Demigods in Hogwarts escrita por SeriesFanatic


Capítulo 46
Gringotes




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Quando Annabeth viu os mapas que Luke os mandou, ela mudou logo o plano. Não tinha como eles entrarem no cofre e destruírem a Horcrux antes do tempo de efeito da poção poilissuco acabar. Então agora Leo e Hazel tinham que ficar em algum cano de esgoto perto de um ponto fraco nas defesas subterrâneas de Gringotes para abrirem uma saída. Frank e Piper iriam se disfarçar de Marte e Clarisse para entrarem, com Annabeth invisível os seguindo. Assim que ele destruísse a Horcrux, os três deveriam ir até o ponto fraco na caverna subterrânea e encontrariam Leo e Hazel. Jason e o treinador Hedge ficariam no navio prontos para a fuga aérea, enquanto Percy deveria ficar nas águas do Rio Tamisa, em frente ao Parlamento, esperando que os cinco aparecessem em uma das tubulações do esgoto que desemborcavam no rio. Não era um plano tão complicado assim, na verdade era tão fácil que Percy entendeu de primeira. Só tinha um problema.

– Não! – Frank exclamou. – Nem vem, não!

– É o único jeito. – Annabeth disse, os braços cruzados.

– Não! – ele disse firme.

– Ah qual é Zhang, deixa de ser estraga prazeres! – Leo disse ajeitando algo na cabeça de Festus.

– Frank... – Hazel colocou a mão na mão do namorado e deu um sorriso acolhedor.

O Argo II estava ancorado ao norte do Rio Tamisa, com o Parlamento e o London Eye como plano de fundo. Eram umas nove e pouca da manhã e o dia estava meio nublado, normal para o mês de outubro. Percy, assim que desmontou do pégaso, correu para a própria cabine, com o rosto extremamente vermelho. Frank havia fugido de casa naquela manhã em forma de passarinho e chegou ao navio havia dez minutos. Hazel, Piper e Leo foram os únicos que contaram aos pais que voltariam para a missão. Jason, Percy, Frank e Annabeth fugiram. Ninguém da Legião estava sabendo sobre a invasão a Gringotes, com exceção de Luke. O treinador Hedge estava dormindo em sua cabine, Piper e Jason estavam fazendo um pequeno piquenique perto da proa. Annabeth, Hazel e Frank estavam conversando na outra extremidade do navio, ao lado do timão. A brisa era quente e calorosa como uma lareira, o que era estranho para aquela época do ano.

– Frank, pense. Hazel controla a terra e Leo pode criar qualquer coisa. Ainda mais com a tal esfera de Arquimedes que Hefesto o deu de presente. Eles têm que estar juntos para derrotarem a barreira mágica que envolve Gringotes. – Annabeth tentou explicar.

– Não! – Frank exclamou, os braços cruzados e o corpo rígido. – O Valdez tá tentando namorá-la há anos. Nem vem que eu vou deixar esses dois sozinhos no subterrâneo.

– Pelo amor dos deuses, Frank! – Hazel segurou um sorriso. – Eu amo você! Leo é SÓ meu amigo!

– E eu tenho namorada! – Leo gritou do outro lado do deck.

– Por que eu? Por que o Percy ou o treinador Hedge não podem fazer o meu pai? – ele fez biquinho.

– Porque o Percy tá trancado na própria cabine há cinco minutos com algum problema no órgão genital dele. – disse Hazel e sua inocência.

– Você conhece seu pai. – Annabeth disse tentando disfarçar as bochechas coradas. – Saberá imitá-lo melhor que ninguém.

– Tá e desde quando a Piper conhece a Clarisse para se passar por ela?! – Frank disse, ele não queria ir nessa missão.

– Piper pode usar o charme para enganar qualquer um, você terá que ser um bom ator. – disse Annabeth.

– POR QUE EU É QUEM TEM QUE DESTUIR ESSA HORCRUX?! Deveríamos estar em Hogwarts estudando para as N.I.E.M.’s! – disse com o rosto vermelho de raiva, parecia até que ia sair fumaça das narinas dele.

– Qual é o problema com vocês Romanos hein?! – Annabeth reclamou. – Quebrar as regras de vez em quando faz bem. Será assim e pronto.

