I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 41
Peça ajuda aos céus.


Notas iniciais do capítulo

Pois é, eu atrasei. Prova de matemática essa semana e ainda estou doente. Mereço hein.
E voces? Só 3 comentários no ultimo capítulo? Isso é preguiça de comentar ou a fanfic está broxando voces? Estou escrevendo a proxima temporada, e se voce não demonstrarem empolgação ao ler, eu não a tenho para escrever. Então me ajudem! Comentem!
Ah agora a boa noticia! POV Percy! Ah que saudades dele! Não importa o quanto eu ame o Nico ou a Thalia ou a Reyna qualquer um desses, o Percy é sempre o melhor! Fico tão triste em saber que ele não faz porra nenhuma alem de sangrar pelo nariz e despertar Gaia Sangue do Olimpo inteiro. E vomitar. Poxa ele vomita bastante nesse livro. Jason desmaia e Percy vomita. Esses são meus heróis.
Mas esse POV Percy vai dividir com o Nico.



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POV Percy.

Chego a um ponto que levantar minha cabeça se tornou igualmente inútil e impossível. Não apenas metaforicamente falando, mas também fisicamente. Annabeth já não tinha forças para se colocar de joelhos, ela estava deitada sobre os meus.

Seus olhos a muito parecem ter perdido o brilho, mas agora a coloração das íris parecem falhar, como se passassem de um cinza tempestuoso para um dia levemente nublado. Alem de fracos, seus olhos pareciam instáveis, a cada sobra, sua cor sumia dentro da escuridão, se tornando negra. Seu cabelo estava quase tão pálido quando sua pele, e as olheiras se tornavam quase arroxeadas, mesmo que ela passe a maior parte do tempo desacordada há alguns dias. Havia uma tigela rasa de uma comida estranha acompanhada por um copo d´água, mas Annabeth não havia comido. Alguns dias, e muito pouco deles, uma garota surgia para deixar comida. Ela tinha um cabelo claro e olhos que deixava abaixados. Nunca dizia uma única palavra. Mas deixava uma comida duvidosa e água e se retirava no mesmo silencio que havia entrado. Da ultima vez, Annie não conseguira comer, e o prato ainda estava ali. Na verdade, não acho que ela seria capaz de se sentar para comer aquilo.

No entanto, esse não é nosso único problema.

Aos poucos, meus braços se tornam dormentes e cansados. Minhas pernas tremem e, mesmo que não possa vê-la, tenho certeza que a perna portadora da tornozeleira está mal, e dói como o inferno. Meus olhos tem se tornado pesados junto a minha cabeça. Há muito tempo, não conseguia forças ou motivos para erguê-la. Afinal, Annabeth estava abaixo de mim, deitada e sempre inconsciente.

Effy havia parado de nos visitar desde aquele dia, desde que Annabeth segurou o céu. Talvez tenha suposto que não aguentássemos mais uma sessão de tortura, ou talvez tenha decidido que nos ver morrer e deteriorar por nos mesmos, ver um ao outro tão mal, seria tortura o suficiente.

A garota estava certa, no fim das contas. Sou um deus jovem demais para carregar a maldição de um titã tão antigo. É uma maldição criada para um titã poderoso, antigo e sábio. Não para um deus de dezesseis anos. Não tenho forças o suficiente para carregar um peso como o céu por tanto tempo. Mas imaginei que pudesse durar mais. Nós sempre pensamos que vamos aguentar, persistir mais do que de fato conseguimos.

Ainda é de dia, e sinto que nesse período o peso parece ser mais suportável. Como se o sol não pesasse tanto quando as estrelas. Como se Apolo tivesse piedade de minha maldição, enquanto a escuridão de Nxy não tenha, mesmo que saiba que Artemis me ajudaria com a lua se pudesse. Obviamente não tenho essa sorte.

Annabeth abre os olhos devagar. Está adormecida já tem mais de um dia inteiro. Seus olhos se abrem devagar e ela tenta acostuma-los a luz do dia. No entanto, ela não consegue abri-los por inteiro, então tem dificuldades para me mirar.

–Hey. –eu a cumprimento. –como está indo?

–O de sempre, eu acho. –sua voz sai tão fraca e tão perdida que aperta meu peito. Ela franze as sobrancelhas. –eu estou tendo alucinações ou... ou o seu cabelo está cinza?

Miro os olhos para cima, onde uma mecha perdida cai próximo aos olhos. Annabeth tem razão, o cabelo parece mais claro.

–Você está pálido... –ela contesta, e seu ombro se remexe, como se pretendesse erguer a mão até mim, mas não conseguisse. –você não está bem.

–Nem você. Acho que estamos quites.

Suspiro, e assim que o ar entra em meus pulmões, parecem pesar toneladas, e ao sair, meu pulmão parece encolher sobre o peso de meus ombros.

–Mas você é imortal, não deveria estar mal. –não respondo, e ela continua. –Isso é sobre o que Effy disse? Por você ser muito jovem?

