Linha Tênue escrita por TAYAH


Capítulo 4
Interessante? - Emma


Notas iniciais do capítulo

Vai, nem demorei para postar. E olha que eu disse que postaria uma vez por semana. Mas eu estou amando tanto escrever isso aqui, que estou meio que viciada. (Espero continuar assim)
Bem, agradeço a todos desde de já, pelos comentários e tudo mais. E de coração eu espero que gostem desse novo capítulo.

Capítulo baseado nos episódios 3x03 e 3x04

Tenham uma boa leitura!



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Aquela conversa com a Regina havia sido bem estranha, primeiro ela veio com aquele papinho de nossa magia, coisa que eu não queria fazer tão cedo... Podia até ter dado certo quando salvamos a cidade, mas da última vez, que ela tentou me colocar para dormir, não deu. E aquela experiência não tinha sido nada divertida, foi confusa e ainda me fazia perder o ar quando eu pensava naquelas sensações, naqueles sentimentos, naquele simples contato tão intenso de suas mãos em minhas mãos... Então fazer magia com Regina por enquanto estava fora de cogitação.

E sobre a fada, eu sabia que ela havia feito alguma coisa com ela, eu sabia que ela já a conhecia, seus olhos nunca mentiam, e assim que eu disse o nome Tinkerbell, eu vi medo nos olhos dela. E por mais que ela não tenha me dito de fato o que fez, era algo grande para Regina não querer nem vê-la. E por mais que quisesse ser deixada para trás por esse motivo, eu não ia deixa-la sozinha naquela ilha, somos uma equipe ela faz parte da Operação Henry. Ela é mãe dele. Nós somos.

Assim que encontramos a tal casa da Tinker, ela não estava lá. Mary Margaret de cara nos disse que não era bem uma casa e sim um local apenas para dormir. Vasculhamos o lugar em busca de alguma coisa, pó de fada, ou até alguma pista, mas a única coisa que encontramos foi um lenço que pertencia a Regina.

No mesmo instante meu coração disparou, Regina deveria estar em perigo, Tinkerbell estava nos seguindo esse tempo todo, só podia ser isso. Como eu pude ser tão idiota? Agora Regina era presa fácil, não tinha mais ninguém para ajuda-la ou protege-la. E se a fada tentasse alguma coisa contra ela? Só de pensar em Regina em perigo, ou aquela fada a machucando-a, eu fiquei cega, cega por um instinto de proteção que eu não fazia ideia de onde tinha surgido.

Só me lembro de sai correndo pela mata sem nem dizer nada. Eu tinha que salvá-la.

Fui direto para o acampamento e nada, aquilo só me fez ficar ainda mais nervosa. Onde Regina estava? Meu coração parecia que ia ser esmagado. Que sensação horrível era aquela... Voltei até onde tínhamos tido aquela conversa, onde ela tinha ficado, vi rastros nos chão, alguém havia sido arrastado, será que foram os meninos perdidos? Será que foram os meninos perdidos juntos com a Tinkerbell? Se alguma coisa de ruim tivesse mesmo acontecido com Regina, eu era quem não iria me perdoar.

Segui os rastros até uma caverna, não hesitei em entrar, eu ia tirar Regina dali de qualquer jeito, e nunca mais a deixaria correr novamente um risco tão grande como aquele. Mas ao ouvir a voz chorosa de Regina dizendo “Porque eu te entreguei meu coração?” me fez parar como se eu tivesse ficado imobilizada. Do que ela estava falando?... Em seguida uma voz desconhecida começou a falar com raiva... Ela perguntou porque Regina havia mentido para ela, que o feitiço nunca havia falhado antes, perguntou também o porque dela não ter atravessado a porta para encontrar sua alma gêmea... Alma gêmea? Deus do que elas estavam falando? Aquilo estava fazendo meu coração doer e minha cabeça girar. E a outra perguntou em seguida “Ser feliz era um destino tão terrível?”. Aquela pergunta doeu em mim. Era como se fosse feita diretamente para mim, não para Regina... E com uma voz ainda mais chorosa ela respondeu.