– Por quê? – Hazel quis saber.

– Por que a sua líder disse que será assim. – Annabeth disse firme e foi para o segundo andar do navio.

Frank suspirou e Hazel o abraçou. Ele sempre se sentia melhor quando ela estava por perto. Não que achasse que o plano de Annabeth não ia funcionar, mas assim como a namorada e Jason, ele achava que eles não deveriam desistir da escola para matar as almas de Gaia. Podiam fazer isso nas férias. Assim não teriam que desistir da escola e nem desapontariam os deuses.

As roupas que o treinador Hedge arrumou para Frank e Piper fazerem cosplay de Marte e Clarisse foram bem fieis. Enquanto ela usava calça de caça camuflada, com botas, camiseta preta do Nirvana e uma badana prendendo os cabelos castanhos lisos; ele usava vestes de bruxo cor vermelho sangue com detalhes cinza escuro. Ficou meio estranho se ver e ver a Piper com aquelas roupas, mas assim que a poção – com gosto de vômito com chulé – fez efeito, Frank achou que estava multando para a forma de um gorila. Ele sempre admirou os músculos do pai e a altura dele, mas estar na forma de Marte... foi, no mínimo, assustador. Os três logo chegaram a Gringotes e deram de cara com Luke, usando belíssimas vestes de bruxo cor dourada e metálica, conversando com um de seus chefes. Luke nunca foi muito bom com matemática, ele preferia lutar a estudar, mas havia arrumado um estágio no banco a mando do pai. Hermes queria que o filho mais velho tivesse um emprego descente, já que os gêmeos haviam aberto uma loja de truques, pegadinhas e todo o tipo de diversão para jovens.

– Queremos entrar no cofre do nosso pai. – Frank falou, era muito estranho ouvir a voz do próprio pai saindo de sua boca. – Agora. – acrescentou.

Eles estavam em frente ao balcão principal. Piper tentou parecer com raiva e com tédio, mas ela era uma péssima atriz. Ninguém acreditaria que ela era Clarisse La Rue. Annabeth resmungou algo em grego antigo, mas os duendes não pareceram se importar com uma voz sem corpo.

– Não ouviram meu irmão, seu mestiço imundo. – Piper disse com a voz rouca de Clarisse e a frase dela chamou a atenção do duende. – Queremos entrar no cofre de nosso pai, AGORA.

É, talvez ela fosse um pouquinho mais convincente do que ele pensava. O duende os guiou até o cofre de Ares, mas não sem antes passar por uma cachoeira, por um buraco que Frank tinha certeza que daria no tártaro e dando várias voltas que fez Piper vomitar em cima de Annabeth.

– Cofre de Ares La Rue. – o duende disse parando o carrinho. – Eu só posso levá-los até aqui. Sabem o que fazer para sair, eu suponho. O senhor La Rue sempre confiou na filha. – ele olhou para Piper como se soubesse que ela não era Clarisse.

– Mas é claro que sabemos, seu idiota. – Piper disse descendo do carrinho e quase tropeçando no pé de Annabeth. – Vamos Marte. Assim que pegarmos os galeões que queremos, nós iremos falar com seus superiores!

– Sim. Ninguém desrespeita os La Rue. Seu verme mestiço imundo. – Frank se sentiu muito mal por ofender assim o pobre duende. Ele não tinha nada contra duendes, até os achava engraçado, mas não podia arriscar o personagem.

Antes de arrancar o carrinho, o duende deu um sorriso sinistro e quando sumiu de vista, Annabeth apareceu, ela usou um simples feitiço para se limpar do vômito em sua calça. Os três caminharam até um pequeno hall, com pilastras em estilo jônico e uma belíssima Mandala desenhada no chão. A porta do cofre, que só era aberta com o sangue de um descendente do dono, estava no lado oposto.

– Mais alguém notou que tem uma entrada para o tártaro aqui?! - Piper exclamou, parecia que ela só havia entendido o que era aquele buraco naquele momento. O rosto dela estava pálido, mesmo para a cor de pele natural de Clarisse.

– Pode ser só o Mundo Inferior. - Frank deu de ombros.

– Nunca diga isso. - Annabeth repreendeu com a varinha levantada. - O tártaro pode ser pior que o Mundo Inferior, mas isso não rebaixa o local de descanso das almas.