–Também não acho que a tornozeleira esteja ajudando. –eu a lembro.

É verdade, a tornozeleira. O objeto tem roubado meus poderes e minhas forças aos poucos. Não acho que seja capaz de ficar assim por mais muito tempo.

–É, não está.

A voz surge da floresta, e os sons das botas surgem em seguida, estralando em galhos e folhas secas, anunciando sua presença. Effy tem um sorriso zombador dos lábios, mas seus olhos estão cheios de raiva e aborrecimento como nunca vi antes.

Reparo também que a garota tem o nariz inchado, e dele desce uma linha de sangue, assim como do canto da boca. Estamos incrivelmente e mortalmente piores que ela, é claro, mas a visão faz com que eu sorria, e ao olhar para baixo vejo que Annabeth vazia o mesmo. Se fosse capaz de gargalhar, era o que eu faria.

–Perdeu uma briga, querida? –é a pergunta que faço a Effy quando ela se aproxima, zombando de todas as vezes que ela me chamou assim com a mesma zombaria e superioridade na voz.

Effy mostrou os dentes e semicerrou os olhos.

–Acredite, seus amiguinhos estão piores que eu.

O sorriso morreu em meus lábios no mesmo momento. Meu coração pareceu perder uma batida e meu estomago fez questão de tentar saltar pela boca.

–Que amigos?

O sorriso de Effy voltou, seus dentes estavam tingidos de sangue.

–Aqueles que não vão chegar a tempo de salvar nenhum de vocês. –ela deu de ombros. –são gente durona, mais que vocês dois, não são tão frágeis em relação ao amor. Não vou mais tentar impedi-los. Uma hora ou outra eles vão chegar, mas vocês não vão mais estar aqui.

–O que você quer dizer com isso?

Effy sentou-se sobre os calcanhares, próxima a nos.

–Annabeth mesma disse, você está fraco, querido. –ela cuspiu a palavra mim, como uma doce vingança. –a tornozeleira suga seus poderes e o céu também não ajuda, é claro. –ela deu de ombros. –aumentei a potencia da tornozeleira. Percy tem, hum... Quatro dias como imortal? Quando a imortalidade for embora, você será esmagado pela força que exerceu. Ah, não se preocupe, Annie, você não vai ver Percy morrer. Não acho que dure mais três dias, de qualquer forma.

–Vaca! –Annabeth disse em um murmúrio, o mais alto que sua voz permitia. Ela poderia morrer, mas o faria enchendo os pulmões para amaldiçoar Effy.

Effy sorriu antes de se levantar.

–Ah, sim.

Ela se virou para mim uma ultima vez, e socou meu nariz, de onde um fio de sangue passou a escorrer. Ela limpou o sangue se seu próprio nariz com as costas das mãos, lembrando-me que eu não poderia fazer o mesmo.

–Isso foi pelo sorrisinho. –ela sorriu novamente e caminhou floresta adentro.

Olhei para baixo, e os olhos de Annabeth começaram a se fechar novamente, e eu temia que não voltasse a vê-los abertos tão cedo.

–Annie! Annabeth! –eu pedi, mas seus olhos se fecharam de qualquer maneira. Não havia mais o que eu pudesse fazer.

Suspirei novamente, e meu peito doeu tanto que pensei que não seria mais capaz de respirar. Talvez algo em meu pulmão tivesse sido esmagado. Talvez as costelas, talvez o órgão estivesse desmanchando. Era a autocura parando de funcionar.

Quando abri os olhos, minha visão estava curva e manchada de vários tons de vermelho e preto. Sentia o gosto metálico de o sangue chegar a meus lábios. Talvez estivesse ficando louco, talvez fosse uma alucinação, mas eu via dois garotos parados a cinco metros de distancia entre eu e Annabeth.

Um garoto alto de cabelo loiro, um campista, mas minha cabeça latejava tanto que não fui capaz de pensar o suficiente para reconhecê-lo de fato. Seu rosto era uma foto velha e embasada. O segundo garoto era mais baixo e tinha cabelos negros e uma espada da mesma cor da bainha. Reconheci Nico Di Angelo imediatamente. Mesmo borrado e mesmo sem conseguir enxergar seus traços, eu reconheci o garoto, era uma silhueta singular demais para ser confundido. Eu poderia muito bem estar delirando. Eram os rostos amigos que esperei há tanto tempo.

Will tinha os dedos no pulso de Nico, e a imagem deles tremeluziu. Will deveria estar tendo uma visão, como tantas outras que tive quando era um semideus, quando um deus chamava, nos estávamos lá. Eles estavam aqui. O suplico silencioso de meu peito deve tê-los trazido para cá. Will obviamente era quem controlava a situação.

–Nos ajudem!

Tentei gritar aos garotos, mas minha voz não saiu. Apenas tossi, e sangue escorreu de minha boca. Mais uma vez, eu estava morrendo.

Quando meus olhos subiram novamente, eles não estavam mais ali. Seria apenas imaginação?

