Lost Ground: Fenghuang. escrita por Malucoxp


Capítulo 2
Areia Vermelha




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Areia Vermelha

O céu estava muito claro quando Naruto finalmente parou para descansar. Sentou-se e, finalmente, notou os vários ferimentos visíveis através da roupa rasgada. Fazia apenas quatro dias que sairá de Konoha e já vira cartazes com sua cabeça a prêmio. Tratado como um desertor da vila. A causa dos ferimentos eram os ANBUs de todas as vilas que vinham atrás dele, ou pela recompensa, ou simplesmente para matá-lo como era o caso dos de Konoha.

Não fazia nem meia hora que ele tinha saído de uma luta em que tivera que matar três ANBU’s e deixara dois vivos, mas desacordados, apesar de quererem sua cabeça. Precisava dormir. Fazia dois dias que estava acordado, evitando ao máximo piscar, pra não correr o risco de ter uma kunai, apesar de que uma só não iria pará-lo, cravada nas costas. Olhou em volta e só encontrou árvores. Cobriu seu rastro rapidamente e, aproximando-se de uma grande árvore morta, apesar de parecer frágil, com a parte da base oca o suficiente para ele caber dentro, entrou rapidamente sem se incomodar com a escuridão lá de dentro, nem com os insetos que pareceram não gostar de sua presença.

Estava muito cansado. Encostou a cabeça no interior no tronco e fechou os olhos torcendo para que ninguém o encontrasse e caiu em um sono solto e profundo. Repentinamente o sono foi interrompido por um barulho alto e metálico e, quando abriu os olhos, percebeu não se encontrar mais no tronco oco e seco de árvore, mas sim em um corredor longo e escuro com canos e água no chão.

Ele sabia que lugar era aquele. Já estivera ali muitas vezes pedindo por um pouco mais de poder. Queria sair, mas sentia que deveria continuar e seguiu o corredor escuro por um tempo. Nunca pensou que aquele lugar fosse tão grande, principalmente por ser um local dentro de si, talvez fosse à parte mais profunda de sua mente. Finalmente chegou a seu destino e lá estavam os imensos portões de aço que aprisionavam a Kyuubi. No meio do portão um único pergaminho já cortado pela metade. O selo estava enfraquecendo. Ia se aproximar mais ainda para ver se conseguia enxergar lá dentro, quando enormes garras passaram por entre as barras e só pararam graças ao portão, que mesmo assim estavam a poucos centímetros de seu rosto. Em seguida os enormes olhos vermelhos com pupilas em fenda se abriram na escuridão dentro daquela cela.

-Veio implorar por poder Naruto? - Perguntou a Kyuubi. Seu tom era de uma crueldade demoníaca e debochada nas o ex-ninja de Konoha nada disse, apenas encarou os olhos da raposa demônio que parecia incomodada com o silêncio. –Quem você quer matar. Diga o nome e eu matarei e destruirei tudo em meu caminho e tudo que você tem de fazer é tirar esse selo. - A enorme bocarra da raposa apareceu na escuridão como se sorrisse, mas aquilo não abalou o loiro. Já estivera ali muitas vezes, já à vira de perto, lhe desafiara e lhe pedira ajuda e agora não mais a temia. A Kyuubi era uma parte sua, não importava o quanto a odiasse no passado.

-E de que adianta soltá-la? - Perguntou Naruto de forma firme. Não sorria, muito menos demonstrava algum sentimento pro trás de seus olhos azuis. – De que adianta destruir se cada vez mais e mais gente ira odiar você e te perseguir. Esse mundo está cheio de pessoas que podem selá-la e ainda existem dois Uchihas nesse mundo que podem controlá-la. Não. Se eu tirar esse selo, tudo que você encontrará é uma prisão maior do que essa, uma da qual não terá chances de sair. A imensa raposa ficou quieta por alguns instantes até que o silêncio foi quebrado por um rosnado de fúria. Ela não tinha escapatória. Do nada o silêncio reinou novamente, só que dessa vez por mais tempo.

