I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 49
Dos deuses a liberdade ou a prisão.


Notas iniciais do capítulo

Atrasei, mas tenho uma prova de sociologia e uma prova do livro quarta, uma prova do ingles quinta e duas apresentações de trabalho essa semana. Resumindo, tó um caco.
Alías, gostaria muito da ajuda de voces. Minha escola vai ter uma revista com textos dos alunos e eu me ofereci para escrever uma cronica, o unico texto narrativo disponivel. Então tudo ótimo, Lívia? NÃO! Sempre pensei que escrever sem um assunto definido era o melhor tipo de escrita, mas eu não sei sobre o que escrever. Então, por favor, me sugiram algum assunto polemico (de preferencia um não muito clássico, tipo aborto), as vezes alguem me dá uma super ideia brilhante e eu encorporo Machado de Assis (quem me dera!)
Bem, vou cola esse aviso nas notas finais por que eu queria muitoooo alguma ajuda. E eu agradeço muito a quem puder dar uma sugestão.
Mas voltando a fanfic.
Outro POV inédito! O primeiro POV Piper! Esse capítulo foi meio sem querer, era para o começo dele estar no ultimo POV Jason e o fim do POV Leo do capítulo passado, mas acabaria ficando meio enrolado, e a Piper estava merecendo um capítulo só dela.
Espero de todo coração que tenha conseguido sair da chatice da maioria dos POVs Piper nos livros. Acho que ela tem muito potencial para ter POV chatos e românticos.
Então.... Aqui está!
LEIAM AS NOTAS FINAIS! NÃO ESQUEÇAM, É IMPORTANTE!



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POV Piper

–É a fúria de Zeus! Vai acabar com vocês! Fujam enquanto há tempo!

Eu continuava a berrar para as arais, cada grito que dava, elas se voltavam para o céu novamente, mas levavam apenas um segundo para ameaçar aterrissar novamente. Não sabia quanto tempo Will e Nico levariam para sair da caverna, talvez demorasse demais, e eu não conseguia manter as arais lá em cima por muito tempo. Por mais que Thalia continuasse com seus relâmpagos e Jason agora tivesse começa a investir rajadas de vento de baixo para cima, impedindo que as arais descessem quando o charme falhava, mas não conseguiríamos fazer aquilo por muito tempo.

–Isso não vai dar certo! –Thalia berrou em meio a um relâmpago, com sua voz abafada pela rajada de ventos que bagunçavam seus cabelos curtos. –precisamos do plano B!

–Nos temos um plano B? –pergunto e Jason e Thalia trocam um olhar, parecendo bolar um bem ali.

Jason reduziu a distancia entre mim e ele, se abaixou para sussurrar em meu ouvido para ser ouvido. Quanto mais perto ele chegava, mais rajadas de vento agrediam meu rosto, chicoteando o ar, zumbindo meus ouvidos.

–Você acabou com elas uma vez certo? –concordo com a cabeça. –elas não vão ficar sem atacar por muito tempo, precisamos acabar com elas. Eu... Eu devo lutar a muito tempo, assim como Thalia, temos maldições demais em nos, mas você consegue, Pipes. –seus olhos azuis brilharam em expectativa, pareciam me convidar para o que seria uma bela briga. –topa?

Eu inspiro fortemente com os olhos mirando o céu, concordo com a cabeça enquanto expiro. Jason me pega pela cintura e me sobe pelos ares. Thalia risca o céu em volta de nos, chamando as arais para a batalha conosco. Da mesma maneira que Thalia as mandava atacar, Jason as fazia recurar, permitindo sempre que apenas uma se aproximasse. E, quando essa o fazia, eu a cortava ao meio, sem sentir qualquer maldição me atingir.

A meu lado, Jason aprecia quase se divertir com a luta, me conduzindo e brincando com os ventos. Não era como se isso fosse bom, ou de fato divertido, mas como fazer algo tão natural quanto respirar. Como fazer aquilo que verdadeiramente se é bom. O pensamento fez com que meu peito doesse. Em pensar que o garoto que estivesse do lado por tanto tempo, ou ao menos que pareceu tanto tempo, tinha tanto a esconder. Como há poucos dias atrás, jamais poderia imaginar Jason com uma espada, e agora, essa parecia ser a mais real e mais forte imagem que tenho dele. O pensamento me faz suspirar, por que apenas comprova mais a tese de Nico que, na verdade, eu mal conhecia Jason Grace.

