Linha Tênue escrita por TAYAH


Capítulo 16
Nunca desistir - Emma


Notas iniciais do capítulo

Por favor amem esse capítulo como eu o amo, mas não me matem como o final.
Só para deixar claro, para todos! Vai dar tudo certo, é uma história de amor verdadeiro, e vai todo mundo ser feliz! Me chamo Monique e não A&E, logo vai realmente dar tudo certo! hahahahah

Aaaaah o capítulo ficou menor, mas é porque foi necessário, isso não quer dizer que ele seja menos importante, muito pelo contrário ok?! Ele é MUITO IMPORTANTE!

Boa leitura!



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Ainda no caminho eu resolvi que deixaria tudo nas mãos de Henry. Eu confiei nele para que fizesse Regina acreditar em quem realmente éramos. Então eu não dei uma palavra depois que descemos de Ciena.

A conversa entre eles estava indo para o caminho certo. Eu apenas admirava aquela cena entre mãe e filho com vontade de abraçá-los. Mesmo Regina não se lembrando de nada, o seu olhar para Henry ainda era o mesmo. Até o tom de voz era amorosamente materno.

Tinha dado certo, no momento em que Henry completou o sonho de Regina, eu soube que ela ficaria do nosso lado, eu soube que ela mesma nos ajudaria a fazer todos recuperarem suas memórias. Eu fiquei tão feliz e empolgada com aquele avanço, que eu quase me juntei ao abraço deles, mas me mantive onde estava. Aquela aceitação da parte de Regina, mesmo sem suas lembranças, chegou a me tirar um sorriso e dar um alívio em meu coração.

Ao se separarem, ainda em um ato materno, Regina pegou no rosto de Henry com as duas mãos, tirando-me outro sorriso de canto, e fazendo-me ficar ainda com mais vontade de abraçá-los. Ela o admirava com tanto amor, que eu quase acreditei que ela já tinha suas memórias de volta.

— Agora! – Eu ouvi um grito vir de trás de mim, junto com uma luz que atingiu Regina fazendo-a cair no gramado, deixando-a inconsciente.

Pessoas surgiram de todos os lados, pessoas que eu conhecia, e que também não conhecia. Estávamos cercados, não tinha para onde fugir. Regina caída ao chão, Henry assustado, imóvel igualmente a mim. Não sei se fiquei parada por horas, ou se foram apenas segundos. Mas aquele tempo pareceu eterno, aquele momento em que eu não sabia o que fazer... eu estava assustada e confusa.

— Peguem eles! – David ordenou para os guardas que vieram em nossa direção.

— O que... o que vocês estão fazendo? – Eu perguntei em tom alto e sem fôlego, diretamente para Mary Margaret, que me olhava com os olhos decepcionados. Ela, por sua vez, levantou a mão, como se os mandasse recuar. – O que fizeram com ela? – Eu me abaixei com pressa ficando de joelhos próxima à Regina.

— Eu disse Snow, eu disse que elas eram cúmplices. – Ruby falou com reprovação, mas eu não dei a mínima, eu estava era desesperada com Regina desacordada.

— Regina? Regina? – Eu a chamei inutilmente tocando em sua mão, sua pele estava gelada e aquilo me assustou ainda mais. – O que vocês fizeram? – Eu perguntei com medo, medo dela realmente nunca mais acordar.

— Não! Não! – Henry estava assustado. - O que vocês fizeram com a minha mãe? – Seus olhos estavam vermelhos, ele estava se segurando para não chorar.

— Nada, querido. – Mary disse um pouco confusa. – Sua mãe que nos traiu se aliando à Rainha Má. – Ela me olhou com os olhos tristes. – Eu confiei em você Anna, eu acreditei que você poderia realmente salvar minha filha. Mas quando Red me disse que você estava mentindo... que era uma espiã de Regina, tivemos que tomar as providências. – Ela estava realmente triste com aquilo. Já eu, desesperada, tinha que tirar Regina dali. – Mas confesso que você deixou as coisas bem mais fáceis para gente. Porque sem você nós iríamos demorar muito mais para conseguir pegá-la. – Mary Margaret estava realmente decepcionada com o que achava ser verdade.

— Não! – Henry disse dando um passo na direção deles. – Vocês não vêem? Não conseguem ver que está tudo errado? – Ele dizia com um pouco de raiva. Enquanto eu me sentei ao chão e puxei Regina para meu colo, eu tinha que protegê-la. – Vocês não vão conseguir nada com minha mãe, acordem ela... – Henry dizia com a voz firme , mesmo que chorosa. - Por favor...

