Linha Tênue escrita por TAYAH


Capítulo 9
Pequeno príncipe - Regina


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, demorei mais para postar do que queria e devia... Mas confesso que além de ter ficado muito emocionada com o episódio 9, eu também estou meio... sei lá... parece que vocês não estão curtindo muito. Não sei se estou mal acostumada com as pessoas do meu tumblr, ou se vocês realmente não estão gostando...

Bem chega de enrolação... Vamos ao que interessa, você gostando ou não, comentando ou não eu vou terminar isso aqui. Não sou do tipo de pessoa que abandona as coisas que faz.

Espero que gostem.

Capítulo baseado no episódio 3x09

Boa leitura!



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Henry estava desmaiado naquele chão frio. Meu desespero era tão grande, tão absurdamente doloroso, que deixei Emma segurar em minha mão, mas o pior não é ter deixado e sim ter apertado a dela do mesmo jeito que estava fazendo com a minha. Era como se eu quisesse que ela soubesse o que eu estava sentindo, e que soubesse também o que ela estava. Aquele contato durou poucos segundos, mas foi o suficiente para eu encontrar forças e ter a certeza que iríamos conseguir, que levaríamos nosso filho a salvo para casa. Emma realmente conseguia fazer com que eu me sentisse segura.

Inacreditável como a dor de perder um filho era tão grande. Era a segunda vez que eu sentia aquilo, era a segunda vez que eu via Henry "morto" na minha frente. Aquilo me fez ficar paralisada, apenas olhando aquele rostinho tão lindo, tão meu, tão único. Meu filho, meu príncipe, minha vida...

Eu sabia que Emma e eu conseguiríamos trazer seu coração de volta, mas naquele momento eu era apenas dor e desespero. Era como se eu estivesse petrificada, sem conseguir me mexer, sem conseguir fazer algo. Minha mente não estava raciocinando e nem mesmo obedecendo aos meus poucos comandos.

— Como ele está? – Emma perguntou ofegante ao se aproximar, eu nem tinha visto que ela havia se distanciando.

— Vai ficar tudo bem, Henry... – Eu disse em tom baixo afagando o peito de meu filho, eu queria poder sentir seu coração batendo. Já Emma se abaixou do outro lado dele – Vamos levar você para casa. – Eu ainda falava com meu filho

Eu tentei voltar a realidade, tinha que sair daquele estado de desespero e começar a agir, a fazer a coisa certa. Tinha que salvar meu filho.

Fiz um feitiço em Henry, para preservar seu corpo, para que ele permanecesse daquele jeito até conseguirmos seu coração de volta... era a única coisa que eu podia e conseguia fazer naquele momento. A única chance que tínhamos até pegar o Pan e acabar com ele.

— Você foi um menino perdido, tem alguma ideia de onde ele foi? – Emma se levantou e perguntou para Neal.

— Sei onde ele vivia... onde era seu acampamento... – Respondeu meio embolado.

— Que idiota, isso todos nós já sabemos... – Reclamei com mais raiva que devia, mas para falar a verdade eu não estava nem ai. – Você acha mesmo que o Pan vai ser tão idiota quando você e vai voltar para lá? – Eu perguntei com ironia e desdém. – Você é tão inútil...

— Está bem, já chega! – Emma disse diretamente para mim, e aquilo me deu mais raiva.

— Não me diga o quanto já chega! – Eu tentei não ser tão grosseira com ela, na verdade eu só estava desesperada por causa de Henry. – Meu filho está morrendo... – Apontei para ele.

— Nosso filho... – Emma me corrigiu com a voz mansa, mas ao mesmo tempo chateada. Como se eu me referir a Henry como meu filho apenas não fizesse sentido. Aquilo me fez tremer por dentro. – E sim... eu sei como você se sente.

