A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 12
Imprinting (E)


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!! :))



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—O que aconteceu com ela? – meu tio estava em sofrimento ao sentir minha dor e agonia.  

—É esse o problema...  Eu não sei. – consegui dizer, engasgada.

—Essa não é uma dor normal, Alice. – meu tio falou, franzindo o cenho. – Essa dor não é dela.

—O que quer dizer, Jasper? – tio Em perguntou, sem paciência.

Seth afagava meu braço, tentando me confortar.

—É um pressentimento. Ela não está com dor.

—O que aconteceu? – ouvi Nahuel perguntar, e os braços de Seth me apertaram de leve.

—Parece que a Carlie teve um pressentimento ruim em relação à Renesmee – tia Alice agradecidamente contou.

O que será que tinha acontecido com ela?

Fui tirada dos meus pensamentos quando ouvi o celular da minha avó tocar.

—Alô?

—Alô, é Esme Cullen?

—Sim, é sim, aconteceu alguma coisa? – outra lágrima escorreu pela minha face.

—Sim, uma garota chamada Nessie Cullen sofreu um grave acidente.

Quando o homem do outro lado da linha disse isso, mais lágrimas escaparam. Era mesmo um acidente.

Minha garganta deu um nó, e meu peito se apertou. De repente eu não tinha mais ar.

—Em que hospital ela está?

Tio Jasper se esforçava para me deixar melhor, e eu sabia que isso o afetava de forma negativa também. Eu não conseguia controlar.

—Ela ainda está sendo tirada dos destroços. Já ligaram para os outros Cullen, um médico, ele está a caminho. Só que ele pediu para avisar ao resto da família.

Destroços!

Eu caí de joelhos, mas num instante estava amparada nos braços de alguém.

—Seth... – sussurrei. Achei que ele não tinha ouvido, pois nem eu ouvi minha voz.

—Chegue logo, meu amor. Não podem descobrir sobre nós, e Ness, oh, ela deve estar... Ok, vou para o hospital com eles. Cuide de nossa neta, Carlisle.

E então entendi que vó Esme falava ao telefone com o meu avô.

Ela desligou e desapareceu por um segundo. Jogou algo para tia Alice, que pegou no ar.

Eu estava muito inquieta no carro. Nem sabia como havia chegado ali.

Eu sentia tio Jazz me passar calma, só que depois de um tempo parou. Devia ter tanta angústia ao redor dele, e com a dele mesmo. Ele não conseguia lidar.

—Calma, Carlie. – tia Alice disse tentando me confortar.

—Calma? – perguntei incrédula – Minha irmã sofreu um grave acidente e você me pede calma?

Vovó acariciou meu cabelo.

—Nós já vamos chegar.

Eu deitei em seu ombro, e ele colocou o braço em volta de minha cintura. Vovó afagava minhas costas.

Nós tínhamos acabado de chegar ao hospital. Vi um doutor vindo.

—Por favor, como está Renesmee Cullen? – perguntei.

—Ela está sendo tratada pelo doutor Cullen. O acidente foi feio, tenho que confessar. Falaram que era impossível ela ter sobrevivido. – meu coração se apertou quando ele disse isso.

—E eu posso ir vê-la? – eu disse engasgada.

Jake chegava na hora que fiz a pergunta.

—Como ela está? – ele Jake, rosnando.

Olhei confusa em sua direção.

—Ela ainda está sendo tratada, então apenas o doutor Cullen saberá dizer se podem ou não vê-la.

—Ok. – sussurrei. Sabendo que meu avô estava cuidando dela já era um alívio.

—Com licença. – sorriu e saiu.

—Ness não estava com você? – indagou minha tia, confusa e principalmente furiosa.

—Não. – ele negou rapidamente com a cabeça. – Edward me ligou, querendo arrancar minha cabeça fora, mas eu disse: Ness disse que Jasper a buscaria, e ela foi para o carro sozinha.

—Ela é louca. – falei, sem acreditar. - Quando ela ficar bem, meus pais vão matá-la.

Ele tentou sorrir com o meu "quando" e não "se".

Meu celular começou a tocar.

—Alô?

—Olá, Carlie. – Sue disse do outro lado da linha.

—Oi, Sue. – a cumprimentei, olhando para Seth. – Passei aí mais cedo para ver o vovô, mas ele não estava.

Seth olhou para seu celular, e apontou em minha direção. A bateria tinha acabado.

—Ele está aqui agora, querida. Eu queria saber do meu filho.

—Ele passou o dia comigo. – sorri um pouco. – Quer falar com ele?

