I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 51
A queda de um deus.


Notas iniciais do capítulo

Adivinhem quem foi vizitar a família em São Paulo e voltou pra casa ontem super tarde por que teve a brilhante ideia de passar num outlet com a mãe? Claro que fui eu. Foi um péssima ideia, por isso não postei ontem.
Tudo bem, o título do capítulo é meio assustador, né? Mas esse é um dos meus capítulo preferidos, então se não tiver comentários eu vou ficar bem chateada.
Alias, fiz esse capítulo ouvindo "Smile" de Mikky Ekko, que é a música tema do trailer de Cidades de Papel. Não vi o filme ainda, mas como eu amo o livro. Tema de vida.
Na verdade, essa música descreve bastante o fim da primeira temporada. E o fim começa agora, mesmo que ainda temos alguns capítulo pela frente.
QUEM AMA O PERCY? QUEM ESTAVA COM SAUDADES DO PERCY? QUEM QUER UM POV DO PERCY?
Isso ai, POV Percy!
Bem, boa leitura!



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POV Percy.

Senti meu sangue esquentar no momento que vi Effy apontar sua espada para o pescoço de Annabeth. Ela estava tão fraca, tão pálida, inconsciente, completamente incapaz de se defender. E Effy usara isso. Não esperava que Effy fosse capaz de misericórdia, mas não imagino algum outro ser humano capaz de algo tão baixo. Tudo nela era cruel demais, desumano demais. Trinco meus dentes e sinto o ódio apertar meu peito.

Meus ombros, braços e pernas já tremiam com violência. Estava a tempo demais ali, sentia todo o poder, toda a energia se esvaindo a cada segundo de meu corpo. Com o chão tremendo, temia não conseguir suportar aquilo por tanto tempo. O que aconteceria se eu falhasse? Toda a terra seria esmagada pelo céu? Minha visão se tornava negra e manchada, mas a visão de Effy com Annabeth fez com que a raiva substituísse toda a dor.

Mas quando os olhos de Effy avermelharam-se ainda mais, quando vi cada semideus se encolher e contorcer em suas próprias lembranças, relembrando as dores de seus amores, foi então que pensei que poderia deixar o céu cair. Meus olhos se fecharam com força, esperando o sofrimento.

Primeiramente pensei que me lembraria de quando vi Annabeth segurando o céu por mim, que teria que reviver lembranças tão terríveis. Então finalmente notei: aquilo não era o pior. O pior era o que estava presenciando agora, o mais assustador não foi quando pensei que pudesse perde-la, por que sei que naquele momento não a perdi, por mais torturante e agonizante que tenha sido, sei que passamos por isso, mesmo que não da melhor forma. Agora, com Effy com a arma em seu pescoço e seu corpo inerte e fraco, sinto a maior dor do amor. A dor de piscar na duvida se ela ainda estará viva quando eu abrir os olhos. É aterrorizante por que não faz parte do passado, é o meu presente e meu futuro.

E em pensar que a um tempo atrás, meu maior medo e minha pior tortura era tê-la longe de mim e saber jamais poder tê-la. Agora, sei que preferia que estivesse longe, mas que estivesse viva. Em é assustador que tudo mudou tanto em tão pouco tempo.

Vejo Nico segurar a caverna, lutando para mantê-la em pé, para que não ceda as sombras. Sombras abertas pela garota a quem chamam de Mary Ann. Não é preciso dizer, mas a garota é obviamente filha de Nxy. Tem poderes muito semelhantes aos de Nico, no entanto, mais poderosos, mais selvagens. Esse era o problema dos deuses primordiais e seus filhos, são poderosos demais, inconsequentes demais. Completamente fora de controle.

E é por isso que Mary Ann conseguiu abrir uma passagem em um buraco negro de sombras, de onde fúrias saiam e atacavam. Não tinha certeza se Nico seria capaz de fechar o buraco se tivesse a chance.