— Não você não sabe, não faz ideia de como eu me sinto... – Eu disse tentando não chorar. – Você tem seus pais... – Eu a encarei, que me olhava querendo ver minha alma como sempre. – Você tem aquela... pessoa – Eu apontei para Neal com desdém e certo nojo. Como eu queria que ele estivesse mesmo morto. – Tem um pirata que faz tudo por você... – Minha voz estava um pouco tremula, mas sei que ela podia sentir toda a minha dor e raiva. – Você tem tudo e ainda diz que sabe o que eu sinto? – Seu olhar era triste, mas eu podia ver que ela estava tentando me passar segurança. – Tudo que eu tenho nessa vida é o Henry... E eu não vou perde-lo, porque ele é minha vida, é tudo... Então não diga que sabe o que eu sinto, Swan! – Voltei a olhar para meu filho, eu não queria chorar, mas estava tão difícil de segurar as lagrimas.

— Tem razão... – Ela abaixou a minha frente, sua voz era baixa, mas eu conseguia ouvir nitidamente. – Eu não sei como se sente... Mas eu quero que você saiba... - Ela olhou rapidamente para Neal que estava afastado, respirou fundo e voltou a me olhar. - Que independente de qualquer coisa... – Ela fez uma pequena pausa como se tentasse achar coragem dentro de si. - Que mesmo você achando que não, você não esta mais sozinha... – Me senti uma idiota por meu coração acelerar com aquilo. - Ele pode sim ser tudo na sua vida, assim como ele é para mim. – Seus olhos tão protetores e confiantes. Já os meus provavelmente estavam transmitindo toda a confusão que se passava dentro de mim. - Mas eu estou aqui com você, Regina, nós somos mães dele, e essa... – Ela parecia não sabe como dizer. - Essa... ligação que temos, nada e nem ninguém pode tirar isso de nós. – Porque ela estava me dizendo aquelas coisas? Aquilo não era justo, porque eu a queria só para mim, e aquelas palavras estavam me matando por dentro, era como criar falsas esperanças. E eu não podia deixar aquelas palavras me enganarem. - E eu posso sim ter todas essas pessoas... mas... você tem a mim. – Ela apontou para si e deu um meio sorriso. - Não que seja muita coisa, mas acho que já pode desconsiderar a parte de você só ter o nosso filho ao seu lado... – Pronto, ela tinha acabado de derrubar todas as minhas barreiras, sua palavras me invadiram de uma maneira que eu senti toda a coragem do mundo, coragem de lutar pelo Henry, por ela, por essa família completamente louca. - Então, o que você quer fazer? – Ela disse como quem quisesse mudar de assunto bruscamente. – Quer fazer um show? Então faça... – Ela fez uma pequena pausa. - Como vamos salvar o Henry? – Ela perguntou determinada.

— Eu não sei... – Eu disse tão baixo que me perguntei se ela havia ouvido.

— Mesmo que a gente consiga pegar o Pan... – Neal aproximou-se de nós. – Ele já era poderoso antes, agora que tem o coração de Henry, não sei se podemos feri-lo. – Foi nesse momento em que eu tive esperanças, a espada de Emma estava com sangue.

— Sim podemos... – Eu apontei para a espada de Emma. – Olhe, você o cortou... E se ele pode sangrar, nós podemos feri-lo. – Eu disse olhando apenas para Emma. – E se podemos feri-lo, podemos mata-lo. – Eu disse me sentindo confiante. Uma segurança tão grande e poderosa, que mesmo eu não querendo aceitar, eu sabia exatamente de onde estava vindo toda aquela força. – E nós iremos.

Levamos Henry até o acampamento de Pan, o deitamos em uma das camas improvisadas.

Enquanto todos discutiam inutilmente sobre onde Peter Pan deveria estar, eu me irritei e fui praticamente correndo em direção a um daqueles meninos perdidos. Eu ia faze-lo falar, de uma maneira ou de outra.

Tentei ser legal apenas perguntando onde estava, mas ele não contou. E se achando um máximo ele disse “Não há nada que possam fazer, Pan já ganhou, ele nunca falha”... Aquilo era a gota d’água para mim, eu ia arrancar seu coração e esmaga-lo se fosse preciso. Mas Emma não deixou, pegou em meu braço e me tirou de perto dele. Incrível como ela consegue me controlar, conseguia fazer com que eu fizesse as coisas do jeito dela. Não era algo que eu pensasse, eu apenas fazia, e quando me dava conta, já tinha feito tudo que ela queria, do jeito que ela queria.