Não eram tantas arais quanto pensei que fossem. Quando se empunha uma arma e tem o céu e o vento a seu favor, o inimigo tende a parecer menos ameaçador. E, agora, eu cortava ao meio a última arai.

Jason soltou um riso alto, inclinando a cabeça para traz em um grito comemorativo. Ele nos desceu do céu com cuidado, ventania diminuía à medida que alcançávamos o solo.

Olhei de Thalia para Jason, que sorriam em comemoração a vitoria, mas essa não durou muito tempo. O chão começou a tremer com violência, tudo a nossa volta balançava. Olhei para Percy Jackson, temendo que o tremor viesse do cansaço do deus a segurar o céu. Mas não vinha. Percy mantinha o céu nas costas, e parecia tentar equilibrar o peso sobre os joelhos os quais o tremor do solo havia intensificando sua própria instabilidade. Sua cabeça era baixa e seu rosto se contorcia em dor pelo esforço extra.

Quando algumas pedras começaram a cair da estrutura da caverna, noto que é de lá que vem.

–Alguma coisa está acontecendo lá dentro. –Thalia observa, com os olhos preocupados. –Se Will e Nico não voltarem a tempo com Leo e Annabeth...

–E os deuses. Os deuses sabem quantos deles tem lá dentro, isso fora suas iscas. Semideuses, espíritos da natureza... –Jason diz. –alguém precisa entrar e ajudar a evacuar o lugar. Precisamos ir.

Jason dá um passo à frente, sendo seguido por Thalia e eu. Percy solta um gemido tanto em protesto quando em uma repressão da dor que provavelmente a fala lhe causa.

–“E só o amor definirá dos deuses a liberdade ou a prisão.” –Percy recita nossa profecia, seus olhos vão ao encontro dos de Jason. –foi o que você disse, certo? Não devem ir os três, apenas a filha de Afrodite. –os olhos cansados do garoto param em mim. Estão exaustos e pesados, como os de um senhor. –Piper, você precisa ir sozinha. Essa é a sua missão. Precisa resgatar Leo “junto à deusa abandonada”. Ele deve estar entre os deuses. Só você pode salvar os deuses e Leo.

–Mas... Não podemos deixar Piper ir sozinha! É muito perigoso! –Jason protesta a meu favor.

Sinto um arrepio correr minha espinha. Não é felicidade por Jason se importar o suficiente comigo, e sim uma certa decepção em sua pouca fé em mim.

–Deveria ter mais confiança nela, Jason. A garota dizimou uma boa quantidade de arais lá em cima. –ele aponta para mim com a cabeça, o fantasma de um sorriso assombra seu rosto.

Vejo em Percy um garoto que costumava sorrir muito, brincar muito. Mas que agora, nele, não sobrou anda alem da dor e sofrimento, apagando cada sorriso de seu rosto, deixando nele apenas a casca de quem um dia fora, e, mesmo assim, mesmo com tanta dor, continua se preocupando o suficiente com os demais, mesmo quem mal conhece. Eu não o conhecia, não sabia como era antes, mas via no olhar de Thalia sobre ele que era bem diferente, e desejo no fundo de meu peito que possa um dia conhecer o original Percy Jackson. Parece ser uma boa pessoa.

Seus olhos esverdeados passam de Jason para Thalia, como se implorasse para que essa o ouvisse melhor que o irmão.

–“Lideraram a missão a graça do Olimpo, os filhos do trovão.” –ele recita. –o lugar de vocês dois é aqui, aguardando Nico e Will. Piper deve ajudar os deuses, vocês devem cuidar dessa missão.

Seus olhos imploravam que Thalia o desse ouvidos. Os braços da garota estavam cruzados, suas sobrancelhas estavam franzidas no dilema e uma feição dolorida.

–Tudo bem. Você tem razão. –ela se virou para Jason, que continuava encarando a irmã com duvida. –ouça Percy, ele sabe o que fala. –ela se vira para o garoto. –Não por que é um deus, mas por que, na verdade, é um dos semideuses mais incríveis e inteligentes que já conheci. E o garoto mais persistente que conheci.

Jason toca meu ombro, Percy e Thalia me acenam com a cabeça. Vejo minha deixa, e corro caverna adentro. Antes de adentrar a caverna, por cima do ombro, vejo Thalia se ajoelhar ao lado de Percy Jackson e o abraçar pelo pescoço. Jason ainda tem seus olhos em mim quando desapareço caverna adentro.

