Demigods in Hogwarts escrita por SeriesFanatic


Capítulo 25
Os Campeões




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Percy achou que sabia o significado de “humilhação”. Já havia feito xixi nas calças em uma festa da família quando ele tinha sete anos. Clarisse já havia enfiado a cabeça dele num vaso sanitário. Ele já havia explodido um cano na cara dela. Já havia explodido um ônibus escolar com um canhão em um museu. Durante dois anos seguidos a escola inteira achou que fosse malvado. Mas aquele momento foi o mais embaraçoso de sua vida! A Sala dos Troféus era imensa, linda e cheia de troféus, é claro. Mas a expressão de Luke quando o viu, fez Percy querer correr para fora dali. Ele meio que tinha inveja do rapaz pela forma como Annabeth ficava feito uma boba perto dele. Mas também o admirava muito. Afinal, não é todo mundo que consegue namorar Thalia Grace.

– Percy. – Júpiter disse sereno. – Você colocou seu nome no Cálice? Pediu a algum aluno mais velho para colocar?

– Não senhor. Juro pelo rio Estige. – ele disse assustado.

– Isso é um ultraje! – Bóreas gritou distraindo-se com uma leve brisa. – Dois alunos da mesma escola? É TRAPAÇA!

– Ora vamos. Acham mesmo que esse moleque seria tão burro assim para se inscrever no torneio? – disse Íris, a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. – Só idiotas se inscrevem nesse torneio!

– Odeio concordar com o doido do vento, mas isso é trapaça, Grace! – Quione exclamou, os olhos pareciam que queriam congelar alguém.

– Além do mais, ambos são da Lufa-Lufa. – Circe, a professora de feitiços, falou.

– Só está falando isso porque nenhum dos Campeões de Hogwarts é da sua casa. – Minerva rebateu.

– Deveria ter sido um Sonserino! – Circe exclamou.

– Sonserina? – Ceres, a professora de Herbologia, riu. – Faça-me o favor! Eu fui da Lufa-Lufa e ainda assim concordo que deveria ter sido alguém da Grifinória!

– Silêncio! – Júpiter exclamou. – A Casa não importa! O Cálice escolheu dois alunos de Hogwarts por algum motivo. – ele olhou para Percy, que queria desmaiar. – Perseu não tem escolha... a partir de agora, é um Campeão Tribruxo.

Os professores, os diretores das demais escolas e os outros três campeões olharam para Percy como se ele fosse uma doença contagiosa, perigosa e desconhecida. Luke não disse nada durante o caminho até o salão comunal, apenas desejou boa noite antes de entrar em seu quarto. Frank, Dakota, Chris e Will nem sequer olharam para Percy. Ninguém da Lufa-Lufa olhava para Percy. Era como se ele tivesse se inscrito de propósito para roubar a atenção e a glória de Luke. Ele conversou com Grover por sonho, já que ainda não haviam desfeito a conexão telepática. O sátiro contou que Tyson estava visitando Bessie no Oceano Atlântico e que voltaria no natal. No dia seguinte, o menino sentou-se isolado de todo mundo na mesa pela primeira vez. Nos anos anteriores boa parte das pessoas se isolaram dele, mas ainda assim, Beckendorf, Luke, Chris, Frank, Will e Dakota não o odiavam. Como odiavam agora. Ele ouviu vários comentários ruins, maliciosos, ridículos e pejorativos sobre o “Campeão Invejoso”, como estava sendo chamado.

– Oi. – Annabeth chamou atrás dele, que se virou sem muito entusiasmo. – Bom dia!

– Bom dia. – ele nem tentou forçar um sorriso.

– Pronto para conhecer a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas? Nyssa me contou que era uma Auror e que surtou depois da queda de Cronos. – ela pareceu alegre.

– Ok. – ele se levantou cabisbaixo, o prato de cereal e leite azul intocado.

Os amigos caminharam juntos até o terceiro andar. A menina falou o quão legal foram às férias com os avós paternos em Nova Iorque. Disse que havia tirado várias fotos sobre a bela cidade e que havia amado o rancho da família no estreito de Long Island. Quando entraram na sala, os alunos pareceram que iam devorar Percy com o olhar, mas ele limitou-se a ouvir as baboseiras sobre a Estátua da Liberdade. Todos do quarto ano ficaram fofocando sobre o quão invejoso Percy era; e toda vez que Annabeth notava que o amigo ia explodir de raiva, segurava a mão dele e dava um sorriso alegre, isso fazia o menino ficar tímido e se acalmar.