-Então se una a mim. - Disse a raposa depois de um longo silêncio. Naruto não entendeu direito o que ela queria dizer, afinal os dois já estavam unidos. –Remova esse selo e una-se a mim por livre e espontânea vontade para que nós nos tornemos um só, um único ser, não duas entidades separadas. - O loiro finalmente percebeu que o que a raposa falava era algo surpreendentemente grandioso e que poderia matar os dois. –Faça isso e todo o meu poder será seu, meu chakra se unirá ao seu e nem mesmo os Uchihas nos controlarão. Torne-se minha parte humana, minha parte boa, a consciência que eu não tenho, os limites que não conheci.

-E você irá ser o meu ódio, meu rancor e minha fúria. - Falou Naruto compreendendo-a - O meu lado mais escuro. Meu próprio demônio.

- Sim. Nossas mentes, nossos poderes, nossas almas, se tornarão uma só. Eu nunca desaparecerei, apenas continuarei no seu coração. Nada nos separará, nem mesmo a morte. - Finalizou a Kyuubi enquanto linhas de chakra vermelho saíam de dentro da cela e circulavam Naruto, que se aproximava lentamente das grades. Ele olhou o pergaminho que selava a raposa, esticou o braço e olhou para os olhos da raposa.

-Assim será. - Falou antes de puxar o selo e a massa de chakra demoníaco envolver seu corpo por inteiro.


Um grupo de ANBUs da vila oculta da Rocha andava no rastro do garoto Kyuubi. Eles haviam encontrado alguns corpos pelo caminho, provavelmente ninjas de outra vila, os corpos em estado lastimável, já que não dava para distinguir seus rostos, provando que aquele garoto era um demônio como ouviram, um ser agressivo mesmo sem usar o poder da Kyuubi. Contavam que ele matara mais da metade da vila do Som só para pegar o atual Hokage de Konoha, Uchiha Sasuke.

O grupo parou quando um urro demoníaco como o de uma besta soou antes que uma enorme massa de ar misturada com um chakra tão demoníaco quanto o urro, se não mais, viesse lançando todo o grupo de 10 ANBUs para trás. Aos poucos um chakra nunca antes sentido por eles tomou conta daquela parte da floresta e um clarão vermelho se formou a leste manchando até mesmo o céu azul de vermelho como se ele se tornasse sangue. Em seguida uma enorme explosão em que árvores, pedras, animais e humanos foram lançados longe. Os ANBUs da rocha perderam a consciência.

Duas horas se passaram antes que um dos ninjas da rocha finalmente acordasse e visse o tronco que só não o esmagara por que uma enorme pedra estava no caminho. Saiu rapidamente de lá ainda meio atordoado. Sua visão falhava com a luz forte do sol que não devia o incomodar já que ali era uma floresta fechada. Foi só quando sua visão voltou por completo que sentiu um leve arrepio percorrer sua espinha. Procurou pelos companheiros, mas não encontrou nem sombra deles. Tudo que via em sua volta era um imenso espaço vazio onde, até algumas horas atrás, havia uma floresta. Só uns poucos escombros por causa da explosão sobraram.


Estava quente, muito quente, e foi isso que o acordou de forma lenta. Assim que o rapaz abriu os olhos e conseguiu se levantar, viu que estava em cima de uma imensa duna de areia, estranhamente, vermelha que não tinha fim em nenhuma direção. O sol brilhava com força. Colocou a mão sobre o peito e só então percebeu que estava sem camisa. Olhou para as mãos e se assustou ao ver unhas brancas peroladas em forma de garras.

Não sabia por que estava desse jeito. Tentou forçar a memória, mas não sabia como chegara ali, não sabia o porquê de suas mãos serem daquele jeito e muito menos por que estava sem camisa num local quente como o inferno, e, agora que pensava melhor, não sabia nem o seu nome direito. Mas não podia ficar parado. Tinha de encontrar uma cidade. Talvez lá eles dissessem quem ele era já que sua cabeça não lhe ajudava, só conseguia se lembrar de coisas desconexas via rostos estranhos, ouvia vozes odiosas.

Começou a caminhar para o sul, ou para onde achava que era o sul. Andar naquele lugar era ruim. Os pés afundavam rapidamente na areia fofa e cada passada exigia um grande esforço. O sol parecia ficar cada vez mais forte e não demorou muito para ele ficar com sede e o suor tomar conta de seu corpo. Também não demorou a perder a noção de tempo, muito menos de localização, se bem que essa última ele não tinha mesmo.

