I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 17
A triste história de Effy


Notas iniciais do capítulo

Temos avisos pra caramba hoje, e esse é o primeiro aviso.
Teoricamente eu deveria estar postando aos sabados, mas faz um tempo que eu tenho postado apenas nos domingos... Então acho que temos uma programação definida em "no fim de semana".
Bem, capítulo passado eu perguntei a voces semideuses de que filhos são, e sinceramente eu pretendia ver muito filhos e filhas de Posseidon, já que tem muitooosss (uma boa parte são posers que só querem ser iguais ao Percy, mas eu sei que muita gente é REALMENTE. Bem, mas a Elisa se achava de Poseidon só por ser lerda, mas agora eu provei que ela é de Dionisio e ela ta de bem com a vida com o pai dela :D) Bem, terminei a historia de vida para concluir que: GENTE DO CEU, ATENA ESTÁ TENDO FILHOS PELA CABEÇA, PÉ E ATÉ ESOFAGO! QUANTA CRIA DE ATENA EM UM LUGAR (ou quase) SÓ! Bem, se quem morava em Atenas eram os atenienses eu vou batizar voces de atenianos :D
Alias, só quero deixar claro que a mãe de voces me odeia muito, então se um dia estiverem andando por ai e derem de cara com ela, me façam um favor, falem para que ela me odiar menos. (Alias, eu tenho duas provas na terça, uma na quarta e o resultado de uma amanha, se voces quiserem pedir ajuda pra mãe de voces para mim... Eu aceito.)
Em homenagem a voces, semideuses inteligentes, um desafio que a Elisa me passou e que eu ainda estou com raiva: http://fatosdesconhecidos.com.br/post/o-desafio-dos-19-segundos/1996
Eu desafio voces!
Ok, ok, voltando ao capítulo, o nome dele ficou muito obvio por que ao falarmos sobre ele sempre diziamos: voce já terminou a triste história de Effy? Em que ponto eu termino a triste história de Effy? Alguma ideia para a triste história de Effy? Então o título ficou obvio para nós, mesmo que nem tão criativo.
Outra noticia importante (que eu não tenho certeza, pode ser montagem também): MAS DE ACORDO COM MEUS OLHOS QUE NÃO SABER IDENTIFICAR UMA MONTAGEM O NICO VAI TER UM POV NO SANGUE DO OLIMPO! E eu suspeito que ou ele vai morrer ou ele vai ver o Percy morrer.
Olha eu gostei muito de saber mais sobre voces, então me respondam tres coisas 1- Qual foi a pontuação máxima de voces nesse joguinho fdp? 2- VOCES FAZEM PARTE DE QUE FANDOM? Vale livros, series, animes.... vale tudo! 3- O que voces acham que vai acontecer em Sangue do Olimpo?
Sobre o teste do Oraculo.... Essa não é a festa ainda, então não vou dizer quem chegou mais perto para evitar spoiler, contudo, o nome da pessoa está nas notas finais..... MAS ALGUÉM CHEGOU MUITO PERTO, GENTE NÓS DESCOBRIMOS O ORACULO, E É UM DE VOCES! CUIDADO! IMAGINA QUE LOUCO SE A PESSOA QUE ACERTOU O NOSSO TESTE DO ORACULO ACERTA TAMBEM O FIM DO SANGUE DO OLIMPO? AI EU MORRO!
Enfim, um POV Annabeth pra voces.



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POV Annabeth

Estava escuro, estava completamente escuro, todo o mundo estava escondido atrás da penumbra de escuridão, era como se o mundo houvesse sido engolidos pelas trevas, e não seria a primeira vez. Levantei minhas mãos para tocar a cabeça dolorida, e notei que me encontrava sobre um chão gélido e lamacento, coloquei as mãos em frente ao nariz para descobrir que não enxergava nem meu palmo. Me sentei com dificuldade e comecei a tatear o chão em busca de uma solução, mas eu anda encontrava além de mais escuridão.

