I'm Never Changing Who I Am escrita por Moça aleatoria


Capítulo 13
Um pouco de seriedade


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que estou demorando bem mais do que o combinado, o que me deixa no dever de explicar: Eu (Lívia) e a Elisa, começamos o primeiro colegial este ano, o que resultou em muito mais matéria e um total de 20 professores diferentes (sem exagero ou metáforas, são 20 contados!) e estamos em nossa primeira semana de aula ainda nos matando para acompanhar a mudança e, como os proprios professores disseram, a "adapitação". O que nos leva ao fato que eu potarei apenas 15 ou 15 dias no minimo, mas continuarei postando sempre! Mas o capítulo 14 tem um porem: ele é da Elisa, e ela (a) está com um problema no computador, estão vai demorar para começar a escreve-lo (b) ela sempre e mais lenta que eu, e eu ainda sempre reviso os dela, já que tenho mais esperiencia em postar fanfics (c) lembram que no começo da fanfic eu disse que mantinha smepre capitulos adiantados? Então, esse é o último que eu tenho, devido as aulas puxadas e o problema de computador da Elisa.... Então eu peço um pouco de paciencia!
Bem, eu já expliquei tudo que tinha que explicar, então, como o proximo capítulo vai demorar, darei um spoiler para voces: O priximo capítulo é POV Annabeth! Para quem sentiu falta dela!
Agora eu deixarei voces lerem, e relament espero que tenham mesmo lido isso, é um aviso IMPORTANTE. E por que eu dou tantos avisos? Por que eu me submeti a escrever um fanfic e sou responsavel por ela, entao me sinto em um dever com meus leitores e em mante-los avisados de tais problemas com a historia.



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Apolo foi em bora no pôr do sol. Bem, na verdade ele foi em bora para pôr o sol, mas isso são detalhes. Ele foi em bora com uma discreta transportação, o que me fez pensar quando eu aprenderia a fazer algo assim.

–Amanhã começaremos a parte chata, então ensinarei os truques menos essências que cantar garotas.

Foi a promessa de Apolo antes de partir. Eu realmente esperava que dessa vez ele me levasse a sério. Não que o dia não tivesse sido divertido, é claro que foi, mas eu também esperava aprender algo.

Olhei para o horizonte e observei o sol desaparecer, se pondo sobre o mar da praia do acampamento. Quase conseguia imaginar Apolo pilotando o carro sol e gritando para mim melhorar minhas cantadas. Ri com a imagem, e me virei para voltar para meu chalé.

A poucos metros de mim, parado bem em frente de meu chalé e andando de um lado para o outro com os cascos batendo nervosamente no chão, estava Grover.

–Meus Deuses, Percy! –ele correu até mim, com o olhar preocupado. Ele abriu a boca para uma exclamação, mas nenhuma pergunta saiu dela. –eu nem sei por onde começar a perguntar! Que merda está acontecendo?

–Uma versão resumida? Quando eu desmaiei logo depois da briga com a Annabeth meu pai me visitou em meus sonhos e disse que eu estava morrendo e que jamais voltaria a acordar. –ele mordeu os labios em preocupação. –ele disse que eu poderia usar o desejo divino para me tornar um deus ou para acordar e me despedir, pois nem os poderes de Apolo poderiam me salvar mais. Então eu aceitei. Pedi para Hipnos colocar vocês para dormir para que eu pudesse sair da enfermaria por que.... por que vocês me fariam mudar de ideia com um olhar. Então eu aceitei, melhorei, e Ares me jogou do Olimpo para testar.

–Ele o que? –exclamou Grover.

–Eu não posso morrer, então só doeu um bocado. –disse. –enfim, eu cai e vim para a acampamento para contar para Annie.... Sinto muito por isso, eu meio que me esqueci de voce. –fiz uma careta em desculpas, mas Grover parecia entretido e surpreso demais com a história para se ofender. –Então, eu meio que beijei ela...

–Voce fez o que? –ele gritou. –Voce beijou a Annabeth, que é uma caçadora a nem uma semana? Sem Artemis descobrir?

–Ah, mas ela descobriu...

–E Annabeth não está morta? –ele gritou. –como ela quebrou o voto de Artemis e não está morta?

–Eu sou a única pessoa do mundo que não sabia que quando alguém quebra o voto de Artemis ela morre?

–E o que esperava que acontecesse? –ele levantou as mãos, abismado.

