Linha Tênue escrita por TAYAH


Capítulo 21
Nascer de novo - Regina


Notas iniciais do capítulo

Vamos ao que interessa... Eu tranquei a faculdade e estou fazendo pré vestibular, logo minha vida vai ser muuuito corrida esse ano. Por isso nas últimas duas semanas eu não postei nada, estava fazendo mil coisas ao mesmo tempo.

O que venho aqui informar a todos é que essa fanfic irá até o capítulo 22, sendo que eu estava com varias novas ideias, mas vou ter que 'interrompe-las'. Então vou dar um 'final' para ela no próximo cap, e quando eu conseguir reorganizar minha cabeça e meu dia a dia, eu volto com a fic, mas com uma segunda temporada, cheia de novas aventuras.

Bem, espero que gostem desse capítulo que levou tanto tempo para ser escrito.

Boa leitura!



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Inacreditável como eu me sentia confortável ao lado de Emma. A felicidade era tão grande que eu estava a ponto de flutuar. Eu havia me apaixonado uma vez, mas sem duvidas aquilo que eu estava sentindo era bem diferente. Tão distinto de tudo, que até alguns medos que eu nunca havia imaginado sentir, começaram a entrar pela porta da frente sem pudor. Mas o que estava mesmo me assustado, era o simples fato de eu começar a pensar no que os pais de Emma iriam achar. Na verdade meu medo era... Snow e Charming fazerem de tudo para tirarem o meu final feliz... Mas eu lutaria por ele, nem que fosse a última coisa que eu fizesse.

— E agora Emma... – Eu perguntei insegura com aqueles medos completamente novos rondando meu coração. - O que vamos fazer? - Eu senti vontade de leva-la embora junto com Henry para um lugar bem longe.

— Eu não faço ideia... – Ela disse com aquele sorriso travesso, como o de Henry. - Sei que temos muito o que conversar ainda, mas acho que com calma, eu e você, juntas, podemos fazer qualquer coisa e resolver qualquer problema. – Foi inevitável não me sentir a pessoa mais forte do mundo.

— Nunca pensei que fosse ficar tão feliz em ver o otimismo dos Charmings a minha frente. – Fui irônica, mas estava realmente feliz com aquilo.

Nos separamos um pouco.

— Foi tão parecido assim? – Ela sorriu sem jeito como se tivesse falado alguma besteira.

— Sim querida... – Eu deixei escapar uma risadinha única e prossegui. – Está no seu sangue... Você pode até duvidar disso, mas é bem parecida com eles. – Eu ergui uma de minhas sobrancelhas, mas sem desfazer meu sorriso.

— É... confesso que nesse momento eu me sinto igual a eles. – Ela fez uma careta.

— Igual não... - Eu disse fingindo estar um pouco brava. – Apenas parecida em alguns aspectos. – Eu sorri de canto. – Porque se fosse igual, eu realmente estaria pagando por todos os meus pecados. – Eu comprimi o sorriso para não rir da expressão de indignação que ela fez, que logo se transformou em algo sério, mas descontraído ao mesmo tempo. Estávamos apenas fazendo o que sabíamos fazer, mas sem ofensas de verdade.

— Nem se eu e Henry fossemos as cópias deles, você conseguiria pagar pelos seus pegados Regina. – Ela provocou daquele jeito que só ela sabia fazer. – Mas não se preocupe, que eu... – Ela fez uma pequena pausa olhou para meus lábios, mas voltou a encarar meus olhos. – Posso não ser igual, mas sei que posso ser pior... E você não tem ideia do que eu sou capaz... – Ela terminou a frase encarando meus lábios por mais tempo do que o normal, o que me fez sorrir e ficar ainda mais feliz. A nova vida que estava por vir ia ser melhor do que qualquer coisa que eu já tinha tido em minha vida.

— É exatamente por isso que eu estou aqui Emma... – A provoquei acabando com o espaço que tinha entre nós, fazendo meu coração disparar. – Porque eu adoro um desafio... – Eu disse olhando para seus lábios, sentindo sua respiração se misturar com a minha. – E nada mais nesse mundo... pode me fazer mais feliz do que essa batalha... – Eu segurei em seu rosto com uma de minhas mãos, sem tirar meus olhos de sua boca. Eu queria beija-la até perder o ar e perder muitas outras coisas. – Essa grande batalha que eu e você temos pela frende... Swan... – Eu disse desviando meus olhos para os dela que me diziam o quanto estava gostando daquilo, tanto quanto eu. Mas confesso que aquele ali era o meu limite, não tinha como seguir em frente. Mas resolvi acabar com aquilo da melhor maneira que eu poderia conseguir naquele momento. – Então... eu quero que você me mostre de tudo que é capaz de fazer... – Eu selei seus lábios com vontade, mas a soltei em seguida, me separei de seu corpo e lhe dei as costas me apoiando ao corrimão do coreto. Eu estava tonta. Tonta de amor.