Foi então que um clarão iluminou o lugar. Não, não foi um clarão, foram dezenas, centenas, milhares! Eram estrelas. Estrelas passaram a se estender como um véu brilhante a minha cabeça, as estrelas eram lindas, mas brilhavam vaidosas pelo céu noturno de uma maneira sombria que eu duvidava que simples estrelas poderiam ser. Acima de minha cabeça eram brilhante e vividas, mas ao encarar o horizonte, elas iam a se dispersar, se tornavam mais fracas até o ponto que sua existência eram tão remotas como estava antes. E a alguns metros de mim, um garoto ajoelhado segurava a escuridão sem estrelas nos ombros, sua cabeça era baixa e seus ombros tremiam violentamente, como se além de segurar tal peso, estivesse também ferido. Infelizmente eu conhecia aquela dor, também já segurara o céu.

Quando o menino escondido na penumbra e cercado de tretas e escuridão levantou com dificuldade a cabeça, os cabelos negros caiam em seu roso suados e em um rosto dolorido e contorcido eu vi Percy Jackson. Vi Percy de volta a seus 14 anos, segurando o céu sobre os ombros com uma mecha de cabelo branco caindo sobre a testa suada. Ele olhava para mim como se pedisse por ajuda e soubesse que ela não viria também, e era verdade, meus pés assim com todos os membros do meu corpo parecia pesados, como se drogados pelo terror e pela angustia.

Dentro da escuridão, vi uma sobra se mexer, tentei gritar, mas minhas voz parecia tão preguiçosa e pesada quanto meu corpo. Mas do grito de aviso que não pode ser dado foi substituído pelo dolorido gemido de Percy. Vi o céu tremer quando seus joelhos escorregam mais ainda sobre o chão, as estrelas sobre mim pareciam prestes a cair, mas ele as segurou sobre os ombros, com a cabeça novamente abaixada e escondida pela dor. E, finalmente, quando ele voltou a levanta-la, ele já não tinha mais seus 14 anos, ele tinha 16, e uma coroa de louros sobre a cabeça e o sangue que escorria pelo pescoço.

–Annabeth! –a voz masculina repleta de pânico e medo, e com a voz roca de tanta dor assim como os olhos verde-mar foi se misturando com a feminina preocupada. Logo, as duas vozes eram uma, e quando a de Percy começou a morrer, a feminina se sobressaiu, me balançando na cama de minha cabana.

A cor vermelho sangue foi a primeira coisa que vi ao abrir os olhos, e com um pulo me afastei, já tateando a cama em busca de minha faca. Poderia até ser uma caçadora, mas a faca ainda era minha principal arma.

–Hey, calma, calma! –com as mãos para o alto em rendição estava Effy, seus cabelos vermelhos que lembravam o sangue de meu sonho mais do que gostaria e seus olhos negros eram preocupados e generosos. –está tudo bem, você estava tendo um pesadelo.

Tentei relaxar o corpo, mas a tensão ainda me dominava assim como o pânico das lembranças. Olhei a minha volta, procurava desesperadamente pelo rosto fraterno de algum de meus irmão mais velhos que sempre costumavam me consolar aos 8 anos, os rostos sábios que eu sabia que me ajudariam, por algum rosto que me conduziriam até a cabine 3, para que eu pudesse dormir em paz sabendo que seu único morador estivesse bem e seguro. Mas não haviam irmãos, não havia cabine três e, principalmente, não havia nenhum Percy Jackson que eu pudesse abraçar para certificar-me que tudo era apenas um pesadelo. Minha vida toda parecia um pesadelo tão grande que era difícil raciocinar qual parte era imaginaria e qual era a realidade.

Quando encontrei os olhos de Effy novamente, eles pareciam tão preocupados e amigáveis que meus labios passaram a tremer desesperadamente.