Um calafrio percorreu a espinha de Frank, ele sabia que Annabeth estava certa. Frank a admirava, não só por ela ser a líder, e sim por causa de sua inteligência. Ela não nasceu super dotada porque os deuses quiseram, Annabeth nasceu assim. Ela nasceu para ser uma gênia. Ele não. Então ouviu-se um relincho.

– Blackjack? - Annabeth franziu a testa, provavelmente se perguntando como o pégaso do namorado chegou ali.

Não era Blackjack. Não era nem um pégaso. Com pelagem cor de caramelo, focinho negro e olhos cor de âmbar, o cavalo que apareceu parecia pronto para comprar briga. Frank sabia quem era aquele cavalo, sua mãe havia contado para ele várias vezes como Arion parou nas posses de Marte, mas o rapaz não se lembrava bem da história. Sabia que Arion amava comer ouro e que era o cavalo mais veloz e imortal, do mundo.

– Lembra o que eu disse sobre não querer a Hazel com o Valdez? - ele comentou puxando a varinha vermelha das vestes.

– Agora não é hora para ciúmes. - Piper disse com medo do olhar malvado de Arion.

– Não é ciúmes. Esse cavalo se chama Arion, ele come ouro e é meio que o guardião do cofre do meu avô. - Frank disse com as mãos tremendo.

– E você só nos diz isso AGORA?! - Annabeth disse com raiva, ela se colocou na frente da dupla, mas Arion não parecia disposto a atacar.

– Eu me esqueci, perdão. Não achei que papai tivesse falado a verdade quando disse que havia colocado Arion para proteger a herança de Clarisse. - Frank disse.

– Pera... seu pai não liga que todo o dinheiro de Ares vá para Clarisse ao invés de pegar a parte dele e deixar para você? - Piper franziu a testa de Clarisse.

– Gente... - Annabeth chamou.

Arion parecia um touro no meio de uma tourada, "coçou" uma das patas no chão de mosaicos pronto para atacar. Os três podiam imaginar um anel amarelo no nariz dele, fumaça saindo das narinas e chifres sedentos por sangue. Arion avançou e nenhum feitiço de defesa ou ataque dos três surtiu efeito. O cavalo empurrou o trio com muita força contra a pilastra mais próxima, deu um passos para trás e se preparou para atacar de novo, como um touro. Frank empurrou as meninas para o lado e virou um touro, os chifres na cabeça dele fizeram com que o cavalo parasse de atacar e analisasse a situação melhor. Annabeth e Piper correram para a porta do cofre, mas foi a mesma coisa que nada, pois precisavam de um pouco do sangue de Frank para abrir a porta. Ao menos elas estavam fora da mira de Arion. Para um cavalo extremamente rápido, ele se comportava como um touro preguiçoso. Enquanto os dois batiam cabeças, como antílopes e veados, as duas meninas continuavam tentando usar magia (em vão) para ajudar o amigo.

– Deveria estar funcionando. - Annabeth disse após tentar conjurar o patrono. A coruja que saiu da ponta da varinha dela era do tamanho de um rato, deu um pio e desapareceu.

– Ah... Annabeth? - Piper chamou temerosa.

Com o canto do olho, Frank viu a pele de Clarisse ficar escura, os olhos mudarem de castanho para azul e as roupas começaram a ficar folgadas. Mas não tinha como já ter passado uma hora. Ao contrário de Arion, o rapaz já estava cansado, se continuasse a brigar com o cavalo, não teria força alguma para enfrentar a Horcrux. Ele voltou a forma humana depois de fazer com que Arion batesse a cabeça com força em uma pilastra, dando uma de toureiro.

– Frank... - Annabeth o segurou antes que ele batesse a cabeça no chão de tanto cansaço. - Aqui, coma. - e lhe deu um pouco de ambrósia.

Ele pegou uma pedra pequena, cortou o próprio punho e passou o sangue na porta, que destravou.

– Achem a Horcrux. Iremos destruí-la no barco. - ele disse ainda se sentindo cansado, mesmo depois de comer ambrósia.

– Ok. - Piper deu um sorriso encorajador.