“Você ouviu? Ele foi o único que não se tornou um ninja”

Parou abruptamente quando ouviu aquela voz feminina falando e olhou em volta a procura da mulher, mas só viu o céu azul e as areias vermelhas. Aguçou os ouvidos procurando mais vozes, mas só ouviu o vento que passou por ali levando uma pequena massa de areia.

“Ainda bem. Imagine ele, sendo o que é, se tornando um ninja.”

Outra voz só que diferente da primeira. O deserto desapareceu e ele estava em cima de um balanço vendo várias crianças sorridentes, mas também muitos adultos que olhavam torto para ele. Viu duas sombras que distinguiu serem de mulheres.

“Não podemos falar disso em público”

- Quem são vocês? - Gritou com força. Sua voz saiu ligeiramente mais grossa e profunda do que lembrava e ele estava novamente no deserto. Queria saber o que fora aquilo, mas nada vinha em sua mente. Sabia que falavam dele, sentia isso, e aqueles olhares… era como se fosse… indesejado.

Voltou a andar para ver se conseguia pensar direito, afinal ou ele ficava parado e fritava debaixo do sol, ou ele andava e fritava debaixo do sol, e preferia mil vezes ficar andando. Suas pegadas eram logo apagadas pelo vento. Viu ao longe uma formação rochosa que parecia estar perto, mas depois de um tempo viu que ela não se aproximava.

“Eu o trarei de volta”

Olhou para os lados rapidamente a procura daquela voz familiar, mas não viu nada. Estava ouvindo coisas. Devia ser o sol. Tinha de continuar o seu caminho e parar de ligar para as vozes que agora apareciam com mais freqüência. Ele ouvia dezenas de vozes diferentes, falando ao mesmo tempo ou separadas, zangadas ou alegres, algumas cheias de ódio, outras, de superioridade. Aquilo estava dando-lhe dor de cabeça, parecia que ela ia rachar com tantas vozes. Fechou os olhos, mas escorregou sem querer, caindo da duna em que estava, rolando e engolindo um pouco de areia até que finalmente parou.

Tentou se levantar, mas se sentiu repentinamente esgotado e perdeu os sentidos caindo numa abençoada escuridão. Quando recobrou a consciência sentiu um vento frio ia se levantar, mas viu que suas pernas estavam enterradas na areia. Isso que dava dormir num deserto. Olhou para o alto e viu que agora o céu estava escuro e o ar estava mais frio. Amaldiçoou aquele lugar que de dia era quente feito o inferno e a noite era de um frio cortante. Levantou e começou a caminhar rapidamente na direção em que tinha visto algo rochoso.


Levou três dias para chegar àquele lugar, e, quando finalmente chegou naquela parte rochosa, não chegavam a ser montanhas nem serras, mas se erguiam a alguns metros do chão, estava morrendo de fome e sede. Não foi difícil escalar aquelas rochas apesar de algumas pedras estarem soltas. Ele logo estava no topo e desanimou de vez.

Saíra de um deserto arenoso para um deserto rochoso, pois tudo que via eram rochas meio avermelhadas que se estendiam por vários quilômetros. Pelo menos ali tinha algum sinal de vida, alguns arbustos estranhos e árvores meio secas, mas de qualquer jeito era sinal de água. Só teria de achar um veio de água que não devia estar longe, afinal nada cresceria ali sem água. Escolheu continuar indo para o sul. De qualquer jeito acharia água.

Depois de duas horas caminhando se viu em cima de um pequeno morro rochoso. Olhou para baixo e achou ver algo parecido como uma trilha ou estrada antiga. Pensou em descer, mas com não havia sinal de vida ali, decidiu continuar pela parte mais alta e seguir aquela estrada, ou fosse lá o que fosse. Não soube quanto tempo ficou caminhando, mas resolveu parar ao ver a sombra de uma grande rocha e ficou ali por algum tempo olhando em volta. Olhou para baixo uma vez e pensou ter visto algo, mas devia ser a desidratação ou fome, afinal o que ele julgava ver, estava em movimento.