–Ah, Annie.... –Effy esticou os braços, como se quisesse me abraçar, me consolar, e eu aceitei o gesto em meio a meu desespero quase infantil. –foi só um sonho.

Ao ver meu estado e sabendo que as chances de eu voltar a dormir eram nulas, ela praticamente me carregou para fora da barraca, e a beira dessa, me sentou no chão.

–Você precisa de um pouco de ar. –explicou, e em seguida voltou na tenda e retornou com uma garrafa de agua para mim. –beba.

Bebi a agua e à medida que o liquido descia, as lagrimas pareciam se acalmar em mim, assim como o pânico. Quando esse se tornou apenas um aperto no peito, tomei coragem e me virei para Effy.

–Como soube que eu estava tendo um pesadelo?

–Minha tenda é ao lado da sua e eu estava acordada. Seria mais simples se morássemos juntas, mas Ártemis proibiu desde nossa última festinha do pijama a três. –ela disse, tentando fazer piada, mas seu sorriso morreu ao perceber que o meu não se abriria. –Você resmungava. Não era como um grito, mas como murmúrio e gemidos de pânico. Corri até sua cabana, pensei que talvez pudesse ter sido capturada por algo, ou sei lá. Quando cheguei você estava na cama, se encolhendo e contorcendo.

–Por que você estava acordada?

–Ainda não em acostumei com o fuso horário. –ela deu de ombros.

Na realidade, estávamos em algum lugar próximo a Ásia ou a Europa, caçando um mostro que fugira do tártaro a pouco tempo. O animal era rápido e tinha asas, o que tornava o trabalho difícil. Lady Ártemis havia nos transportado com seu típico estralar de dedos. Aqui já era noite, possivelmente 4 da manhã, o dia fora longo, e com certeza a desculpa de Effy não funcionava, eu vira como ela estava cansada ao chegar da caçada.

–Quer me contar a verdade ou prefere que eu finja que acredito em você? –perguntei, e Effy apenas suspirou.

–Você não é a única a ter um pesadelo essa noite.

–Quer me contar sobre o que era? –Effy virou-se para mim com um tom irônico e que muito me lembrava Thalia.

–Você não me contou o seu. –ela sorriu. –façamos assim, você conta o seu, e eu o meu.

–Feito.

–Sabe que é você quem vai começar, certo? –ela diz, e eu tomo folego para começar.

–Eu.... Eu estava em um lugar escuro. Extremamente escuro, não via nada até que um véu brilhante se ergueu sobre mim.... Eram estrelas. E ele estava lá... Percy segurava o céu novamente e eu, novamente, o via impotente de fazer algo.

Effy me olhou em uma mistura de horror e curiosidade.

–Hum.... de novo?

–Nunca lhe contei sobre essa história? –ela negou a cabeça, e eu sorri tristemente pela lembrança. –a alguns anos atrás, quando tudo era mais simples, eu fui capturada por Atlas, o titã condenado a segurar o céu, e Percy foi atrás de mim junto com as caçadoras, já que além de mim, Ártemis também havia sido capturada. Mas isso foi antes de tudo isso, antes mesmo de Thalia vir para a caçada, na época de Zoe doce-amarga.

–Ah! Zoe doce-amarga! –exclamou. –conheço essa história! Ela se sacrificou para que alguns semideuses sobrevivessem.... Parasse que vocês dois estão envolvidos em todas as aventuras semideusas modernas da história.

–Pois é.... –coço a nuca. –enfim, eu segurei o céu por um tempo, e ganhei essa mecha branca. –enrolei-a nos devidos, como sempre fora meu costume. –e Percy também.... E eu simplesmente não pude fazer nada.... Foi um cena agonizante, e eu a revi essa noite. E o pior é que eu não apenas revivi a cena.... Eu a vi reacontecer... eu o vi agora, ao 16 anos e enfeitado com uma coroa de louros divina.