—Quero sim, obrigada.

Estiquei o celular para ele.

—Fale com Charlie. – pedi, e ele assentiu.

...

Não sabia que horas eram. Parecia uma eternidade, mas se mamãe e tia Rose ainda não chegaram, não tinha passado tanto tempo.

—Mamãe e tia Rose já sabem? – perguntei a tia Alice. Eu estava agoniada com Jacob andando de um lado para o outro.

—Sim. Elas estarão aqui a qualquer momento.

Assenti.

Aquele ambiente de hospital estava me sufocando, e sem ter autorização de ver minha irmã, era insuportável. Aquele cheiro de remédio, estava me deixando enjoada.

—Preciso de ar.

E saí. Senti Seth me seguir.

Suspirei pesadamente e ele me abraçou. Deixei-o me reconfortar. Um carro de repente parou ali cantando pneus.

—Carlie! – mamãe gritou, saindo apressada do carro, seguido de minha tia. – Oh, querida, como está Ness?

—Edward ou Carlisle está cuidando dela. – dei de ombros, as lágrimas finalmente caindo. Ainda tinha um maldito guarda ali perto, me obrigando a me concentrar em manter o nosso disfarce. – Nenhum dos dois apareceram. Os outros estão lá dentro.

—Charlie queria vir, mas o convenci a ficar. – Seth lhe informou. – Tem muita gente aqui já.

—Vá na frente, Rose. – ela pediu. – Obrigada, Seth. – ela o agradeceu e depois me olhou. – Meu amor, você tem que ir comer algo e descansar. – e tocou nas minhas olheiras.

—Não estou com fome. – menti e ela percebeu.

—Sério, vou procurar por Edward ou Carlisle, e assim que tiver notícias, te ligo.

—Primeiro: eu não saio daqui enquanto não falar com a minha irmã. Segundo: eu não saio daqui enquanto não falar com a minha irmã. Terceiro: estou sem fome. Quarto e último: eu não saio daqui enquanto não falar com a minha irmã.

—Você vai sim comer alguma coisa. Seth, por favor? – e lhe ofereceu as chaves da BMW.

—Levo ela, Bella. – pegou-as. Tenho certeza de que se fosse outra circunstância, ele ia pular de alegria por dirigi-lo.

—Ótimo. – ela lhe entregou chaves. Deu um beijo na minha testa e se foi.

Eu estava descrente.

—Vamos? – ele perguntou me puxando pela cintura levemente e parou quando percebeu que eu não iria sair dali – Ahh, Carlie, por favor?!

—Eu não estou com fome. – insisti sacudindo meu corpo.

—Está sim.

—Não estou. – eu já estava choramingando.

—Eu vou ser obrigado a te levar a força. – ele ameaçou.

Eu não me importei, só mudei meu peso para a perna direita. Ele me pegou desprevenida quando me agarrou pela cintura e me jogou por cima do ombro.

—Seth! – eu disse indignada. Ele só riu. Suspirei exausta e cruzei novamente meus braços em suas costas. Ele andou comigo até o carro e me colocou no chão. Abriu a porta pra mim e eu fiquei parada.

—Carlie, você tem que comer alguma coisa. – ele insistiu. – Você só caçou a tarde, meu anjo. Seus pais te acostumaram com comida humana.

—Mas eu n... – ele interrompeu meu protesto colocando os dedos em meus lábios.

—Está sim. – ele abaixou meus ombros me fazendo entrar no carro. Abri minha boca incrédula enquanto ele contornava o carro e colocava o meu cinto de segurança e depois o dele. – Você quer ir aonde?

—Eu não estou com ânimo para restaurante ou coisa do tipo, poderia me levar para casa? – me rendi.

—Está bem.

Ficamos uns minutos em silêncio. Coloquei meu celular para carregar no painel do carro.

—Você também deve estar com fome, né?

—Há! – ele sorriu – Está admitindo que você está com fome!

—Eu não es... – eu ia protestar, mas que eu já estava a caminho de casa mesmo, que diferença ia fazer? – Está bem, eu estou sim. E você?

—Um pouco. – ele deu de ombros.

Encostei a cabeça no banco e fiquei pensando, torcendo para que Renesmee estivesse bem. Alguém já teria avisado se algo de ruim tivesse acontecido.

Fiquei mexendo nos meus cabelos. Chegamos lá bem rápido. Saímos do carro e entramos em casa. Fiquei surpresa ao ver tio Emm falando ao celular.

—Não, eles acabaram de chegar aqui. Não deixem de dar notícias. – e desligou. – Minhoquinha.