– Íris. – a professora hippie escreveu no quadro negro. – Vocês não precisam saber meu sobrenome e eu não estou nem aí para o sobrenome de vocês. Sobrenomes são muito formais e eu sou bem informal. Mas não pensem que só porque eu sou informal que eu serei uma péssima professora. – ela deu um passo para frente, ficando a centímetros da carteira de Percy. – Você, diga-me uma das três maldições imperdoáveis.

– Ah... – Percy gaguejou. – Meu tio me falou sobre uma, uma vez... a maldição Imperius.

– E o que essa maldição faz, garoto loiro? – ela disse escrevendo o nome do feitiço em latim no quadro negro e apontando para Jason.

– Controla as pessoas. – Jason respondeu com um nó na garganta. – Obriga que as pessoas façam o que quem conjurou quer.

– Você. Com cara de bebê panda. Diga-me outra. – ela apontou para Frank.

– A maldição Cruciatus... – Frank disse assustado, ele tinha medo de tudo.

– E o que ela faz, senhorita cachinhos de chocolate? – Íris apontou para Hazel.

– É a maldição da tortura. – Hazel disse séria.

– Ótimo, ótimo. – A professora virou e encarou a turma. – Alguém aqui da sala sabe qual é a última maldição e a mais horrenda de todas?

Todos se mantiveram calados. A sala já estava assustada. Íris se vestia como hippie, usava termos de hippies e falava como um soldado.

– Vamos Corvinos. Pelo que eu saiba vocês são bastante inteligentes. – ela disse apontando para os alunos da Corvinal em sala.

– A maldição da morte. – Reyna disse estufando o peito, mas parecia estar assustada.

– Muito bem. – Íris largou o giz branco em cima da mesa. – Alguém sabe me dizer por que essas maldições são chamadas de imperdoáveis?

Annabeth levantou a mão e a professora fez sinal para que ela falasse.

– Por que são imperdoáveis. Se usar qualquer uma delas, ganha uma passagem só de ida para Alcatraz. – Annabeth disse séria.

– O Ministério acha que vocês são novos demais para aprenderem elas. Eu penso diferente. Tem que saber com o que estão lidando. O Mundo Bruxo pode ter se livrado dos antigos perigos. Mas sempre haverá alguém querendo guerra. Os Comensais da Morte aparecendo na final da Copa Mundial de Quadribol é um grande exemplo disso. – Íris disse incrivelmente calma. – Agora, eu quero saber o nome de cada um de vocês. Eu disse nome, não apelido. E suas casas. Começando por você, aí no canto da parede, perto da janela. – apontou.

– Castor. Sonserina. – o loirinho disse e Íris apontou para o irmão gêmeo.

– Pólux. Sonserina. – o gêmeo respondeu e a professora apontou para a pessoa sentada na dupla de bancas ao lado.

– Annabeth. Corvinal. – a loira disse achando isso patético, pois ela estava usando o uniforme da casa.

– Perseu. Lufa-Lufa. – Percy respondeu e a professora apontou para dupla de cadeiras ao lado.

– Drew, Corvinal. E esse dorminhoco aqui é o Clovis, ele é da Grifinória e dorme em todas as aulas mesmo. – Drew disse com cara de nojo para sua dupla. Íris apontou para a dupla detrás.

– Jacob. Grifinória. – Jake Mason bateu no braço de Will, que estava desenhando.

– Ah... William. Lufa-Lufa. – ele sorriu. Íris apontou para dupla atrás de Percy e Annabeth.

– Jason. Grifinória. – o loiro respondeu, Íris apontou para Leo.

– Leo. Grifinória. – Leo sorriu e o nariz dele começou a pegar fogo, de novo. Íris apontou para a dupla atrás dos gêmeos.

– Piper. Sonserina. – Piper disse brincando com uma trança de seu cabelo castanho.

– Lou. Sonserina. – disse Lou Ellen. A professora apontou para dupla atrás delas.

– Franklin. Lufa-Lufa. – disse Frank.

– Hazel. Grifinória. – Hazel disse tímida pela atenção. Íris apontou para a dupla atrás de Jason e Leo.

– Shane. Corvinal. – ela respondeu.

– Harley. Grifinória. – ele respondeu coçando as madeixas castanhas. Íris apontou para a dupla atrás de Will e Jake.