Olhei para Effy para vê-la com um compreensivo, quase até um olhar de piedade sobre mim.

–Não se preocupe, Percy está bem agora, deve estar no Olimpo com o resto deles. –ela disse. –além do mais, vocês dois já tem problemas demais para relembrarem os do passado.

–Acho que sim.

Ficamos um tempo em silencio, e eu deixei meu olhar vagar pela imensidão estrelada que eram os céus, e me peguei imaginando Atlas, o pai e o assassino de Zoes aguentando as dores eternas do que senti por apenas pouco tempo em suas costas como um costume diário, tão comum quanto respirar, mas não tão fácil quanto. Deixei que minha mente me levasse para o dia que, acabado tanto problemas e conflitos divinos, Percy olhou para mim, com uma mecha esbranquiçada tão igual a dele, que qualquer outro poderia considerar algo feio e repulsivo, uma marca a ser escondida como uma tenebrosa cicatriz, e sorrio, sorrio por que julgava a marca como algo que nos unia, algo que nos lembrasse de quem éramos, para ele, aquilo era um troféu de uma de nossas aventuras. Mas agora os cabelos crescidos disfarçam nossas marcas, disfarçam a branquidão da mecha quando começa a se misturar com o loiro ou com o negro. Mas nossas marcar jamais poderão ser apagadas, estarão sempre lá, e ainda me pego pensando se isso pode vir a ser encarado como algo bom ou ruim.

–É sobre o meu pai, na verdade. –Effy começou a dizer, e estava tão perdida em meus pensamento que demorei a notar do que falava. -todos tratam Afrodite como a deusa com mais filhos simplesmente por que ela é o próprio amor, e quem não apaixonaria pelo amor? O amor é belo, cheios de promessas e esperanças, principalmente quando vem na forma de uma bela e encantadora deusa.

“Mas meu pai era um homem que nunca havia experimentado o amor em sua forma pura, o sentimento em si, já estivera com mulheres, mas nunca fora o tipo de homem sentimental pelos quais Afrodite costuma se apaixonar. Mas assim como todos os outros, meu pai caio aos pés da deusa. Meu pai se apaixonou pelo próprio amor. Poético, não é? Bem, não tanto quando você sofre as consequências.

Os deuses quando descem a Terra costumam passar um tempo com alguns mortais em especial, tanto que seu pai passou um bom tempo com Atena antes dela ir em bora, imagino. Mas Afrodite funciona diferente, ela fica com homens aleatórios, as vezes por pura diversão, as vezes apenas vê um mais bonito, com um certo charme, e nota que gostaria de um filho com tais características. Como todo outro homem, meu pai começou assim, mas terminou da forma mais improvável possível.

Sabe, existem mais deuses do amor fora Afrodite, deuses antigos como Eros, mas eu mesma nunca fui boa na história completa mitológica. Bem, seja lá quem tenha sido, talvez algum outro deus em busca de vingança, ou talvez apenas o forte destino contra Afrodite, que caiu de amores sob meu pai, amou-o como nunca havia amado nenhum outro mortal, engravidou dele não pelo prazer ou pela criança de geraria a partir daí, mas apenas por que o amor pedia por isso. Mas pela infelicidade do acaso, teve que voltar para o Olimpo com urgência, e ao voltar para a terra, nove meses depois, já comigo mesma em seus braços no berço dourado nascido no olimpo, assim como fazia com outros, mas com a felicidade intensificada pelo sentimento amoroso quase novo para o próprio amor, encontrou meu pai apaixonado novamente, apaixonado por uma mortal. Os nove meses que Afrodite passara fora fora tempo o suficiente para que meu pai conhecesse sua esposa, e se casasse com ela. Como um homem pode amar alguém mais do que o próprio amor? Vendo a ele na forma bela, charmosa e agora mansa de uma bela mulher, uma deusa? Eu não sei, mas meu pai agora via Afrodite com outros olhos, as feições da deusa passaram a mudar para ele, convertendo-se na forma de sua amada esposa, mas para ele ela era agora apenas uma cópia mal feita dela. Afrodite deixou-me na porta da casa de meu pai, onde a raiva a consumiu ainda mais pela aceitação da boa mulher, aceitação dela a mim.