O garoto soltara a caverna quando Mary Ann abrira o buraco das fúrias. Se não fosse por sua espada, estava certo que não permaneceriam vivos por muito tempo. Agora, ele se dividia entre convocar guerreiros esqueléticos, cortar as fúrias que se aproximavam demais com a espada. Ele ainda olhava em relance para traz, para a caverna que desmoronava lentamente já que Mary Ann precisava se dividir entre a caverna e o buraco negro de fúrias. E as fúrias rugiam e atacavam, e a caverna desmoronava com dezenas de deuses dentro além de Piper e Leo.

Mas não havia outra escolha. Will tinha Effy em mira para que essa não fugisse ou cortasse a garganta de Annabeth. Jason havia caído com um estrondo há poucos segundos, e Thalia tentava impedir que mais fúrias atacassem o irmão inconsciente. Sem a ajuda de Nico, todos já estariam mortos.

Sentia meus ombros tremerem em vontade de lutar, implorando por minha espada e por liberdade. Implorando por vingança.

Então o grito de Piper soou, e Will gritou por cima desse, avisando Nico. A caverna agora estava prestes a desmoronar de vez. As paredes tremiam com mais violência a cada segundo, mas o grito de Piper ainda soava longe, a caverna desmoronaria antes que saíssem de lá. Nico não pensou duas vezes antes de voltar-se para a caverna. Ele parecia fraco depois de convocar tantos esqueletos, mas segura a caverna.

Foi quando Piper e Leo correram para fora da caverna, acompanhados por um homem baixo e de cabelo ralo. Solto parte de minha respiração ao vê-los sair, mas sorrio ao ver quem os acompanha. Nem de longe é tão verdadeiro que dei desde que estou aqui, pois esse ainda fora dado a Annabeth. Mas, sem duvida alguma, pode ser classificado como o mais perigoso. Meu sorriso era cheio de ressentimento e amargura, a esperança da chance de vingança. Era simplesmente sádico.

Para minha surpresa, as mãos de Leo se acenderam em chamas, e o garoto começou a lançar bolas de fogo nas fúrias que saiam pelo buraco de sombras. Talvez os demais tivessem consciência dos poderes do garoto, ou talvez estivessem apenas ocupados demais para questionar ajuda.

Por mais que Piper tivesse a adaga contra o pescoço de Atlas, ela parecia confusa. Não veio diretamente a mim, não parecia saber quem ele era. Mal sabia que carregava minha liberdade caverna a fora.

Então Thalia deu um sorriso largo e apontou para mim, ela conhecia Atlas, estava naquela missão há tantos anos atrás. Piper pareceu ligar os pontos e arrastou Atlas até mim. Ela o pós de joelhos.

–Eu não vou voltar a segurar isso, não novamente. –o deus disse entre dentes. Ele se vira para Piper. –Me torturem se quiserem. –ele olha diretamente para mim, seus olhos tinham uma mistura de medo e determinação. –você sabe que qualquer tortura e melhor que essa maldição.

–Nem toda. –respondo em um rosnado baixo.

Então Piper se ajoelhou ao lado de Atlas. Ela parece prestes a usar seu charme, mas eu a impeço.

–Se você não segurar o céu, eu irei te matar. –os olhos de Atlas vacilam ao me mirar. Sei que no momento tenho uma aparência frágil e abatida, o que poderia contribuir para uma aparecia quase psicótica. –Eu não vou conseguir, você é imortal, mas tenha certeza que eu vou tentar. Não pense que eu não irei nem por um segundo. Mesmo se você fugir, eu vou dar um jeito e vou te encontrar. Eu tenho a eternidade para isso. –ergo uma sobrancelha para Atlas. –Existem sim torturas piores. Você quer testar?

Os olhos de Piper estão estáticos. Talvez em medo por minha ameaça, talvez na expectativa que funcione. Nunca saberei de verdade, toda minha concentração estava em Atlas.

Os olhos de Atlas se comprimiram em dor, seus ombros tremeram por um momento. Ele mirou Effy, e a garota o olhou de relance, mas não lhe deu muita atenção, não veio a seu socorro. Ele estava sozinho. E meus olhos não saíram de si nem por um segundo, o fuzilava com os olhos carregados de um ódio por muito tempo conservado.

–Eu não quero uma divida a ser saldada com você, Percy Jackson. A vingança dos deuses nunca é leve. Prefiro manter meu castigo a ter um pior.