–Eu sei lá! –disse. –mas esse não é o ponto. Eu falei com Artemis e acho que estamos bem agora.

–Pensei que Artemis te odiasse, como a maioria dos deuses.

–Eu também... Enfim, os deuses vieram me procurar, primeiro Apolo, então Artemis, Afrodite e Dionisio!

–Há! Então os boatos eram reais! Eu sabia! –ele disse, apontando e gritando. –O chalé de Ares todo disse que era mentira, mas eu sabia! Uma confusão dessa é a sua cara, Percy!

Apenas sorri, realmente, uma confusão desse tamanho era a minha cara.

–Depois disso Zeus resolveu que Apolo em daria aulas, então eu encontrei voce e então Apolo me levou para as aulas...

–E voce aprendeu o que? –o olhas de Grover era curioso. Ah meus deuses.

–Cantar campistas... –cochichei.

–Perseu Jackson! Voce aprendeu a cantar campistas?

–Como se eu tivesse alguma escolha a respeito das minhas aulas!

Ele me encarou por alguns segundos antes de cair na gargalhada. Eu o acompanhei, é claro.

–Eu não acredito que chegamos a isso. –disse Grover, ainda rindo.

–Nem eu.

–Aliás, deus do que voce é? –agora sim eu sorrio de verdade.

–Deus das ondas. –Grover sorri também.

–Percy Jackson, o deus das ondas. Soou bem para mim.

....

–Percy. Percy. Percy. Percy. Percy Jackson! O deus mais preguiçoso do Olimpo! Acorda, cara!

E foi com o nada doce som da voz de Apolo gritando em meus ouvidos que eu acordei na manhã seguinte.

–Apolo? Que horas são? –respondi, com a voz mole.

–Cinco da manhã. –ele disse, e como resposta recebeu um travesseiro na cara.

–São cinco da manhã e você está me acordando por que? –respondo me enfiando em baixo das cobertas.

–Se eu sou obrigado a acordar para nascer o sol você também será.

–Desde quando?

–Desde que eu sou responsável por você. Agora acorde, antes que eu faça um copo d’água aparecer e derramar sobre sua cabeça repentinamente. E eu posso fazer isso, você sabe.

–Tudo bem, você venceu! Eu levanto!

–Bom garoto!

Ignorei Apolo e entrei no banheiro com uma troca de roupa rotineira do acampamento. Quando sai, Apolo estava sentado em minha cama, brincando de mudar o tom dos raios de sol matinais que entravam pela janela do quarto. Ele os mudou do amarelo claro da manhã para o escuro da tarde, seguindo para o alaranjado e para o rosa do pôr do sol, e mudando esses tons repetitivamente. Ele ainda estava em um corpo adolescente, parecia mais um de seus filhos, mas o poder que dele saia era inegável.

Me distraí por alguns segundos enquanto o via brincar com os raios solares.

–Legal, não? –pude ve-lo sorrir mesmo de costas para mim. –infelizmente esse é um dom exclusivo do deus do sol, mas aprenderá a fazer coisas bem legais com as ondas, posso garantir.

–Vou aprender isso hoje?

–Vamos começar com o básico...

–Se voce disser que vai me ensinar a xavecar na balada eu me jogo do Olimpo de novo.

–Não, isso será na sexta. –ele riu. –voce vai aprender a se transportar hoje!

–Sério? –pergunto, espantado.

–Claro! Xavecar na balada é tão importante quanto....

–Não sobre isso! –eu o interrompo. –sobre o teletransporte!

–Ah, isso também. –ele balança as mãos em minha direção, como se não considerasse o assunto importante. –vamos lá, Percy, é muito simples. Você só precisa pensar em um lugar, em um lugar exato, se você pensar na coisa como um todo você pode acabar parando em qualquer lugar. Vamos começar com lugares conhecidos, são fáceis de visualizar, e automaticamente de se teletransportar. Simples, não é?

–É, eu acho...

–Ótimo! Aula pratica!

–Espere eu...

–Uma fácil, um lugar que voce conhece bem: Arena de batalhas do acampamento. 3, 2, 1...

E antes mesmo que eu pudesse digerir o que supostamente deveria fazer, Apolo já havia sumido para onde deveria ser a arena. Demorei alguns segundos para tomar iniciativas, relembrando os passos que Apolo havia dito tão rapidamente que eu mal pegara. Bem, mas estranhamente estava em minha cabeça, o que me faz pensar se a divindade teria dado um fim em meu déficit de atenção.