Aquilo foi mais do que eu estava preparada. Aquela provocação da parte dela e depois da minha me fez sentir um calor junto com um arrepio que subiu por minha espinha. Sensações tão familiares e distintas que me faziam ter ainda mais medos que eu não conhecia.

Tudo ainda era muito novo e até inacreditável. Se Rumple que vê o futuro, tivesse me contado que eu um dia teria meu final feliz de volta e que aquele final feliz tinha a ver com os Charmings, eu o mataria por zombar com a minha cara.

Mas lá estava eu, completamente entregue e disposta a dar a minha felicidade para Emma Swan - filha de Snow White e Prince Charming – aquela que eu quis matar assim que soube que seria a responsável por quebrar minha maldição. Aquela que era mãe biológica do meu filho. Aquela que eu quis o mais longe possível quando apareceu dez anos depois de Henry ser somente meu.

E ali, naquele lugar, com Emma sendo tão realmente minha, eu não me arrependia de absolutamente nada, porque foi as escolhas que eu tomei, sendo elas erradas ou não, foram elas que me trouxeram de volta o meu final feliz. Foram elas que trouxeram Emma e Henry para minha vida.

Emma depois de alguns segundos se colocou ao meu lado, apoiando seus cotovelos no corrimão. Só pelo som se sua respiração eu podia ouvir o quanto eu a tinha deixado tensa. Não que deixa-la assim fosse novidade, mas daquela vez, era bem diferente das outras.

— Você quer ficar para o almoço Emma? – Eu perguntei me virando para ela, que apenas me olhou de canto, com aquele sorriso lindo. Em seguida sem dizer nada ela apenas balançou a cabeça positivamente voltando a olhar para o riacho que se passava ali perto. – Então vamos voltar para o castelo, antes que Tinker e Henry nos achem aqui.

Eu disse aquilo mais com medo do que qualquer outra coisa. Eu sabia o que queria, mas eu não tinha ideia do que realmente fazer. Já havia tanto tempo que eu tinha sido realmente feliz, que eu nem ao mesmo conseguia me recordar ao certo o que fazer em situações como aquela.

Como agir quando o corpo pede mais do que deve, ou o que dizer quando a vergonha toma conta, ou o que fazer quando o silêncio prevalece ae apenas os olhos se comunicam.

Na teoria eu talvez até soubesse o que fazer, mas na pratica... Eu realmente estava apavorada com todas aquelas cosias novas que estavam vindo de todas as partes.

Eu estava mais que feliz, uma felicidade indescritível para dizer a verdade... Mas esse era o real problema, eu havia sito infeliz por tanto tempo, que aquela euforia estava me quebrando de medo por dentro. Eu estava com medo de ser feliz...

Do mesmo jeito que chegamos ao coreto, nós voltamos para onde estávamos – com magia. O que fez Emma como sempre ficar com aquela cara de assustada por alguns segundos. Foi inevitável não sorrir.

— Vocês voltaram... – Henry disse com um sorriso travesso nos lábios, sentado no mesmo lugar que estava antes de Emma chegar, na minha mesa de chá perto da macieira.

— Vocês não tinham ido para os estábulos? – Emma perguntou ao se virar para Henry e Tinker.

— É... Mas preferimos deixar para amanhã... - Henry disse descontraído, mas sem deixar de analisar Emma e eu como um detetive. – E vocês duas em... Onde foram? – Ele perguntou curioso como Snow costumava fazer.

— Olha ai o sangue dos Charmings falando mais alto outra vez. – Eu disse diretamente para Emma que sorriu, já Henry e Tinker se olharam como cumplices.

— Não tem para onde fugir Regina... – Emma disse diretamente para mim, com um sorriso divertido.

— Eu já disse que essa não é minha intenção Emma... – A provoquei como se nosso filho e Tinker não estivessem ali.

— É... você já disse o que quer... – Rebateu no mesmo tom que eu, fazendo meu coração disparar.

