I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 48
Sede de vingança.


Notas iniciais do capítulo

Esses dias minha amiga, que le muita fanfic, disse: Nossa, eu odeio essas autoras dizem que vão postar no sábado e postam no sábado, tipo, as 11 horas da noite! E aqui estou eu postando tarde.... Ta bom, já domingo, mas eu estou acordada então ainda é sábado. E essa minha mesma amiga diria "ta achando o que? Que é o centro do universo fia?"
ALIAS É ANIVERSÁRIO DELA GENTE DIGAM PARABÉNS PARA A AMANDA! E mandem ela ler BOO que ela ta muito desiludida com esse fim.
Tudo bem, quero agradecer muitooo aos cometários do capítulo passado, agora que bati um recorde! Como sempre, prometo responder em breve.
Esse capítulo precisou passar por umas reformas, por que eu tinha feito uns detalhes dele sem compromisso e resolvi refazer para encaixar com a segunda temporada. Quando isso fizer sentido voces nem vao lembrar da existencia desse capítulo mas eu vou lembrar vocês.
Enfim, tenho surpresas nesse capítulo!



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POV Nico

A escuridão dominou a paisagem assim que adentramos a caverna. Sentia-me forte, revigorado depois da troca de energias com Will, e esse, por sua vez, não parecia alcançar seu ápice no momento. A cada passo em falso dele, sentia a culpa em meu peito por ter os meus firmes. Alem disso, a caverna escura tirava dele sua principal vantagem, sua perfeita mira com o arco. Por sorte, eu tinha uma boa visão no escuro, e Will sabia disso, tanto que tocou minhas costas, a procura da barra de minha blusa para saber aonde ia.

Will confiava em mim na escuridão. Mas onde poderíamos seguir? O plano estava elaborado apenas até ali. Piper e Thalia distrairiam o exercito de Arais de defesa enquanto Jason dava suporte a Percy e as garotas, ficando de guarda, deixando que eu e Will adentrássemos a caverna. Eu estava forte o bastante para uma boa luta, e tínhamos esperanças que possamos achar Annabeth para Will curar. No entanto, não sabíamos o que fazer nesse meio tempo.

Sentimos necessidade de pararmos de correr após um tempo. Corríamos em um corredor sem fim e sem outras direções. Will tateou a parede, uma das muitas portas de pedras dali.

–Você não disse que tinha visto deuses presos em jaulas em um de seus sonhos? –ele perguntou. –consegue enxergar alguma coisa?

–Eu posso tentar.

Aproximei-me da porta e a toquei. Não sabia se conseguia fazer aquilo, mas precisava tentar. Senti a escuridão que preenchia o cômodo, e pude sentir a presença de gente ali. Senti poder, dor e sofrimento. Divindades, os deuses e suas iscas.

–Você tem razão, são as celas. –giro minha cabeça apontando para as demais com o queixo, mesmo que saiba que Will não consegue me enxergar. –cada uma dessas tem um. Talvez mais de um.

Will comprimiu os lábios. Parecia preso em uma terrível duvida. Ele tateou as portas, em busca de uma abertura. Mas eu via as fechaduras que se abririam apenas com a devida chave.

–Não podemos ajuda-los, Will. Precisamos achar Annabeth. Precisamos achar Leo, salvar Percy. Precisamos impedir Effy de seja lá o que ela estiver fazendo.

Ele suspira, desistindo das celas.

–Tudo bem.

Olho para frente, para a imensidão de escuridão, para o corredor onde não conseguia ver um fim. Parecia apenas uma quantidade infinita de celas, nada mais. Será que estamos no lugar errado? Será que Effy não estaria ali de fato? Por que nada me deixaria mais feliz do que acertar aquela garota com muita força. Mas Percy havia garantindo, jovens entravam por ali o tempo todo e nunca saiam. Annabeth havia sido arrastada para ali. Tinham que estar em algum lugar.

Um grito de pura agonia rompeu o ar, cortante e afiado. Era feminino, era alto e a plenos pulmões, inteiramente desesperado. Não pude reconehcer o grito, ele ecoava demais, não pude reconhecer se a voz pertencia a Annabeth, mas a possibilidade foi o bastante para por-me posto. O som vez meu coração pular uma batida por puro susto e angustia que o grito trazia. Pego Will pelo pulso e o puxo na direção do som, fazendo com que ele me siga.