E com toda a concentração que eu possuo, fechei os olhos e pensei no lugar onde passei a maior parte dos últimos anos, treinando e treinando. No começo, por Luke, quem havia me traído e agora estava morto. Desviei meus pensamentos para vezes que Clarisse me vencia fácil com sua lança, e agora, que eu havia me tornado para ela um oponente mais do que desafiador.

E foi guiado por tais lembranças que eu finalmente me vi na arena, exatamente contra a parede ao lado dos escudos onde certa vez Annabeth me empurrara em um golpe que acidentalmente abriu um corte em minha cabeça, em um verão a anos atrás. Me lembro da preocupação em seu rosto e em como disse que estava tudo bem enquanto ela se desculpava freneticamente por um treino que havia saído do controle, como aconteciam muitas vezes com campistas, mas entre nos era raro. Um sempre parecia saber o próximo passo do outro, o que nos tornava ótimos parceiros de batalha.

Mas só fui desviar meus pensamentos quando vi uma flecha voar em minha direção. Desviei no último segundo, quando a flecha iria me acertar no pescoço.

–Hey, Percy! Ainda dormindo? –disse Apolo, jogando o arco que antes estava em seus braços de volta para uma pilha de outros iguais. –bons arcos vocês tem aqui, não é?

–Estava tentando me matar com uma flechada na cabeça é? –eu gritei para o deus.

–Não, primeiro por que você não pode morrer, esperteza.

–Ainda estou em acostumando com o fato.

–E segundo –ele me ignorou. –eu sou o deus do arco e flecha! Se a minha intenção fosse acerta-lo pode ter certeza que eu conseguiria!

–Pareceu bem intencional para mim. –cruzo os braços e observo Apolo caminhar até as demais armas, e eu tento imaginar o que se passa por sua cabeça.

–Percy, por acaso ainda tem aquela sua espada-caneta? –ele diz sem me encarar, virado de costas para mim.

–Ahn, tenho. –tiro a contracorrente do bolso e a rodo em minha mão. –É impossível de perder. Carrego sempre comi...

Novamente, eu não pude completar minha frase pela personalidade bipolar e repentina de Apolo, que decidiu me atacar com uma espada repentinamente. Automaticamente e institivamente, eu destampei a espada, que como sempre fazia se transformou em minha espada. E foi assim que eu comecei a duelar com o deus do sol.

Sinceramente, Apolo não era bom com a espada. Ele parecia mais preocupado em arrumar o cabelo que caia em seu rosto do que lutar. Com um giro e batendo com força a contracorrente contra a espada de Apolo eu a derrubei de sua mão, acabando com a ponta da espada já encostada em seu pescoço. Mesmo em treinos, tal movimento faz com que a pessoa de alguns passos para trás, no mínimo se incline para evitar maiores danos caso de acidentes como má manuseamento da arma, mas Apolo não moveu um musculo, nem se quer hesitou, apenas sorrio para mim em um tom divertido.

–Não posso dizer que me vencer na espada é grande coisa. –ele afastou a ponta da espada com os dedos. –quero mesmo é ver voce me vencer no arco e flecha.

–Não tenho talento algum. Minha arma é a espada.

–Nesse caso você já dominou o transporte e a tática de guerra! –ele ergueu os braços e em seguida apoiou um deles em meu ombros. Mesmo na forma de um adolescente, Apolo estava alguns centímetros mais alto que eu.

–Hey! Ontem você não era mais baixo? –acusei, e como sempre, Apolo riu.

–O corpo é meu e o poder também, eu faço o que eu quiser com eles. –ele deu de ombros. -O que nos leva ao afazer 3 de hoje, mudança de forma! Uma de minhas prediletas! Ficar o quão belo quiser sem alimentação saldável muito menos atividade física! Agora, por que os outros preferem ficar com uma aparecia medíocre, eu não tenho ideia!

–Bem, fique sabendo que nem mudar a cor do cabelo eu consegui até agora. –resmunguei, bocejando pelo sono privado tão cedo.