E me abraçou.

—Como chegou aqui?

—Decidimos não te deixar só, e me ofereci para vir. Sou mais rápido que a BMW. – piscou para mim. Tentei sorrir, mas não consegui. – Ela está bem. – falou. Em sua voz não havia promessa, e sim certeza. Isso me aliviou. - Psicologicamente já não sei, pois ela vai levar uma bronca daquelas.

—Sim, ela vai. – suspirei.

—Vocês estão com fome?

—Um pouco. – respondemos Seth e eu juntos.

—Sentem que eu vou preparar algo pra vocês comerem. – ele disse indo pra cozinha enquanto Seth e eu nos sentávamos perplexos. Tio Emm na cozinha? Não pode ser.

Eu deitei minha cabeça em seu colo e coloquei o resto do meu corpo no sofá.

—Vai ficar tudo bem. – ele lembrou, acariciando meu rosto, e eu sorri de verdade. Suas mãos faziam um belo cafuné em meu cabelo. Suspirei novamente.

—Você realmente acha? – engasguei enquanto uma lágrima escapava no canto dos meus olhos.

—Acho. – ele sussurrou enquanto as limpava. – Você e sua irmã são especiais. Não é qualquer coisa que derruba vocês.

Puxei sua mão para o meu rosto, respirando seu cheiro.

—O que querem comer? – tio Emm colocou a cabeça na sala. – Tem tanta coisa nessa cozinha.

—Hambúrguer. – respondemos juntos.

Depois de um tempo, ele veio com uma bacia que tinha inúmeros lanches, dois copos e uma jarra de suco. Levantei-me rapidamente para ajudá-lo.

—Obrigado. – falamos juntos. Rimos. Depois ele continuou. – Vou ligar para Rose, deve estar um tumulto por causa da minhoquinha.

—Ok, avise a Nahuel. – acrescentei.

Ele assentiu e foi para cima. Começamos a comer, e puxa! Estava uma delícia. Percebi meu notebook ali, e revirei os olhos. Era obra de Renesmee. Ela adorava mexer nas minhas coisas quando as suas estavam a mais de trinta centímetros de seu alcance. Levantei e o peguei.

Olhei minha caixa de email e tinha um. Era outro da Mendy. Vi que Seth estava espiando.

"Oi, Carlie. Bom, eu estava pensando que nós podíamos combinar de se encontrar. Devíamos parar de apenas combinar, não acha? Haha.".

—Amiga do Brasil?

Virei o rosto para ele, achando graça em sua cara de pau.

—Eu a conheci na rua, aqui em Forks. Bisbilhoteiro.

"Oi, Mendy. Bem que podíamos mesmo se encontrar, mas agora não está dando mesmo. Estou com uns problemas pessoais, e estou sem tempo. O que importa é tentar, certo? E vamos tentando até dar de se encontrar.".

Quando acabei, passei a mão direita espontaneamente pelo meu ombro esquerdo, e fiquei surpresa quando doeu.

—Au. – exclamei massageando a parte.

—O que foi? – Seth estava preocupado.

—Nada não, só meu ombro que está doendo um pouco. – fiz uma careta com a dor. Devia ser a tensão.

—Vem cá, você está tensa. – ele me virou de costas e começou a massagear – Aqui?

—Aham. – murmurei. Ele massageava suavemente, o que era bom. Suas mãos eram quentes e macias, o que era melhor. Faziam movimentos leves e circulantes.

—Pronto? – ele sussurrou no meu ouvido quando acabou.

—Aham. – repeti. Ele riu quando eu desabei em seu peito. Eu devia mesmo estar cansada.

—Durma um pouco. – ele disse, me envolvendo em seus braços.

—Nem pensar. – quando ele falou isso, me levantei rapidamente, tentando parecer mais acordada.

—Sei que você está cansada. – assim que sua acusação saiu de sua boca, eu não consegui segurar um bocejo enorme.

—Não vou dormir. – insisti.

—Tão teimosa. – ele balançou a cabeça. Eu fiquei aproveitando o momento com ele já que minha mãe iria me matar se eu aparecesse no hospital agora.

PDV Seth.

Depois desse dia maluco, Carlie e eu estávamos assistindo a televisão. Passava um filme de comédia qualquer.

Seu cabelo quase em meu rosto, seu cheiro me deixava extasiado. E de repente olhei para suas mãos. Não tinham um anel. Pior ainda, eu não a havia pedido em namoro. Quero dizer, ela me chamou de namorado mais cedo, porém eu poderia pedir oficialmente. Me sentiria mais seguro com a nossa união.