— Eu não estou entendendo. – Mary disse para Henry, com seus olhos completamente confusos.

— Regina... acordem ela! – Henry disse do mesmo jeito que antes, mas dessa vez apontando para Regina. – Por favor, minha mãe salvou todos nós... – Ele disse mais para ele do que para todos. – Sei que é difícil de acreditar, mas as coisas não são como vocês pensam. Não se passaram nove meses desde o dia em que a maldição foi lançada. – Todos o olhavam com atenção, incluindo eu. – Se passaram quase trinta anos. Meu nome é Henry, Henry Mills, em homenagem ao...

— O pai da Regina... – Mary Margaret completou com os olhos ainda mais confusos. Todos permaneciam em silêncio, Henry prosseguiu.

— Regina é minha mãe adotiva, ela que me criou sozinha até os meus dez anos... – Ele dizia olhando apenas para meus pais. Enquanto isso, eu com Regina em meu colo, via que o rosto dela perdia a cor a cada minuto que se passava. – Que foi quando eu fui procurar minha mãe biológica, Emma... – Ele olhou para mim, fazendo um murmurinho entre as pessoas. – Minha mãe não se chama Anna Duck... e sim Emma Swan... – Só nesse momento ele voltou a olhar para Mary e David. O murmurinho ficou ainda maior – Minha mãe Emma, é a Emma de vocês... A filha perdida que procuram há nove meses...

— Nunca ouvi uma história tão mal contada em toda a minha vida. – Disse um homem desconhecido tomando a frente de Mary Margaret. – Você tem uma boa imaginação criança, mas peço que saia do meu caminho...

— Não, calma... – Mary disse apreensiva, tomando a frente novamente. – Eu não estou dizendo que acredito no que você falou, mas quero que me explique melhor essa passagem de tempo. – Os olhos dela os desafiavam. - Porque essa história poderia até me convencer, se não fosse os trinta anos que disse que passaram... – Mary era como todos eles. Recusava-se a acreditar, mas o coração pedia que confiasse em nós. – Eu ainda sei diferenciar meses de anos.

— Uma maldição... – Fui eu quem disse ainda sentada ao chão, com Regina em meu colo. Todos me olharam ansiosos. – Ela nos salvou de outra maldição. Regina pagou o maior preço, deixando o que ela mais amava partir... Mas todos nós tivemos nossos preços também... – Eu falava com calma. - Que foram nossas memórias. Todos aqueles anos foram apagados de nossas mentes. – Ninguém de fato deveria estar acreditando no que eu dizia, mas eu sabia que o coração de cada um estava sendo tocando. – Mas quando vocês voltaram para cá, foi como se nunca tivessem partido. E para gente, foi como se vocês nunca tivessem existido...

— Por favor... – Henry pediu como uma criança de cinco anos. – Acordem minha mãe, ela pode nos ajudar a recuperar a memória de todos.

— Desculpe criança... – David disse tomando a frente. – Mas suas histórias não vão funcionar dessa vez. – Ele fez um sinal com as mãos, deixando todos os guardas em alerta, uns com suas espadas, outros com arco e flecha.

— Henry... – Eu o chamei com medo, sentindo que daquela vez estávamos mesmo sem saída. – Henry... – Ele começou a dar passos para trás. – Fique perto de mim.

— Por favor, Snow... Não destrua nossa família... – Henry disse com a voz chorosa ao se abaixar ao meu lado e pegar na mão fria de Regina. – Ela está morta? – Ele perguntou assustado para eles. – Vocês mataram minha mãe? – Seus olhos se encheram ainda mais de lágrimas, assim como os meus também.

— Claro que não, criança. – O mesmo homem desconhecido falou. – Não somos assassinos como ela... Nós apenas jogamos um feitiço que drena a magia... – Ele falava de forma fria e autoritária, fazendo-me querer socar a cara dele. – Quando a Rainha Má acordar, não terá mais seus poderes e nunca mais conseguirá usá-los. Esse é o nosso trabalho, nós caçamos as bruxas e as tornamos vulneráveis para que nunca mais machuquem ninguém. – O jeito que ele disse aquilo foi completamente robótico.

— Vocês não podem fazer isso! – Henry gritou entre lágrimas. – Ela não é mais como era antes... Ela mudou, ela mudou por mim... – Ele voltou a olhar para Regina.

— Peço para que vocês deixem Regina onde está e saiam daqui. – Mary Margaret disse com autoridade, mas eu vi que em seus olhos havia dúvidas.

— Não... por favor... – Eu supliquei para Mary, que por alguns segundos senti ceder.

