I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 29
A tortura do Amor


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu no tempo certinho! Um pouquinho tarde, mas espero alegrar (ou deprimir) a madrugada de alguém. Ou a manha.
Gente, por favor, comentem maisssss ou vou entrar em depressão. Ta, não vou entrar em depressão mas comentem assim mesmo por que eu amo voces, seus lindos.

Okay agora tenho uma perguntinha bem seria pra voces: incluindo PJO e HDO, oq ue voces shippam? Valendo os que existem, os que já existiram, e até os mais loucos impossiveis. Admito, sou apaixonada por cais impossiveis, achoq ue por isso que gosto de fanfics. Serio, esse site é uma fabrica de shipps impossiveis. Amo demais.
Tambem digam aqueles que voces não suportam. Mas lembrem de respeitar os coleguinhas com seus shipps. Sou uma free shipper, shipp all the shipps!
Enfim, me deixem feliz e: recomendem, comentem e respondam minha perguntinha.
Okayyyyy agora a Tia Lívia vai deixar voces lerem. E já vou dizendo: estou rogulhosa desse capítulo. Espero que gostem.
LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR!



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POV Percy

Recobro a consciência aos poucos, mas não abro os olhos de imediato. Por um momento, penso que se pedir com muita forca aos céus, poderei acordar novamente ao acampamento meio sangue com Annabeth, sãos e salvos. Mas ouço o som de botas arranharem o chão, e sei que infelizmente não estou no acampamento.

–Eu sei que está acordado. –ouço antes de sentir um chute nas costelas. Não é forte o bastante para quebrar nada, mas faz com que eu gema e role para o lado.

–Pare com isso! –também ouço a voz de Annabeth gritar.

Abro os olhos finalmente. Effy está sentada sobre os calcanhares a minha frente. Ela sorri.

–Não obedeço mais você, Chase. –ela diz. –E certamente, não vou me curvar a você, Percy Jackson.

Ela se levanta, e eu tento fazer o mesmo, mas ao me apoiar no pé direito, sinto uma dor latejante tomar conta de mim. Caio de joelhos no segundo seguinte, segurando um urro de dor em minha garganta. Olho para traz para ver meu tornozelo em carne viva, com a tira de prata encantada apertando o membro tanto que quase não sou capaz de olhar. O sangue escorre encharca por inteiro a meia e o tênis. Linhas vermelhas escuras começam a aparecer, subindo por minha panturrilha.

Infecção. Pior, infecção mágica.

Merda.

Olho a minha volta e vejo que agora estamos ao ar livre. Está de noite, e o céu estrelado se ergue a nosso redor. Olho em volta e noto uma pequena abertura rochosa, a entrada da enorme caverna. Que por fora não aparenta ser muita coisa.

A tornozeleira também parece mais pesada, como se pesasse toneladas. A dor e o peso trabalham juntos para que eu não consiga me mover, então Effy nem se deu o trabalho de prender meus pés. Apenas minhas mãos estão amarradas na frente do corpo. Talvez até consiga andar usando a perna esquerda, mas sei que não conseguiria ir muito longa, muito menos muito rápido. E, pelo sorriso de Effy, ela sabe disso.

–A tornozeleira é encantada, sabe. Ela tira todos os seus poderes, e mantem você aqui, sem poder se teletransportar, mudar de forma ou qualquer coisa do tipo. –explica Effy. –É contra as regras, ou então o jogo não teria graça. –Ah sim! Ela também machuca pra caramba, você deve ter notado!

Ela tira uma adaga do cinto, e contorna provocavelmente minha mandíbula com a lamina.

–Jogo? –pergunto mantendo a voz dura. Effy sorri,como um aluno que se vê questionado com a única pergunta que conhece a resposta.

–Sim, Percy, um jogo! –ela diz, entusiasmada. –Vou explicar as regras. Como já sabe, regra numero um: você não tem poderes. –Sinto seus dedos agora em minha nuca, descendo pelas costas. –regra numero dois...