O grito vem de trás de uma porta, aparentemente nem um pouco diferente de todas as demais. Toco-a para tentar sentir a presença da dona do grito, talvez de Annabeth, preparando-me para transportar-me junto de Will para o lado de dentro. No entanto, não é preciso. Assim que meus dedos tocam a pedra fria, somos sugados para dentro do cômodo.

Agora o cômodo estava mais iluminado. A luz era pálida e mórbida, causava sombras exageradas, como um filme de terror chinês.

E lá está Annabeth, deitada no chão, com a boca entre aberta. Mas o grito não vem dela.

Uma garota tem a boca aberta em um berro, mas não se encontra em nenhum perigo aparente. Ela cessa ao ver-nos, seus olhos sobem finalmente.

A seu lado, está nosso comitê de boas vindas.

Effy, com os cabelos sangue rebeldes e um sorriso vitorioso. Ela tem uma mão armada com a espada e a outra no quadril. Mas agora está acompanhada.

A seu lado esquerdo, de pele marfim e olhos pequenos, estava uma menina. Parecia mais velha, por volta dor dezessete anos. Tinha cabelos negros compridos até a cintura, ele parecia estar dividido no meio, mas suas mechas pareciam se confundir, criando uma desordem maníaca. Seu roto não tinha expressão, seus olhos eram sérios, pequenos e compridos, tanto que suas íris negras preenchiam quase todo o olho. Eles eram negros como uma noite sem estrelas.

Do outro lado de Effy, a segunda garota se postava, a menina que gritava. Ao contrario de Effy com seu sorriso sádico e a primeira garota, com o rosto absurdamente neutro, a segunda garota tinha um olhar mais comum, menos perturbador. Tinha cabelo loiro pálido até as clavículas, olhos em um tom peculiar. Não eram cinzentos como um dia nublado, assim como os de Annabeth. Não. Seus olhos eram mais escuros que isso, mas era possível mesmo de longe ver os riscos de sua íris, que variam em tantos tons de cinza que poderiam deixar-me tonto. Seus olhos eram feitos de grafite e prata. Seus cabelos eram raspados em volta de uma das orelhas e seu cabelo loiro estava jogado par ao lado oposto. Seus olhos perturbadores estavam contornados de preto, como os de Thalia. Seu rosto estava preso em uma expressão de ódio e ressentimento.

Havia mais um na sala, um garoto. Ele tinha o cabelo em um tom negro, rebelde e desarrumado, e seus olhos brilhavam em um tom violeta.

–Di Angelo e o Raio de Sol, minhas vitimas prediletas! –Effy começou, tirando minha atenção de seus companheiros. –vocês fazem um par bonitinho, na verdade. Vai ser ótimo poder pisotear os corações de vocês.

Meu sangue pareceu queimar, meus dedos apertaram minha espada com tamanha força que meu pulso tremia. Will ergueu sua mão, tocando minha barriga com as costas das palmas quando fiz menção de dar um passo à frente.

–Isso ai, controle seu homem. –ela brinca, em seguida inclina a cabeça. –Sabe, eu sempre defendi o fato que temos o direito de sabermos quem será nosso assassino. Não vai fazer diferença no final, mas é um direito. É sempre bom saber quem tem a arma em nossa garganta, não é? –Effy esperou, estralou a língua e deu continuidade. –certo, certo. Nico Di Angelo, filho de Hades. O bonitinho ali é Will.... Will Solace, certo? Apenar de bonito, não é nada de mais, filho de Apolo.

O peito de Will pareceu se estufar em um tom ofendido e enraivecido.

–Mary Ann Bell. - a morena sem expressões se apresentou. Sua voz era serena e tranquila. –filha de Nxy.

–Dália Dark. Filha de Nemesis.

A loira disse entre dentes, suas sobrancelhas eram uma linha fina, seus olhos me miravam com desprezo.