Afrodite fez questão de tornar a vida do casal um inferno, o amor recaia sobre eles em forma de maldição. O amor se transformava em ciúmes, e o ciúmes em raiva. Certo dia, quando tinha algo entre cinco e seis anos, Afrodite voltou, apareceu em casa em um dia que minha madrasta não estava, e acho que a partir daí meu pai descobriu que a mulher com quem havia tido uma filha, um romance, era a deusa Afrodite. Uma briga se desenrolou quando ela admitiu, ao auge de sua raiva, o motivo das brigas do casal, e o desenrolar da história até agora. Eu ouvi tudo por trás da porta do quarto, simples assim.

Se meu pai tinha alguma ideia de quem de fato era e da forca que tinha a deusa Afrodite, isso eu nunca saberei, mas acho que se soubesse teria tido mais cuidado em ferir os sentimentos do amor. Nunca saberei, Afrodite fez com que minha madrasta adoecesse dias depois da briga, e com sua morte, meu pai foi possuído pela parte mais tenebrosa do amor: sua perda, sua falta e sua angustia. A sepultura de minha madrasta nem havia sido escrita quando o segundo caixão juntou-se ao dela, a de meu pai, que no auge de seu desespero enforcou-se em seu quarto, então as sepulturas puderam ser escritas juntas, enterrados juntos, com a garantia da promessa de um amor que desafiara o próprio amor, a própria morte. Estava na escolinha quando me avisaram, e foi nesse dia que meu cabelos passou a ter suas pontas avermelhadas. Não tinha tias e nem avós, já que meu pai era órfão e os pais de minha madrasta sempre me odiaram. Assim como meu pai, tomei a mim mesma como órfã, e segui a vida, fugindo de casa e sendo posta em lares adotivos, onde com o tempo passei a ser atacadas por monstros, e sempre cortando o avermelhado com uma faca assim que ele crescia. Fui perseguida até que encontrei outro semideus, foi a pouco tempo, nem seis meses atrás, e ele me explicou contra quem eu lutava, e por que me perseguiam, como mata-los e principalmente, quem eu era. Disse que procurava por um acampamento, onde os semideuses podem viver em paz, me convidou a ir junto a ele. Me apaixonei perdidamente, um filho de um deus menor, eu acredito, mas nunca teve chance de descobrir, dois dias em minha companhia e ele também adoeceu, exatamente igual minha madrasta, no castigo eterno de Afrodite. No dia seguinte de sua morte, quando chorava sobre seu corpo gélido, acordei com a corrente presa no pescoço. O pingente vem se autodestruindo desde então.”

–Como é e se esperar, eu nunca cheguei ao acampamento, passei anos fugindo até que, bem, encontrei a caçada. –Effy passou as mãos contra as calcas do pijama. -Essa é a minha história. Feliz?

Não consegui responde-la, não consegui responder a Effy pois aquela história era tão louca e tão triste que quase não pude acompanha-la. Eu achava que tinha uma rixa com Afrodite, mas de fato eu não sabia de nada sobre a deusa, do que ela era capaz, de como sua vingança era poderosa. Que tipo de mortal conseguiria virar o próprio amor contra Afrodite? E como alguém poderia viver carregando o fardo dessa vingança?

–Pesadelos não são nada quando se vive um. –ela completou, me deixando paralisada a sua frente, encarando a imagem da garota que a tempos atrás eu teria classificado como o “vida fácil”

Abri a boca para dizer algo a Effy, qualquer coisa que nos tirasse daquele terrível silêncio q se apoderara de nós, mas um conversa preencheu o ar, uma conversa de sussurros e de irritação. Effy e eu voltamos imediatamente para a barraca, e de lá observamos o gêmeos brigarem, novamente.