— Está decidido, deixem Regina onde está e saiam daqui. Essa é a chance de vocês partirem e viverem suas vidas. – Mary Margaret disse decidida, mas eu podia ver em seus olhos a dor que aquilo estava lhe causando.

— Me desculpe... Mas não vamos deixá-la. – Eu disse determinada ao puxar Regina ainda mais para cima de mim. Mary me olhou sem entender e analisou a cena por alguns segundos.

— Então teremos que tomar providências drásticas. – Mary Margaret disse olhando para David como quem desse uma ordem. Mas seus olhos estavam assustados e confusos.

— Por favor... Siga seu coração... – Eu pedi para Mary, que me olhou com medo, dando-me as costas e colocando a mão sobre o ombro de David.

David deu o sinal, fazendo vários guardas virem em nossa direção. Eu apenas abracei Henry junto com Regina em meu colo, fechei os olhos e desejei mais que tudo que estivéssemos todos bem e seguros. Fiquei ali daquele jeito esperando por uma flechada ou uma espada, mas nada aconteceu, nada nos tocou. Era como se tudo tivesse parado e aquele último abraço fosse eterno.

— Mãe? – Henry me chamou em tom baixo, fazendo-me abrir os olhos e me assustar com o que vi. – Você que está fazendo isso? – Ele perguntou ainda assustado. Se referindo a uma espécie de bolha gigante que nos cercava. Uma bolha protetora que não deixava ninguém se aproximar.

— Ela também é uma bruxa! – O cara desconhecido disse aos gritos para o grupo que estava com ele. – Preparem o feitiço, temos que imobilizá-la também!

— Mas como vão ultrapassar essa barreira? – David perguntou nervoso para o homem.

— Nós também vamos resolver isso Rei Charming. – Ele disse com um sorriso malicioso nos lábios ao olhar para mim em seguida. – Por isso nos chamaram não é?

— Mãe... – Henry disse baixinho fazendo-me voltar a atenção para ele. – O que vamos fazer? Temos que sair daqui... – Ele estava com medo, assim como eu também. – Você não consegue levar nós três para algum lugar? Com aquela fumaça que Regina faz?

— Acredito que não, eu nem sei como estou fazendo essa bolha agora. – Eu estava apavorada, eu tinha que nos tirar dali. Olhei para Regina em meu colo e desejei que ela pudesse me ouvir, me ajudar de algum jeito. – Regina... – Eu choraminguei completamente perdida. – Porque você simplesmente não acorda e nos ajuda? – Falar com ela, mesmo que inconsciente, fez com que eu me acalmasse um pouco... Respirei fundo algumas vezes tentando pensar em algo. – Já sei! – Eu disse tendo a melhor ideia da minha vida, Henry me olhou com os olhos arregalados e esperançosos. Enquanto as pessoas de fora da bolha falavam coisas que eu não prestava mais atenção. – O feijão mágico, podemos usá-lo para sair daqui... – Henry me olhou de um jeito estranho, fazendo-me pensar mil coisas ruins. – O que? O que aconteceu com os feijões?

— Nada... só que eu os deixei no castelo. – Ele disse com medo que eu fosse brigar com ele, mas não o fiz. Apenas abaixei minha cabeça olhando para Regina novamente.

— E agora, Regina? – Eu falei com ela, desejando mais que tudo que ela me desse uma resposta. - Como vamos fazer para sairmos daqui? Porque você não me ensinou a me teletransportar ao invés de acender uma fogueira inútil? – Eu disse com certa raiva, mas logo me acalmei ao respirar fundo mais uma vez e passar a mão no rosto de Regina, afastando uma mecha de cabelo que cobria parte de um dos seus olhos. Fiquei observando aquele rosto petrificado por alguns segundos. Seus traços eram perfeitos. Ela era unicamente linda. – Eu tinha que ter prestado mais atenção, é tudo minha culpa... – Eu disse me sentindo realmente culpada por ela estar daquele jeito. Meus olhos se encherem de lágrimas. Regina estava cada vez mais pálida. – Se eu não estivesse tão distraída conversando com Ciena ontem...

— Mãe... – Henry disse olhando a nossa volta. – A barreira... está ficando fraca... Temos que fazer alguma coisa... – Meu filho estava assustado, e eu não tinha como ajudá-lo, aquilo era tão doloroso.

— Eu não sei o que fazer filho. – Eu olhei triste para ele, desejando que ele se acalmasse. – Me desculpa, mas acho que dessa vez eu não fui a salvadora que esperava. – Eu deixei uma lágrima correr.

— Ainda não acabou, mãe, eu sei que vamos conseguir, pode não ser agora, mas vamos! – Ele sorriu confiante e eu sorri de volta, o que o fez me abraçar com força, mas logo me soltou, segurando na mão de Regina novamente.