Não que não teria dado certo do meu jeito, mas o que Emma fez sem duvidas foi bem mais pacifico e reconfortante. Como ela conseguia fazer aquilo? Como que ela conseguia ser tão boa com todos, mas não uma boa idiota como a mãe dela. Ela era como uma guerreira, mas uma guerreira que sempre lutava pelo bem. Uma mulher forte, com a opinião formada, com um olhar que penetrava a alma, com um sorriso que fazia cócegas no meu estomago, e um toque tão unicamente firme e ao mesmo tempo sutil, que me dava falta de ar quase sempre que pegava em meu braço, ou minha mão...

Eu estava tão... louca... tão... nua emocionalmente, porque mesmo eu estando com raiva daqueles sentimentos por ela... eu não conseguia parar de pensar naquelas coisas, não conseguia deixar de querê-la. Já não tinha mais para onde fugir, Emma estava dentro de mim, para onde quer que eu fosse, longe ou perto dela, meu coração já não era mais meu.

Snow, Emma e eu fomos atrás de Peter, enquanto os outros foram para o barco do pirata idiota. Tínhamos que ser rápidas, meu filho não ia aguentar por muito mais tempo.

Ao chegarmos a tal árvore de pensar que Pan estaria, com rapidez e magia ele nos prendeu a mesma com cipós.

Por qual motivo ele sempre ficava falando sem parar? Que garoto irritante.

— Mas se querem ver Henry novamente. – Ele ainda falava sem parar. – Tenho que dizer a vocês que só tem uma maneira de fazer isso... com a morte. – Ele disse com um sorriso irônico fazendo-me ferver por dentro. É claro que só a morte pode nos reunir outra vez, mas com a morte de Peter Pan é claro.

Em seguida aquele moleque metido a vilão nos disse que o que nos prendia aquela árvore eram nossos arrependimentos, que foi ali que ele havia abandonado o filho dele.

Sim o filho dele, aquilo sim me deixou surpresa, tanto eu quanto Emma e a outra idiota. Rumple era seu filho, e ele não se arrependia daquilo, por isso não estava preso como a gente... na verdade estava protegido ali. Mas a melhor coisa de tudo era, que Pan podia sim ser ferido, ele confessou que estava fraco, fazendo-me sentir ainda mais forte. Nem mesmo toda aquela porcaria que saia da boca dele iria me derrotar, se Peter Pan nunca falha, eu como Evil Queen, nunca perdia. E aquela batalha já estava vencida.

— Já terminou? – Eu perguntei sem paciência olhando para ele com todo o meu desdém.

— A ultima palavra da Rainha é claro... – Ele disse ironicamente. – Talvez sua maior confissão no leito de morte... – Ele achava aquilo engraçado. Eu ia acabar com ele. – Confessar que tem os maiores arrependimentos daqui.

— Sim... Mas acho que você tem um problema com isso. – Eu dizia tão ironicamente como ele. – Eu lancei a maldição que devastou toda uma população. Torturei... assassinei. Fiz coisas terríveis. – A cada palavra eu me sentia mais forte. – E eu deveria sim, está transbordando de arrependimento... – Eu respirei fundo e neguei com a cabeça. – Mas eu não estou. – Eu disse firme me desprendendo daquela árvore, libertando nós três. – Porque foi com isso tudo que eu consegui meu filho. – Ele ficou tão chocado com o que eu havia feito que eu consegui exatamente o que queria, me aproximei com pressa e peguei o coração de Henry de volta. Não só o coração, como a caixa de Pandora também, onde Rumple estava preso. – Agora, vamos salvar o Henry. – Eu disse me sentindo feliz e poderosa. Eu ia mesmo salvar meu filho.

Fomos quase correndo para o barco, tínhamos que ser rápidas, muito rápidas. Emma quem entrou na frente já perguntando onde ele estava. Nos aproximamos de seu corpo que estava ao chão no meio de todos, era tão triste vê-lo daquele jeito, mas aquilo iria mudar, em menos de cinco minutos. Logo Henry voltaria a vida e me traria de volta o meu final feliz.

