Redenção escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 33
Culpa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e me desculpem pelo tamanho e a demora. Faltam 3 cap para o fim da fic...animados?? Pq eu estou rsrs

Bjs



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Alessandro permaneceu segurando Melanie em seus braços. Sentindo o seu corpo tremulo diante do choro e da angustia dela. Seu maior desejo era tirar dela toda a dor que via em seus olhos. Para ele, nada existia apenas os dois no quarto de hospital.

―Talvez eu possa buscar ajuda – Alessandro se viu falando com a voz baixa ainda indeciso sobre o que decidira.

―Do que está falando? Que ajuda?

―Fabriccio. Ele pensará em alguma coisa para nos ajudar assim que eu contar a verdade. – ele sentira nesse instante as mãos dela apertarem seus braços com força. Ela temia que outros conhecessem a verdade. – Ele não falará nada a Nikko. Eu confio nele – a assegurou ao tocar em seu rosto – Você confia em mim, não é? – ela assentiu em silencio – então confie nele. Eu te peço.

Melanie nada disse ao concordar em silencio. Ela não tinha muito o que falar naquela situação, apenas concordar.

― O médico logo virá aqui – ele a alertou. Qualquer vitima que se auto mutilara precisava ser vista por um psicólogo naquele hospital. – Eu estarei ao seu lado o máximo que eu conseguir, sabe disso, não é?

―Eu sei, e agradeço. – a mão de Melanie ainda mantinha-se firme segurando o braço de Alessandro – Eu deveria alertar o meu irmão?

―Sobre o quê? Não disse nada a Nikko.

―E se ele desconfiar? – sua voz baixa denunciara seu nervosismo.

―Não tem como isso acontecer.

Melanie suspirou ao esboçar um sorriso triste. Sem perceber que Nikko escutara a sua conversa.

****
O semblante raivoso misturava-se com a perplexidade na face de Nikko Nicolai. Ainda atordoado caminhava pelo hospital sem destino. Ele não conseguia acreditar no que escutara. Ele não queria acreditar que poderia estar enganado.

Um calafrio percorreu o seu corpo ao se recordar de tudo que fizera com a jovem. Ele não queria acreditar que havia feito com uma pessoa inocente.

―Ela deve estar mentindo. Ela tem que estar mentindo – falou desesperado para si mesmo. – Não é possível – com o pensamento confuso seguiu para a saída do hospital. Ele não queria vê-la. Ele não queria encarar o seu fracasso. O que ele havia feito?

***
Fabriccio não sabia o que fazer ao olhar para o semblante desgastado de Nikko. Ele havia aparecido na porta de sua casa e sem falar nada, entrou e sentou-se no sofá encarando o vazio.

―O que aconteceu agora? – Fabriccio se viu perguntando curioso. Ele não havia visto aquele olhar em seu irmão a muito tempo. Desde que sua cunhada havia falecido.

―E se Melanie fosse inocente, o que eu poderia fazer? – perguntou atordoado – Não tinha como eu saber, certo? Não tinha como – murmurou.

Fabriccio suspirou antes de responder.

―Ela nunca pareceu culpada, mas você a via como culpada. Como a personificação da maldade. Sempre lhe avisei, mas nunca me escutou. Está desconfiando da culpa dela, e por qual motivo?

―A escutei conversando com Alessandro – disse ainda confuso – Se ela não era a culpada, por qual motivo se passou por... – a sua expressão alterou-se – o irmão.

―Como?

―O irmão pode ser o motivo – se viu falando – Mas ela não faria isso tudo por um irmão. Seria insano.

―O ser humano é incompreensível – disse ao sentar-se ao lado do irmão – Deveria ligar para..

―Não – gritou – eu resolverei tudo.

―Assim espero – murmurou.

***
Havia se passado dois dias após a descoberta de Nikko, e ele se viu empenhado em descobrir a verdade quando adentrou o hospital e seguiu para o quarto de Melanie. Ele esperava se deparar com Alessandro quando abriu a porta e a encontrou sozinha.

O olhar que ela lhe lançara era de puro terror.

―Não vim para nada do que pensa – a voz de Nikko fez Melanie se retrair. Ficar ao lado dele era intoxicante. Ela se envenenava a tal ponto que estava disposta a desistir de sua vida.

―Então para o que veio?

―Para saber a verdade. Essa será a única chance que lhe darei. O que realmente aconteceu no acidente?

Melanie empalideceu. Ela não poderia admitir a verdade, pois havia se responsabilizado por tudo.

―Não sei sobre o que está falando – murmurou temerosa.

―Se não me contar irei atrás de seu irmão. É isso que quer? – ela negou em silencio – Então me conte de uma vez.

―Por que agora?

―Eu preciso saber.

―Eu...não posso – se viu falando tremula.

―Irei atrás de seu irmão e não serei piedoso.

―Não posso – murmurou confusa.

―Essa foi a sua decisão, não se esqueça – Nikko disse antes de sair batendo a porta com força. Melanie permaneceu estática ate a chegada de Alessandro, o qual chegou poucos minutos depois.

―O que houve? – ele perguntou assustado.

―Nikko, ele desconfia de mim.

―Melanie, porque não conta a verdade de uma vez? Isso está lhe fazendo mal.

―Eu sei, mas... eu prometi.

―Melanie, por favor, conte a ele que é inocente e seu irmão é o culpado. Conte tudo antes que seja tarde demais e você mesma seja sugada para a atmosfera envenenosa dele.

Melanie o encarou sem saber o que dizer. Ela sabia que ele estava certo, mas não tinha coragem de contar a verdade. Uma verdade que ela havia feito questão de esconder por medo de perder o seu irmão. Por egoísmo, como ele mesmo dissera.


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