—O que foi? – ela deve ter percebido que eu não estava prestando atenção na televisão. – Parece distraído.

—Nada não. – eu sorri pra ela e fingi prestar atenção na televisão. Minha coragem se esvaiu. Nunca iria revelar meus pensamentos patéticos.

—Agora quem não me engana é você. – ela se sentou. Suspirei. Será?

—Eu... Estava pensando em umas coisas...

—Que coisas? – ela perguntou quando eu hesitei.

Balancei a cabeça franzindo os lábios. Ela iria rir de mim.

—Pode falar qualquer coisa comigo. – ela chegou mais perto de mim com um sorriso de confiança.

—Eu estava pensando...

—No que?

—Quer namorar comigo? – soltei de uma vez e ouvi seu coração vacilar e depois acelerar. Droga, ela não iria aceitar.

Fiquei apreensivo.

—Quero. – ela disse quase engasgada e eu não pude me segurar, beijei-a. Ela sorriu contra os meus lábios e correspondeu ao beijo de forma delicada, como se estivesse tímida pelo o que pedi, pelo o que oficialmente éramos.

—Eu te amo. – ela murmurou quando nos separamos do beijo e eu sorri. Era música para os meus ouvidos.

—Eu também te amo, muito. – ela sorriu e me abraçou suspirando.

—Eu sinceramente achei que "nós" nunca fosse acontecer. – ela murmurou em meu pescoço.

—Você o que? Você gostava de mim há quanto tempo? – eu estava surpreso.

Ela corou violentamente. Parecia um pimentão.

—Desde que voltamos da ilha... – ela hesitante, conforme seu rosto ia ficando mais corado.

—Jura? – eu sorri e ela ficou muito constrangida. Dei um beijo em sua bochecha. – Não precisa ficar assim, meu amor. Eu sempre te amei como uma irmã, e esse sentimento agora se transformou em amor.

Em resposta, ela sorriu e me deu um selinho demorado. Acariciei seu rosto.

Imprinting é uma coisa maravilhosa.

Ela me olhou confusa.

—O que? – questionei.

—Im, o que? Imprinting? O que é isso?

—Q-que? – gaguejei, desnorteado. Eu pensei alto demais? – Está usando seu dom em mim?

—Não, você falou em voz alta "Imprinting é uma coisa maravilhosa", o que quis dizer?

—N-nada. – ótima hora para gaguejar.

—Seth. – ela disse um pouco alto como um aviso.

—É meio complicado. – tentei me esquivar e ela percebeu isso.

—Seth, ou você me explica ou eu nunca mais falo com você. – ela ameaçou e eu fiquei desesperado.

—Olha, é melhor esperar seu pai chegar, vai ser melhor com ele aqui. – falei, torcendo para que ela aceitasse. – Tudo bem?

Ela hesitou, provavelmente pensando se valia a pena ceder.

—Tudo bem. – ela disse derrotada.

Ela não se deu por satisfeita, apesar disso. Cruzou seus braços e encostou-se ao sofá, sem nem me dar a menor atenção. Ótimo, chegamos nem a cinco minutos de namoro e já consigo estragar tudo. O pior! Edward e Bella iriam me matar. Já levaram elas para longe de Jake e eu para que elas fossem capazes de tomarem suas próprias decisões.

Droga, mas o que eu podia falar para ela agora? "Quando você era pequena, sofri imprinting por você e sempre te amei, e agora estou apaixonado por você"? Que perfeita explicação.

Afundei pensativo no local do sofá que eu estava. Ouvi-a soltar um suspiro exasperado. Fiquei assistindo televisão com ela. Sem seu corpo perto do meu. Argh. Maldita hora para falar do imprinting!

PDV Carlie.

Se tenho um defeito que odeio admitir, e odeio em si, é a curiosidade. E isso vindo do meu namorado não é algo legal. Curiosidade gera desconfiança, e não estou disposta a deixar isso crescer em mim. Mas ele também tem que ajudar. O que raios é imprinting? Será que é coisa de lobo? E eu achando que sabia tudo sobre meu lobo preferido.

—Carlie... – ele tentou chegar mais perto e eu fui deixando. Não consegui ficar quando ele estava bem perto de mim. Bufei e me levantei, indo em direção a cozinha, o deixando sozinho. Eu sabia que isso era infantil, só que estava chateada.

Como eu pensei, ele estava atrás de mim.

Abri a geladeira, procurando algo para beliscar.

—Carlie, - ele implorou – não fica brava comigo, por favor.

Eu não disse nada e continuei virada de costas para ele

—Eu juro que eu vou contar...