Arion relinchou e deu uma cabeçada no Frank humano, que quase bateu a cabeça em uma pedra pontuda. O cavalo pareceu rir da desgraçada do filho de seu dono.

– Escuta aqui projeto de The Flesh, eu sou Frank Zhang, filho de Marte Zhang. - ele disse limpando com sangue na testa. - E posso não ser o Percy para falar com cavalos, mas eu... pera...

Uma ideia. Percy podia falar com cavalos, sabe-se lá por qual motivo. Se Frank virasse um cavalo, talvez pudesse falar com Arion. E funcionou, só que o que Frank ouviu fez ele preferir ter continuado apanhando de um cavalo que achava ser um touro. Digamos que de dez palavras, 20 eram palavrões (que Frank conhecia). Emily provavelmente faria Arion lavar a própria língua com sabão e álcool pelo resto da vida se pudesse ouvir seus pensamentos. Depois de uns longos minutos, Frank conseguiu fazer com que o animal parasse de falar coisas horríveis e escutá-lo. Pelo que ele entendeu, Annabeth e Piper estavam tento dificuldades no cofre, já que os objetos estavam encantados com o feitiço dos gêmeos. Ele queria ajudar, mas sentia-se com náusea a tonto, pra piorar mais ainda a situação, uma explosão ocorreu em algum lugar próximo dali, fazendo com que Arion se assustasse e começasse a chutá-lo como se fosse um canguru. Arion tinha que começar a ir ao psicólogo! Os chutes fizeram com que Frank voltasse a forma humana, ele estava cansado demais para se manter como cavalo.

Arion tentava pisoteá-lo, mas Frank usava o que lhe restava de forças para desviar. Com o canto do olho, ele viu Annabeth se afogando em objetos de ouro e Piper no topo da montanha de objetos - que pipocavam feito pipoca na panela - se esticando o máximo possível para pegar uma taça. Mas os objetos se prendiam a perna dela, na intenção de afogá-la igual havia acontecido com Annabeth. Ele soube que a explosão, além de fazer pedras imensas caírem do teto e de assustar Arion, fez com que as meninas fossem prejudicadas. Como ele queria que Hazel estivesse ali. Não só para controlar todo aquele ouro e alimentar aquele cavalo maluco, mas sim para dizer que tudo ia ficar bem, que ela estava ali para ajudá-lo, pois eles eram uma dupla e sempre iriam ajudar um ao outro. Outra explosão, dessa vez Arion ficou confuso e parou de atacar, mas fez Piper cair da montanha e se "afogar" nos objetos de ouro. Honestamente, o rapaz esperava que aquilo fosse Leo e a bendita esfera de Arquimedes tentando abrir a saída, se fosse o sistema de segurança, então objetos de ouro com vontade de matar garotas inocentes afogadas seria o menor dos problemas.

– AIÔ SILVER! - uma voz masculina gritou.

Era a voz de Leo. Ele e Hazel apareceram, ambos cheios de fuligem, cheirando a esgoto, com poeira de monstro no cabelo e sangue nas armaduras. Com um simples e leve movimento de mãe, Hazel fez com que os objetos deixassem Annabeth e Piper em paz; as duas estavam com o rosto vermelho e pareciam que estavam sendo sufocadas.

– O cavalo... ele come ouro... - Frank disse com o pouco de energia que tinha.

Hazel balançou a cabeça e piscou para ele. Leo foi ajudar as meninas e pegou a tal taça. Terminou que Arion estava apenas com fome, mas os palavrões em sua mente impediram que Frank entendesse. Hazel acariciou o cavalo e fez aparecer comida para mil Arions.

– Ah... Hazel? - Leo chamou após todos ouvirem barulhos de pedras quebrando.

– O que tártaros está acontecendo? - Piper disse sendo carregada por Leo.

– Encontramos alguns um gigante chamado Caco. Cara, ele cospe fogo! - Leo disse, aparentemente, tão cansado como Frank.

– Ou seja, não podemos voltar por onde nós combinamos. - disse Annabeth, mais cansada que os dois rapazes juntos.

– Sem problemas. Arion vai nos levar! - Hazel disse beijando o cavalo e alisando a crina dele.