— Sim, sim era! Você está certa... – O jeito com que Regina estava falando me dava vontade de chorar... Qual era o meu problema? - Eu nunca fui, eu estava com medo... eu não... – Ela parecia não saber bem o que dizer, parecia confusa e aquilo me deixou inquieta. - Você disse que eu deveria me livrar da raiva que estava me consumindo. E de repente parecia que sem ela, eu apenas flutuava. – Eu a entendia, eu realmente a entedia. - Aquela raiva era tudo que eu tinha... E o que eu seria sem ela? – Sua voz era tão tremula, que achei que já estivesse chorando, eu queria entrar lá e acabar com tudo aquilo, mas ao mesmo tempo queria entender toda aquela conversa.

— Feliz! – A outra disse ainda com raiva.

— Fraca! – Regina respondeu com aquele tom que estava partindo meu coração.

— E veja que bem tudo isso fez a você... Acho que você sempre foi e sempre será fraca! Porque sou eu que estou segurando seu coração em minhas mãos, e não estou ouvindo nenhum motivo para não esmaga-lo.

Foi naquele momento que eu entendi o que a Regina quis dizer com “te entreguei meu coração” confesso que achei que tinha sido no sentido figurado, mas ao ouvir que a outra estava com o coração de Regina em suas mãos, eu me senti uma leoa, pronta para proteger minha cria. Entrei com tudo naquela caverna. Eu ia fazer aquela fada virar pó. Eu mesma queria arrancar o coração dela.

— Emma? – Regina disse assustada ao me ver entrar. – O que está fazendo aqui, vai embora! – Ela estava tão emocionalmente nua, como se seus sentimentos estivessem a mostra, que pareceu sentir vergonha por ver ali.

— Eu vim te salvar. – Eu estava ofegante, minha espada apontada em direção a... aquela... menina. Que nos olhava parecendo nos analisar.

— Vai embora! Deixa que eu resolvo isso. – Regina pediu sem toda aquela arrogância, ela realmente pediu, mas eu não iria sem ela. – Por favor... – Pediu olhando para o que a outra segurava, seu coração, me fazendo olhar também.

O coração na mão da fada batia forte e estava... brilhando... As duas ficaram por um momento olhando aquilo como se fosse a coisa mais entranha do mundo. Eu de fato nunca havia visto algo parecido, então para mim era sim a coisa mais entranha do mundo. Mas para elas... Era como se o coração tivesse começando a fazer algo que nunca tinha feito antes...

— Interessante... – Disse a menina olhando para o coração com um sorriso meio malicioso nos lábios, olhei para Regina em seguida, que parecia suplicar com os olhos para que ela não falasse nada.

— Interessante o que? – Eu perguntei querendo acabar logo com aquilo. – Devolva isso a ela... – A menina percebeu que eu fiquei sem saber como chama-la

— Tinkerbell. – Respondeu ainda com aquele tom de raiva.

— Tanto faz! Só devolva isso a ela e você não irá se machucar... – Dei um passo em sua direção, o que a fez recuar e levantar o coração diretamente para mim.

— Não se aproxime! – Ela ainda segurava o coração como se quisesse que eu o olhasse. – Se der mais um passo, eu faço! – Ela apertou levemente o coração o que fez Regina gemer de dor e quase cair.

— Não! Para! – Eu disse em desespero indo na direção de Regina. – Não machuque ela! – Eu estava literalmente apavorada com a possibilidade.

— Emma, por favor, vá embora... – Pediu com a mão onde seu coração deveria estar, seus olhos me imploravam para que eu fizesse, mas eu não podia. – Deixe-me resolver isso... – pediu novamente.

— Eu não vou deixar você de novo! – Afirmei com certeza para que ela parasse de pedir por aquilo. Seus olhos sorriram para mim no mesmo instante, era como se fosse aquilo que ela queria realmente ouvir.

— Muito interessante... – Tinkerbell disse outra vez olhando para o coração, fazendo-nos olhar também. Qual era o problema com o coração, o que tinha de tão interessante nele?

— O que tem de tão interessante? – Perguntei para Tinkerbell.