— Do que vocês estão falando? – Henry perguntou com a expressão bem confusa fazendo-me sentir vergonha.

— Nada! – Emma e Eu falamos juntas de imediato, eu particularmente quis esconder meu rosto como uma adolescente.

Eu não pretendia mentir para Henry e nem para Tinker. Vivi tantos anos mentindo e omitindo coisas que só de pensar que poderia perder as pessoas que amava por bobeira eu sentia meu coração se apertar. Então umas das coisas das quais eu tinha realmente dado fim na minha vida eram as mentiras. E qualquer coisa que eu decidisse eu contaria sem medo para aqueles que realmente me importavam.

Não tinha motivo nenhum para mentir para Henry e Tinker, ainda mais para eles dois. Tinker sabia dos meus sentimentos até mesmo quando eu não me lembrava de quem eles eram. Já Henry era nosso filho, esperto e inteligente... Presenciou coisas que mais ninguém sabia e até mentiu para os avós para não nos prejudicar. Eles sabiam de tudo, talvez até mais que Emma e eu.

— Nada? – Ele perguntou nos olhando curioso com o mesmo sorriso travesso nos lábios. – Não sei se vocês sabem, mas eu não sou mais criança... E já que sou filho das duas... – Ele apontou para Emma e eu. – Acho que posso considerar que tive uma ótima criação, junto com ótimos genes... – Ele falava com calma como se nós duas fossemos as filhas e não as mães. – Então posso afirmar que não sou bobo e gostaria de lembrar a ambas minhas mães... que... eu era o único com vocês duas... dentro daquela bolha de proteção que Emma fez quando Regina estava desacordada. – Ele disse como se nos desafiasse a contar tudo para ele.

Emma e eu nos olhamos rapidamente, mas foi tempo suficiente para estarmos de acordo com o que eu tinha em mente. Eu não entendia ao certo, mas sabia que ela concordava com o que eu fizesse e que seguiria meus passos como se fosse tudo ensaiado.

— E o que você está insinuando com isso Henry? – Eu perguntei ao estreitar o olhar, querendo ver até onde ele poderia chegar.

— Que eu quero saber... se... – Ele recuou ao ver minha expressão fechada para ele, mas respirou fundo para prosseguir. – Quero saber o que vocês conversaram, o que resolveram... – Ele disse como Emma costumava fazer quando queria me impor autoridade. Aquele jeitinho dele estava cada dia mais parecido com o dela.

— Você quer saber o que nós conversamos? – Eu fiz uma pequena pausa o analisando, que tentava se manter firme. – Tudo bem... Mas antes, eu quero entender o que você insinuou com o que disse antes. – Eu disse ainda séria, mas estava rindo por dentro, a felicidade estava me fazendo querer rir de tudo e brincar com tudo.

Minhas intenções com Henry era fazê-lo perguntar, fazê-lo dizer o que realmente queria saber. Sem meia volta ou perguntas ocultas. Nada de entrelinhas, eu queria que nosso filho fosse direto. Que fizesse sua real pergunta sem medo.

— Mãe... – Ele disse um pouco impaciente para mim, eu tive que me segurar para não rir. – Eu não sei se você está querendo me fazer de idiota ou se está se fazendo de idiota. - Ele respirou fundo. – Então me diga... O que vocês resolveram? – Ele perguntou de novo, mas não era a pergunta que eu desejava.

— Resolvemos que Emma vai ficar para almoçar. – Ao ouvir minha resposta, ele revirou os olhos igualmente Emma costumava fazer. O que me fez sorrir com sua atitude. – Henry... – Eu o chamei com calma ainda com um sorriso de canto, ele apenas me olhou com a expressão irritada. – Querido... Pergunta, sem medo... O que exatamente você quer saber? – Confesso que senti o nervosismo tomar conta.

— Eu já disse, o que foi que vocês resolveram? – Ele perguntou impaciente.

— Se é isso que quer saber eu já respondi... Que Emma vai ficar para o almoço. – Ele bufou ainda mais irritado. – Olha Henry... De fato, Emma e eu só resolvemos isso... – Eu olhei para a outra mãe do meu filho em seguida. – Estou errada Emma? – Ela me olhou com sorriso nos olhos e em seguida para ele.

— Realmente... Foi apenas isso que foi resolvido criança... – Ela sorriu de um jeito infantil para ele.