.

.

.

POV Nico.

Assim que recuperei a consciência, puxei o ar com tanta violência que me inclinei para frente. Quando abri os olhos, o primeiro rosto que vi foi o de Jason. Ele se sentava a meu lado, e pareceu aliviado quando acordei. Ele apoiou minhas costas para que eu me sentasse.

Senti Will voltando a si a meu lado, pude sentir quando seus dedos deixaram meu pulso, novamente com uma provável marca.

–Caras, vocês estão bem? –Jason pergunta. Eu concordo com a cabeça, junto a Will. –sorte que Nico conseguiu segurar Will e Thalia a Nico.

O garoto sorriu, como se tentasse consolar a situação.

–O que vocês viram? –Thalia perguntou. Leo, Piper e Jason nos encaravam na expectativa, Thalia deveria já ter-lhes informado sobre o que estaria acontecendo.

Passei a mão pelo rosto, ainda abatido com a cena. Foi Will quem contou a historia.

–Vimos como se fosse um filme. Não estávamos em tempo real, eu... eu não sei. Vimos Percy e Annabeth. –Will olhou diretamente para Thalia, e depois para mim. –Annabeth está muito mal, e Percy está... eu acho que ele está morrendo.

–Ele é um deus, não pode morrer. –Jason diz, mas Will nega.

–De acordo com Effy, ele esta carregando a maldição de Atlas, uma maldição feita para um titã muito poderoso carregar sofrivelmente. Percy é um deus de dezesseis anos, não tem essa força, esse poder. Ela também disse algo sobre um tornozeleira... Acho que está sugando os poderes dele. A perna dele... deuses. Estava quase inteiramente negra. Ele e Annabeth estão pálidos, fracos. Estão morrendo.

–Quanto... quanto tempo temos? –Thalia perguntou.

–Effy disse três dias, mas não estávamos vendo ao vivo. –Will olhou para mim, como se perguntasse a minha opinião.

–Eu sei quando foi aquilo. Ela estava sangrando, foi logo depois que ela nos emboscou no posto de gasolina. –digo. –ainda estava sangrando pela rasteira de Will.

Thalia ficou pálida feito papel. Só não estava mais pálida que Percy e Annabeth.

–Mas isso faz dois dias!

–Percy tem três dias. –digo. –mas Annabeth tem bem menos que isso. Precisamos ir. Quanto tempo apagamos?

–Já está amanhecendo. –Piper responde. –é o começo do terceiro dia.

–Temos que ir. –digo.

Jason me oferece a mão para que eu me ponha de pé, e eu a pego. Thalia ajuda Will.

–Vamos viajar nas sombras. –eu digo já decidido. Will abre a boca para protestar. –não vamos chegar lá sem isso antes deles... Tudo isso terá sido em vão. Lembrem-se da profecia. “um preso será com a deusa abandonada. Só o amor decidira dos deuses a liberdade ou a prisão.” Vamos ter contra tempos lá.

Will desiste de protestar. Ele olha de Thalia para Jason.

–“Lideram a missão a graça do Olimpo, os filhos do trovão” –ele repete. –“graça”, Grace. Vocês decidem.

Jason apenas olha para a irmã, ele Leo e Piper não tem Idea do que estamos falando, nunca viajaram pelas sombras. Thalia suspira.

–Concordo com Nico. Precisamos fazer isso.

Thalia olha para mim como se se desculpasse.

–Eu estou me oferecendo, Thalia, não sendo condenado.

A garota me encara como se estivesse me mandando à guilhotina. Thalia e Will pegam cada uma de minhas mãos, e, por um momento, parece que aquilo é um pedido de desculpas comunitário, como se com o gesto estivessem me apoiando. Provavelmente é isso que Jason, Piper e Leo tem em mente. Então Thalia estica a mão para o irmão, e Will para Leo, mais próximo de si. Eles a pegam. Piper faz menção de pegar a mão de Jason, mas escolhe a de Leo no ultimo segundo. Jason desvia o olhar da garota, culpado.

–Ahn, o que estamos fazendo? –Leo pergunta. –vamos começar um culto ou algo assim?

Leo faz a piada para descontrair. Talvez pelo fato de Thalia e Will agirem como se eu fosse morrer, ou talvez pela situação de Piper e Jason. De qualquer forma, sigo sua deixa.

–Vamos pegar uma carona com as sombras. Cuidado, se não se segurar, pode cair no mundo inferior.

Sorri sombriamente para o garoto, que olha para os companheiros, se perguntando se eu estava falando sério. Thalia e Will apreciam conter seus sorrisos. Leo apertou mais a mão de Will e Piper, Will aprecia prestes a gargalhar. Fiquei feliz com o momento de distração. Então eu mergulhei nas sombras.

Pude ver o sorriso de Will morrer enquanto as sobras nos engoliam.


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Notas finais do capítulo

As coisas vão ficar mais agitadas a partir daqui!
Bem, até a proxima!



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