Um extenso corredor se estendia até onde minha vista alcançava. Milhares de portas de pedras preenchiam o lugar, e eu sabia que em cada uma delas havia, no mínimo, um deus que eu deveria ajudar. Passo meus dedos pelas trancas, todas iguais, trancas de pedra. Passo as unhas do indicador e dedo médio pela fechadura, uma chave grande. Não tinha chances de conseguir abrir aquilo sozinha.

Será que Percy estava errado? Será que eu não sou de fato capaz de fazer isso? Por mais que saiba que raios e ventos não ajudariam muito, penso que Thalia e Jason saberiam o que fazer. Ou ao menos Leo saberia.

Então me ocorre. Leo estava em alguma dessas celas. Se eu o achasse... Talvez ele conseguisse. Então fiz a coisa mais ridícula que pudesse pensar que um dia faria em uma situação dessa. Comecei a berrar o nome de Leo pelos corredores.

–Leo! Leo Valdez! Se esta me ouvindo responda! –grito a todos os pulmões, com a voz carregada pelo charme que eu ainda custava para fazer funcionar. –Leo Valdez, me responda!

Levou cerca de cinco minutos de correria e gritaria até que tivesse alguma resposta que não fossem deuses mandando-me calar a boca e ajuda-los.

–Piper! –ouvi os punhos de Leo agredir a porta de pedra. –Hey! Mclean! Estou aqui!

–Leo! –gritei ao encontrar de onde sua voz saíra. Uma porta de pedra exatamente como as outras.

–Rainha da Beleza, nunca pensei que fosse ficar tão feliz em ouvir você gritando comigo. –conseguia ouvir o sorriso de Leo em sua voz.

–Precisamos sair daqui, isso vai desmoronar.

–Você jura, querida?

–Leo, consegue abrir a porta?

–Acha que eu estaria aqui dentro se conseguisse? –ele responde, e eu bufo, fazendo uma mecha de meu cabelo voar para longe dos olhos. –não tem fechadura pelo lado de dentro, só pelo de fora.

–Precisamos dar um jeito.

–Você acha que... Pode convencer essa fechadura a ceder? –Leo pergunta, e eu olho para a porta de pedra assombrada. –pare de me olhar como se eu fosse louco! Nem consigo te enxergar e sei a cara que está fazendo Mclean! –ele bufa. –se você consegue fazer com que pessoas façam o que você quer... por que não engrenagens?

–Engrenagens não têm sentimentos, Leo.

–Elas ficam muito ofendidas quando você diz isso. –ele contesta. –tente!

Suspirei, mas o que mais poderia fazer? Ficar discutindo sobre os sentimentos da fechadura com Leo até que fossemos soterrados? Precisava no mínimo tentar.

–Ei, fechadura. Vamos, abra a porta para nós... Nós não queremos ser soterrados por uma caverna gigante. –conseguia ouvir a o riso abafado de Leo atrás da porta. -Sei que você adoraria girar... Agora.

Então a porta faz um Click! E destranca. Toco com as pontas dos dedos, a empurrado para frente, onde Leo estava parado com um olhar assombrado.

–Me diz que você fez algo, e não que eu convenci uma fechadura a simplesmente destrancar. –pergunto.

–Eu disse que elas têm sentimentos.

Soco o ombro de Leo.

–Por rir da minha cara, palhaço.

Leo sorri, mas não sai de sua cela como imaginei. Ele me puxa para dentro dela. Quando ia perguntar o que ele estava fazendo, vejo uma jaula dourada e brilhante do lado de dentro. Leo acende o fogo de suas palmas, algo que talvez eu nunca vá de fato me acostumar, mas posso ver a silhueta de uma garota, uma jovem.

–Uma deusa? –pergunto a ele, um sorriso dança no canto de seus lábios.

A garota segura as barras de sua jaula, mirando-me, seus olhos imploram por ajuda. Leo me empurra pela cintura até a garota. Ela é extremamente bela, usa um vestido branco sujo, tem cabelos e olhos em um belo tom mel. Seu rosto está coberto de sujeira e em seu tornozelo está o mesmo anel que Percy Jackson.

–Já estudei tanto a tornozeleira quando a jaula. É totalmente mágico, não tem nenhum mecanismo. –Leo explica. –é com você, Pipes. Você precisa desliga-la.

Ah, o estranho momento em que preciso flertar com uma jaula para ela se abrir.

–Está a tanto tempo funcionando... Está ficando cansada de brilhar, em manter uma deusa presa. Para que manter uma deusa presa? Você estaria tão bem sem brilhar, sozinha descansando...