— Ah sim... – Ele estava realmente impaciente. – Então minha mãe... – Ele apontou para mim, mas falava diretamente com Emma. – Levou você sabe lá Deus para onde, só para te chamar para almoçar e fim? Claro, claro, eu acredito nisso. – Ele cruzou os braços. Naquele momento era a minha criação, o meu jeito que estava falando mais alto nele.

— Não disse que foi só isso, o que estou dizendo é que apenas o almoço foi resolvido. – Ela falava com ele de forma calma, estávamos tão felizes que parecíamos duas idiotas drogadas pela alegria.

— Henry... filho... – Eu o chamei. Mas ele ainda estava com a cara fechada. – Emma vai ficar para o almoço, o que mais você precisa saber?

Por alguns segundos o silêncio prevaleceu, Henry ainda irritado, nos olhando sem parar de nos analisas. Já eu achando tudo aquilo uma graça.

Onde que eu ia parar se continuasse com aquele jeito abobalhado?

Ia acabar me saindo pior do que a idiota da Snow. Mas para falar a verdade, pior ou melhor... Eu estava adorando aquelas sensações em meu ser.

Tinker que não havia pronunciado nenhuma palavra, parecia estar inquieta e eu sabia que ela não ia mais aguentar por muito tempo.

— Vocês estão juntas? – Tinker perguntou em tom alto como se deixasse as palavras fugirem de sua boca. Ela tinha chegado ao seu limite de silêncio e curiosidade. – Desculpa, eu não aguentei. – Ela tampou a própria boca falando diretamente com Henry.

— Tinker! – Henry a repreendeu. – Você disse que não ia perguntar.

— E você disse que ia tentar ser direto! – Tinker retrucou.

— Mais do que eu fui? – Henry respondeu indignado.

— Não! Direto é uma coisa que você não foi... – Tinker cruzou os braços ainda falando com ele. – Você só estava dando voltas e voltas e eu te disse como tinha que ser... – Ela se virou para mim que apenas observava a cena com um leve sorriso nos lábios. – Agora já era... Vai Regina fala, fala! – Ela falava comigo, impaciente e curiosa. – Vocês duas estão juntas? – Eu sorri ainda mais, e fiquei balançando a cabeça negativamente.

— Eu... – Eu comecei a falar, mas de fato não sabia responder a aquela pergunta tão simples. – Eu não sei... – Eu respondi sinceramente.

— Como não sabe? – Henry perguntou confuso, revezando o olhar entre Emma e eu.

— Como eu disse, a única coisa que resolvemos é que Emma ficaria para o almoço. – Eu olhei para Emma e peguei em sua mão. Seus olhos estavam felizes, mas sua expressão era quase séria. – Mas se ela quiser, pode ficar para o jantar também... – Eu apertei sua mão antes de solta-la, já ela sorriu com os lábios também.

— E isso quer dizer?... – Henry perguntou ainda um pouco confuso.

— Que elas estão juntas. – Tinker falou baixinho fingindo contar um segredo para Henry, mas ambas ouvimos e nos entreolhamos com um sorriso envergonhado.

— Criança... – Emma disse para ele fazendo uma pequena pausa em seguida, como se pensasse no que iria dizer. – Eu e sua mãe... – Ela parecia querer buscar as palavras certas. – Não resolvemos nada, apenas esclarecemos algumas coisas... – Henry prestava toda atenção nela. Assim como eu também. – Coisas das quais estavam guardadas há um bom tempo...

— Que tipo de coisas? – Henry perguntou de imediato.

— Coisas como... – Emma me olhou com aquele sorriso permanente, como se me pedisse ajuda.

— Finais felizes nem sempre são como a gente achou que iria ser... – Eu completei por ela. – E que nós duas... – Eu olhei para Emma que me olhava com carinho, mas voltei a olhar para Henry. – Que por mais traiçoeiro ou cômico que o destino seja... – Eu disse com um pouco de ironia. – Nós sabemos que nosso final feliz está aqui... Que nosso final feliz só pode ser realmente verdadeiro com nós três juntos, como uma família.

O sorriso dele foi tão grande, mas tão grande, que eu cheguei a me emocionar com tanta felicidade junta. Sem dizer uma palavra ele levantou num pulo, veio em nossa direção e nos abraçou com todo aquele amor que estava nos rodeando.

Nosso primeiro abraço consciente de que aquilo era realmente uma família. Mas uma família de verdade, com direito a todos juntos para todo o sempre. Assim eu esperava.