Sinto sua adaga atravessar minhas costas com força, bem na base de minha coluna. Me dobro para frente, quase me deixando cair sobre Effy, que sorri para mim. Consigo me apoiar minimamente nas mãos presas a frente do corpo. A base de minhas costas, onde um dia foi meu ponto fatal pela maldição de Aquiles, e onde é o ponto fatal de qualquer um ao ser atingido por uma lamina. Sinto a adaga cravando a seu máximo em minhas costas.

Meus olhos perdem o foco e sangue escorre de minha boca. Ouço Annabeth gritar enquanto minha cabeça gira. Sinto-me prestes e perder a consciência novamente.

–Ah, não seja dramático, Percy! -ela me pega pelo queixo, me obrigando a olha-la. –voltando. Regra numero dois: todos os seus poderes são anulados, menos o poder de autocura. Incrível como sou boazinha, não é mesmo? Mas, é claro, o processo é mais lento e mais dolorido devido à tornozeleira. E já deve ter notado que o único lugar que não será curado é o tornozelo, não é? Claro que sim! Calcanhar de Aquiles misturado com o castigo de Prometeus. Sou muito criativa para jogos, não é mesmo?

Começo a sentir o ferimento em minhas costas se fechando. Mas não e da mesma forma que sempre acontece, não é como se minha pele crescesse e meus músculos e carne se juntassem novamente, como sempre acontece. Parecia que minha pele e carne ferida se esticavam ao máximo para cobrir o ferimento. Um processo quase tão doloroso quanto ser apunhalado.

Apesar de tudo, um alivio se apoderou de mim ao notar que, no mínimo, eu não morreria. E em seguida um grande pânico de saber que Effy poderia fazer comigo o que bem entendesse, e eu me curaria para que ela pudesse fazer novamente.

–Você é...

–Louca! –Annabeth berra, completando a minha frase.

Effy finalmente se levanta, e então consigo ver Annabeth pela primeira vez. Ela esta amarrada assim como eu pelas mãos, mas as dela estavam presas atrás do corpo, e ela esta amarrada contra uma arvore, uma corda a prende pela cintura, obrigado-a permanecer de joelhos.

–Acho lindo o jeito como completam as frases um do outro. –ela diz, ignorando o xingamento de Annabeth. –Mas quer saber, Annabeth? Sempre tive um rancor especial de você, sabia? Você tinha tudo que uma semideusa poderia querer. Tinha salvado o mundo, tinha o respeito dos deuses e dos campistas e um garoto que te amava tanto... E jogou tudo isso fora. Foi pra caçada e se tornou líder. Nada mal, na verdade. Para quem fez tanta besteira, jogou tantas coisas fora, você deveria ter recebido um castigo ideal. Liderança, a querida amiga Thalia e a querida novata Effy como melhores amiga alem do respeito de Artemis. Isso nãos parece um castigo adequado.

–Então é isso que está fazendo? Está me punindo? –Annabeth cuspiu as palavras em Effy.

–No seu caso, pessoalmente falando, sim. –admite. –na verdade tudo que precisava era de Percy Jackson e seus poderes canalizados pela tornozeleira. O jogo é cortesia de meu pai.

–Seu pai. –disse, tentando desviar sua atenção de Annabeth. – O...

–Quieto, Percy! –Effy me deteve, mas sua voz parecia em um tom de uma criança mimada aborrecida, não um tom de raiva. –não estrague o jogo! Eu nem terminei de explicar as regras!

Ela bufa, irritada, e então volta a falar.

–Teoricamente, Annabeth não poderia ser ferida já que caçadoras só morrem se caírem em batalha. –ela conta, andando em volta de Annabeth. –mas você, querida, já caiu em batalha quando perdeu para meus amiguinhos. Então sua imunidade puff! já era. E, é claro, você não tem a autocura de Percy.

Então Effy percorre sua adaga pela clavícula de Annabeth. Então a desce por seu ombro, perfurando-a ao descer por seus braços. O corte começa a ficar profundo e Annabeth grita enquanto seu sangue escorre pelos punhos.