O garoto levantou os dois dedos médios ao ar, como se partissipasse de uma chamada.

–Alex Sanders. –sua voz era relaxada, tão descontraída que chegava a irritar. –filho de Hecate.

Então Annabeth murmurou. Um gemido fraco saiu de seus lábios pálidos. Effy a mirou indiferença, como se tivesse se esquecido da presença incomoda da garota.

–Isso vai demorar? –Alex troca o peso de um pé para o outro. –preciso voltar, se derem minha falta...

Effy abanou as mãos para o garoto sem olha-lo.

–Estamos de saída. –ela sorri, e volta sue olhar para Annabeth. –na verdade, nos vamos agora. Pegue-a.

Aperto a espada conta a palma quando o garoto de abaixa e pega Annabeth nos braços. Dou um passo a frente.

–Quietinho ai, Di Angelo. –Effy aponta a espada para mim. –estão em menor numero, fica na sua.

Eu volto um passo e viro-me para Will para ver seus lábios comprimidos em preocupação.

Effy bate o calcanhar de seu coturno do chão, fazendo barulho, marcha até Dália. A garota parecia ser mais jovem, parecia ter minha idade, por volta dos quinze. Era mais baixa que Effy, de forma que ela colocou suas palmas sobre cada ombro da garota por traz e se abaixou como se fosse falar em seu ouvido. Mesmo assim, Effy falou em bom tom, de forma que todos pudessem ouvir.

–Dália tem alguns assuntos pendentes com você, Di Angelo.

Minhas sobrancelhas se juntam.

–Do que você está falando? –eu pergunto, e os olhos da menina não saiam de mim.

–Não sou a primeira filha de Nemesis que você já combateu, não é mesmo? –Dália rosnou para mim, sua voz era afiada e cortante. Senti meu coração se apertar ao me lembrar do posto, o filho de Nemesis...

–Tom. –minha voz saiu tão baixa que pensei que não pudesse ser ouvido, mas um sorriso irônico e amargo surgiu no canto dos lábios de Dália. Ela tirou um machado de seu cinto.

A imagem do garoto que combatemos a das atrás invade minha mente. A escuridão do posto abandonado, Thalia aprisionada e ameaçada em seus braços. Minha lamina atravessando seu peito. Nada depois disso, não para Tom.

Effy sorriu, deu um tapa amistoso no ombro da outra.

–Uma carona, Ann, por favor? –Effy pediu a garota.

Mary Ann se virou para Effy com um meio sorriso no canto dos lábios. Pousou as mãos na frente do corpo, com as palmas viradas para Effy, postava ao lado de Tate, que carregava Annabeth. Mary Ann girou suas palmas até que parecessem se agarrar em um tipo de corda. Ela a puxou, e uma onda de escuridão engoliu os três, os levando para sabe-se lá onde.

Tive que me esforçar para manter meu queixo no lugar, para não deixa-lo cair com os poderes da garota. Ela era filha da deusa primordial da escuridão, tinha poderes semelhantes aos meus, mas eram mais sombrios, mais selvagens.

Dei novamente um passo à frente, e dessa vez não fui impedido, e sim seguido por Will, ambos tentando seguir Effy e Alex, para onde tinham levado Annabeth. Não me importava quanta energia fosse preciso usar para fazer a passagem, eu a faria. Mas fomos impedidos. Dália ergueu seu machado e Mary Ann sacou uma adaga do cinto, que, alias, tinha muitas delas.

–Não vão a lugar nenhum. –disse a filha de Nemesis. Ela trocou um olhar com a parceira, e pareciam ter combinado o que aconteceria em seguida.

Levanto minha espada para começar o embate. Seria a filha de Nxy tão boa lutadora quanto era poderosa? Eu não apostava nisso.

Mas Dália parecia mais interessada em me combater do que Mary Ann. E foi o que ela fez. A garota era mais ligeira e sorrateira do que imaginava. Era uma garota pequena, alguns dedos menor que eu mesmo, e gente assim tendia a sempre impressionar, eu sabia disso, usava meu tamanho a meu favor, por que as pessoas nunca esperam muito de pessoas pequenas. E agora tinha isso virado contra mim.