— O que tem de interessante aqui é... que ainda não ouvi um bom motivo para não esmaga-lo.

— Certo, você quer um motivo? – Regina perguntou com raiva, mas havia algo maior ali, arrependimento talvez. - Aqui vai... Você acha que eu estava com medo? Você acha que eu fiz a coisa errada? Fada, nesse momento você está tomando a mesma decisão. – Aquela Regina chorosa e totalmente vulnerável era de esmagar o meu coração. - Escolhi vingança no lugar de esperança. E você está segurando o resultado disso. Um pequeno e endurecido coração negro. – Ela apontou para o coração que estava na mão da outra. - Se você fizer as mesmas escolhas que eu fiz, então isso será o seu próprio futuro. Eu não vou lhe dizer o que fazer. A decisão é sua. Mate-me ou... Aja como a fada que você é.

— Regina não... – Falei mais para mim do que para elas, eu não ia deixar que a fada a matasse.

— Você disse que eu era uma péssima fada. – Tinkerbell falou mais triste do que com raiva.

— Então prove que eu estava errada. Escolha a esperança no lugar da raiva. – Regina olhou para mim por alguns segundos, era como se tentasse me dizer que ia ficar tudo bem, mas logo voltou a olhar a outra. - Escolha o amor e ajude a procurar o meu filho.

— É tarde demais para mim... – A fada respondeu sem esperança.

— Só se me matar... – Regina estava com seus olhos marejados e aquilo sempre me dava vontade de abraça-la. Eu realmente não sabia quando aquela vontade tinha começado, mas ao mesmo tempo que me parece a coisa mais errada do mundo, me parece a mais normal também. – Ainda há esperança para todos Tinker... Eu ainda não sei o que é... mas você viu... o que aconteceu... – Regina apontou para o coração, o que me fez olhar também, a Fada em seguida me olhou de canto de olho, mas logo voltou a olhar para Regina.

— Não matarei você... – Foi em direção a Regina. - Mas também não irei ajuda-la. – Tinker entregou o coração à ela. - Além disso é provavelmente tarde demais. Ele está lá há muito tempo... – Foi o que a Fada disse antes de dar as costas e sai por onde eu entrei.

Minha cabeça estava dando um nó tão grande que estava latejando de dor... O que foi aquilo tudo? E como assim já era tarde para o meu filho? Isso não poderia ser verdade, eu sabia que ele não vai perder a esperança, eu sabia que ele estava nos esperando...

E o que a Regina quis dizer com “Eu ainda não sei o que é, mas você viu o que aconteceu”. O que de tão interessante tinha no coração dela? Aquilo também estava me fazendo ter tonturas. Era muita coisa ao mesmo tempo...

— O que ela quis dizer com é tarde demais para o Henry? – Perguntei depois de um longo silêncio. Mas não deixei que ela respondesse , já fazendo outra pergunta. – E o que de tão interessante tem seu coração?

— Não é tarde para ele... Ela só quis me irritar... – Ela disse em tom baixo, sua expressão era de dor, ela havia colocando o coração de volta.

— Foi o que pensei... – Eu ainda estava bem confusa com tudo. – Mas o que você disse... que vocês viram o que aconteceu... – Ela me olhava sério, mas seus olhos estavam com medo. – Com o seu coração, o que foi aquilo?

— Não foi nada... na verdade eu não sei... – Agora sim eu estava ainda mais curiosa, ela não queria me dizer o que havia acontecido.

— Eu sei que você sabe. Eu posso não entender de magia, mas sei que ela só não te matou porque alguma coisa muito interessante... – Eu ironizei o interessante. – aconteceu o seu coração...

— Emma... – Ela engoliu a seco como se tentasse arrumar um jeito de me responder, seus olhos olhando ao redor, e por fim voltaram aos meus. Ela estava confusa. – Eu não posso lhe explicar o que eu não sei...

— Ai estão vocês! – Mary Margaret disse entrando correndo - Estamos com a Tinker! Acho que ela vai nos ajudar.

— Vai? – Eu e Regina perguntamos juntas.

— Como conseguiu isso? – Regina perguntou desconfiada.

— Eu ofereci algo para ela. – Mary disse feliz.