–Pare! Pare! Você vai mata-la! –eu grito para Effy, sabendo que se continuar assim ela acabará por atingir uma artéria, e Annabeth morreria pela perda do sangue. Para minha surpresa, Effy para. –o que você quer de mim? Você capturou Annabeth, foi até mim com uma historinha falsa só para me atrair até aqui para que? O que você quer Effy? O que o seu pai quer de mim?

Effy ri novamente.

–Você não entende, não é? –ela da de ombros com desdém. –meu pai já tem o que ele quer. Com essa tornozeleira em seu pé a missão já foi completa. Ela não serve apenas para nocautear e perfurar sua pele. Ela está sugando seus poderes ao mesmo tempo em que os anula. Seus poderes, assim como os dos outros estão com meu pai graças ela.

–Outros? Que outros?

–Não me interrompa! –ela grita. –não importa que outros! O fato é que meu pai já tem o que ele quer. Com o tempo sua autocura vai terminar também, e então você morrerá. Quando a tornozeleira sugar todos os seus poderes por completo, sua imortalidade também irá, e você vai morrer. Como fiz meu trabalho perfeitamente bem, meu pai os deu para mim! E tudo que ele pediu foi que eu testasse seus limites, Percy. E como Annabeth está aqui também, ela pode jogar conosco.

Effy, em um movimento rápido, corta o rosto de Annabeth com a adaga, cortando sua bochecha.

–Maldita! –digo entre dentes.

–Eu sei. –ela ri novamente, como uma criança alegre.

Effy caminha novamente até mim, o que não da meia dúzia de metros. Novamente, ela se ajoelha.

–Sabe, Percy, não tenho nada contra você. Nadinha, de verdade. –ela conta. –Nunca fez nada de errado a não ser gostar de Annabeth. Se se comportar e me deixar torturar Annabeth até a morte, talvez consiga convencer meu pai a mante-lo vivo. Sabe, papai planeja destruir os Olimpianos por injustiças a tal. A mesma ladainha de lembre, se você quer saber, e pretende colocar no poder quem o ajudar. Meu pai não gosta muito de você, na verdade, mas ele me ama. Posso convencê-lo a te manter vivo, em devolver seus poderes quando tudo isso terminar, e ainda lhe conceder um trono magnífico no Olimpo. –eu sorrio para ela, deixando que pense que pode me comprar. Effy sorri também, e se aproxima de mim com os olhos semicerrados. –todos temos nossos preços, não é mesmo? E todos os deuses são ambiciosos, ou não chegariam onde chagaram.

Effy toca meu queixo, dessa vez não com a mão que segura à faca. Ela sorri como se tivesse finalmente conseguido um aliado e me tirado de Annabeth ao mesmo tempo.

E então que reúno toda a força que possuo, tiro meu pé bom do chão com rapidez mesmo que não seja meu pé de apoio, e chuto as pernas de Effy. Como estava apoiada dos calcanhares, Effy cai no chão com facilidade pela rasteira. Me atiro em cima da garota, lançando sua faca com o cotovelo em direção a Annabeth, que pega a faca e arrasta o resto do caminho até ela com pé.

Depois volto a me concentrar em Effy, pressionando os pulsos amarrados em seu pescoço, tentando sufoca-la.

–Percy! –Annabeth grita, mas é tarde demais. As mãos de Effy já alcançaram seu controle remoto, e imediatamente começo a tremer pela dor da tornozeleira.

O objeto parece diminuir, dar choque e queimar ao mesmo tempo. Tudo em uma sensação de dor alucinante. Effy me chuta de cima dela, e eu caio no chão sem mais o que fazer.

–Voce acabou de testar a minha paciência, Percy Jackson! –ela limpa o sangue que escorre de sua cabeça, a ferida que se abriu durante a queda, e me olha com ódio. –voce vai pagar por isso! –ela se levanta, vai até Annabeth e lhe da um soco no rosto. Ao cair, Effy pega a faca que Annabeth tinha nas mãos.