–Todos querem ser loiros! Eu sei! –passou as mãos pelos cabelos claros novamente, o que me fez revirar os olhos. Os dentes claros do deus mal me incomodavam mais. –Novamente, é simples! Questão de concentração e visualização! Hum.... Pense no seu cabelo como ele é e em como você gostaria que ele fosse. Novamente, é mais fácil se já tiver visto a cor antes. É mais fácil copiar algo do que criar por conta própria, a regra se aplica aqui. Depois disso é só se concentrar e imaginar a cor mudando! Muito simples! Veja!

E então, começando da raiz e crescendo até as pontas, o cabelo de Apolo se tornou escuro, completamente negro, e os fios disciplinados de antes se tornaram desgrenhados e levemente mais compridos em um tom descuidado. Apolo jogou o cabelo pro lado, brincando de fazer uma pose.

–Acho que já vi esse penteado em algum lugar. –ele pisca para mim. -Esse corte me faz parecer o deus das ondas?

–Preto definitivamente não é a sua cor, cara. –implico, e Apolo faz o cabelo voltar para a cor originar novamente.

–Tudo bem, tudo bem. Ponto para você, Jackson! –ele sorri. –vamos, agora quero ver você fazer melhor!

E com muita concentração, imaginei buscando em minhas lembranças o cabelo cacheado e bagunçado, e pela expressão de Apolo eu tinha conseguido meu feito.

–Você parece um sátiro agora. –ele sorriu. –ótima imitação do seu amiguinho Gruver.

–Grover. –corrigi.

–Verdade, o único que pode errar nomes por aqui é o Dionisio.

Mas enquanto ele falava, usei minha concentração para me focar no cabelo. O problema do processo é que era difícil saber quando dava certo sem conseguir me ver, mas apenas pela expressão de Apolo mude ver que deu certo.

Ele inclinou a cabeça para o lado, em um tom confuso e curioso.

–Sempre me perguntei onde diabos você tinha conseguido essa mecha grisalha no cabelo.

–Segurando o céu, quando Atlas se juntou a Cronos.

–Ah, sim! Me lembro de Artêmis contando! Ela mencionou que você segurou o céu para ela por um tempo... Mas a maça divina concertou isso, não foi? Para que fazer voltar como era antes?

–Quero que pelo menos uma coisa seja como antes. –digo. –nem que seja apenas uma mecha para me lembrar quem sou. Entende?

–Não, eu definitivamente não entendo! –ele girou os olhos e cruzou os braços. –bem, vejamos... Já foi transporte, armas e transformação. Creio que é um novo recorde, o sol quase não subiu ainda!

–Aliás, como você controla aquilo estando aqui? –Apolo tira uma chave de carro com um chaveiro em formato de sol preso a ele. Irônico, no mínimo.

–Isso se chama direção automática, meu caro! Bem, mas nos ainda precisamos do passo 4! Controle das ondas!

–Mas você disse que não poderia me ensinar a...

–Eu sei o que eu disse!

–Mas como você vai...

–Você sabe criar ondas! Faz isso fácil mesmo com uma parte mortal!

–Sim, fácil! Mas então o que eu vou aprender?

–O problema, Percy, é que um deus das ondas interfere com um dos tributos da minha irmãzinha, Artêmis. –eu o olho confuso. –você já deve ter ouvido que a maré e as ondas são controlados em parte pela lua e sua gravidade não é? Bem, a ciência mortal não está completamente errada.

–Então nós vamos para o Olimpo? Para ouvir outra briga?

–Não, nós vamos para o Olimpo para você começar uma briga divina! –eu o olho assustado. –está na hora de defender os seus tributos, Percy!

–Espera, nós vamos falar com Artemis? Voce quer que eu brigue com Artemis? Ela vai me fazer em pedaços!

–Voce não vai brigar! Vai só defender o seu tributo até chegarem em uma conclusão... Bem, eu não vou te dar carona dessa vez! Já sabe se tranportar sozinho!

E no instante seguinte, Apolo já havia sumido, e nada mais eu poderia fazer a não ser segui-lo. Levei meus pensamentos para o lugar onde eu apenas recebias más notícias e torci para que dessa vez fosse diferente.

E para a minha total surpresa, eu vi o Olimpo completamente vazio.

–Apolo, onde estão todos? –eu perguntei, e assim que completei a frase o deus apareceu a meu lado. Virei-me para ele, sabendo que mesmo aparecendo depois Apolo havia me ouvido.