Então Atlas cedeu. Em um solavanco seus braços subiram de encontro ao céu e os segurou novamente. Senti o peso sair de meus braços finalmente, senti meu corpo despencar para frente, e sorri quando pude apoiar meus braços para impedir minha queda.

Eles doíam, estavam dormentes e doloridos. Sentia meu peito ainda queimar, e agora conseguia sentir as costelas quebradas, podia sentir a dor em meu tornozelo que agora se espalhara por toda a perna.

No entanto, não dei atenção a nenhum dos fatos. Adrenalina, sede de vingança, raiva, insanidade. Chame do que quiser. Eu me pus de pé, e senti todo o poder que me restava correr pelas minhas veias como ácido. O repuxe em meu estomago era uma dor tão ínfima de comparada ao resto de meu corpo que mal a senti. Convoquei toda a água que poderia existir ali. Mas não havia mares nem lagos a uma longa distancia.

Mas eu não era mais um semideus, meus poderes não eram mais tão limitados. Uma quantidade enorme de água surgiu e se ergueu, rodopiando ao redor de meu corpo, formando um furacão que se erguia. Em um raio de bons metros a grama secou e as plantas murcharam, toda a água dessas rodopiava a minha volta. A visão era assustadora, quase doentia, mas eu não ligava, não poderia ligar. Não tinha espada ou arma alguma, a água era uma extensão de meu corpo, e dizimei cada fúria com um girar de braços. Pela primeira vez em muito tempo me senti poderoso, me senti vivo.

A minha volta, todos empunhavam suas armas com mais afinco que nunca. Jason havia se recuperado, se elevava ao ar mais uma vez, mesmo que agora voasse baixo. Thalia riscava o céu com seus raios e dizimava fúrias com sua lança. Leo nem se quer precisava de uma arma, lançava bolas de fogo enquanto Piper cuidava de sua retaguarda, ela empunhava a adaga.

Ouço um gemido de protesto romper o ar, e miro Nico do alto. Ele está exausto, olha dividido para a caverna e para o buraco de onde continuam saindo fúrias. Piper e Leo haviam deixado à caverna, o garoto parecia prestes a tomar uma decisão. Eu aceno para ele com a cabeça, e ele retribui o aceno. Seu peito suspira uma ultima vez antes de fechar os olhos e soltar.

–Não!

Ouço a voz de Leo gritar. Sua voz está cheia de terror, mas não tínhamos tempo de voltar atrás. Infelizmente, se Nico não fechar aquele buraco, não teremos chance de vencer, e tudo terá sido em vão. Piper apoia o ombro do amigo, que tem o rosto contorcido em dor, todo seu rosto era choque.

Então a caverna finalmente vem a baixo, ela desmorona sobre as sombras. Nico vira da caverna para Leo, parece se dividir entre a culpa e a confusão pelo estado desse. Mary Ann sorri, ela vira as palmas, concentrando todo seu poder no buraco negro. Com a caverna as sombras ela concentra todo seu poder no buraco negro de fúrias.

Nico parece fazer ao contrario do que fez toda a vida. Ao em vez de convocar escuridão, ele tenta dissolve-la. Infelizmente, a filha de Nxy é mais poderosa. O buraco não se fecha.

Então uma flecha corta o ar. Ela é prateada, e atravessa o ombro de Mary Ann. A menina cai de joelhos com um berro, com as mãos ensanguentadas segurando a flecha cravada em seu ombro, pouco abaixo da clavícula. Era obvio que Thalia havia lhe mirado o coração, mas errara por pouco.

Effy grita para Mary Ann. Sua voz parece conter uma preocupação real, seus olhos perdem a insanidade por um momento. Mary Ann não desmaia, mas não é mais capaz de duelar contra Nico, suas forças se dissolvem junto com seu sangue e agonia. Os braços de Nico tremem, e o buraco encolhe até que a ultima fúria passe. Ele cai de joelhos, apoiando uma das mãos no chão a frente do corpo, e a outra segura seu estomago, parece prestes a vomitar.