– Sherman. Sonserina. – o cara de buldogue deu um sorriso estranho.

– Mark. Sonserina. – o irmão gêmeo respondeu. A professora apontou para a dupla do lado.

– Bianca. Sonserina. – disse a filha de Hades.

– Gwen. Grifinória. – a loira respondeu. Íris apontou para a dupla de trás.

– Nyssa. Corvinal. – ela disse desprendendo a badana do cabelo castanho.

– Lacy. Corvinal. – a menina com cara de Barbie falou. A professora apontou para a dupla do lado.

– Christopher. Lufa-Lufa. – disse Chris Rodriguez.

– Clarisse. Grifinória. – La Rue cruzou os braços e Íris apontou para a dupla do lado.

– Dakota. Lufa-Lufa. – o menino de cabelos e olhos negros respondeu.

– Mitchell. Sonserina. – o loirinho de olhos azuis respondeu.

– E você aí solitária atrás da Nyssa. Seu nome? – Íris apontou para Reyna.

– Reyna. Corvinal. – ela revirou os olhos.

– Alguém pode me explicar porque só tem vinte e sete alunos nessa turma? Achei que deveria ter o mínimo de quarenta alunos no quarto ano. – Íris estranhou.

– E tem. – disse Chris Rodriguez.

– Mas é que estava impossível de colocar quarenta alunos em uma sala. – disse Mitchell. – Era muita bagunça!

– E qualquer agitaçãozinha o Jason desmaiava. – Drew zombou. – Aí como ele é sobrinho do diretor...

– Cala essa boca, Tanaka! – Piper exclamou.

– Isso, continua defendendo o namoradinho! Vai te dar MUITO futuro! – Drew provocou.

– NÃO ESTAMOS NAMORANDO! – Jason e Piper gritaram.

– Nada. – Leo sussurrou.

– Chega! – Annabeth gritou. – É o seguinte, professora. No primeiro e no segundo ano nós éramos uma turma com quarenta alunos, mas a bagunça estava muito grande. Então a professora Minerva resolveu dividir. Ela sorteou quem ia para a turma A e quem ia para a turma B. Nós somos a turma A. Ficou vinte e sete alunos aqui e treze no grupo B. Não sabemos o motivo de não ter ficado vinte no A e vinte no B. Mas a divisão é essa desde o terceiro ano.

– A única coisa ruim da turma A é que a Drew tá aqui. – disse Clarisse.

– Vai pro tártaro La Rue! – Drew exclamou.

– Chega. – Íris bateu na mesa com um apagador. – Eu só queria saber os nomes de vocês. Se, em qualquer aula minha até o fim do ano, houver alguma briga, provocação ou pegadinha... eu não vou tirar ponto. Vou mandar direto para a detenção. Me entenderam?

– Sim senhora. – a sala disse em conjunto.

– QUEM TÁ MORRENDO?! – Clovis gritou acordando.

Depois do dia cansativo de aula, Percy ainda foi obrigado a tomar um banho daqueles, pentear o cabelo e ir para a Sala de Troféus todo engomadinho para uma entrevista com os jornalistas do Profeta Delfos Diário. Sally provavelmente iria recortar a foto do jornal e guardar como sendo “A Primeira Vez Que Percy Penteou O Cabelo E Tá Parecendo Gente”. Ele nunca havia visto Luke com cabelo penteado e com a gravata atacada. Zoë era linda, isso ele não tinha dúvidas, mas os olhos negros eram penetrantes, como se quisessem dizer: Não sou só um rostinho bonito. Luke estufava o peito como se fosse um dos preconceituosos da Sonserina e a cicatriz no rosto dava um ar de “matador profissional”. O tal do Octavian era tão assustador quanto os Ursinhos Carinhosos, mas o rosto dele parecia que sofria de uma dor eterna, então era um pouco intimidador. Zoë não parecia gostar do uniforme azul bebê. Luke parecia que queria tirar a gravata e o suéter; enquanto o uniforme pesado de cor marrom que Octavian usava o fazia parecer com uma criança que usava a roupa do pai, só que com um facão preso à cinta.