–O que você pensava? Que os deuses ficavam sentadinhos em seus tronos simplesmente esperado que algum semideus ou deus novato venha falar com eles? –ele sorriu. –não ficamos muito tempo juntos, em menos de uma hora conseguimos brigar. Não, cada um fica em um canto do mundo. Hefesto deve estar e sua oficia enquanto Afrodite deve estar com Ares, ou então está brincando com os corações dos mortais. Ela me contou que tem um caso divertido na Califórnia! Devem ser dois coitados na mira de Afrodite...

–Mas voltando ao assunto. –eu o cortei, por que sabia que aquela história se prolongaria por um tempo maior do que eu gostaria. –onde está Artemis? Voce combinou isso com ela, certo?

Apolo apontou para mim e sorriu, distraído.

–Ah sim. Certo. Sabia que tinha esquecido alguma coisa.

–Como é?

–Ah sem problemas! Artemis deve estar com as caçadoras! Fiquei sabendo do caso de um aranha gigante....

Olhei feio para Apolo enquanto ele caia na gargalhada.

–Não teve graça.

–Eu achei. –ele parou de rir. –enfim, o caso não importa, a questão é que ela está em algum lugar no Caribe...

–E voce espera que eu consiga me transportar para um lugar super exato como “algum lugar no Caribe”?

–Deixe essa parte comigo! –e pela centésima vez e sem novamente um aviso prévio, eu estava em... hum... Algum lugar no caribe?

–Mas que droga Ap...

–Maninha! –ele já estava gritando, e fazendo a garotinha com os olhos cinzas odiosos brilharem sinistramente para Apolo, e esse sem nem se quer perdeu o sorriso. –Quanto tempo, não?

–Não! Infelizmente, Apolo, não faz muito tempo! –ela gritou. E reparando melhor, estávamos no meio de um floresta, e Artêmis estava cercada de suas caçadoras. Não pude deixar de procurar por ela, Annabeth, mas tudo o que encontrei em tantos rostos estranhos foi o rosto de Thalia, com os olhos azuis elétricos arregalados para mim. Thalia balançou a cabeça para mim em negação, tão devagar que não notaria se não estivesse olhando diretamente para ela.

Artemis. Li em seus labios.

Tinha entendido tarde demais, a deusa já me encarava com ódio. Oh merda.

–Como você ousa, Perseu? Me deu a sua palavra não faz nem dois dias!

Abri a boca para me defender, mas Apolo já havia se colocado entre nós dois.

–Opa, opa! Pera ai, vamos nos acalmar aqui! –ele disse, mas sem perder a postura desleixada. –O assunto é com voce mesmo, irmãzinha.

–Comigo? O que...

–Venha conosco e eu explico.

–Eu não vou a lugar algum até que voce explique!

–Não quer ele longe da loirinha? –ele me apontou com a cabeça. –pois então venha!

Foi então que eu vi duas novas cabeças entrarem na pequena multidão de caçadoras que se aglomeravam atrás de Artemis, uma delas tinha cabelos vermelhos chamativos desconhecidos, mas a outra.... Oh deuses. Eu reconheceria a cabeleira loura em qualquer lugar. Seus olhos olhavam para mim com espanto, sem dizer nenhuma palavra, demostrando apenas a surpresa.

No entanto, o olhar de Artemis demostrava ira.

–Tudo bem, vamos logo! –gritou Artemis.

E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Apolo me transportou de volta para o Olimpo mesmo que eu soubesse o caminho, ele deveria saber que eu demoraria a conseguir voltar.

–Se isso for uma brincadeira de vocês, eu juro que eu... –ela já começou a ameaçar, mas Apolo a cortou.

–Nada disso! Estamos aqui por trabalho! –disse Apolo, e apontando para mim. –voce sabe que as ondas envolvem o seu tributo.

–O que? –ela me olhou assuntada. –voce já acabou de treina-lo?

–Ele já sabe lutar e já sabe controlar as ondas. –disse com desdém. –essa mecha branca no cabelo ele mesmo quem fez e ele chegou aqui sozinho, nao foi?

–Na verdade voce deu uma carona.

–A pratica leva a perfeição e ele é perfeitamente capaz de praticar sozinho.

Artemis me olhou com uma mistura de raiva e... aquilo seria preocupação?

–Se ele parar na Peru a culpa é sua!

–Tudo é sempre culpa minha!

–Alias, voce fica bem mais infantil em um corpo adolescente. –Artemis sorriu, sarcástica, para o irmão.