Emma estava de um lado dele e eu do outro. Ela segurando a mão do nosso filho, já eu com cuidado coloquei seu coração de volta...

— Henry? – Emma ficou ainda mais preocupada ao ver que ele não esboçou nenhuma reação. – Chegamos tarde demais? – Ela perguntou para mim com a voz desesperada, enquanto nosso filho não dava nenhum sinal de vida.

— Henry? – Eu o chamei com a voz um pouco falha. – Querido... – Eu quase gritei, ele tinha que acordar

Foi naquele instante em que Henry abriu os olhos e respirou fundo como se tivesse acordado de um grande pesadelo. A emoção ao vê-lo vivo era tão grande, que não cabia dentro de mim. Ele nos abraçou com pressa ainda meio desnorteado. Acho que aquele foi o melhor abraço da minha vida. Henry, Emma e eu. Minha estranha família complicada, juntos em um momento tão único e perfeito. Aquilo não tinha preço, nem mesmo toda a magia do mundo, nem mesmo todos os reinos em minha posse, nem a melhor vingança era mais prazerosa do que aquela sensação de está realmente completa.

— Eu sinto muito... – Henry disse ainda meio sem ar. – Eu só queria salvar a magia. – Eu olhei para ele com todo o amor do mundo.

— Está tudo bem... – Emma disse ainda abraçada a ele. – Está tudo bem...

— Eu queria ser um herói... – Henry dizia como se ainda sentisse dor.

— Ainda há muito tempo para isso. – Charming falou para ele com um sorriso na voz.

— Agora é hora de descansar. – Mary Margaret do mesmo jeito que seu marido. Enquanto Emma e eu apenas olhávamos para ele, e passávamos as mãos em seus cabelos e costas, era como querer ter certeza que ele estava ali.

— Bem vindo de volta, jovem... – Hook disse contente, e eu simplesmente não fiquei irritada com ele, era como se nada mais no mundo pudesse me irritar. - Só o melhor para o nosso convidado de honra, não acha? Aposentos do capitão? – Ele apontou com a cabeça para seu quarto.

— Vamos... – Eu sorria para meu filho. - Eu te coloco na cama. – Olhei para Emma em seguida que já estava com seus olhos em mim. Seu sorriso era tão reconfortante, que foi inevitável não sorrir para ela. Nossos olhos tiverem uma conversa intensa naquela momento, foi como dizer em apenas milésimos se segundos o quanto estávamos felizes com a volta do nosso filho, em como estávamos felizes por termos conseguido, em termos trabalhado juntas, em estarmos juntas...

O coloquei na cama como disse que faria, estávamos apenas nós dois nos aposentos do Capitão, um momento único e magico para mim. Finalmente eu tinha meu filho de volta.

— Ah... eu sei que olhar é esse... – Eu sorria – São cinco horas de paranoias especiais e muita pizza. – Eu disse tentando anima-lo.

— Pizza é bom! – Ele tinha a voz cansada e um leve sorriso.

— Pizza é realmente muito bom. – Emma falou parada na escada, nos olhando com um sorriso de canto. Aquilo tinha mesmo como ficar melhor? - Posso me juntas a vocês? – Disse meio infantil com um pouco de vergonha na voz, como Henry costumava fazer. Mais uma vez foi inevitável não sorrir para ela.

— Claro que pode, mãe. – Henry quem respondeu.

Emma se aproximou, puxou uma cadeira e sentou-se o mais próximo possível da gente. Nunca na minha vida eu imaginei me sentir tão feliz com aquilo, com nós três juntos, mesmo não estando junto de fato.

Olhei para ela por segundos que olhou para mim do mesmo jeito, como se nossos olhos tivessem imãs. Seu olhar era aliviado, feliz, sorridente, mas no fundo ainda havia um pouco de preocupação e até uma leve dor. O que estava incomodando ela? O que havia por trás da felicidade de ter nosso filho de volta?