— Seu amor colorido e seus pôneis de pelúcia? – Regina debochou com um sorrisinho de canto. Ela não perdia uma chance se irritar minha mãe.

— Não Regina, eu ofereci uma família, um lar. – Mary disse séria, como se fosse muito melhor do que as piadinhas de Regina.

— Bem, vamos logo então... – Foi eu quem disse, eu só queria sair daquela caverna.

Voltamos para o acampamento, tínhamos que resolver o que realmente iriamos fazer. Já que a Fada iria nos ajudar, ela nos levaria até o acampamento de Peter Pan e nos colocaria lá dentro. Debatemos sobre como iriamos entrar, estavam todos de acordo, mas as coisas mudaram quando Tinker descobriu que não tínhamos um plano de fuga. Foi nesse momento que ela voltou para sua casa dizendo que só nos ajudaria se realmente tivéssemos como sair da ilha.

Hook nos disse que ninguém nunca saiu da ilha sem a permissão de Pan. E que Neal era a única pessoa que já havia feito aquilo. Então resolvemos ir à procura da casa de Neal, onde ele poderia ter deixado alguma pista de como tinha conseguido deixar aquela ilha.

Andamos por um bom tempo pela mata, até que achamos uma espécie de gruta onde o pai do meu filho viveu quando criança. Fiquei parada olhando tudo a minha volta. Tinha muitos rabiscos nas paredes, desenhos... Confesso que me senti estranha naquele lugar, era completamente diferente de tudo que eu já havia vivido, mas ao mesmo tempo me parecia familiar.

Começamos a vasculhar todos os cantos, mas de inicio não achamos nada. Na verdade eu estava mais olhando para aqueles desenhos na parede do que procurando alguma coisa. Por mais que Neal tivesse morrido, por mais que eu não fosse mais apaixonada por ele, eu ainda o amava... Por mais que eu tivesse até de certa forma aliviada por saber que nunca mais iria vê-lo, eu não queria o mal dele. E todos aqueles desenhos me faziam ver como ele sofreu sozinho naquela ilha.

Sem querer eu achei um mapa, não um mapa qualquer, era um mapa que mostrava as estrelas, um mapa que talvez nos tiraria daquela ilha. Mas apenas Neal saberia ler aquilo e ele estava morto... Então nada naquele lugar havia realmente sido útil... Fiquei com raiva, raiva de tudo, de Neal, dos meus pais, de Regina... Eu estava enlouquecendo e queria meu filho de volta, queria ir para casa...

Meus pais vieram atrás de mim, como se fossem os melhores do mundo. Eu não queria conversar, não queria ouvir que tudo ia ficar bem, eu não queria aquele otimismo sem fim me rodeando naquele momento. Eu só queria ficar sozinha. Eu só queria sentir raiva em paz.

Voltei para o acampamento quase correndo. Eu queria gritar, eu queria chorar. Eu não conseguia entender tudo aquilo. Era demais para mim. E cada minuto que se passava naquela ilha, eu me sentia ainda mais órfã, mesmo não sendo mais. E aquilo me fazia ter lembranças horríveis, eu tinha que achar meu filho o mais rápido possível.

Logo todos voltaram e se acomodaram, iramos descansar um pouco, Mary e David logo se deitaram, Hook tentou vir puxar assunto, mas eu o mandei dormir, não estava afim de conversinha, eu só queria colocar meus pensamentos em ordem, porque dormir eu sei que não ia conseguir.

Depois de um tempo ali sentada em minha cama eu me levantei, pensei em caminhar, mas não consegui ir muito longe. Subi em uma pedra grande e alta e me sentei olhando aquele céu negro, com aquela lua gigante e aquelas estrelas brilhantes. Se aquele não fosse um lugar tão sombrio, se não me trouxesse sentimentos tão ruins eu poderia dizer que, não existe noite mais linda do que a de Neverland.

— O que faz aqui? – Regina perguntou atrás de mim como uma assombração.

— Você precisa mesmo fazer isso? – Perguntei irritada pelo susto, olhando para ela de onde eu estava.

