Primeiro beijo...? escrita por MariCross


Capítulo 1
Uma proposta interessante


Notas iniciais do capítulo

Yo! Que felicidade, estou postando de novo! Só alegria, só alegria! Espero que vocês achem tão divertido de ler quanto eu achei de escrever, apreciem bem a leitura. Minhas últimas fanfics eram um pouco dark e eu quis sair um pouco dessa linha. Então apreciem esta história e boa leitura!



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Kise piscou várias vezes incrédulo.

O que você disse, Kurokocchi?

O menor o encarou sem entender o porque de todo aquele questionário que Kise o fazia desde que chegou e repetiu a sua resposta a uma das perguntas do loiro.

Eu nunca beijei ninguém, Kise-kun.

O celular de Akashi vibrou e ele encarou o aparelho com um olhar entediado. Na tela, avisava que recebeu uma mensagem. Sem muita paciência, viu de quem era a mensagem e suspirou pesadamente ao ver o nome “Kise Ryouta” como remetente.

Abriu a mensagem e a medida que ia lendo, sua curiosidade ia aumentando.

“Akashicchi, eu descobri algo muito interessante sobre o Kurokocchi”.

Akashi sorriu de forma maliciosa: Tudo que dizia a respeito de Tetsuya sempre chamava a sua atenção de maneira singular.

“O que você descobriu, Ryouta?” ele respondeu sem muitas delongas e ficou (im)pacientemente esperando pela resposta do loiro. A resposta parecia que nunca chegava e Akashi já estava começando a imaginar como se vingar por essa demora quando seu celular finalmente vibrou revelando a resposta.

Calmamente, o ruivo leu a resposta do loiro e, ao terminar, seu sorriso malicioso se alargou.

– Interessante...

“Tenho algo a propor sobre isso, Ryouta...” ele enviou a mensagem.

Aomine encarava as mensagens de Kise por um tempo, sem saber o que dizer. Não sabia se deveria nem levar a sério porque era algo vindo daquele loiro desmiolado, mas quando o nome de Akashi estava envolvido a história era outra.

A primeira dizia “Aominecchi, você não acredita o que eu acabei de descobrir! …O Kurokocchi nunca beijou ninguém!”. Com isso, o moreno pensou que não era problema dele. Aí veio a segunda mensagem.

“Eu e o Akashicchi vamos competir pelo primeiro beijo dele!”.

Tá, agora sim era problema dele. Quem aqueles dois pensavam que eram para competir pelo primeiro beijo do SEU Tetsu?! Aomine respondeu ferozmente, mas tentou não deixar sua raiva transparecer.

“Nem pense em tentar alguma coisa com o Tetsu, seu maníaco.”

O celular logo vibrou de novo com a resposta de Kise: “Aominecchi está com ciúmes porque o primeiro beijo do Kurokocchi vai ser meu!”. Daiki quase jogou o celular pela janela do quarto quando leu aquilo.

“Sinto muito, Kise. Mas o primeiro beijo do Tetsu vai ser meu! Você e o Akashi podem se preparar, porque eu acabei de entrar nesse jogo.”

Enviada a mensagem, os olhos de Aomine Daiki agora ferviam com o entusiasmo.

“Ne, ne, Midorimacchi! Eu tenho uma novidade!”

“Não me interessa.”

“Mas você vai gostar!”

“Morra, Kise.”

“É sobre o Kurokocchi.”

Midorima suspirou pesadamente. Enquanto ele não deixasse o ruivo falar, ele simplesmente não iria para de enviar mensagens para o seu celular. E como o assunto era sobre o menino fantasma, por quem ele tinha uma certa “queda”, resolveu dar uma chance para o loiro.

“Diga logo, maldito.” ele respondeu já sentindo arrependimento de ter estimulado Kise.

“O Kurokocchi nunca beijou ninguém e eu, o Akashicchi e o Aominecchi estamos competindo pelo primeiro beijo dele!”.