Noto que a deusa enjaulada começa a piscar duro e Leo começa a pescar sua consciência a meu lado. Se consigo fazer esses dois pegarem no sono sem nem mesmo estar me direcionando para eles, devo conseguir fazer uma jaula abrir.

E então o brilho começa a morrer preguiçosamente, até que se extingue. A garota coloca os dedos entre as barras, e eles passam direto. Ela sorri radiante.

Leo então saca um grande martelo do cinto de ferramentas, grande o bastante para, fisicamente falando, não caber ali. Mas, bem, fisicamente falando, eu também não poderia convencer uma jaula parar de funcionar. Leo manda a garota se afastar com um movimento do queixo, ela o faz, e Leo atinge as grandes com o martelo. Agora que desligada, a jaula parece feita de alumínio, e cede facilmente a investida de Leo, entortando o suficiente para a garota sair.

A deusa abraça Leo pelo pescoço com força, me fazendo erguer uma sobrancelha e o canto dos lábios para a cena. Logo em seguida ela o solta, e me abraça também.

–Obrigada! Obrigada! Obrigada! –ela repete.

–De nada. –eu respondo. –sou Piper Mclean, filha de Afrodite.

A garota me solta, seu olhar e radiante.

–Por isso você conseguiu! Effy, a filha de Eros, estava preocupada com você, e com razão. Você vai conseguir tirar os deuses daqui. –ela pisca. –alias, sou Calipso.

Ela inclina a cabeça e levanta levemente a barra do vestido em um cumprimento antigo. Quando se apoia no pé da tornozeleira, parece tonar que o mesmo não pode apoiar o chão. Leo a apoia para que ela não caia.

A caverna treme novamente.

–Precisamos tirar o resto daqui. –ele fala.

Dou alguns passos a frente, tocando a pedra da primeira porta a nossa frente.

–Acha que consegue abrir?

–Se há uma fechadura ela pode ser arrombada. –Leo toca a cintura de Calipso, avisando que precisará das duas mãos. A garota manca para dar espaço a Leo e se apoia na parede.

Leo tira duas ferramentas as quais eu jamais saberia dizer o nome, e insere ambas na fechadura de pedra, uma no limite superior e outra no inferior. Ele morde o lábio inferior enquanto escuta com atenção. Não demora para ouvirmos o click que denuncia a porta aberta. Leo sorri, mas não tem tempo que fazer uma piada, eu adentro a sala. Mais rápido do que eu era capaz de abrir com o charme, Leo conseguira arromba-la.

Diferente da cela de Leo e Calipso, essa tem mais de uma jaula espalhados. Meia dúzia aproximadamente. Não perco tempo, começo a persuadir as jaulas a pararem de funcionar. Os deuses dentro dessas trocam olhares assustados até entender o que está acontecendo. Quando todas as jaulas se apagam, os deuses começam a empurrar suas barras, e Leo bate nas barras com seu martelo.

–Por que eles não se transportam daqui agora que estão sem as jaulas? –pergunto, e Calipso me responde. Ela aponta para o próprio tornozelo.

–As tornozeleiras são mais poderosas que as jaulas, se cederem a seu charme, não será com tanta facilidade das jaulas. As jaulas existem só por precaução, o verdadeiro problema são as tornozeleiras. Não dará tempo para todos, Piper. –ela explica. –precisamos de algo mais forte.

Jogo uma pedra em uma das jaulas, ajudando uma moça loira de olhos claros sair. Ofereço minha mão à moça enquanto falo com Calipso.

–Tipo o que?

A jovem que se põem de pé a meu lado tem os cabelos loiros sujos, mas quando ela sorri, seus dentes continuam brancos e cintilantes.

–O tipo de ajuda que eu posso oferecer. –ela diz. –Sou Panaceia, a deusa da cura, descendente de Apolo. Se conseguir tirar a minha tornozeleira com o charme, posso usar minha magia para tirar as dos demais deuses com mais rapidez. –ela aponta para uma jaula onde um jovem da mesma idade, com cabelos e olhos igualmente claros se encontra. –aquele é meu irmão Iaso, ele também pode ajudar.

Leo se dirige para a cela de Iaso, quebrando suas grades já desabilitadas e o ajudando a sair.