— Fazer o que, querida? – Sorriu com ironia. 

— Surgir do nada como uma assombração... – Eu desviei o olhar voltando a olhar para o céu. – No que posso te ajudar, Regina?

— Em nada... – Ela se sentou ao meu lado como se eu tivesse a convidado. – Toma. – Ela me ofereceu um chocolate. – Tenho certeza que vai ajudar.

— Acho que a única coisa que me ajudaria nesse momento é algo bem mais forte que isso... – A olhei de canto, dando um leve sorriso.

— Algo como... – Ela transformou o chocolate em um copo de Whisky, na verdade em dois. – Isso? – Seu sorrido de canto era sarcástico, mas seus olhos estavam leves e felizes.

— Bem melhor. – Eu peguei um dos copos e dei um gole.

— Eu sei, bem melhor do que aquele rum barato daquele pirada idiota. – Ela revirou os olhos dando um gole em seguida. Ficamos em silêncio por alguns segundos olhando para o céu. Alguns segundos depois Regina respirou fundo como se tomasse coragem para dizer algo. – Obrigada por ter ido atrás de mim... – Eu olhei para ela que continuou olhando para o céu.

— Foi a coisa certa a se fazer Regina, não tem porque me agradecer... – Ela me olhou sem expressão, mas seus olhos estavam tão serenos. – Estamos aqui para resgatar Henry e você faz parte dessa equipe.

— Mesmo assim, obrigada. 

— Não precisa... – Eu tomei mais um gole daquele Whisky. – Eu faria quantas vezes fosse preciso. Eu não deixaria Henry te perder. – Eu disse Henry, mas alguma coisa dentro de mim também não queria perde-la... Regina ficou em silêncio por alguns segundos, olhou ao redor e voltou a me olhar.

— É tão estranho ter alguém assim... – Ela estava saindo de trás de sua muralha, eu conseguia ver naquele momento a Regina que sempre senti.

— Assim como? 

— Alguém para te ajudar... te salvar... – Dava para ver o quanto difícil era para ela dizer aquelas coisas. – Faz tanto tempo que não me sinto assim...

— Assim como? – Meu coração estava começando a acelerar.

— Protegida, Emma... – Ela pareceu vomitar aquilo. – Por mais que sua proteção venha indiretamente, por mais que seja por causa de Henry... – Naquele momento ela estava mesmo diante de mim, sem muros, apenas a Regina sozinha e triste. – Eu me sinto segura com você...

— Bem ou mal, certo ou errado Regina... Acho que é isso que as famílias fazem... – Eu queria tanto abraça-la e dizer que não precisava mais ser daquela maneira, que todos poderiam viver em paz... Mas porque diabos eu queria tanto abraça-la? – Como já te disse, você pode sim ser feliz... Mas isso só depende de você... Deixe seus muros, sai desse papel de Rainha Má, e seja você mesma... – Eu tentei sorrir para ela, que me olhava de um jeito um tanto incomum, era uma ternura misturada com medo, mas confesso que era um belo olhar.

— Fala como se fosse fácil... – Desviou bebendo em seguida.

— Não vai conseguir de uma hora para outra... mas se continuar tentando, uma hora consegue. – Eu tomei meu ultimo gole de Whisky, aquilo realmente me relaxou. – Na verdade, acho que já está conseguindo. – Eu olhei para ela e sorri de canto, mas confiante.

— É talvez... – Agora foi ela quem bebeu seu ultimo gole. – Mais uma dose?

— Talvez outra hora... – Eu me levantei e estendi minha mão vazia para que ela levantasse. – Vamos voltar, acho que agora eu consigo dormir um pouco. – Ela segurou em minha mão para se levantar, assim que estava de pé pegou meu copo e o fez sumir junto com o dela.

— Vamos sim, antes de Mary Margaret sinta sua falta e ache que te sequestrei para fazer uma troca com Peter Pan. – Ela disse debochada.

— Ela não acharia isso... – Eu disse também debochada sorrindo no final.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Espero que todos tenham curtido. Porque de verdade eu estou amando fazer isso aqui!

Não deixem de comentar, é muito importante saber o que vocês pensam!