Ergui minha espada, e com uma força que não esperava, seu machado se colidiu com minha espada, causando um som metalido e agonizante.

Enquanto isso, Will lutava com Mary Ann.

Droga, como eu odeio nomes compostos.

A garota parecia tão tranquila, tão perversa e misteriosa... Seu nome reforçava o fato de acha-la tão estranha.

Ela tinha um cinto cheio de facas, e a atirava contra Will em uma velocidade que ele não tinha tempo de abastecer seu arco com flechas. Will se abaixou, desviando de uma faca levemente grande. Quando ela já jazia no chão, ele a pega. A menina tentava ganhar distancia para usar sua mira, mas Will foi rápido o bastante para cortar a distancia entre eles, obrigando-a a uma disputa entre facas.

Will não era bom com laminas, mas Mary Ann parecia ter treinado a vida inteira apenas a longa distancia, enquanto Will já tinha experiência com outras armas, mesmo que a sua fosse o arco. Eles duelavam, e Dália usou minha distração a seu favor.

Ela me empurrou contra a parede de pedra, tirando todo o ar de meu pulmão. Suas pupilas pareciam se dilatar e voltar ao normal repetidas vezes, os riscos de suas íris pareciam mudar de tom, me deixando tonto e desconcentrado. Seus olhos delineados em um preto borrado me atordoavam a um ponto de não notar seus dedos em minha garganta até que o ar começou a fazer falta.

–Você o matou, Nico Di Angelo. Você matou meu irmão.

A voz da garota não passava de um sussurro, não duvidava que talvez sussurrasse em sua mente. Não conseguia saber, sentia o ar faltar, mas seus olhos continuaram ali, me atordoando, me matando. Poderosos e vingativos.

O ódio e o rancor toda a magoa de sua voz fazia meu peito doer. Não era como Effy, que lutava puramente por sua personalidade psicótica, por um desejo de vingança que havia tomado do pai. Não. Dália deveria ter aproximadamente a minha idade, e, assim como eu, era a mais jovem de seu grupo. Mas possuía um ódio no olhar... Um ódio justo. Eu havia matado seu irmão. E não havia pensado muito nele desde que o fiz. Havia pensado nele como um monstro, não como o garoto que era. O irmão mais velho de Dália. Seus olhos brilharam por vingança e justiça. Era o que merecia. Talvez o que lhe dei, fosse o que Tom merecia, talvez não. Mas o sofrimento que isso trazia a garota... Talvez não fosse o que Dália merecia.

A culpa me preenchia, e não sabia se aquilo fazia parte do poder de Dália, mas era real. Lembrava-me de Bianca. De como odiei Percy por simplesmente não mantê-la a salvo, ele não a tinha matado de fato, apenas não foi bom o suficiente para ajuda-la. E mesmo assim eu o odiei, eu o quis longe, o quis infeliz. Por muito tempo, o quis morto. E ali estava Dália, olhando nos olhos do assassino de seu irmão, de quem empunhou a espada e tirou sua vida. E eu mal poderia culpa-la.

No fim do jogo, Effy é que ficou com a razão. Sozinho, eu agia pelo impulso, o que às vezes me salvava ou praticamente me condenava à morte. Se estivesse só, não veria problema em deixar Dália ter sua vingança. Era justiça, era certo. Sempre paguei o preço pelas atitudes que tomei, e aquilo não seria diferente.

Mas não poderia. Mary Ann era poderosa demais para Will, ele jamais conseguiria derrota-la somada a Dália, sozinho. Annabeth estava morrendo, ela precisava ser salva. Percy contava conosco para ajuda-la. Leo contava conosco para resgata-lo. Thalia, Piper e Jason, lutando do lado de fora nos dando cobertura.

Eu não poderia fazer isso.

Não poderia os deixar sozinhos apenas por saber que Dália tem razão. Não colocaria minha culpa na frente da vida de meus amigos. Eu era parte de uma equipe, de um time. Eu não estava mais sozinho, minhas decisões não afetavam mais apenas a mim.

Acerto Dália com a parte chata da espada. Acerto uma de suas costelas, ela se recupera a tempo de me atacar, alimentada pelo ódio.