Effy desliga finalmente o controle, e minha dor parece se tronar mais suportável.

–Preciso de você consciente. –ela diz, e então corta a corda que prendia Annabeth contra a arvore pela cintura, mas mantendo as amarras que une suas mãos. Também corta as amarras de seus pés e a puxa pelo cabelo até mim.

Ela chega até mim e me puxa pelo pescoço. Como não cosigo andar sem mancar, eu tento não apoiar o pé direito no chão, mas basicamente sou arrastado por ela.

Quando Effy nos solta percebo que estamos no topo de um monte, um precipício se estende a nossa frente. Minha visão ainda é turva, e por um momento penso que Effy jogará um de nos de lá de cima para testar a droga da gravidade.

–Oh não...

Ouço Annabeth, então forço minha visão, até que veja a beira do precipício um homem. Penso que pode ser o deus, o pai de Effy, mas então finalmente compreendo. O homem está ajoelhado e em seu ombro, carrega a escuridão do céu noturno.

Atlas.

Effy volta a pegar Annabeth pelos cabelos, mas agora ela finca os pés no chão, se recusando a ir.

–Ande logo, não temos a noite toda. –Annabeth novamente se debate, e eu tento aproveitar a chance para tentar me levantar. Effy então saca sua adaga e a segura contra o pescoço de Annabeth. –Sem truques! Annabeth, querida, você vai andar até onde eu mandar, ou eu corto sua garganta. Percy, que bom que se sente melhor, agora pode andar por conta própria. –quando não me mexo, ela acrescenta. –é claro que também vou mata-la se não fizer o que eu mando. Você sabe disso.

Coloco-me de pé com uma enorme dificuldade, e consigo mancar, praticamente me arrastando os metros que nos separam de Atlas. Ouço Effy bufar atrás de mim, entediada com minha demora.

Ainda nem se quer cheguei ao deus e Effy tira uma corda do bolso do cinto, estranhamente grande demais para caber nele. Mágica, é claro. Então ela arrasta Annabeth até uma árvore próxima e a joga contra o tronco. Annie cai sentada.

–Eu vou te amarrar, e bom não fazer nenhuma gracinha. Nem agora nem depois. –Effy segura o rosto de Annabeth com violência. –ou eu juro que vou tornar as coisas bem mais cruéis para ele. E você sabe que eu sei ser muito cruel.

Ela não espera uma resposta, calmamente contorna a arvore e amarra Annabeth pela cintura novamente. A corda não parece realmente muito apertada, mas Annie definitivamente precisaria das mãos para se soltar, mas essas continuam amarradas atrás de seu corpo.

Effy se vira para mim e caminha ate onde parei minha trajetória. Ela me agarra novamente pela nuca.

–Não mandei parar. –ela diz a mim entre os dentes. –Atlas, meu amigo! –ela grita em um tom amigável, quase doce. O deus ergue a cabeça para a menina, e abre um sorriso. –hoje é seu dia de sorte!

Atlas está exatamente como me lembrava, e por seu olhar de ódio, também se lembrava de mim.

–Eu disse que seu dia chegaria, meu amigo. –ela diz em um tom gentil, como se não estivesse torturando dois adolescentes. –meu amado pai disse que tem interesse em se juntar a nos contra os olimpianos, não é mesmo?

–Sim! Sim, senhorita! –diz Atlas, com uma adoração evidente pela garota. –disse a seu pai que o serviria com prazer!

–Voce estaria dentro de qualquer rebelião contra os olimpianos, não é mesmo? Voce participou da ultima, onde conheceu meus amigos. –ela sorriu, e indicou a nos com a cabeça. -A diferença é que essa com certeza dará certo. Sabe por quê? Por que dessa vez Zeus não conta com a ajuda dos maiores heróis dele. –Effy nos olha mais uma vez. –em pensar que deter vocês dois foi a maior dificuldade de Cronos. Não se pode lutar contra Percy e Annabeth, é preciso usa-los um contra o outro. E, pelos deuses, como foi fácil!