– Olá. Eu sou Fleecy. – disse a repórter, que usava um chapéu com folhas de árvores. – Da coluna Eu, Eu Mesma e Eu. Do Profeta Delfos Diário. Mas é claro que vocês me conhecem. – ela riu. – Mas nós não conhecemos vocês! E é por isso que viemos aqui! Que segredos escondem-se por trás dessa carinha de porcelana? – ela disse apertando a bochecha de Zöe. – O que há nessas madeixas loiras? – ela bagunçou o cabelo de Octavian. – A lealdade tão conhecida da Lufa-Lufa será um problema? – ela se colocou entre Percy e Luke e os deu um meio abraço neles. – Vamos lá... quem quer começar?

Nenhum dos quatro respondeu.

– Ótimo. Que seja o caçula. – ela revirou os olhos e puxou Percy para um armário de vassouras.

No último fim de semana de setembro. Grover estava colhendo umas plantas aquáticas nas margens do lago, enquanto Annabeth estava sentada debaixo de uma árvore, lendo. Percy estava sentado perto dela, sobre uma manta e ao lado da cesta do piquenique.

– Esse torneio é perigoso, cara. – disse Grover. – Seja lá quem colocou seu nome naquele Cálice, não é seu amigo.

– Eu sei. Mamãe começou a chorar quando eu contei que havia sido selecionado. – ele disse distraído. – Ela ainda está meio depressiva, disse que eu vou morrer se jogar.

– Sua mãe é meio exagerada às vezes, Percy. – Annabeth comentou.

– Eu sei. Achei que ela ficaria menos protetora depois que Tyson passou o verão conosco. Mas não. Parece que ter levado o Tyson para lá pra casa foi pior. – ele remexeu os olhos.

Tyson havia passado Junho e Julho na casa dos Jackson. Brincando com Percy, Blackjack, Arco-Íris e Bessie. Foi embora no início de Agosto, quando as reuniões da família Olympus começavam e também tinha a história do material escolar e a ida à Copa Mundial de Quadribol. O fato de Poseidon ter passado os dois primeiros meses das férias longe de casa só fez com que a raiva de Percy aumentasse. Que tipo de pai era aquele que ignorava o próprio filho? Que fingia que ele não existia? Bessie encontrou uma família de Ofiotauros perto da África e estava morando lá. Tyson saiu da casa dos Jackson, juntamente com o hipocampo, e foi em direção ao próximo continente para passar um tempo com o amigo peixe vaca. Só iria retornar perto do natal.

– Seu pai ainda o odeia? – Grover chutou.

– É. Ele passou o verão fora de casa só porque Tyson estava lá. Acho que ele e minha mãe vão se separar logo. Papai só fica em casa quando eu não estou. Tyson estando lá? Ele nem foi dormir em casa, ficou no apartamento que tio Zeus usa para se encontrar com as amantes. Ele brigou feio com minha mãe quando ela disse que havia convidado meu irmão para passar o verão lá. – Percy disse triste.

– O lado bom é que meus melhores amigos foram para a minha festa. – Annabeth disse. – Foi tão legal ter vocês três e Dédalo comigo. Tyson ficou hilário com aquela gravata.

– Agradeça à Júniper! Ela quem convenceu os meus pais a me deixarem ir. – Grover disse analisando uma alga.

– Quando é que vamos conhecer sua namorada? – Percy perguntou pegando uma uva da cesta de piquenique.

– Quando ela parar de ter medo de você. Sabe como é, todos os seres do Mundo Mágico tem medo de Cronos e Gaia. E eles são seus antepassados. – disse Grover.

– Já não bastava à escola inteira me odiando por eu estar “tentando ofuscar o brilho do Luke”, agora a namorada do meu melhor amigo me odeia! E ela nunca me conheceu! – Percy disse sarcástico.

– Deixa de exagero, Cabeça de Alga. – Annabeth disse focada na leitura. – Nós te adoramos e Tyson te ama.

– Eu sei. – Percy disse pegando uma laranja.

– Achei que você tivesse inveja do Luke. – Grover disse distraído.

Percy TEM inveja de Luke. Na verdade, ele tem inveja da forma como ele conseguiu encantar Annabeth e tem ciúmes da amiga com Luke.

– Que?! – Percy exclamou, o rosto vermelho. Ele olhou para Annabeth, que continuava lendo A Esperança. – NÃO! CLARO QUE NÃO! NADA HAVER!

– Percy, eu posso ler seus sentimentos, você TEM inveja do Luke. – Grover disse saindo do lago e sentando de frente para o amigo.

– Não tenho não! – mentiu.