Nossas armas se chocam, e ambos colocamos o peso de nossos corpos sobre nossas laminas, nos deixando próximos o suficiente para que ela sussurre.

–Você sabe que merece cada desgraça em sua vida.

Nossas laminas se afastam, e voltamos e contratacar.

–Talvez você deva saber. –digo entre uma defesa e um ataque. –que seu irmão tentou assediar minha amiga. Uma caçadora de Artemis desarmada.

Meus dentes se rangeram ao me lembrar da cena. Não achava que merecia piedade por mata-lo, sabia que poderia haver outras opções, sabia que Dália provavelmente não merecia perder o irmão. Mas o ódio que nutria pelo garoto permanecia em meu peito. O sorriso sínico que expunha em seus lábios enquanto apertava Thalia contra si, os olhos desesperados dela...

Ataquei com força com a espada, fazendo Dália recuar. Seus lábios estavam entreabertos, surpresa. Suas sobrancelhas se uniram em dor e raiva.

–Você está mentindo. –ela rosnou. –filhos de grandes deuses são mesquinhos. Tom tinha razão. O acampamento nunca foi uma escolha. Nenhum deles.

A última frase me pegou de surpresa, precisei recuar quando perdi um golpe.

–Nenhum deles?

–Semideuses comuns não têm duas opções, mas eu e Tom sim. Nemesis tem apenas uma forma. Não é apenas...

–Dália! –Mary Ann gritou para a garota.

Will parecia totalmente concentrado na luta com a filha de Nxy. A luz lutando contra as trevas. Ele não parecia concentrado em nossa conversa, enquanto Mary Ann parecia ouvir tudo que se propagava no escuro. Talvez fosse assim que desviasse com tanta agilidade das investidas de Will.

Dália se calou. Não insisti, por que ela não falaria, e eu já tinha uma arma contra a garota.

–Como a vida tranquila em dois acampamentos pode ser trocada por isso? Luta e sangue.

Minha espada deu o golpe que Dália não foi capaz de impedir. Ela segurou o ar em seu pulmão enquanto minha espada ia de encontro com suas costelas. Virei a lamina, deixando apenas a parte chata atingi-la, e não a cortante. Sentia já ter ferido demais a menina.

Ela soltou o ar de seus pulmões com a pancada, parecia surpresa por estar viva. Mas isso não a impediu de recomeçar a atacar.

–Por que Tom tem razão. Ele tinha razão. –ela cuspiu o verbo no passado com ódio. –somos os filhos da vingança, é para isso que vivemos. Assim como você, Nico Di Angelo, vive apenas para causar morte e dor.

Ela atingiu minhas costelas com o machado, mas pude girar o suficiente para ser atingido apenar pela lateral não cortante. Mesmo assim, a arma pesada e muito bem manejada me causou extrema dor. Sentia que poderia ter quebrado algo.

Ela levantou o machado.

–Dezesseis. –murmurei, e ela abaixou a arma por um memento. –é o numero do chalé de Nemesis. Ainda dá tempo de voltar atrás.

Quando desceu seu machado, levantei minha espada para bloquea-lo todas as repentinas vezes que ela atacou. Quando seu machado desceu fortemente demais, eu usei meu próprio braço para bloquear o seu, atingindo-a na mandíbula com o punho da espada.

Ela não caiu. Apenas abaixou a cabeça, e eu a coloquei contra a parede. Quando a levantou, o sangue escorria em uma linha de seus lábios. Seus olhos estavam assustados quando viu minha espada posicionada em sua garganta. E eu reparei.

Ela tinha a minha idade, deveria ser sua primeira luta real contra um semideus, alguém que lutava a usando armas, e não as garras ou presas de um monstro. No entanto, era isso que ela via em mim. Era o garoto frio e terrível que matara seu irmão. Não tinha garras nem presas, mas a seus olhos eu era um monstro.

–Eu... Eu sinto muito.

