A Irmã De Renesmee 1ª e 2ª temp- Fanfic em revisão escrita por Karina Lima


Capítulo 10
Vazio (E)




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PDV Seth.

Esses dias sem ver Carlie foram os mais angustiantes, dolorosos, miseráveis, tempo solitário. Eu nunca me senti tão... Vazio.

Passei realmente um bocado de tempo na floresta perto da minha casa com as patrulhas que Jake me dava, eu fazia extras. Eu estava atormentado por sonhos dela chorando, me falando que nunca mais teria permissão para falar comigo novamente. Sempre depois desses sonhos, eu acordava para ver as lágrimas escorrendo pela minha face.

Como será que ela vai reagir quando me ver novamente? Provavelmente em anos. Estará ela apaixonada por outro? Será que depois daquele beijo eu nunca mais a teria? Fiquei tenso e meu coração afundou com essa possibilidade. Mas o jeito que ela ficou no beijo, simplesmente se entregou a aquele momento. Não tem como isso passar, nem com a distância

Eu não podia acreditar no quanto injusto seu pai estava sendo. Meses, e o castigo dela só iria acabar quando eles se mudassem. Se eu ao menos ligasse para ouvir sua voz outra vez, ver como ela estava...

Não e não. O celular era de Alice. E não seria eu a incomodá-la. Em sua casa, resultaria apenas em Edward desligar na minha cara. Ainda por cima não vai ser nada agradável para eu ficar ligando na casa dele para falar com a filha dele, a filha que eu beijei e que está de castigo.

Me revirei na cama. Depois das minhas refeições, eu não fazia mais nada. Mamãe, Charlie e Leah pararam de vir me perguntar se eu estava bem ou se eu precisava de algo. Agradeci por isso.

O castigo que eu mesmo podia ser punido. Ela mentiu que foi ela que me beijou só para poder me livrar de uma enrascada. E as palavras de Edward. Carlie usou seu dom em mim para eu não pensar no nosso beijo e a desmentir.

Eu não vejo a hora de vê-la de novo, de segura-la em meus braços, puxá-la contra meu peito, colocar seu rosto a centímetros do meu... Sentir sua respiração na minha boca, encostar meus lábios nos seus...

Sua pele tão delicada e macia debaixo dos meus dedos.

Acordei do meu transe quando ouvi batidas na porta.

—Seth? – disse minha mãe colocando a cabeça para dentro do quarto.

—Entra, mãe. – eu disse me sentando. Esperava que não fosse mais uma frase de preocupação.

—Temos uma surpresa pra você. – ela disse entrando com Charlie atrás, escondendo alguma coisa grande.

—O que?

Charlie tirou de suas costas, ao que parecia, uma capa de violão, que, provavelmente teria um lá dentro.

—Para mim? – eu perguntei animado enquanto ele o trazia até minha cama, me entregando.

—Sim, filho. – disse minha mãe – Sempre foi seu sonho ter um, e eu pensei que estava na hora de te dar. – eu a abracei.

—Valeu, mãe, Charlie. – quando eu tirei lá de dentro, era preto simples.

—Bom, vamos deixá-lo sozinho. – ela saiu com Charlie.

Passei os dedos em cada corda. Estava tudo afinado. Que bom que minhas aulas de violão no passado não foram à toa.

Toquei os acordes de uma música que eu conhecia. Carlie em minha mente o tempo todo.

PDV Carlie.

Não tem como serem pior esses dias. Ness se ofereceu para ficar comigo, e eu insisti que ela precisava ver Jacob e o bando o suficiente antes de irmos. Além do mais, quando vovô e Sue nos visitavam, ela também estava com Jake aqui.

Ela não precisava sofrer comigo. Eu estava horrível. Não, horrível é muito delicado, e eu sinceramente não sei como descrever.

Meu quarto era meu refúgio. Eu estava me distraindo vendo meu álbum de fotos quando eu era pequena. Eu vi uma foto que me chamou a atenção.

Era uma foto foi quando meu pai brincou de fotógrafo comigo. Foi um dia muito legal, ele mesmo que escolheu essa roupa. Ficou demais. Ele tirou várias fotos fora essa. Foram várias poses.

Ele arrumou mais ou menos meu cabelo, porque ficou tudo bagunçado. Nós rimos muito nesse dia. Dei um sorriso tristonho com essa lembrança.

E parei em uma que ele fazia uma careta. Ri. Esse dia era claro como se tivesse acabado de acontecer.

"Flash Back on".