Aquele contato tão intenso e cheio de sentimentos me fez sentir uma força que eu nunca havia sentido em toda a minha vida, nem mesmo com Daniel e nem com magia. Aquela segurança, aquela paz, aquele contentamento, era sem duvidas o meu final feliz.

Emma era o meu amor verdadeiro.

O resto do dia se passou tão depressa, que as horas mais pareceram minutos. Se eu pudesse simplesmente pararia o tempo para sempre naquele dia, foi tudo tão perfeito, tão mágico que eu comecei a entender o verdadeiro significado de "contos de fadas".

As conversas, as risadas, as brincadeiras, as insinuações, os olhares, e até mesmo os pequenos contatos físicos com Emma – as mãos se tocando, nossos braços se encostando - me fizeram ter sensações novas, que me davam borboletas no estomago e calafrios gostosos que me subiam pela espinha.

Por muitas vezes eu me vi como uma menina, como aquela mesma Regina apaixonada de dezessete anos, sem feridas, sem magoas, sem rancor.

Emma tinha esse poder sobre mim. Apenas sua presença, suas risadas, seus olhares, me faziam simplesmente esquecer por completo todas as coisas ruins que passei em minha vida. Era como se todas as minhas feridas não existissem, era como se eu estivesse nascido de novo. Na verdade, acho que era exatamente aquilo, Emma Swan me havia feito nascer de novo, para uma vida completamente perfeita, tão perfeita que eu nunca nem imaginei que pudesse vive-la.

E lá estávamos nós três – eu, Emma e Henry – sentados em minha grande cama... com a lua cheia no céu, que invadia o meu quarto deixando tudo ainda mais harmonioso.

— Mãe... mãe?! – Henry chamou por Emma ao parar de rir. – Sabe aquela blusa... – Henry me olhou já com um sorriso travesso no rosto. – Aquela que eu peguei da minha mãe para te emprestar?

— Henry, não! – Eu disse séria para ele já sentindo-me envergonhada.

— Então... – Ele me olhava com o mesmo sorriso, enquanto eu praticamente o amaldiçoava com meus olhos, ele não podia falar aquilo.

— Eu disse que não! – Eu falei ainda mais firme que antes.

— O que tem a blusa? – Emma perguntou curiosa.

— Depois que você a devolveu minha mãe começou a usa-la como pijama. – Henry falou rapidamente, como uma criança travessa ao contar um segredo.

— Henry! – Eu joguei um dos travesseiros em sua direção. – Eu falei que não!

— Ah mãe... – Ele falava entre o riso. – Qual o problema? Agora você não precisa mais daquela blusa para dormir, agora você tem minha mãe para isso! – Ele disse ainda do mesmo jeito que antes, só que com uma pitada de deboche.

— Criança!... – Emma chamou sua atenção nitidamente também envergonhada. – Você não está ajudando desse jeito...

— Claro que estou, só que agora vocês não conseguem ver isso! – Henry disse como se tivesse toda a razão do mundo.

— Quer saber o que a gente realmente não está conseguindo ver nesse momento? – Emma perguntou séria para ele, mas eu sabia que era brincadeira.

— O que? – Henry perguntou como um desafio.

— A gente morrendo de rir ao te fazer pedir para parar. – Naquele instante Henry a olhou já dizendo não com a cabeça, mas antes de que qualquer palavra pudesse sair de sua garganta, ela avançou em cima dele e começou a lhe fazer cocegas sem parar.

É claro que eu me juntei a ela, é claro que não apenas Henry recebeu cócegas, é claro que todos nós fomos vitimas uns dos outros. Aquilo era como nos filmes que eu havia visto em Storybrooke, era na verdade ainda melhor, porque era minha família ali, eram os meus amores, eram minhas risadas, o meu final mais que feliz.

Como uma assombração indesejada Snow White foi quem nos fez parar com a nossa brincadeira tão divertida, engraçada e de tirar o fôlego. 

Eu estava sem ar, com os cabelos despenteados, a barriga doendo e literalmente em cima de Emma, com Henry praticamente montado nas minhas costas – ele estava me ajudando a derrota-la, e nós teríamos conseguido se não fosse aquela fofoqueira que não havia sido chamada.

— O que vocês estão fazendo? – Snow perguntou com a expressão mais confusa do mundo, o que fez nós três pularmos da cama, ficando de pé cada um de um lado, como se estivéssemos fazendo a coisa mais errada do mundo.


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Notas finais do capítulo

E aê, o que acharam? Snow sempre se metendo onde não foi chamada.



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