Eu podia contar nos dedos as poucas vezes que tais palavras saíram de minha boca. Para pouquíssimas pessoas. Tinha o costume de aceitar as consequências de minhas ações, não por pedir por perdão por elas. Tinha minhas escolhas como causas perdidas, que palavras não mudariam ações, e eu não poderia voltar atrás. E ali estava o pedido que perdão que eu sabia que não poderia ganhar. O que eu mesmo demorei tanto para dar.

–Não escolha o lado errado dessa batalha por vingança. Eu fiz isso uma fez, e tive a sorte de poder encontrar uma segunda chance. –eu nego com a cabeça. –escolha um acampamento. Não dou a mínima para o segredo do outro. Escolha um e viva a sua vida. Não se prenda a mim, a uma vingança. E, deuses, como você a merece.

Os olhos de Dália cintilaram, em raiva ou surpresa, eu não sabia dizer. Então se desviaram para a luta de Will e Mary Ann, e eles se arregalaram.

Mary Ann e Will lutavam com uma intensidade assustadora. Com ambos sem a vantagem da distancia, estavam igualados em habilidade. Todo o poder e escuridão da garota eram compensados pela graça, valentia e empolgação de Will. Luzes versus sombras, os dois duelavam com voracidade. No entanto, a empolgação de Will aprecia vacilar com o cansaço, decaindo com sua graça, mesmo que a valentia continuasse ali, intacta. Eu precisava ajuda-lo.

E, quando voltei meus olhos para Dália, ela parecia ter captado a ideia. Eu precisava ajudar Will, precisava terminar minha luta com ela. E lá estava eu, com a lâmina em sua garganta. Ela fechou os olhos, aguardando sua sentença com valentia. Quando retirei a espada, ela buscou por ar, contendo um possível soluço.

Dália abriu os olhos espantada, mas ela não atacou, sem se quer se moveu.

Ela era apenas uma garota assustada, quem tinha sido protegida pelo irmão mais velho e mais forte tempo demais para se dar conta que precisava tomar decisões sozinha, e sua primeira decisão praticamente a condenara a morte.

E eu sabia o que isso significava. Por quanto tempo não me permiti esconder-me atrás de Bianca enquanto a tive por perto para me proteger? Quando não odiei tudo que se relacionava com sua morte. Quanto odiei o acampamento, por que era onde ela tinha me deixado. Quando odiei Percy e Annabeth, por que na minha cabeça eram os culpados por sua morte. E como confiei em Minos para me amparar, para buscar vingança e o retorno de Bianca que eu sabia não mais ser possível. E como fui traído, usado e deixado.

E lá estava Dália, sentindo tudo que um dia também já senti. E, apesar de tudo que fiz, eu conseguira minha segunda chance. Percy e Annabeth me aceitaram no acampamento mesmo depois do que fiz, e fiz minha chance valer a pena. E como consegui amigos em quem confiar. Pessoas a quem me apoiar e a quem apoiar. Pessoas a quem amar. A única parte boa de afundar em escuridão, e saber que o que quando a luz vier, ela apenas se tornará mais brilhante, mais poderosa, mais calorosa. Mais sua.

–Eu lhe dou todo o direito de me odiar, Dália, mas não faça da vingança a sua escolha. Pelos deuses, escolha o lado correto. Essa batalha não é sua. –chego mais perto dela, e sussurro em seu ouvido, fazendo-a se encolher e arrepiar. –Nos só queremos ajudar nossa amiga, mas eu não quero machucar você, e nem vou. Apenas se finja de inconsciente, não se mova. Assim que tudo acabar, fuja, vá para onde você quiser, mas escolha o lado certo dessa luta. Effy é filha de Eros, Mary Ann de Nxy, são filhas de deuses primordiais, diferentes de Nemesis. Ninguém vai ganhar com isso Dália, nem você nem sua mãe nem seu irmão. Ninguém.

Seus olhos se erguem quando me afasto se fecharam novamente, e pude ver o balanço afirmativo quase imperceptível de sua cabeça.

Finjo atingi-la com o punho da espada, quando na verdade deixo apenas o antebraço acerta-la. Sua cabeça inclina levemente com o impacto, mas não o suficiente para feri-la. Assim como mandei, Dália deixa o corpo cair apoiando a parede da caverna.