–Eu disse, eu o treinei bem irmãzinha, e ninguém pode dizer ao contrário! –gozava Apolo, que seguia a irmã para dentro do acampamento. Ártemis parou repentinamente, quase fazendo que o deus do sol batesse em suas costas.

–Estou falando sério, Apolo, se você não sair do meu acampamento, nós vamos ter uma seria briga aqui!

–Tipo a de hoje? Morri de medo!

–Não, mais como a briga da guerra de Troia. –Apolo deu um passo para trás. –bem melhor.

–Mas você não pode dizer que eu não o treinei bem, Percy se tornou um ótimo deus!

–Sorte do Olimpo que o garoto é bom o suficiente para não ser corrompido por você.

Não pude conter tanto o impacto de seu nome em mim, quanto menos o orgulho das palavras de Ártemis. Se Ártemis elogiava um rapaz, ele tinha potencial.

–Mas eu venci nossa aposta, eu disse que ele conseguiria, disse que chegaria longe! Você apostou comigo que com a minha ilustre ajuda Percy Jackson não chegaria a lugar algum! Você estava errada, eu quero meu pagamento.

–Um deus demora anos, séculos para mostrar seu verdadeiro potencial, o que lhe faz pensar que ele já atingiu o dele?

–Claro que o garoto ainda não atingiu o seu ápice, quando o fizer pode ter certeza que o mundo saberá. –não pude deixar de sorrir com o comentário, é claro. –Mas ele conseguiu muito em tão pouco tempo.

–E o que ele fez de tão especial para que mereça o meu pagamento nessa aposta? –cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, como se desafiasse Apolo a impressiona-la.

–Ele é o novo chefe do acampamento Meio Sangue. É o suficiente para você?

Coloquei minha cabeça para fora da tenda, impulsionada pela surpresa da notícia, mas Effy me puxou novamente, para que não fossemos vistas pelos deuses. Insisti, e agora cuidadosamente tentei olhar pelas frestas de minha tenda, observando as feições também surpresas de Ártemis.

–É ele quem está substituindo Dionisio? –exclamou. –Zeus perdeu a cabeça? O que ele pensa que vai acontecer se...

–Não importa. Não importa por que eu confio no garoto e Zeus também, o que significa que de um jeito ou de outro, eu venci! –ele sorriu para Ártemis. –e quero o meu prêmio, é claro.

Ártemis passou as mãos pelo rosto, massageando suas têmporas, como se lidasse com uma criança mimada e malcriada.

–Tudo bem, dei minha palavra, subestimei Perseu e vou pagar. –encarou Apolo novamente. –o que você quer?

–Percy vai dar uma festa no acampamento esta noite, sabe, lá ainda não passam das 9 e temos um acampamento inteiro trabalhando para deixar tudo o mais divertido possível.

–E eu com isso?

–Quero que você vá. –ele disse, sorrindo. –Você e suas caçadoras, cada uma delas.

–Você está fora si? –A deusa da caça gritou, mas em seguida diminuiu o volume, para que nenhuma caçadora a ouvisse. Ártemis parecia prestes a explodir de raiva. –Por que eu iria em uma festa dessa, cheia de jovens imaturos e imbecis e anda por cima levaria minhas caçadoras?

–Por que você me deve um favor.

–Você é ridículo! Foi Perseu quem lhe pediu isso? Foi ele quem lhe mandou aqui para que Chase estivesse em sua festinha?

Apolo assumiu uma postura quase seria, pondo-se na defensiva.

–Não, na verdade ele nem sabe que estou aqui, muito menos de nossa aposta. –ele disse. –Ele não arriscaria a vida da menina pedindo isso, ele sabe do que você é capaz. –e então, sua postura brincalhona voltou tão rápido quando desaparecera. -Não, estou pedindo isso simplesmente por que isso vai te irritar, irmãzinha, e você sabe como eu amo te irritar.