Olhando para Henry eu não pensei nem duas vezes, passei a mão por seu peito o enfeitiçando, ninguém mais conseguiria tirar o coração dele outra vez.

— O que é isso? – Emma perguntou curiosa.

— Isso arde um pouco... – Henry reclamou com uma voz meio chorosa.

— É um feitiço para que ninguém, nunca mais pegue seu coração outra vez. É para protege-lo. – Eu disse explicando diretamente para ele, mas olhando de relance para Emma que me olhava como se tivesse orgulho de mim. Porque exatamente ela estava me olhando daquele jeito?

— Obrigada mãe. – Seu sorrido era tão cansado, mas tão único ao mesmo tempo. Sua mão segurava a minha com carinho, ele me amava, me amava de verdade e não tinha nada melhor no mundo do que se sentir amada.

— Obrigada... – Emma disse baixinho ao coloca sua mão sobre a nossa e me olhar com... carinho? Meu coração estava acelerado, ela não tinha o direito de me olhar daquele jeito, ela não podia fazer aquilo comigo. Mas estava, estava cada vez mais dentro da minha alma, cada vez me consumindo mais. Tentei apenas ignorar tudo aquilo e sorri para ela e depois para ele. Apertei a mão dele e coloquei a minha outra sobre a dela que estava sobre a minha. Aquilo era tão unicamente delicioso. Era como estar voando sobre as nuvens. Era como ter dezessete anos outra vez. Livre, sem medos e sem cicatrizes.

— Logo, logo estaremos em casa meu pequeno príncipe. – Eu disse com carinho para Henry... Emma apertou minha mão me olhando como se não fizesse mais sentido eu me referir a ele como apenas meu. Olhei para ela e sorri achando graça da carinha que ela estava, igual a cara que Henry fazia quando tentava me dizer que eu havia feito algo errado. Respirei fundo ainda com um leve sorriso e me deixei levar por aquele momento. – Nosso pequeno príncipe. – Eu disse olhando para ela, mas desviando o olhar para ele em seguida, que apenas sorria de olhos fechados, sua felicidade era nítida, ele também estava feliz em ter nós três ali.

Deixamos Henry descansado e voltamos para a parte de cima do barco, eu não queria ficar muito tempo sozinha com ela, mesmo aquilo sendo uma das coisas que estava me fazendo mais feliz na vida, eu não podia me deixar levar por tais sentimentos, ou eu acabaria indo direto para o fundo do poço. E mesmo eu não sendo mais rainha, eu não podia chegar a um lugar tão baixo.

Paramos próximas a borda do barco. Eu olhei ao redor e observei as pessoas. Snow e David estavam se amando um pouco distante de nós, eles não sabiam fazer outra coisa mesmo... já estava começando a me acostumar com aquilo. Os meninos perdidos estavam sentados do outro lado, Wendy e Tinkerbell conversando próximas a eles. Rumple e Neal se abraçando, eles finalmente pareceram se entender. E o pirata estava onde realmente deveria está, longe da Emma e velejando seu barco.

— Quando você disse que precisávamos trabalhar juntos... – Eu disse para Emma em um impulso, era como se aquele meu outro eu estivesse pensando alto outra vez.

— Eu estava apenas tentando qualquer coisa. Tínhamos que salvar o Henry. – Ela ainda olhava as pessoas ao redor.

— Para falar a verdade... Eu não achei que funcionaria, nunca pensei que fosse possível... – Eu disse com sinceridade o que a fez me olhar. – Heróis, vilões, um pirata e até uma... salvadora. – Sorri de ironia, eu adorava implicar com ela. - Que poderíamos ser unidos, mas nós fomos... Bem ou mal nós nos unimos por uma única coisa. – Eu fiz uma pequena pausa. – E mesmo com todas essas diferenças conseguimos trabalhar juntos... E recuperar nosso filho... – Seu olhar me analisava e estava feliz ao mesmo tempo. Era como se a qualquer momento ela fosse me abraçar e aquilo me deu um certo medo. – Bem, vamos logo colocar esse barco para voar, que eu não vejo a hora de chegar em casa. – Cortei o assunto, antes mesmo que ela falasse qualquer coisa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...