Dou dois passos calmos para traz, esperando que Dália se levante e recomece uma luta. Mas ela não o faz. Ela continua de olhos fechados e cabeça tombada, com uma respiração calma. É uma boa atriz, apenas uma boa garota no caminho errado.

Vir-me de costas para ver a luta de Will e Mary Ann.

Mary Ann tinha envolvido a sala interia em escuridão, provavelmente criando as sombras que a transportariam longe dali, abandonado Dália a própria sorte com os inimigos. Aperto a espada a ponto de tornar os nós dos meus dedos esbranquiçados.

–Nico! –Will chama ao notar que tinha “terminado” com Dália.

Expiro pela boca antes de me juntar a luta.

Apartir do momento que começo a duelar, Mary Ann exala cada vez mais poder e escuridão, vendo-se encurralada, ela procura uma saída nas sombras. Assim que assumo a linha da frente da luta com a garota, Will tenta se afastar para tentar atingi-la com uma flecha, mas eu o impeço. Toco sua barriga com as costas dos dedos, o mandando permanecer ali.

Ann da uma cambalhota para traz, dando a si mesma tempo de lançar-me a faca que tem em mãos e alcançar uma adaga maior no cinto. Desvio da adaga assim como Will e a ataco. Assim que noto, tanto eu quanto Mary Ann estamos exalando escuridão e trevas. A luz que uma vez Will representou parecia ter se extinguido, morta pelas trevas. Agora não se tratava de uma luta de trevas contra a luz, era escuridão contra escuridão.

Quando notei o que estava acontecendo, segurei o pulso de Will. Mary Ann deu outra cambalhota para traz, e eu sabia que ela estava rolando para a sombra que iria transporta-la. A alcancei com a espada, puxando sua adaga de sua direção para mim. Por puro instinto, ela segurou fortemente a arma contra si, e eu e Will fomos levados pela escuridão.


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Notas finais do capítulo

Lembra quando eu disse que as coisas iam ficar complicadas? Pois bem.
Dália Dark, Mary Ann e Alex Sanders. Esse pessoal vai ser bem importante, principalmente pra segunda temporada.
EU me eprdi muito no começo desse capítulo. Como o Nico disso, ele tinha planejado o plano até aquele ponto, e eu tinha planejado também até aquele ponto. Fiquei muitooo tempo pra fazer isso.
Tenho um segredo pra compartilhar com voces. Nenhum nome de personagens criados por mim são a toa. Sério mesmo. E como os desses personagens tem origens de gente não do bem eu vou citar pros caras não sairem do além pra brigar comigo pelos direitos autorais.
Dália Dark lembra alguma coisa para voces? Acho o nome Dália muito lindo, mas não foi por isso que eu coloquei. Dalia Dark é a Dália Negra. A história (também contada na série American Horror Story) de uma jovem que foi esquartejada e deixada num canto qualquer de um cidade. Nunca descobriram o assassino. Enfim, Dália era uma vitima, e eu acredito que a personagem da historia também seja, apesar de tudo.
Mary Ann era o nome de uma assassina. Matou gente pra caramba incluindo a mãe, filhos e marido. Teve uma infancia bem infeliz. O sobrenome dela não é Bell, mas eu coloquei esse por que achei a historia meio pesada pra por o nome inteiro da mulher.
Alias, eu odeio nomes compostos, estou me acostumando a escrever Mary Ann o tempo todo.
Alex Sanders... Eu confesso que eu ri quando percebi que se voce falar rápido parece Alexander, o nome inteiro do apelido Alex. Mas não vamos rir, por que Alex Sanders foi um dos poucos homens condenados de bruxaria. Foi queimados junto com as bruxas de Salém. Bruxaria? Alguém viu a ironia de Hecate? E deu pra ver que eu realmente adoro American Horror Story
Pois é, eu fiz o dever de casa com esses nomes.
E para descontrair...
MINHA AMIGA FAZ 16 ANOS HOJE GENTE! DEEM PARABÉNS PARA A AMANDA! E MANDEM ELA LER BOO POR QUE A COITADA TA DESILUDIDA COM ESSE LIVRO!
Enfim, até o próximo capítulo




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