Ela se vira novamente para Atlas.

–E voce? Precisa se uma mãozinha com o céu, não é mesmo? –Effy diz, e Atlas concorda com a cabeça. –pois bem, aqui temos um ótimo par.

Effy me solta, me empurrando contra o deus.

–Eu não vou fazer isso. Vamos, mande Atlas soltar. Então eu, você e o mundo inteiro acaba! Então não terá nada mais para governar. Seu pai vai amar saber que você deixou o planeta ser esmagado pelo céu.

Effy caminha novamente cinco metros até Annabeth. Ela guarda a adaga no cinto e dele tira sua espada. Longa, negra e poderosa, e aponta para Annabeth.

–Segure o céu ou a matarei agora! –a menina berra. –Ela não vale nada para mim, não significa nada. Ela não importa para absolutamente ninguém fora você! Agora segure esse maldito céu, ou eu cortarei sua garganta!

Então me vejo completamente vencido. Effy esta certa, para eles, Annabeth não tem serventia nenhuma, poderiam mata-la a qualquer momento. Só Ainda não o fizeram por que sabem que enquanto a tiverem, eles me terão. Eles sabem que eu faria qualquer coisa por Annabeth, qualquer coisa para mante-la viva. Essa será minha tortura.

Vejo Effy me desafiando e Atlas zombando de mim, e vejo Annabeth gritar, pedindo para que eu não o faça. E então eu faço. Me coloco de joelhos e seguro o céu. Por um momento nada parece acontecer, então Atlas solta. Atlas cai no chão, agarrado aos braços doloridos, e eu sinto novamente o peso do céu em meus ombros.

Já havia sentido essa dor uma vez há alguns anos, mesmo que tenha sido por pouco tempo. Penso nos pesadelos que tentaram me alertar sobre isso, mas que não dei ouvidos. A dor, o peso, a escuridão e o desespero de pesadelos não são nada se comparado ao que sinto agora. A escuridão me pressiona para baixo, e não existe escolha senão mante-la.

Quando o segurei pela premeria vez, conseguia me concentrar no alivio de saber que não seria permanente. Agora, sei que Effy pode me manter aqui por toda a eternidade, se ela assim quiser.

–Que honra ser substituído pelo grande Percy Jackson. –zomba Atlas.

–Meu pai lhe aguarda, Atlas. –o deus concorda com a cabeça com respeito. Quando passa perto da menina, ela lhe puxa para dizer em seu ouvido. –não ouse decepciona-lo.

Atlas engole a seco, e penso o que o pai de Effy estaria planejando a ponto de fazer Atlas, o deus sem coração que matou a própria filha, teme-lo tanto.

Então o deus desaparece entre as arvores, parece saber exatamente aonde ir.

–Dizem que o amor é lindo, belo e doce como Afrodite. –Effy caminha até mim, quase saltitando, na verdade. Girando a espada em sua mão como se fosse um brinquedo. –Mas eles esquecem que Afrodite não é a única deusa do amor. –ela suspira, olhando para Annabeth, que tem olhos arregalados. Quase consigo ver as engrenagens em seu cérebro, desvendando a charada. –quer contar para a sua namorada de quem sou filha, Percy? A filha da sabedoria esta um tanto lenta nos últimos tempos.

Tento recuperar meu fôlego gasto no esforço do céu. Tenho que conseguir, pois ficarei aqui um bom tempo se depender de Effy.

–Eros. –respondo, e sinto um soco no estomago, e em todos os meus músculos quando falo. –seu pai é Eros, um dos deuses antigos do amor.

–Um dos deuses primordiais, na verdade. –ela corrige.

–Mas... Eros se é um dos deuses do amor, por que você odeia o amor, se ama tanto seu pai? –Annabeth pergunta. –isso é como se... É como se Percy odiasse o mar.

Effy sorri sombriamente, saboreando sua charada ser descoberta.