–Não vou deixar que nenhuma caçadora vá a uma festa dessa, muito menos a meu comando.

–O que foi? Tem medo que alguma delas se apaixone por mim? –fez pose para cima de irmã, que avançou nele, como se fosse soca-lo a qualquer momento.

–Apolo, eu juro...

–Eu sei, não importa quanto séculos passem na caçada, garotas são garotas, e garotas amam os garotos. Aceite isso.

–Não as minhas garotas! Não as minhas caçadoras!

–Prove. –sorriu. –Prove que a caçada substitui o amor dos homens e leve suas meninas para a tentação. Quero ver se elas resistem.

Ártemis rangeu os dentes e cravou as unhas da alma da mão, parecia prestes a explodir.

–Feito. –disse finalmente, tirando de mim e Effy olhos assombrados e de Apolo um sorriso vitorioso. –tem minha palavra, estaremos lá.

–Há! Não acredito que funcionou! Vou indo mana, nos vemos em meia hora no máximo!

Ele afagou o topo da cabeça de Ártemis, que tentou afasta-lo com um soco, mas antes que o punho alcançasse Apolo, ele já havia dado as costas, e andava em direção a floresta, deixando uma Ártemis raivosa sozinha, a risada do deus parecia ainda preencher o ambiente.

Effy não teve tempo de me impedir, assim que Ártemis se virou, corri o mais rápido possível em direção ao deus, torcendo para que esse não houvesse se transportado ainda. Effy sussurrava para que eu parasse de correr, já que ela não podia gritar por mim, e já que eu não pararia por nada.

Alcancei Apolo em minha corrida em poucos segundos. Pensei que o assustaria com minha pressa, mas ao ver-me, Apolo só demostrava curiosidade e seu costumeiro bom humor.

–Quando tempo. –disse Apolo, com um sorriso cegante que eu jamais acostumaria. –Como vai, loirinha?

–Annabeth... –Effy havia se juntado a mim, mas eu tinha os olhos fixos em Apolo.

–Ah, vejo que fez uma amiga! Que meigo... –brincou Apolo. –Qual seu nome, docinho?

Mesmo sem olhar para Effy, vi sua boca abrir para xingar o deus, mas eu fui mais rápida com as palavras presas em meus labios, eu já não poderia mais conte-las.

–É verdade? –perguntei a Apolo, e ele desviou sua atenção do flerte de Effy para uma postura irônica para mim. –Percy está no acampamento meio sangue substituindo Dionisio?

–É verdade. –sorriu. –E me parece que alguém burlou as regras de conduta das boas maneiras de Ártemis, espiando conversas alheias depois do toque de recolher. Mas não se preocupe, eu sei guardar segredos.

Piscou para mim, mas eu o ignorei.

–Ele.... Ele está bem? Está a salvo? –perguntei, com o medo contido na pergunta apenas menor do que a possível resposta.

Apolo sorriu, travesso.

–Você estará no acampamento logo, verá ele com seus próprio olhos. –piscou novamente, como se fosse o próprio cupido de um casal desafortunado.

–Não me olhe assim. -repreendi o deus. –apenas tive um sonho e....

–Ah sonhos! O amor está no ar não é mesmo? –ele sorriu, impedindo que eu terminasse minha frase. –ele não sabe que você estará lá.

–Eu ouvi. –respondi. –mas você não chamou Ártemis apenas para irrita-la, não é mesmo?

–Não. –ele sorriu. –Percy precisa se apegar a certas coisas de sua vida mortal e se desfazer de alguns, não se pode ter tudo. –deu de ombros. –estou dando um empurrão, mas a decisão é dele. Mas, se quer saber, eu torço por vocês, sou seu fã, loirinha. Como Afrodite diria: sou um Percabeth shipper. –riu da própria piada. –bem, até mais, garotas.