— Eu te amo, Henry. Você é e sempre será meu salvador! – Eu disse deixando mais uma lágrima escapar. – Eu prometo nunca desistir. – Eu coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e o puxei para próximo de mim, beijei sua testa e sorri mais uma vez para ele.

— Eu também te amo, mãe. – Ele ainda sorria confiante. – Vai dar tudo certo. – Ele olhou para Regina fazendo-me olhar para ela também. – Eu te amo, mãe. – Ele disse para ela. – Emma e eu vamos concertar as coisas, eu prometo.

— Vamos sim... – Eu senti mais uma lágrima cair ao também falar com Regina.

— A barreira... Eles estão quase conseguindo... – Henry disse apreensivo olhando para eles. Mas eu não dei atenção para aquilo, continuei a olhar para a Regina desfalecida em meus braços.

— Eu não sei como... – Eu falava baixinho diretamente com Regina. – Mas eu vou trazer de volta a memória de todos, eu e Henry vamos conseguir... – Eu levei minha mão livre até seu rosto, sentindo sua pele fria, fazendo meu coração se apertar. – Eu prometo, Regina... você terá Henry de volta... – Eu disse quase em um sussurro acariciando seu rosto. – Eu prometo... – Uma de minhas lágrimas caiu sobre um de seus olhos, que logo escorreu por sua face, dando a impressão que também estava chorando.

Sem pensar em mais nada, eu fui aproximando meu rosto calmamente do de Regina. Meu coração batia forte, mas de maneira agradável. Meus olhos foram se fechando lentamente, como quando se ouve uma boa música, mas em meus meus ouvidos, nenhum som era captado. Fui sentindo seu cheiro cada vez mais próximo, que me deu cócegas na boca do estômago.

Com todos os meus sentimentos... medo, angústia, arrependimento, tristeza, felicidade, confusão, ansiedade, euforia... amor... Com cada um deles, e mais alguns... Eu beijei o canto de sua boca, fazendo mais algumas lágrimas escorrerem por entre meus olhos ainda fechados.

A paz que meu coração sentiu com aquele beijo tão simples, foi uma sensação tão única e perfeita, que eu passaria a vida daquele jeito. Eu literalmente me senti flutuar.

Ainda com meus lábios pressionados no canto de sua boca, um ventou passou por nós fazendo-me afastar bruscamente. De imediato tive certeza que era apenas a bolha que havia deixado de existir, mas ao ver todos eles parados, boquiabertos como se alguma coisa tivesse os assustado, eu fiquei completamente confusa.

— Emma... – A voz de Regina soou baixinha, fazendo-me voltar meus olhos para ela imediatamente. Meu coração bateu forte como se fosse explodir. Ela havia acordado, sua boca estava vermelha outra vez, ela estava bem. Eu quis abraçá-la, mas estava em choque.

— Mãe... – Henry disse com a voz trêmula. – Você... você a acordou... – Regina sentou-se em seguida, levando uma de suas mãos à sua cabeça, em sinal de dor.

— Emma... – Mary Margaret disse meu nome, me fazendo olhá-la. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. – Você conseguiu... – Ela disse parada onde estava com um sorriso enorme nos lábios, mas também parecia estar em choque. - Você nos encontrou...

— Não... calma... – Eu estava confusa e assustada, e olhava para eles que agora sorriam para mim. – O que está acontecendo? – Eu perguntei para Henry. – Vocês... vocês... – Eu não conseguia entender... como e porque?

— Você fez o que tinha que ser feito... Salvadora... – Regina disse com sarcasmo, ainda sentada à minha frente, mas seu sorriso era feliz e satisfeito. – Nos salvou de novo...

— Mas... como? – Eu perguntei ainda sem entender como exatamente eu tinha conseguido aquilo. Na verdade, eu estava era muito assustada com a possível ideia de como eu havia feito.

— Com ou sem memórias, ainda são bruxas! – Foi o que o tal homem desconhecido disse ao atirar uma flecha em minha direção. De imediato eu não senti nada, apenas uma pressão em meu peito, mas ao ouvir todos gritarem meu nome e as coisas ficarem turvas, eu tive certeza que havia me atingido. Fechei os olhos já caindo para o lado, deu apenas tempo de desejar que todos aqueles que eu amava ficassem bem. Antes de tudo ficar negro e eu perder completamente a consciência.


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Notas finais do capítulo

E aeeeeeeee? Gente, não me matem de verdade!
Apenas me digam o que acharam, sem vocês eu não sou ninguém! BEEEEEIJOS!