–Por que o amor tem varias faces, Annie, querida. –ela responde, saltitando novamente até ela. –Olhe para vocês mesmos, até agora só sofreram por amor. Olhe para Afrodite, ela é a parte boa, doce e amigável, do amor. E, se quer saber, geralmente não é ela quem vence. Meu pai é Eros, ele fica com a parte mais... interessante.

–O deus do desamor... –digo, tentando manter a voz firme.

–Errado! –Effy responde. –esse é o trabalho de Anteros... Mas isso não é importante. Meu pai é sim o deus do amor, não do desamor. Ele apenas fica com uma parte sombria do amor. Aquela parte que consome as pessoas, as faz sentir ciúmes, raiva. O que transforma o amor em ódio, em desilusão. Voces entendem bem isso não é? Sofreram tanto por amor que, mesmo que por pouco tempo, chegaram a odiar um ao outro. Mas mesmo assim não deixaram de se amar, não é verdade? Essa é a diferença de Eros e Anteros. Anteros trabalha com a falta do amor, e Eros com a parte que ama tanto que ferra com vocês. E como vocês entendem disso!

Encaro o chão, meus joelhos sujos de terra antes de olhar Annabeth. Ela também me encara, e eu entendo por que Eros é tão poderoso.

–Seu pai falou comigo. Foi quando cai, quando você fez aquela ceninha na colina meio sangue. –digo a Effy. –ele disse que era um deus primordial. Disse que era irmão da noite...

–Exato!

–Mas... De acordo com as historias, Eros é filho de Afrodite.

–Errado! –ela grita, dessa fez zangada. –Esse é um erro comum, e também um dos motivos para o ódio de meu pai! Annie, não quer explicar isso a seu namorado?

–A mitologia é composta de historias antigas, existem varias versões para um mesmo fato, uma mesma historia. Às vezes, nos, semideuses, só chegamos a descobrir a verdade quando nos encontramos com a própria divindade. Que, é claro, fica bem furiosa quando erramos sua historia.

–Muito bem, Annabeth! Quer continuar? –Effy diz, e Annabeth bufa, mas continua a falar.

–Uma das historias consta que Eros é filho de Afrodite com Ares, seu amante, e por isso se tornou o deus da pior parte do amor. Por que era filho do Amor com a Guerra, sendo assim, era a guerra do amor. –Effy bufa ao ouvir a versão. - Mas existe outra historia, uma modificação na arvore genealógica. Diz essa versão que Eros era filho do próprio Caos. Que ele foi um dos primeiros deuses a surgir, juntamente a Gaia, Tártaro, Érebo e Nxy. Tão poderoso e tão temido quanto eles.

–E então os novos deuses surgiram. –continua Effy. –Mas Tártaro continuou conhecido, já que era o lar e o castigo dos monstros. Gaia é famosa, seus filhos gigantes se destacaram na historia, alem de ser mãe de Cronos, então, é uma parenta próxima de Zeus, tem seu nome estampado em toda boa arvore genealógica. Nyx? Quem se esquece da escuridão, não é? No máximo Artemis conseguiu dominar a lua como seu atributo, uma parte da noite apenas. Mas a escuridão é muito mais que a lua e um punhado de estrelas, não é mesmo? Erebo foi levemente ignorado, já que era confundido com a irmã Nxy. Erebo também é a escuridão, mas ele era a escuridão do vácuo, do vazio e da ausência da vida. Tão poderoso quanto à irmã, mas ele nunca se importou muito com a fama. Mas meu pai... Ah, Eros foi completamente esquecido quando Afrodite tomou o poder. Ela era bela e doce! Ninguém se importou quando ela substituiu o terror do amor que Eros atribuía! –ela bufou, com raiva. –Por que do Caos nada de bom, doce e belo surgiu, não é mesmo? A Terra era caótica. A Noite era completamente escura e sem estrelas, por isso mesmo se confundia com o terror do Vacuo. O Tartaro borbulhava de monstros. O Amor era horrível, sombrio. Tão caótico e escuro quanto qualquer um dos outros filhos do Caos!