E evaporou, como sempre, nos deixando paradas no meio da floresta.

–O que droga é “shipper”? –perguntou Effy.

–Eu ainda estou tentando decidir o “Percabeth”. –respondi.

...

Todas as caçadoras estavam perfeitamente enfileiradas ombro a ombro, com seu arco e flechas presos nas costas, e em sua maioria, cabelos presos em tranças e com os tradicionais vestidos da caçada, os quais tinham a vantagem de nunca, em circunstancia alguma, levantar durante uma missão. Eu me vestia da forma padrão, a única exceção era a adaga que prendia em minha coxa, escondida dos olhos das demais e de Ártemis por ainda não confiar no arco, não tanto quanto confiava em minha adaga.

Olhei a minha volta, todas as caçadoras haviam sido acordadas a pouco por Ártemis, e vieram sem nem ao menos pestanejar. Todas estavam atentas e ninguém tinha qualquer resquício de preguiça. Vezes ou outra alguém deixava escapar um bocejo inocente, mas era repreendida pelas demais. Eu me mantinha quieta entre Effy e Thalia, a última que nos ainda não havíamos posto a par das novidades por falta de tempo.

–Meninas, -Ártemis começou assim que a última caçadora se juntou ao grupo, a deusa começou a andar de um lado para o outro enquanto se dirigia a nos. –Todas vocês conhecem o lema da caçada, o meu lema, o lema que vocês dedicam o quanto durar a eternidade de vocês para servir. O abandono do amor dos homens para servir a divindade, para algumas foi mais fácil, para outras mais difícil. –nesse momento, Ártemis passou por mim, e parou seus olhos frios nos meus, mas não de forma julgadora, mas como se desse fato esperasse o progresso. –hoje me foi dito que garotas são e sempre serão garotas, e que garotas sempre amaram os homens, independentemente de qualquer compromisso antes feito.

Alguns cochichos e olhares indignados foram trocados, e Ártemis não pediu silencio, apenas deixou que os ruídos de inconformação preenchessem o ambiente, parecia apreciar o momento.

Quando finalmente levantou uma das mãos, em pedido de silencio, todas de calaram imediatamente.

–Mas vocês não são meninas, não são meras garotas. Vocês são caçadoras, e as regras não se aplicam a vocês. –ela sorriu para nos. –e em base na confiança do juramento de vocês –novamente, vi seu olhar em mim, mas dessa vez era repreendedor. –aceitei o convite de leva-las a uma festa no Acampamento Meio Sangue esta noite, para provar que mesmo sob tentação, vocês, minhas caçadoras, sempre serão mais fortes que qualquer homem, que qualquer semideus ou até mesmo deus.


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Notas finais do capítulo

POIS É GENTE O Luis É O NOVO ORACULO POIS AS CAÇADORAS VÃO A FESTA! (e esse também é o titulo do próximo capítulo, spoiler para voces). Se bem que não foi assim tão dificil por que Apolo citou Artemis no capítulo passado, mas quem sou eu pra tirar o merito do nosso oraculo?
"Olha eu gostei muito de saber mais sobre voces, então me respondam tres coisas 1- Qu al foi a pontuação máxima de voces nesse joguinho fdp? 2- VOCES FAZEM PARTE DE QUE FANDOM? Vale livros, series, animes.... vale tudo! 3- O que voces acham que vai acontecer em Sangue do Olimpo?"
Mais alguem ai está com pela da Effy ou do Percy do sonho da Annie?
Mas uma coisa mais séria: RECOMENDE ESSA FANFIC! Por favor gente! Recomendem essa fanfic se voces estiverem gostando dela! Escreva um critica positiva e mande a recomendação e faça duas autoras extremamente felizes!
Enfim! Até daqui 15 dias novamente! AI SIM É DIA DE FESTA!



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