Todos que lutavam param por um momento, abaixam suas armas e olham espantados. O buraco estava fechado, e a água era uma extensão de meus braços, com eles, dizimava todas as fúrias restantes, uma por uma. O furacão que me sustentava rodava com violência aponto de fazer com que Jason voltasse para o chão e que os semideuses precisassem se segurar na grama.

Naquele momento, todos tinham seu olhar em mim, derrubando a ultima fúria como se não passasse de uma mosca. Estico meu braço com os dedos posicionados como garras, cortando o ar na horizontal. Imediatamente a água segue meus movimentos, e tanto Effy quando Mary Ann rolam bons metros de onde estavam, mas tenho o cuidado de não acertar Annabeth, que cai enquanto as meninas são arremessadas para o lado.

Mary Ann grita em dor, a garota puxa a flecha para fora do ombro com um berro. Effy rola bons metros. Vejo Will abaixar o arco para ajudar Nico, Thalia aponta seu arco, substituindo Will. Jason, e Piper têm armas em punho, Leo tem as mãos cheias de fogo.

Effy ergue a cabeça, apoiando os braços no chão para tentar se por em pé. Então vejo o colar em seu pescoço sair de dentro da blusa onde estava escondido. Amarrado em um cordão está um pedaço de vidro, um espelho. Ele reflete brilho e poder, e eu o reconheço. A corda dourada escura, quase marrom, já havia visto no pescoço de Afrodite, mesmo que essa nunca deixasse aparecer o espelho nele, costumava ver a corrente, já que ela escondia o espelho dentro da blusa. O espelho de Afrodite. Era assim que Effy estava drenando a energia dos deuses, estava sugando pelo espelho de Afrodite. Miro Annabeth, mas fraca e ainda mais pálida do que a ultima vez que a vira, que provavelmente havia tido sua energia sugada pelo espelho, que dava a Effy tanto poder. Nada melhor do que a fonte de poder da deusa do amor para guardar o poder ganhado através da dor dele.

Meu sangue esquenta ainda mais, e sei que estrangularia Effy no momento que pudesse as mãos nela.

Não deixo que Effy termine de se por em pé, me transporto de frente para a garota. Minhas mãos se esticam para ergue-la do chão pelo coralinho e arrancar o espelho de seu pescoço. Mas não consigo completar minhas ações.

Assim que sinto meu corpo se materializar a centímetros de Effy, meus joelhos vão de encontro ao chão. Sinto minhas costelas quebradas darem por si, doendo e latejando, já não aguentando o peso de meu corpo, e quebrando as demais com tanto violência que quase posso ouvi-as trincar. Sinto a falta de ar quando meus pulmões destruídos e esmagados agem como pulmões mortais, me impedindo de respirar, e latejando ao tentar. Sinto meu coração bater com fraqueza e minha perna doer de uma maneira tão intensa que mal a sinto. Sinto meu cérebro se desligar aos poucos por tamanha dor, uma dor que ninguém seria capaz de suportar consciente. De joelhos, meu corpo começa a inclinar para traz, sinto o gosto de sangue em meus lábios.

Finalmente noto algo de diferente em Effy, noto o cinto prateado que ela tem em volta dos quadris, noto seu brilho e o poder que ele tem, e como olha-lo faz meus pulmões fraquejarem e minhas costelas doerem. A resposta é cantada em meus ouvidos, talvez por minha consciência falha. Cinto de Harmonia. Uma historia tão distante de minha mente que não saberia dizer se de fato conseguiria lembrar-me em meio a tanta dor, mas me lembro. O cinto de Harmonia, que tira a imortalidade de quem se aproxima.

Eu sabia que durante tanto tempo apenas continuava vivo com os ferimentos que tinha por que não poderia morrer sendo um deus, sendo imortal. Poderia sentir toda a dor dos ferimentos, mas não poderia ser morto por eles. Sentia a dor de pulmões esmagados, mas ainda respirava, mesmo que a dor fosse nauseante. Mas agora passo a sentir o efeito mortal de cada ferimento, sinto cada um deles furar meu peito e tirar minha vida.