–Olha quem fala! –ele se enfezou. Mas ela apenas deu de costas enquanto caminhava até seu trono calmamente, vi Apolo fazer o mesmo em direção a seu próprio enquanto eu permaneci parado em meu lugar, sem saber o que fazer em seguida.

–Ahn.... Gente? –eu chamei.

–Ah, sim. Claro. –Artemis disse sem nem mesmo se virar para mim, e com um movimento de mãos eu me vi diante de um trono, na ponta da meia lua.

Era um trono simples, basicamente sem decoração alguma. Um torno reserva. Mas... Oh meus deuses, era realmente um trono!

Subi dele e olhei para Artemis, que tinha um sorriso de canto de labios, um sorriso impressionado e quase divertido. Ela parecia se entreter cada vez mais, como se eu fosse uma nova espécie a ser estudada.

–Pelo visto ainda não está acostumado ainda com a ideia de que é realmente um deus, não é, Perseu?

–Ainda estou digerindo o fato. Mas, bem, eu ainda não entendi por que exatamente precisamos da reunião, afinal, o que a lua tem a ver com as ondas?

–Por mais que semideuses quase nunca irem bem nas escolas mortais, acredito que já tenha ouvido falar que as ondas e a maré são controladas pela lua, ou melhor, por sua gravidade, não é?

Fico imediatamente confuso.

–Sim, já ouvi falar disso mas... Não é verdade, certo? As ondas não podem ser controladas pela gravidade da lua por que são controladas por Poseidon, e agora por mim. Simples assim.

–Nem tão simples. –ela explica. –a séculos atrás os mortais acabaram se mostrando extremamente curiosos, pesquisando e tentando descobrir explicações plausíveis e.... como eles chamam? Racionais, para fatos de nosso mundo cuja a única explicação é a existência divina, a existência da magia, a qual os homem tem negado a muitos séculos. A nevoa os engana, sim, mas os homens buscavam maiores explicações, mais e mais, então os deuses deram a eles sua explicação.

–Mas não foi a verdadeira. –disse.

–É claro que não. Era apenas uma parte da verdade. –ela explica. –eu, como deusa da lua, e Poseidon, como deus dos oceanos, temos um acordo sobre as ondas, no qual trabalharíamos juntos para sustenta-las e darmos aos mortais uma explicação. Agua mais lua são as ondas. Assim como agua mais o sol é o arco íris.

–Mas agora o deus das ondas foi criado.

–Exato. Uma parte disso foi discutida com Poseidon anteriormente, já que as ondas também fazem parte do mar, e ele cedeu tal parte de seus tributos a voce de bom grado. Mas eu ainda não posso trabalhar sozinha, quanto menos voce.

–Por que as ondas ainda precisam da lua, pelo menos para manter a aparência.

–Correto. Ou então uma hora ou outra os homens acabariam vendo os efeitos da mudança. Homens são movidos pela curiosidade e pela ambição, e quando se trata de descobertas elas vem juntas, e um homem enlouquecido por estas podem, uma hora ou outra, ver através da nevoa.

–Qual era o seu trato com meu pai? Talvez ainda possamos mantê-lo.

–O trato era que ele as controlava durante o dia, a passo que eu as controlava durante a noite.

–Por isso as ondas são mais calmas durante o dia. Calmas durante o dia como Poseidon, e ariscas durante a noite, como voce.

–Exato. -disse com um sorriso, provavelmente e por sorte minha tomando aquilo como um elogio.

–Por que não mantemos isso? Eu posso controlar as ondas durante o dia, as agitando assim como devem ser, e a noite é o seu turno, quando as ondas são pequenas e calmas.

Então Artêmis sorriu, e em sua feição vi que ela não tinha nada em comum com Apolo, a não ser um sorriso marcante, mas de maneiras diferentes. Seu sorriso era pequeno, de canto de rosto sem nem se quer aparecer os dentes.

–Voce se tornará um bom deus, Perseu. Eu posso sentir isso.


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Notas finais do capítulo

Capítulo grandinho né? kkk Bem, até seila quando gente! Espero mesmo, realmente, que não demoremos, por que eu simplesmente amo os comentários de voces! Não pelos numeros, mas por que simplesmente amo saber a opiniao de voces! Amo mesmo! Então comentem e saibam que já deixaram meu dia muito melhor!



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