O garoto quase deixou o celular cair quando soube que Kuroko nunca foi beijado e quase quebrou o aparelho quando soube que tinham pessoas competindo por algo que ele tanto desejava. Sentiu o celular vibrando e viu que Kise mandara outra mensagem.

“Ne, ne, Midorimacchi! Quem você acha que vai vencer? (Diz que eu vou vencer! Diz! Diz!)”.

Tudo bem, agora ele queria eliminar aquele loiro irritante da face da terra.

“Eu vou vencer, Kise. Acabei de entrar nessa competição.” ele respondeu e olhou para o seu item da sorte daquele dia: uma moedeira em forma de sapo.

– Eu tenho a sorte ao meu lado, então o primeiro beijo dele será meu. - Disse confiante.

“Dai-chan! É verdade o que eu ouvi do Ki-chan?!”

Outra vez, Aomine olhava para o celular com certa impaciência. Já estava se preparando psicologicamente para a competição e para beijar o SEU Tetsu, quando a rosada mandou a mensagem.

“O que você ouviu dele, Satsuki? Eu não sou vidente.”

“Tetsu-kun nunca beijou ninguém!”

“É o que parece.” o moreno respondeu sem muita vontade.

“O Ki-chan quer roubar o primeiro beijo do MEU Tetsu-kun, Dai-chan!”

Aomine franziu o cenho ao ler aquilo. Quem ela achava que era para chamar a propriedade dele de sua? Satsuki não sabia com quem estava se metendo...

“Oe, e quem disse que ele é seu?”

“Ele pode não ser meu, mas o primeiro beijo dele será! Vou competir por ele contra o Kise-kun! Me dê forças e torça por mim, Dai-chan!”.

Suspirou pesadamente e revirou os olhos. Mas uma para a concorrência.

Murasakibara se deliciava com os últimos pockys da caixa quando viu seu celular vibrando, avisando que chegou uma nova mensagem. Surpreendeu-se com o remetente.

– Aka-chin?

“Estaria interessado em um pequeno jogo, Atsushi?”

O gigante foi pego de surpresa. Era raro Akashi mandar mensagens para qualquer pessoa, ainda mais chamá-la para jogar alguma. Isso certamente despertou sua curiosidade, o que também era muito raro de acontecer.

“Depende de que jogo, Aka-chin.”

Esperou um pouco e logo a resposta veio: “Um jogo por um sabor único que só a boca virgem do Tetsuya poderia proporcionar.”

Por um segundo, Atsushi ficou imaginando esse “sabor único” que aquela criatura pequena e fofa poderia proporcionar. O quão doce aquilo seria?

Largou o chocolate de lado e se deliciando ao sonhar com o gosto dos lábios do seu Kuro-chin.

“Estou interessado, Aka-chin.”

– Então, chamei vocês aqui porque quero estabelecer algumas regras.

Numa mesa mais afastada em um fast-food qualquer, estavam todos os membros da famosa Geração dos Milagres, ex-integrantes do time de basquete da Teiko Middle School. O clima estava um pouco intenso entre eles: era quase como se estivesse numa competição de basquete e não numa competição por um beijo de Kuroko Tetsuya (e quem sabe outras coisas a mais...).

– Regras? – Kise pareceu confuso por algum momento – Isso é mesmo necessário?

– Claro que é, Ryouta. Até porque é por outra pessoa que estamos competindo e não queremos deixá-lo em situações ruins. – O ruivo disse aquilo calmamente.

– Aka-chin tem razão... Kuro-chin poderia ficar irritado em algumas situações... – O mais alto entre eles falou parecendo um pouco entediado enquanto colocava um doce qualquer na boca.

– Onde está a Momoicchi, Aominecchi? – O loiro disse indagou, procurando pelos cabelos rosa no restaurante sem nenhum sucesso.

– Não avisei para ela dessa “reunião”. Quanto menos concorrência melhor. – Aomine revirou os olhos. Ele também não queria competir com sua amiga de infância por um beijo de outro cara porque era definitivamente estranho. O moreno logo mostrou seu sorriso malicioso para Kise – Mas não importa. Com ou sem concorrência, o primeiro beijo do Tetsu vai ser meu.

