—Você sabia do imprinting, Ness? Desde quando?

—Desde que voltei do hospital. Eu pedi que não te deixassem sabendo. – acrescentei rápido ao vê-lo abrir a boca. – Eu... eu queria me descobrir. Sem que você mudasse seu jeito comigo. Precisava do Jacob normal para eu entender meus sentimentos.

—E você os entende? – andou um passo para perto de mim, ansioso.

—Eu comecei a entender... até essa situação toda. De você, mamãe... do beijo. Honestamente, Jacob Black, eu não preciso de uma explicação agora. Preciso processar o fato de que você e minha mãe foram amantes no passado.

—Nessie, me perdoa. – ele suplicou. Sempre tinha um ar brincalhão nele, mas agora eu percebia que estava sofrendo, e isso mexia comigo. – Eu voltaria atrás e faria tudo diferente. Eu esperaria feliz cada segundo da minha vida, quieto, só esperando por você. Você é tudo na minha vida, garota.

Ele parecia a ponto de chorar.

Eu queria perdoá-lo, mas eu não conseguia. Não no momento. Por mais que eu tentasse compreender, eu só via os lábios dele beijando da minha mãe. Aquela que me deu à luz. A última pessoa no mundo que eu imaginaria estando com Jacob. Ele já a amou como me ama agora, e isso me entristecia.

—Eu acredito em você. – acariciei seu rosto macio. – Mas agora isso não muda nada. Eu realmente preciso de um tempo para esclarecer tudo em minha mente.

Me virei para ir embora. Não suportei mais ver a dor em seus olhos, as lágrimas caindo deles. Já não bastava a minha própria dor.

Entrei em casa, e fui para o meu quarto. No caminho, Carlie me avistou. Saiu do cinema improvisado e veio até mim.

—Oi... – minha irmã hesitou ao que não parei para falar.

PDV Carlie.

Me sentindo um pouco constrangida pelo vácuo, fui atrás dela. Parou em nosso quarto.

—Me deixa em paz. – ela falou, sua voz vindo do banheiro. Ouvi o barulho de água corrente. Ela estava lavando o rosto. Fiquei aliviada de não ter vestígio de lágrima.

 

http://www.youtube.com/watch?v=M_AK-s_lg6o

 

—Ness, o que houve? – torci levemente o lábio superior.

Ela secou o rosto, e depois apontou o nariz para cima. Respirou fundo.

—Eu contei a ele. – falou me olhando. – Contei que sei do imprinting. E pedi um tempo de tudo. Da amizade, da presença dele.

—Eu entendo. – engoli seco, arrependida por me meter nisso. – Me-me desculpe. Eu não devia ter...

—Que bom que você fez isso. – me cortou. E eu não via nada além de sinceridade em seus olhos. – Assim eu pude me despedir dele. Mesmo que ele não saiba.

Assenti.

Decidimos ir para o chalé, empacotar o essencial. Avisamos os outros, e fomos.

—Então, como vai ser com Mendy? – Ness perguntou na calada noite.

—Falei com nossa família hoje de manhã. Sobre adotá-la.

—Uma humana, Carlie? – Ness perguntou sem acreditar. – Será uma boa ideia?

Suspirei, parando para pensar.

—Bom, vovô vai saber o que fazer. Sempre sabe. Aliás, sugeri de alguém mais específico de adotar.

A olhei sugestiva.

—Tia Rose? – indagou. – Puxa, por essa eu não esperava.

—Nem ela. – ri, me lembrando de sua cara. – Ela com certeza ficou chocada.

—Vai mudar a vida dela, com certeza.

Eu a conhecia. Ela estava incomodada. Não com a adoção em si. Mas sobre Mendy.

—Hey. – a empurrei de leve ombro a ombro. Ela continuava olhando para o chão. – Eu já te falei sobre isso. Mendy é um membro novo perto da gente. Não quer dizer que somos melhores amigas. Você sempre vai ser minha melhor amiga. Só dê uma chance a ela para ser próxima da gente também.

Finalmente um sorriso brincou em seus lábios.

—Acho que vai ser divertido. – e se virou para mim. – Mendy é loira, dá para tia Rose ser irmã dela para onde irmos.

—É uma ótima ideia. – concordei.

Eu sabia no fundo que isso tudo implicaria com ela sabendo de nós um dia.

Pulamos o riacho sem dificuldade, e seguimos para casa. Entramos e nossos pais estavam embalando algumas poucas coisas dali. Eram borrões aos meus olhos.

—Vamos arrumar nossas malas. – anunciei, enquanto minha irmã seguia direto para o quarto dela. Suspirei e dei de ombros para mamãe.

—Tudo bem. – sorriu em minha direção. Um sorriso quebrado.

Girei em meus calcanhares para sair dali.

—Carlie. – ela me chamou – Podemos conversar a sós?

—Aham. – murmurei. Me seguiu até o meu quarto e fechou a porta.

Sentamos em minha cama, uma de frente para a outra.