—Então porque não conta agora? – o interrompi, fechando a geladeira e ficando de frente para ele.

—Se você quiser que seu pai me mate, eu até poderia. – fechei a cara pra ele, apesar de ter visto a sinceridade de suas palavras em seus olhos. – Por favor, não fica brava comigo, vai? Eu juro que te contaria agora se não fosse algo tão complicado. Eu não suporto que você fique assim comigo.

—Seth, você está me matando de curiosidade...

—Eu sei, docinho, e por incrível que pareça, eu estou apreensivo.

—Apreensivo por quê?

Ele deu de ombros.

—Por causa do impri... – se interrompeu novamente. Parecia ser difícil para ele.

—É imprinting, né? É coisa de lobo? O que significa isso?

Ele franziu os lábios, e eu sabia que não teria respostas assim.

—Só me responde as duas primeiras, elas você pode responder. – insisti.

—Ok. É imprinting, e é coisa de lobo.

—E o que significa? – perguntei meio hesitante sabendo que não iria obter essa resposta.

—Quando seu pai chegar – ele encerrou o assunto por enquanto. Ele pousou sua mão quente levemente em meu rosto e foi se aproximando aos poucos hesitante, olhando meus lábios e meus olhos para ver minha reação. Eu o deixei encostar seus lábios macios e quentes que eu tanto amava nos meus. Eu sorri um pouco contra seus lábios e ele suspirou aliviado. Não resisti e coloquei os braços ao redor de seu pescoço. Ele colocou as mãos em minha cintura.

Eu estava com raiva de mim por não conseguir ficar com raiva dele por muito tempo.

Me afastei de repente e odiei ver um pouco de dor em seu rosto.

—Eu só vou me trocar. – me expliquei rapidamente. – Não estou afim de ficar com essa roupa.

—Ahh. – sua face se tornou aliviada e compreensiva. Dei um beijo bem caloroso nele. Sempre quando eu o beijava me lembrava do nosso primeiro beijo, eram todos tão iguais, porém diferentes. Com cada vez mais, muito mais amor, carinho e desejo.

—Vamos lá, minhoquinha. – tio Emmett apareceu de repente, me puxando de Seth. – Nessie já está em apuros, quer que fiquemos também? Estou de babá, facilite meu trabalho.

Ri dele. Meu pai com certeza não tinha deixado passar que eu estaria sozinha com Seth.

—Claro, tio. – dei um tapinha em seu ombro.

Dei mais um selinho no meu namorado antes de subir as escadas e o deixar na sala.

Coloquei um short, uma regata e um chinelo. Tia Alice poderia surtar em qualquer dia, entretanto minhas esperanças estavam altas de que ela não ligaria para isso, considerando Ness. Dei só uma ajeitada no meu cabelo, checando se as presilhas ainda estavam ali. Tudo ok.

Desci as escadas para me encontrar com o Seth no sofá.

—Alguém já ligou do hospital? – perguntei enquanto me sentava.

—Não.

Soltei um bocejo enorme. Tio Emm desceu as escadas.

—Oi, minhoquinha, ei, lobo. Nahuel ligou e pediu para avisar quando fôssemos ver Ness. Ele está perto do rio. Rose disse que Bella ainda não voltou do quarto, e nem Edward. Eu desconfio muito que ela esteja levando a maior bronca da vida dela.

—Não está tentando me distrair, está? – perguntei, com medo da resposta.

—É claro que não, Carlie. – ele prometeu. Sua expressão estava suave, e me apeguei a isso.

—Vem cá, senta com a gente. – ofereci, fazendo Seth ficar em uma ponta, eu no meio, deixando livre para ele sentar do meu outro lado.

Ao invés de fazer isso, se espremeu entre meu namorado e eu, forçando para se encaixar. Me empurrou com o quadril, ficando longe de Seth, e colocou o braço em meus ombros. Seu sorriso contra a minha cara fechada deixava claro que não estava nem aí sobre sua intromissão.

—Ela vai ficar bem. – segurou meu rosto e beijou minha testa.

—Eu sei. – sussurrei.

Soltei outro bocejo, exatamente na hora em que meu celular tocou.

—Alô? – eu esperava que fosse a minha mãe, já que esqueci de verificar quem era. Estava angustiada por notícias da Renesmee.

—Oi, querida. – era ela mesmo. Senti meu coração acelerar, ao mesmo tempo de um aperto forte no peito que deixou lágrimas escaparem e eu ficar sem ar. – Tenho notícias. – suspirou.

Olhei para meu tio, que também estava assustado.


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