Resolveu ignorar, mas então ouviu um som metálico ecoar por toda a sua volta e procurou de onde vinha, já achando que era mais uma das vozes em sua cabeça, quando ouviu mais uma vez o som metálico junto com vozes humanas. Voltou a olhar para baixo tentando lembrar quando ficara num ponto tão alto, mas não conseguia, sua mente estava estranha. Forçou a vista e, surpreendentemente, conseguiu ver mais claramente, como se estivesse a dois palmos do que parecia uma caravana, que parecia estar sendo atacada por ninjas ou pareciam ser ninjas.

Primeiro pensou em ignorar, aquilo não era de sua conta, mas depois lembrou que lá podia ter comida e água. Respirou fundo ignorando um ronco de seu estômago e olhou para baixo. Flexionou os joelhos e saltou em direção à caravana. Queria saber quando o morro se tornara um pequeno desfiladeiro. O vento bateu fortemente em seu rosto. Quando a queda começou não devia estar muito longe do chão, pelo menos era o que achava. Endireitou-se para cair em pé e apenas se preparou para o impacto que não demorou a acontecer. Logo sentiu mais uma vez o chão debaixo de seus pés e curvou levemente os joelhos para amenizar o impacto. Uma onda de choque percorreu o espaço levantando um pouco de poeira que baixou rapidamente.

Olhou em volta. A caravana estava logo atrás dele e todos pareciam surpresos com sua aparição. Os tais ninjas que atacavam a caravana também pararam de atacar e apenas observaram por um instante o estranho. Um dos ninjas resolveu quebrar o silêncio.

-Quem diabos é você? – Perguntou. O silêncio reinou mais uma vez. Nem o vento soprava. Era como se até os céus quisessem ouvir a respostas.

-Uzumaki Naruto. - Disse esse nome por ser o mais freqüente nas vozes que ouvia e também por que o som parecia combinar com ele. –Vão embora. - Ordenou o loiro sem notar o tom carregado de uma fúria que não saberia dizer da onde veio.

-E você vai fazer o que se não obedecermos? - Perguntou o mesmo ninja que começou a conversa e este observou o rapaz estranho respirar fundo e preparou-se para algum jutsu de fogo, mas, quando o jovem loiro abriu a boca não saiu nenhum jutsu e sim um rugido de congelar a alma fazendo muitos tamparem os ouvidos. Quando o urro parou ainda se podia ouvir o eco que ressoava pelas paredes do desfiladeiro.

-Sumam. - Disse Naruto encarando os ninjas “inimigos” com fúria e algo fez eles tremerem, mas não recuaram. O loiro vendo isso fechou as mãos com força. Não sabia se estava forte o suficiente para enfrentar a todos, mas tinha de no mínimo assustá-los, então abriu as mãos rapidamente e fez um movimento rápido como se arranhasse o ar. Alguns ninjas à frente pularam para os lados e numa das partes do desfiladeiro cinco grandes marcas como de garra apareceram na rocha. Os ninjas não esperaram e começaram a fugir do que eles chamaram naquele momento de monstro.

Naruto se virou para a pequena caravana e viu que tinham alguns cavalos e outros animais, que no momento não lembrava o nome. Nenhuma das pessoas, que trajavam vestes finas e leves, provavelmente por causa do calor, olhava para ele com medo ou desprezo, mas com algo diferente, parecia... gratidão. Caminhou lentamente até uma carroça coberta onde tinha algumas coisas que pareciam espelhos penduradas. Ninguém se mexia enquanto o loiro se movimentava. Ao alcançar a carroça viu seu reflexo e notou que sua aparência não era muito diferente do comum apesar de não se lembrar de ter cabelos tão longos, até o meio das costas, e desgrenhados. Pegou uma mecha de cabelo e constatou que uns quinze centímetros antes da ponta a cor era diferente, um vermelho vivo, quase como fogo. Os olhos também eram diferentes. Azuis claros e profundos com as pupilas estranhamente em fenda como um gato. Abriu a boca só para perceber que tinha presas longas e vulpinas. Depois disso, desmaiou de fome.


Algo se movimentava a sua volta. Sons diversos chegavam a seus ouvidos. Desde o som de passos até as batidas de um coração. Conseguia até mesmo sentir o sangue correndo nas veias das pessoas a sua volta e aquilo era um tanto perturbador, mas mesmo assim não conseguia ouvir o que elas falavam. Sabia que elas falavam algo. Só depois de um tempo percebeu que não conseguia é entender o que elas diziam. Não era o idioma do país do fogo ou de qualquer outro lugar conhecido. Tentou forçar a mente para lembrar onde estava e saber o porquê de parecer estar se movendo.