Mordo o lábio em duvida, não sabendo se seria capaz de tirar aquele objeto da deusa. Sento-me sobre meus calcanhares antes de começar. Sinto o charme fluir de minha voz, quase cantarolado, pedindo para que o anel prateado se solte. Nada acontece por bons segundos, a sala lotada de deuses está um completo silencio. Então um crec alto é ouvido, e a tornozeleira se solta da perna da deusa.

Um grito mudo sai dos lábios de Panaceia, a tornozeleira prendia sua carne e a retirada lhe causou dor. Ela se deixa sentar no chão com a dor, e repousa os dedos trêmulos próximos ao ferimento. Quando os tira, está curada.

Uma serie de uivos divinos comemorativos soam. Panaceia se levanta e começa o processo no irmão. A tornozeleira de Iaso está longe dele em segundos, e, dessa vez, sem dor alguma.

Iaso se levanta e sorri junto da irmã, prontos para ajudar.

–Vão, vocês precisam continuar a liberar as jaulas! -Iaso diz. –nos cuidamos dessa sala.

Assim que dou as costas, os irmãos começam a usar seus poderes para abrir as celas desativadas com os poderes, de suas palmas saem luzes luminosas assim como Will ao receber sua benção. Mas os irmãos tinham mais intensidade, de suas palmas saia energia da cura, curando os deuses com rapidez.

Quando chego à próxima sala, Leo já a havia destrancado, e partia para a próxima. Uso meu charme nas jaulas, e elas se desligam. Assim que acontece, Panaceia entra, com seus poderes. Calipso está curada a seu lado, e conduz os deuses, pedindo para que esses ajudem a transportar os espíritos da natureza e semideuses para fora dali, para que quaisquer deuses com poder de cura ajudem a se livrar das tornozeleiras.

–Posso perguntar como veio parar aqui? –pergunto a Panaceia. –lembro-me de sua historia, mas não me lembro de qualquer envolvimento amoroso.

Temo que a deusa se zangue com a pergunta, mas ela apenas sorri. Ela é alegre e gentil, pronta para ajudar e nunca se zangar.

–O amor é um sentimento muito abrangente, querida. Não necessariamente deve ser romântico. Eu me entreguei por Iaso. Sabe, o amor fraterno é tão poderoso quanto o romântico, se não maior por muitas vezes. É... Família. E não se desiste da família, nunca.

Ela sorri de lado, e eu a acompanho.

–Obrigada pela ajuda.

–Estou lutando por minha família. Nos que agradecemos a você. –ela acena com a cabeça. –agora vá, você tem celas para abrir.

–Ei, Pipes. –Leo aparece a meu lado. Ele tem um sorriso no rosto, Calipso a seu lado e um megafone na mão. –acho que isso pode ajudar.

A prisão vira baderna em poucos segundos. Os deuses já libertos ou se transportam com semideuses, mortais ou espíritos da natureza ou até mesmo com deuses mais fracos. Os mais dispostos usam os poderes recém-adquiridos para derrubar as portas de pedra. Eu grito pelo megafone para que as jaulas douradas cedam. Panaceia e Iaso usam seus poderes para curar os deuses. Era como os filmes com cenas do final da ditadura militar, todos feridos, machucados e sujos, mas lutando e se ajudando em um berreiro só.

...

Em cada cela que passava, as jaulas estavam abertas, influenciadas pelo charme. Todos os deuses estavam sendo curados, já tinha fugido ou estavam ajudando uns aos outros. E a caverna começava a tremer demais. Pedaços de pedra caiam do céu, vez ou outra eram empurrados para o lado por algum deus, mas no geral esses pareciam mais interessados em ajudar uns aos outros do que em se preocupar com a estrutura do lugar. O lugar havia passado de uma prisão para uma rebelião em poucos minutos.

–Vocês precisam sair daqui. –Calipso toca o ombro de Leo. –a missão de vocês ainda não acabou. É muito estranho que ninguém tenha aparecido ainda, Effy e outros semideuses estão por ai, e vão atacar. Vocês precisam impedir.

Leo segura a mão de Calipso em seu ombro.

–Venha conosco. –sua voz é suplicante, mas Calipso nega com um sorriso triste.

–Eles são minha família, eu preciso ajuda-los. Eu volto assim que puder, eu juro. –ela garante a Leo.

–Longe de sua ilha você não é imortal. Se transporte para fora daqui. Se isso desabar...

–Eu ficarei bem. –ela garante. –e, longe de minha ilha... Você não vê? Eu estou livre, Leo. Não importa o que acontecer depois, você ainda vai poder me encontrar, não importa onde.