– Eeeh?! Nada disso, Aominecchi! Com certeza o primeiro beijo dele vai ser meu! – O loiro retrucou como uma criança.

– Sinto muito em desapontá-los, mas a sorte sempre está do meu lado. – Midorima se meteu no meio da conversa enquanto ajeitava seus óculos – Por isso, o destino já está traçado e o primeiro beijo dele será meu.

– Não fale besteiras, Shintarou. Com certeza Tetsuya gostaria de ser beijado por mim primeiro, então o seu destino não irá afetar no que vai realmente acontecer. – O ruivo sorriu ironicamente para o menino de cabelos verdes.

– Ah, eu quero experimentar o Kuro-chin...

– Hunf, quando ele experimentar o meu beijo ele nunca mais vai querer outro, Murasakibara! – Aomine esbravejou mostrando seu orgulho.

A discussão rolava solta de quem ia ganhar e as regras a serem discutidas acabaram não sendo lembradas. Era cada um por si utilizando as armas que tinham, nem que tivessem que jogar sujo.

– Oe, o que vocês estão falando do Kuroko? – Uma voz que não estava no círculo de discussão se apresentou e todos olhavam para o seu dono agora.

A primeira coisa que viram foi uma pilha enorme de hamburgers na bandeja que o dono da voz segurava. Só depois notaram que o ruivo dos hamburgers era um conhecido deles.

– Kagamicchi! O que faz por aqui? – Kise foi o primeiro a se pronunciar. Quase perguntou também quantas pessoas ele pretendia alimentar com aquilo tudo, mas preferiu ficar quieto.

– Pare de me chamar assim, Kise bastardo. E eu estou só lanchando. Mas o mais importante é o que raios VOCÊS estão fazendo aqui conversando sobre o MEU parceiro? – O ruivo alto esbravejou.

– Seu parceiro temporário, Bakagami. – Aomine se manifestou e encarou o ruivo com seus olhos em chamas – Um dia ele vai perceber que eu sempre fui a luz dele e vai voltar pra mim.

– Isso só vai acontecer nos seus sonhos, Ahomine! – Kagami praticamente rosnou a sua resposta.

Enquanto os dois ficavam brigando pela sombra, o outros ficavam discutindo estratégias para conseguir o tão sonhado primeiro beijo do menino fantasma. Finalmente o ruivo da Seirin entendeu o que raios eles queriam com o azulado.

– Espera, eu entendi direito? – Ele interrompeu a sua discussão inútil com o moreno para olhar para os outros “milagres” do basquete, incrédulo – Vocês estão querendo tomar o primeiro beijo daquele cara como se você propriedade de vocês?!

Akashi o encarou com seriedade e respondeu calma e ameaçadoramente.

– Tetsuya é minha propriedade e o primeiro beijo dele será meu. – Naquele hora, Kagami sentiu um terrível frio na barriga – Só estou competindo com eles pelo simples fato de poder tornar as coisas um pouco mais interessantes.

– Deve dizer que está errado, Akashi. Eu não vou perder para você, não desta vez. – Midorima disse isso mostrando o seu item da sorte do dia: uma caixa de balinhas de uva – A sorte está do meu lado, não tem como ninguém me vencer.

Murasakibara logo tomou a caixinha da mão do menino de cabelos verdes e enfiou todas as balinhas na boca como se fosse uma criança mimada.

– Pronto, Mido-chin. Agora a sorte não está mais do seu lado e eu que vou vencer.

– Nãããão, o Kurokocchi é meu! – O loiro reclamou com seus olhos cheios d'água. – Parem de tentar roubar o meu Kurokocchi!

– Ele não é seu, Kise! – Todos da mesa falaram alto querendo matar aquele loiro desmiolado.

Enquanto a discussão rolava, Kagami Taiga observava tudo aquilo com certa raiva, não só por estar sendo completamente ignorado, mas também porque estavam decidindo quem roubaria o primeiro beijo do seu companheiro e paixão secreta (secreta até para ele mesmo).