—Faz uma cara bem séria – ele disse com a câmera pronta para o flash. Eu coloquei meu cabelo de lado e o olhei bem séria, só que estava muito difícil de ficar assim, porque tínhamos acabado de rir e como eu ir ficar séria? Ele bateu a foto e eu comecei a rir de novo. Ele também riu e balançou a cabeça – eu não fiz nada desta vez, fiz? – ele disse ainda com um sorriso. Ele tinha colocado a câmera ao contrário e tirado foto dele mesmo. O fato de ter feito de propósito para me fazer rir não tirou a graça.

—Acho que não. – estava cada vez mais difícil de segurar o riso. – Vamos, agora vou tirar uma foto sua. – eu peguei a câmera de suas mãos. – Faz uma careta bem engraçada.

Ele torceu o nariz, ainda sorrindo. Bati a foto e ri de novo. Ele sorriu. Nessie entrou na varanda.

—O que vocês estão fazendo?

—Uma sessão de fotos. Quer participar?

—Uhum. – ela sorriu.

—Faz uma careta. – meu pai disse pegando a câmera da minha mão. Ela abriu a boca e colocou a língua pra fora, numa careta hilária. Depois que meu pai bateu a foto, começamos a rir. Momentos depois, minha mãe também entrou na brincadeira, ela fez uma careta bem legal, ela ficou estrábica sorrindo. Essa tarde foi de risos e mais fotos. Depois fizemos um álbum com elas.

 

"Flash Back Off".

Guardei o álbum debaixo da cama, que era onde ficava minha caixa com meus pertences. Claro que o meu diário ficava debaixo do meu travesseiro. Antes ele ficava na minha escrivaninha. Por que não fica mais? Simples. Em uma visita deles para a Ilha da mamãe no nosso aniversário, e eu me esqueci de deixar a porta do meu quarto fechado. Meu tio Emmett achou-o leu meu diário. Meu pai me deu a maior bronca porque, graças ao tio Emmett, ele descobriu que quebrei sem querer o som.

Suspirei. As coisas já foram melhores. Sem castigos, sem magoas... Só diversão. Mas o tempo passa e algumas coisas mudam, mudando também meus sentimentos pelo Seth. Ele era tão lindo, tão encantador e gentil. Aqueles olhos castanhos, aqueles lábios hipnotizantes, aquele sorriso torto me deixavam com as pernas bambas.

Empurrei esses pensamentos para lá e peguei meu notebook. Olhei minha caixa de e-mails. Tinha só um da... Ai, meu Deus, não brinca! Era da minha amiga Mendy Roudyn.

Eu esbarrei nela esses dias na rua. Eu tinha me esquecido dela. Ela me mandou um e-mail. Abri e li.

"Oi, Carlie! Estou mandando para não perder contato. Quero te conhecer melhor, realmente gostei de você.

Beijos"

—Caramba, como eu pude esquecer. – eu disse pra mim mesma.

Resolvi responder.

"Hey, Mendy. Que bom que resolveu mandar. Eu estou com uns problemas pessoais, não lembrava de nada. Eu também gostei de você. Nós podíamos marcar um dia de nos encontrarmos. Beijos"

 

Decidi sair para comer algo. Fui até tia Alice e perguntei como o tempo estaria. Nublado o dia inteiro. Perfeito. Chamei meu tio loiro para me acompanhar. Fomos em sua Ducati.

Peguei o sorvete que pedi, e ao me virar para voltar para o banco onde ele me esperava, esbarrei em alguém. Mas não foi um esbarro comum, porque ele parecia pedra como um vampiro, então caí. E lá se vai minha sobremesa...

—Me desculpe. – ele me ajudou a levantar.

—Você não olha para onde anda não? – falei brava olhando realmente pra ele. Ele era bem bonito, do tipo de beleza da minha família.

—Me desculpe, – ele repetiu – eu estava distraído.

—Tanto faz.

Quando me virei pra ir comprar outro, - eu nem tinha comido o meu - ele me segurou pelo braço e me virou de novo.

—Você não é humana. – ele apontou.

—Do que você está falando? – perguntei nervosa.

—Seu coração bate mais rápido do que um humano, e sua temperatura também não é normal – engoli seco. – A não ser que tenha séria crise de ansiedade.

—Nem você. Sua pele é dura e você é frio – pronto, mas porque eu já tinha falado o que eu era pra um vampiro que eu nem conhecia?

—Sou um vampiro e você? – ele me soltou.

—Sou mestiça. – olhei ao redor e não tinha muita gente, pelo menos não dava pra ninguém ouvir. Ele levantou a sobrancelha como se não tivesse entendido. – Meio humana e meio vampira.