—Como você está sobre tudo o que aconteceu? Como foi lá com Seth? A gente nem teve muito tempo para conversar desde que você chegou... – ela afagava meu cabelo carinhosamente enquanto falava.

—Eu... Vou ficar bem. Eu não estou legal. – sussurrei, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar. – Só que eu preciso desse tempo. Preciso sair de Forks, deixar para trás tudo o que me lembra ele.

—Oh, querida. – ela falou do seu jeito maternal e me puxou para seus braços. – Você não tem que sair de Forks, podemos nos mudar por um tempo....

—Eu quero fazer isso. – não havia convicção em minha voz.

—Está angustiando a mim e ao seu pai ver a dor em que vocês estão sentindo.

—Me desculpe. – eu me senti mal. – Eu realmente sinto muito. Eu só quero ficar longe de meus problemas. Acho que vai ser melhor para mim.

—Se mudar de ideia, nos diga. – frisou suas palavras. Sua mão parou com o carinho, porém ficou em minha cabeça. – Não se preocupe com passagens de avião, somente queremos a felicidade de vocês duas.

A abracei como agradecimento.

Se foi e me deixou sozinha.

Entrei no meu closet, pegando minha mala na prateleira mais alta, e a abri. Peguei algumas roupas mais básicas que eu iria usar. Algumas regatas, shorts, duas calças jeans, alguns croppeds, junto com alguns moletons e sapatos. Meus vestidos e meias calças, e as minhas botas.

Me levantei para pegar a segunda mala. Não cheguei a pegar nem um terço do meu closet, e minhas malas já estavam estufadas.

Até que peguei um vestido. As lembranças vieram imediatamente em minha mente, fazendo meu coração acelerar.

 

“Flash Back on”

 

—Eu estou muito feliz com a sua volta a Forks. – ele disse pela milésima vez, me abraçando e me rodopiando. Soltei uma gargalhada.

—Eu também. – falei sorrindo quando ele me soltou.

Ele me ofereceu uma caixa branca e uma fita em cima. Corei ao perceber que ele havia comprado um presente para mim.

—Abre. – incentivou. Abri depressa, não contendo minha curiosidade. E encontrei um lindo vestido preto. Curto e rodado, de manga comprida, e um lindo decote V.

—Obrigada. – o abracei – Eu amei. É perfeito!

—De nada. Eu me lembrei de você quando eu vi. Eu quero que use hoje. Consegui permissão com o seu pai e podemos sair para jantar.

O olhei, boquiaberta.

—Não acredito que conseguiu! – exclamei, o fazendo sorrir orgulhoso de si mesmo. – Mal posso esperar.

 

“Flash Back off”

Eu passei o dia todo nervosa. Afinal, eu estava saindo com o meu amor platônico. Ou era o que eu achava na época.

Suspirei. Essa estava sendo uma decisão muito difícil. Deixar vovô Charlie era uma parte ruim demais. Tudo por causa de uma decisão boba.

—Minha sobrinha querida. – tia Alice cantarolou enquanto entrava no meu closet. – Vim ajudar, posso?

—Por favor. – pedi rápido demais.

Ela riu.

—Eu ainda tenho algumas coisas que comprei no shopping. Deveria ter esperado chegar lá para comprar...

—Não tem problema, meu amor. Tenho malas lá também, vou arrumar seus pertences, não se preocupe. Iremos deixar vocês no aeroporto, vamos ajudar vocês.

—Não precisamos de babás. – falei ofendida. – Sabemos nos virar. Fazer check in, despacho de malas, raio x, embarque. Nada difícil para uma Cullen.

Ela riu, beijando meu cabelo.

—Eu concordo. Mas agora diga isso a ele.

Aponto para a porta no exato momento em que meu pai entrou.

—Tudo certo, querida?

Olhei para tia Alice, a esperando responder.

—Tudo certo com sua filha, Edward. Carlie, tomei a liberdade de colocar na sua bolsa os documentos e as passagens físicas na sua bolsa de mão. Caso não queira usar o QR Code.

A abracei, agradecendo.

—Iremos levar as suas malas e de Renesmee para a casa grande. Já iremos coloca-las nos carros para facilitar.

—Ok. Eu... só preciso de um minuto sozinha. – pedi. Eles assentiram e saíram.

Eu havia o bloqueado no meu celular. Não antes de ele me mandar uma última mensagem.

 

Sethie 5:47 pm

Eu te amo, Carlie. Me perdoa por ter sido tão estúpido.

 

Sethie 5:49 pm

Tudo o que eu te peço é uma chance de me explicar. Eu sei que traí sua confiança e menti, mas eu jamais teria olhos para outra mulher além de você.

 

Antes que meu coração amolecesse, bloqueei seus SMS’s e suas ligações.

Respirei fundo, tentando clarear minha mente.

Sentei em minha escrivaninha, com uma caneta em uma mão e uma folha de caderno na outra. Eu precisava deixa-lo saber de tudo. Mas num momento em que eu já estivesse longe.


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