Então Leo puxa Calipso pela cintura e a beija. Por um momento, tanto ela quanto eu parecemos surpresas. Tão surpresas que penso que Calipso empurrará Leo para longe, mas ela o segura pela nuca e o retribui. A cena evolui, e eu passo da surpresa para o constrangimento. Desvio os olhos dos dois.

A caverna vacila mais uma vez. E preciso me segurar na parede. Leo e Calipso finalmente se afastam.

Então vejo Iaso correr em nossa direção ele está acompanhado de outro deus, mas esse manca ainda com a tornozeleira presa a si. Mas Iaso não parece se importar com o fato. Estranho, sendo ele e sua irmã tão prestativos. Ele segura o deus pela gola da blusa com violência.

–Achamos esse carinha tentando fugir por algum ponto inferior da caverna. –os olhos do deus da cura brilham de raiva. –é um dos aliados de Eros. Em algum ponto da caverna os aliados estão escapando, não conseguimos identificar onde ainda. –ele comunica, então sorri de lado. –achamos esse e colocamos uma tornozeleira no infeliz. Levem-no, podem precisar.

Abro a boca para perguntar para que, mas o deus acena com a cabeça e desaparece, provavelmente se deslocando novamente para ajudar o restante dos deuses.

Aponto minha adaga para o pescoço do homem. Ele é baixo, pouco maior que eu mesma. Ele treme quando posiciono a arma, indefeso e sem seus poderes.

Mas algo nos surpreende.

–Leo!

Uma pedra do tamanho de uma geladeira despenca do teto da caverna na direção de Leo e Calipso. A garota olha para cima e empurra Leo para longe dela, dando alguns passos para traz.

–Saiam daqui! Eu vou ficar bem!

Com uma pedra tapando o caminho entre eles, Leo não tem escolha se não concordar com a cabeça.

–Eu vou te achar! Eu juro! -ele berra.

Eu o pego pelo antebraço e o arrasto junto de mim quando mais pedras começam a cair. Pressiono a lamina contra o pescoço do deus. Atrás de nos, Calipso se vira, seguindo o próprio caminho em socorro aos deuses.


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Notas finais do capítulo

NOTAS BEM BEM BEM BEM IMPORTANTES!
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Eu fiquei meio em duvida se a Piper flertar com portas ficaria muito estranho, muito engraçado ou simplesmente QQ ESSA GAROTA TA ARRUMANDO? Mas eu tinha que tentar por que sim. kkk Se a menina consegue da vida a um dragão de metal ela faz qualquer coisa, tenho muito fé na Piper.
E eu amoooo as cenas da Piper e o Leo. Amo muito a amizade deles, quase tanto quanto amo a da Thalia com o Nico. Ambos me rendem cenas muito boas.
Ah, voce acharam mesmo que Caleo seria tãoooo fácil assim? Nem Percabeth, nem Solangelo, nem Caleo, nem qualquer casal vai ter a vida facilitada não hein! Quer quer romance fácil lê oneshot, que o negocio comigo é pesado kkkk.
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MOMENTO SÉRIO
Eu estou incluindo bastante personagens originais, a maioria deles tem alguma parte de sua história costurada com os personagens antigos, mas eles em si tão todos criados por mim. E eu sei que as vezes persoangens originais perdem o foco e tudo mais, mas estou me focando bastante para deixa-los beeeem interessantes, assim como Dália, Mary Ann, Alex e, é claro, Effy. E eu só queria saber se está tudo bem por voces incluir esse pessoal relamente.
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OKAY AGORA MOMENTO SÉRIO BEM SERIO.
QUEM QUER SER UMA PESSOA INCRÍVEL E ME AJUDAR MUITO MUITO MUITO?
Eis meu drama atual. Minha escola vai ter uma revista com textos dos alunos e eu me ofereci para escrever uma cronica, o único texto narrativo disponível. E se o meu for o melhor ele pode ser publicado na revista da escola! Então tudo ótimo, certo, Lívia? NÃO! Sempre pensei que escrever sem um assunto definido era o melhor tipo de escrita, mas eu não sei sobre o que escrever. Então, por favor, me sugiram algum assunto polemico (de preferencia um não muito clássico, tipo aborto), as vezes alguém me dá uma super ideia brilhante e eu encorporo Machado de Assis (quem me dera!)
E eu agradeço muito a quem puder dar uma sugestão. Estou meio sobrecarregada com as provas e não estou conseguido raciocinar criativamente. Essa palavra existe? Espero que sim.



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