– Tem sim. Eu sinto. É uma mistura de inveja e ciúmes.

– Não sabia que você tinha uma paixonite pelo Luke. – Annabeth disse, tentando parecer preocupada com a leitura. Mas na verdade ela estava se roendo de raiva. Primeiro ele fazia ciúmes nela com Bianca e agora estava a fim de Thalia?!

– Não tenho uma paixonite pelo Luke! Eu gosto de mulher! – Percy exclamou. – Tá, eu posso até ter inveja da popularidade dele e do fato de que ele está na casa tradição da família. Mas não quer dizer que eu o odeie! Luke é um cara super legal! Ele sempre foi meu amigo quando a escola inteira me odiava. Ele foi quem me fez gostar da Lufa-Lufa. Eu o admiro muito. Mas não tenho ciúmes. Minha inveja para com ele é a mesma para com qualquer um que está na casa “certa”. – disse cruzando os braços e fazendo birra.

– Cê tá escondendo alguma coisa. – Grover provocou.

– Não tô não! – Percy disse feito uma criança.

Então o trio ouviu um pio. Palas pousou no ombro de Annabeth com uma carta no bico.

– Achei que você tinha dado ela para Dédalo. – disse Grover.

– E dei. Ela e a relíquia da família, mas ele me devolveu tem um mês. – ela disse pegando a carta. – Palas estava no corujal. A carta é pra você, Percy.

– Pra mim? – ele franziu a testa pegando a carta.

– O que tá dizendo? – Grover perguntou.

– “Encontre-me em frente à casa de Quíron hoje à noite às onze horas. Vá sozinho. Leve o boné de invisibilidade da sua namorada. Você vai querer saber qual é a primeira tarefa.” – ele leu.

– Reconhece a caligrafia? – Annabeth perguntou.

– Parece com a da Thalia. – ele deu a carta para ela. – Mas por que Thalia iria querer me avisar qual é a primeira tarefa?

– Por que ela é sua prima. Luke provavelmente descobriu e como eles são legais, resolveram te avisar. – Grover chutou.

– A primeira tarefa é amanhã. – Annabeth disse colocando o livro de lado. – É melhor descobrir o que será faltando um dia do que descobrir na hora e se dar mal.

– Ela tá certa. – Grover concordou.

– Conta uma novidade. – Percy revirou os olhos.

– Tá legal. Façamos o seguinte. Depois do jantar eu te dou o boné. Amanhã de manhã nos encontramos no pátio pavimentado e discutiremos sobre o que você poderá fazer. – ela sugeriu.

– Boa ideia! E se for algo relacionado à água, Percy vai se dar super bem. Ele respira debaixo d’água. – Grover sorriu. – O que é meio estranho, porque nenhum ser terráqueo pode fazer isso.

– Valeu por me chamar de sereia. – Percy disse sarcástico.

– Não vamos dar uma de peru no natal e se preocupar de véspera. Seja lá o que for, vamos descobrir o que fazer. Seus pais irão vir então eu duvido que sua mãe vá continuar te vendo como criança depois que você vencer. – Annabeth sorriu encorajadora.

– E nós estaremos torcendo por você Percy. Júpiter pode ter dito que os Campeões estão sozinhos, mas isso não é verdade. A escola inteira pode te odiar. Mas nós estamos aqui com você, amigo. – Grover sorriu.

– Estamos juntos nessa, Cabeça de Alga. – Annabeth o abraçou por trás e sorriu. – Você não vai se livrar de nós assim tão fácil.

Percy se empinou e a fez cair, se colocando em cima dela. O sorriso de Annabeth era tão belo que fez todo o temor sumir. Ele fingiu que não tinha mais forças no braço e se jogou em cima dela, com a cabeça em seu pescoço. A menina tentou empurrá-lo, mas apesar de ser mais alta que ele, ela era mais fraca. Grover pulou em cima deles como se estivem jogando futebol americano. Os meninos começaram a encher Annabeth de cócegas. O que eles não sabiam é que quem havia mandado a carta copiando a letra de Thalia foi Quíron. Que ajudou a esconder os quatro dragões e sabia que os outros três competidores já sabiam o que seria a primeira tarefa.


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Notas finais do capítulo

Eu não lembro a época do ano em que cada tarefa foi feita, por tanto vou seguir o que eu creio que seja o resquício da minha memória. Eu li "O Cálice de Fogo" tem muito tempo.