Então Mary Ann está de pé, e faz movimentos rápidos com as mãos mesmo que coberta de sangue. Ela aprece usar suas ultimas forças para isso, seu rosto está pintado de palidez. Por um momento ergo os olhos para Effy, seu rosto estava congelado em uma feição de medo. Talvez ainda presa nos poucos centímetros que separaram meus dedos de seu pescoço. Ela dá um passo para traz ao ver-me no chão, parece surpresa.

Minha mente tem pontos negros por toda a parte e está nublada e escurecida, mas estou certo de ver uma nuvem negra cobrir tanto Mary Ann quando Effy, transportando as duas para sabe-se lá onde.

Vejo duas fechas zumbirem por meus ouvidos, atingindo onde Effy há poucos segundos estivera. Uma flecha é prata, das caçadoras, e a outra é dourada, do filho de Apolo.

Sinto meu corpo tombar para traz, sinto minha vida ser drenada de mim ta forma mais dolorosa possível, no entanto, a mais natural também. Minha cabeça cai, e minha ultima visão são de Thalia, Will, Nico, Jason, Leo e Piper. Cada um deles assombrados, via silhuetas correndo até mim, e que provavelmente não chegariam a tempo.

Então me lembro de Annabeth, caída a poucos metros de mim, ao lado oposto que minha cabeça está tombada, incapaz de se mover. Apenas penso como gostaria de ter tempo para virar a cabeça para olha-la uma ultima vez. Como há um certo tempo eu temia tudo, menos a falta de tempo. Sabia que a imortalidade me tiraria tudo, mas me daria todo o tempo do mundo. Quem diria que ao sentir a vida drenar de meu corpo, tudo que eu pediria é apenas ter mais alguns segundos para olha-la.

Mas é sempre assim. Nunca damos valor ao tempo até que ele se esgote. Não damos valor ao amor até perde-lo. Não conhecemos nossa força até que ela acabe. Não damos valor à luz até que a escuridão chegue. Não damos valor à vida até que ela acabe.

Mas, por fim, eu não a veria morrer. Poderia até nunca mais beijar seus lábios novamente, nunca mais abraça-la ou enterrar meu rosto em seu pescoço. Poderia nunca mais vê-la. Mas em meu peito não teria a dor e não teria a culpa de vê-la morta. A imagem de seu corpo gelado e o som de seu ultimo suspiro não assombrariam meus últimos segundos. E ela estava inconsciente, também não veria a minha. De todas as formas, havíamos ganhado.

E, nesse momento, não havia mais dor. Por mais que soubesse que deveria sentir uma dor absurda, tanto por meu corpo quanto em meu peito, não era isso que sentia. Havia a escuridão e a sensação de se afogar, afinal, já não respirava mais. Pela primeira fez, o filho de Poseidon descobriu a sensação de se afogar, como nas ondas que controla. Talvez o mar fique calmo na manha seguinte, sem ondas a se quebrar na praia, sem vida alguma.

Pensei que, ao morrer, sentiria aquele pequeno aperto, aquele remorso, que passaria por minha mente tudo que poderia ser feito de diferente, que poderia ter feito melhor. No entanto, encontrava na morte a solução mais agradável para os demônios que me atormentavam a tanto. Na pior das hipóteses, quando abrisse meus olhos, estaria no Elísio.

O quão ruim isso poderia ser? E o fim parecia se tornar cada vez mais agradável aos olhos do primeiro deus moribundo.


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Notas finais do capítulo

"We're trying so hard to get it all right
But only if you're lonely at the end of the night
And I wanna be somewhere away from this place
And somewhere just a little closer to grace"
.
"Nos estamos tentands muito fazer tudo certo
Mas apenas se você estivesse sozinho no fim da noite
Eu quero estar em algum lugar longe daqui
Em algum lugar um pouco mais perto da graça"
.
Tudo bem, não temos motivo para sorrir no momento. Não sei como esse capítulo teve tão poucos diálogos e não ficou chato. Deve ter sido por causa desse fim, não acham?
Já disse que é meu novo capítulo preferido? Alguém ai quer socar a minha fuça? Tentem não me odiar muito, viu? Juro que o próximo capítulo promete. Vocês me conhecem.



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