—Isso explica tudo. – dei de ombros.

—Carlie?

Tio Jasper estava num instante ao meu lado. Encarou o vampiro com um olhar frio.

—Encontrei ele por acaso. – relatei, agora estranhando que ele disse que estava distraído. Um vampiro?

—Entendi. – colocou o braço ao meu redor, e eu o encarei, confusa. – Agora não temos nada a dizer, certo?

—Relaxe, loiro. – o desconhecido riu, e tio Jazz enrijeceu. – Não estou tentando drenar seu sangue.

Estremeci, o que tentei disfarçar encolhendo os ombros.

—Vamos. Seus pais te querem em casa.

O segui sem protestar.

—Algo errado, tio?

—Ele tem as emoções confusas. Parecia tenso, e com sede, mas controlado. E... tinha raiva guardada. Me surpreendi.

—Precisamos chamar alguém? – sussurrei, enquanto ele colocava o capacete em mim.

—Não. Está sob controle. Mas vamos voltar. Quero informar para os outros sobre o novo visitante.

Durante a viagem de volta, eu lembrei de Seth. Do nosso primeiro beijo. De como nossos sentimentos e emoções se misturam, porém eram iguais naquele momento. Quando nossos lábios se encontraram eu senti novas sensações maravilhosas. Nossos olhos pareciam que viam a alma um do outro. Parecia tudo tão certo.

—Você está bem, Carlie?

—Vou ficar. – menti, e ele percebeu. – Não se preocupe. De verdade.

...

Quando chegamos, cumprimentei minha família, e fui para a floresta do meu quarto. Subi alto em uma árvore, e me firmei em um galho, olhando para o nada. Era bom sentir um pouco de vento no meu rosto, sozinha.

Queria ouvir sua voz. Ver se ele estava bem.

—Carlie? – ouvi alguém me chamando.

—Vovô? – perguntei me virando para o lugar onde a voz saiu.

—Oi, minha netinha. – ele sorriu e eu retribuí descendo o mais rápido possível.

—Vovô. – dessa vez eu gritei. Corri até ele, o abraçando. Ele nem perdeu o equilíbrio quando meu corpo se colidiu com o dele. Me abraçou forte. – Achei que ia sair mais tarde do hospital hoje.

—Também achei. Mas o que você está fazendo aqui? E sozinha? – Ele me soltou.

Suspirei.

—Nada demais, só pensando na vida. Ela anda conspirando muito contra mim.

—E você quer me contar alguma coisa? – os seus olhos eram de compreensão, e eu vi meu avô ali. O homem que teria mais compreensão do que qualquer um.

Suspirei novamente.

—Estou apaixonada. – soltei de uma vez olhando para o chão.

—Então isso se tornou mais profundo? – quase pude ouvir o sorriso em seu rosto. Deus, era tão mais fácil falar sobre isso com ele.

—Sim. – cocei minha cabeça nervosa.

—Sério? – eu balancei a cabeça sem levantá-la. – Isso é muito bom, ele é um rapaz muito bom.

Eu sorri para ele. Ele levou isso muito mais a sério do que meu pai.

—Que bom que você não ficou bravo.

—Como poderia? Você é uma neta maravilhosa. É impossível ficar bravo com você.

—Queria que não fosse o único a pensar assim.

—Olha. – ele levantou meu queixo me fazendo olhar em seus olhos castanhos dourados. – Edward é muito ciumento. Pode acreditar, eu sei como ele é. Mas, seja o que seu pai tiver feito, ele vai se arrepender e se desculpar.

Eu sorri e o abracei mais uma vez. Era muito bom ter alguém que me entendia. Na verdade, todos me entendiam, só meu pai que não. Ele quase arrancou a cabeça do Seth.

—Então, o que acha se fizermos alguma coisa?

—Videogame! – gritei, animada. – Quero te testar no novo de corrida.

—Eu não sou ruim nesse jogo não. Emmett já me fez jogar. – sorriu orgulhoso, arrumando seu lindo e impecável cabelo loiro para trás.

—Vamos ver se é tudo isso. – tirei sarro, e saí correndo rindo.

Ele me pegou no colo antes mesmo de eu dar cinco passos, e voou até a sala comigo.

Depois Nessie chegou com Jake, e fizemos duplas.

Mais tarde fui pra casa, quando o cansaço me rendeu. Nessie decidiu ficar. E então vovô me levou até a porta.

Ficou conversando com meus pais, e eu me retirei.

Eu realmente sinto falta de Seth. Sua companhia estava sendo maravilhosa, e eu nem sei em quanto tempo o verei novamente.


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