Finalmente, quando não aguentava mais ficar quieto ele falou com raiva.

– Nenhum de vocês vai ter o primeiro beijo do Kuroko! – Uma veia saltava em sua testa, indicando o quanto estava irritado com aquela situação toda. A falação parou e eles ficaram encarando um tigre nervoso e rabugento. O silêncio só parou quando Kise resolveu se pronunciar.

– Quem disse isso, Kagamicchi?

– Eu disse! – O ruivo respondeu irritado – Não vou deixar que vocês roubem o primeiro beijo dele! E pare de me chamar assim!

– Hm... Parece que alguém está com ciúmes. – Aomine sorriu maliciosamente para Kagami.

– Não estou com ciúmes, Ahomine! Eu só estou protegendo um amigo de um bando de loucos! – O tigre retrucou com seu olhar de “cale-a-boca-ahomine-ou-eu-te-mato”.

– Você não precisa protegê-lo, Kagamicchi! Eu serei muito carinhoso com ele quando a gente virar um casal. – O loiro disse inocentemente.

– Oe, não decida isso por você! – Kagami e Aomine disseram em uníssono.

– Quem disse que vocês vão virar um casal, Kise-chin? – Murasakibara disse com uma voz entediada enquanto botava um salgadinho qualquer na boca – Kuro-chin só vai querer ficar comigo.

– Oe! O Tetsu é meu! – O moreno se exaltou batendo na mesa.

– Essa discussão não dará em nada, afinal eu terei o Kuroko para mim com ou sem item da sorte! – Midorima sorriu triunfante – Meu destino já está traçado, então aceitem suas derrotas logo.

– Isso parece um círculo sem fim. – Kagami comentou exausto – Eu já disse que ninguém vai roubar o primeiro beijo dele porque eu não vou deixar! Vou definitivamente protegê-lo de vocês!

– E como você pretende proteger o Tetsuya, Kagami Taiga? – Akashi disse aquilo com seus olhos ameaçadores e de repente todos ficaram quietos e assustados.

Taiga pensou por um tempo em como proteger a sua sombra para que aqueles maníacos nunca o incomodassem com asneiras como aquela e veio com o seguinte plano.

– Eu vou roubar o que vocês tanto querem primeiro, então ninguém nem precisa se incomodar em tentar alguma coisa com o Kuroko. – O ruivo disse triunfante sem sentir muito bem as consequências naquelas palavras ingênuas.

Todos ali ficaram sem palavras para aquela resposta de Kagami. E o pior é que eles não podiam deixar de ficar preocupados, afinal aquele ruivo idiota tinha uma vantagem sobre eles: dentre todos, ele era o que mais passava tempo com o azulado.

De repente, quebrando o estranho silêncio na mesa, Akashi começou a rir. Os outros se entreolharam, tentando encontrar a graça, mas como continuaram sem entender, esperaram que o ex-capitão parasse de rir e se explicasse. Quando isso aconteceu, Akashi dirigiu-se a Taiga com um sorriso perverso.

– Você é realmente muito cheio de si, Kagami Taiga. Desafio aceito e que vença o melhor.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado do primeiro capítulo!
Se quer me mandar críticas (construtivas ou não), comentários, dúvidas, ideias novas, erros de português que eu cometi, mensagens inspiradoras, recadinhos amorosos, me mandar pro inferno, falar que está com vontade de morrer, de chorar, de cantar uma bela canção, ou simplesmente falar que gostou ou detestou a história, a minha caixinha de comentários estará sempre a disposição de vocês, leitoras e leitores.
Eu realmente estou animada com essa história e se Kami-sama permitir eu vou terminá-la! Então, pra quem estiver interessado (o que eu duvido, tipo, MUITO), continua acompanhando. Isso faz um bem danado pro ego da autora (eu, no caso).
Agradeço a quem leu e gostou.
Agradeço a quem leu e não gostou.
—MC