–Nxy o está ajudando, não está? –perguento. –por isso estou segurando o céu, por isso Eros me disse isso em meu sonho.

–Os sonhos! Eu fui torturada com sonhos desde que cheguei aqui! Certamente Morfeu continua contra os deuses, não é?

–Parabéns, Percy, Annabeth. –Effy bate palmas letamente, fingindo-se de impressionada enquanto caminha até mim. Então, retira sua adaga, e me apunha-la no abdomen. –Voce gosta do Amor, Percy? É amiguinho de Afrodite? –Effy gira a faca em meu abdomem e eu berro de dor e agonia. Consigo ouvir Annabeth berrando ao fundo. –Por que gosta do amor de Afrodite e não do de meu pai? Por um acaso a bondade e doçura de Afrodite lhe rendeu algum bem? –Mais uma vez, Effy afunda a faca em meu estomago e a gira 180 graus antes de levantar-se.

A dor que sinto é agonizante. Os músculos tencionados para segurar o céu são rasgados pela lamina. O céu tremula acima de mim enquanto berro. As estrelas ameaçam cair sobre mim, e eu temo deixar o céu cair. Seguro firme, mas minha barriga sangra, sinto meu estomago se partindo, e tentando se consertar embaixo da pele, mas a lamina continua lá, impedindo. O céu se ergue sobre minha cabeça, é impossível arrancar a adaga.

–É isso que vocês ganham por amar.

É a ultima coisa que Effy diz antes de andar mata adentro, para um provável acampamento. A tortura terminou por hoje, mas minha dor se prolongará por uma longa noite.

Ouço Annabeth gritar quando meus sentidos começam a vacilar, tento me concentrar em sua voz, para não deixar o céu cair. Quando vejo Annabeth, em pânico por minha causa, penso se Effy não teria razão, afinal.

O amor valer mesmo a pena se causa toda essa dor?


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Notas finais do capítulo

Alguém ai gostou dos jogos da Effy? É, nem eu. Mas fazer o que? #StayStrongPercy. #EAnnie. #VaiSeFuderEffy.
Okay, okay.
Gostaram? Amaram? Odiaram? Querem cometer um assassinato?
Comentem respondendo minhas perguntas primeiro, homicídios depois.
Perguntinhas básicas que eu pus nas notas iniciais e vou colocar aqui.
Perguntinha bem seria pra voces: incluindo PJO e HDO, o que voces shippam? Valendo os que existem, os que já existiram, e até os mais loucos impossiveis. Admito, sou apaixonada por cais impossiveis, achoq ue por isso que gosto de fanfics. Serio, esse site é uma fabrica de shipps impossiveis. Amo demais.
Mas lembrem de respeitar os coleguinhas com seus shipps.Sou uma grande defensora da liberdade de shippar, então respeito, amiguinhos. Sou uma free shipper, shipp all the shipps!
Até por que já tive uns probleminhas com leitores que faltaram com o respeito ao shipp dos outros, não queria que aocntecesse duas vezes. Se tem algo que eu não suporto é falta de reipeito. Mas eu realmente quero a opinião de voces.
Ah, é claro! Sessão Oraculo! Quais são os planos de Eros? O que ele já fez e o que mais pretende fazer? Dica: ele já fez bastante merda ao longo da fanfic.
Decepcionados, surpresos ou já desconfiados que era Eros? Odeio o maldito Cupido barrinha Eros desde A Cada de Hades, quando ele foi mal com o Nico. Serio, Nico é tipo meu mascote pessoal. MY BABY. Okay, parei.
Enfim, pra mim ele e o vilão perfeito.
Tá agora lembrem-se de comentar por que tivemos pouquissimos comentários capítulo passado. E eu meio que me apaixonei por esse capítulo por que amo escrever torturas. Isso é: vou me sentir especialmente mal se voces não comentarem.

Resumindo as notas: contem seus shipps (com respeito aos shipps alheios, não quero problemas), respondam a sessão oraculo, comentem, recomendem e odeiem Eros e sua filha psicopata, Effy.