Leo, Piper e Frank se entreolharam e levantaram a sobrancelha. Caco, o gigante ruivo, de cueca de coração e que cuspia fogo, atirou uma biga em uma das pilastras. A sorte deles é que deu tempo de Leo concertar os danos da biga antes que Caco subisse a montanha em que o cofre se encontrava. Annabeth empurrou a porta para fechar o cofre e montou atrás de Hazel. Arion, após o lanchinho, virou o cavalo que Emily Zhang sempre disse. Ele puxou a biga, com os ajustes de Leo, tão rápido, que ao passar por Caco, ele caiu no chão com muita força. Leo segurava, sabe-se lá como, as rédeas improvisadas, enquanto Annabeth abraçava Hazel como se ela fosse sua boia de salva vidas. Piper gritava ao lado de Frank na biga, enquanto ele segurava o vômito. O grupo e Arion , surpreenderam tanto os duendes que alguns pareceram ter ataques cardíacos, Luke ficou pálido feito um fantasma quando viu os amigos fugirem de Gringotes em uma biga torta sendo puxada por um cavalo extremamente rápido. Parecia o deus do sol em seu carro, só que um deus do sol bêbado. Arion os levou até o Argo II em menos de cinco minutos e Hazel ainda o premiou com uma pepita imensa de ouro.

– MAIS QUE?! - o treinador Hedge dissese assustando quando viu os meninos aparecendo no deck.

– Pelos deuses! - Jason disse correndo até eles. - Treinador, rápido, pegue néctar!

O treinador Hedge correu até a própria cabine e pegou dois cantis de néctar. Foi o suficiente para ajudar os meninos, que estavam acabados. Enquanto todos eles foram descansar, Jason adentou no não tão cheiroso rio para chamar Percy. Pelo que foi dito mais tarde, Percy estava ajudando os espíritos da natureza a limpar o rio enquanto esperava os amigos. Jason brincou dizendo que ele não fez um bom trabalho, pois precisou de cinco banhos para se livrar do cheiro horrível do rio Tamisa. Frank havia pego no sono assim que encostou a cabeça no travesseiro, felizmente só teve bons sonhos, mas o pesadelo começou quando ele acordou. Aparentemente, Jason, Hazel e Leo estavam brigando para ver quem é que ia destruir a taça.

– EI! - Annabeth gritou com o vento bagunçando os cabelos loiros recém lavados. Era fim de tarde. - Acho que todos nós sabemos quem deve destruir essa. - Ela apontou a adaga para Frank e sorriu. Esse gesto, durante uma guerra, significava orgulho.

Ninguém contestou. Hazel piscou para Frank, deu fez o sinal de paz e amor, Piper sorriu, Percy abraçou desajeitadamente o amigo e Jason limitou-se a concordar de leve com a cabeça. Frank colocou a brilhosa taça no chão de madeira e abaixou sua lança. Ele temeu ser chamado de Bela Adormecia, igual a Jason, pois desmaiou assim que a ponta tocou o a taça. Ele viu um homem forte, parecia um guerreiro milenar chinês, com barba preta e algumas cicatrizes no rosto.

"Olá Fai" disse o homem.

"Olá. Quem é o senhor?" Frank se perguntou tentando identificar o local que eles estavam.

"Meu nome é Rômulo. Essa taça pertenceu a mim. Ela foi me dada por minha amada, Helga Lufa-Lufa."

"Fala sério..." Frank sussurrou mais para si mesmo.

"Obrigado por me libertar. Eu sou o seu ancestral."

"Ah... por nada senhor. O senhor tem alguma ideia de onde está a próxima Horcrux?"

"Todas as demais Horcruxes estão em Hogwarts, meu garoto. Se prepare Fai, Gaia está mais forte do que o esperado. Ela atacará Hogwarts em dois dias."

"Mas Reia nos disse um ano! Espere... o que ela quer em Hogwarts?"

"Matar todos e salvar as últimas Horcruxes. Gaia já sabe que vocês estão destruindo os pedaços da alma dela. Vá Fai, salve o Mundo Mágico. Ache os demais objetos e lembre-se, nada é o que parece."

Frank não sabia o que as palavras de Rômulo queriam dizer, mas começou a sentir que alguém morreria. E a profecia disse que a alma de um herói será ceifada.


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