Agora sua mente estava mais clara. Sim, lembrava quem era e de onde viera, mas não sabia onde exatamente estava, nem quem eram as pessoas a sua volta. Depois de pensar nisso tudo resolveu abriu os olhos devagar só para se incomodar com a claridade do local e fechar os olhos de novo. Ouviu a voz de uma criança gritando ao seu lado e tudo parou de se mover. Mais uma vez abriu os olhos só que dessa vez sem se importar com a claridade. A primeira coisa que percebeu foi que estava sendo carregado numa espécie de maca coberta para protegê-lo do sol, mas logo a maca foi baixada e ele sentiu o chão duro em suas costas, se levantou tomando cuidado com a cobertura da maca e olhou em volta.

Dezenas de olhos e rostos desconhecidos o observavam de maneira curiosa e até que agradecida. Forçou um pouco mais a mente para acontecimentos recentes que estavam meio confusos, mas conseguiu se lembrar que aquelas pessoas eram de uma caravana e que desmaiara de fome após ajudá-las. Colocou a mão na cabeça ao sentir uma leve tontura e seu estômago roncou alto fazendo todos se surpreenderem. Logo um senhor velho de pele escurecida pelo sol e olhos castanhos veio em sua direção e falou algo que não entendeu.

-Desculpa ai Ojii-san, mas não entendi nada. - Falou Naruto com expressão confusa sem saber se aquele velho o xingara ou perguntara algo.

-Ah, sim. idioma geral. - Falou o velho deixando o loiro confuso. – Meu nome é Taoo Ren o ancião dessa caravana.

-Prazer, Uzumaki Naruto. - Falou o loiro sorrindo abertamente. –Onde estou?

-Lost Ground. - Respondeu o velho, mas este logo notou que o jovem a sua frente não entendera. – É como os grandes países além do mar de areia chamam nossa terra.

-Ah sim. - Disse Naruto não entendendo nada de qualquer jeito. –Ei, ei, Ojii-san tem algo pra come aí? - Pergunta o garoto depois que seu estômago reclamou mais uma vez. O velho Taoo abriu espaço e logo atrás dele apareceu uma criança de mais ou menos oito anos carregando uma bandeja cheia de comida, desde carne a coisas que o loiro não sabia o que era, mas não se importou e começou a comer como se nunca tivesse comido antes. Em menos de quinze minutos a bandeja estava vazia. –Ah, to cheio. – Disse Naruto tentado em cair para trás e descansar. – Obrigado.

-O mínimo que poderíamos oferecer por ter nos ajudado. - Retrucou o velho entrando em cena mais uma vez e observou o loiro se levantar e se espreguiçar feito um gato, notando que as pupilas dele haviam voltado ao normal.

-Como faço para voltar pro pais do fogo?- Perguntou Naruto depois de um tempo em silêncio.

-Só há dois caminhos. - Disse o ancião. – Pelo mar de areia vermelha ou pelo oceano. De qualquer jeito demoraria muito antes de conseguir chegar até o outro lado do mar de areia vermelha ou até o oceano.

-Quanto tempo? - Perguntou o loiro.

-Uma semana de caravana. Disse o ancião vendo que Naruto desanimara. – Uzumaki-san poderia nos acompanhar ate Dakiha que é o ponto de encontro das doze tribos nômades. De lá poderia pegar carona em uma caravana que vai até o mar buscar suprimentos.

-Me chame apenas de Naruto. - Disse o loiro bocejando. Estava com preguiça. – Hum… Vamos fazer assim. Eu protejo sua caravana ate esse tal lugar e vocês me dão comida e água.

-Trato feito. - Disse o ancião Taoo que se virou para as pessoas que observavam a conversa de maneira quieta. – Nosso amigo aqui ira nos acompanhar como proteção ate o Dakiha portanto vamos recebê-lo bem.


N/A: Ai o segndo capitulo se gostarem comentem que tenho mais dois captulos prontinhos pra sair (se tiver algum/Alguma beta por ai to precisando é so entrar no meu msn malucopx@hotmail.com)


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