Redenção escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 19
Capitulo 18 - Um passo mais longe


Notas iniciais do capítulo

Olá..andei sumida hein? Mas aqui estou..espero que gostem do capitulo rsrs
E comentem hein.. o numero de leitores aumentou e espero que os comentarios tambem kkk
Beijos pessoal



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Christopher olhou duvidoso para Nikko, o homem que o encarava sério atrás da mesa. Christopher foi chamado pela empresa K’Angus para uma entrevista de trabalho, e sem pensar duas vezes, viu aquela oportunidade como uma forma de tirar sua irmã das mãos do Nicolai, mas ao entrar na sala para ser entrevistado se deparou com Nikko Nicolai. O único que havia transformado a vida de sua irmã em desespero.

–Senhor Nicolai – Christopher disse sério – Fiquei surpreso ao receber a proposta desta empresa, mas já começo a entender tudo. O que desejar falar comigo? - Nikko apenas sorriu ao encará-lo com tranquilidade.

–Eu não espero que tenha vindo em busca de desculpas vindas de mim.

–Não imaginava que o senhor era o presidente daqui.

–É claro – assentiu – Sua mãe não lhe conta nada, esqueci. Mas, Christopher, não é? Fico intrigado ao ver um irmão tão zeloso permanecer parado ao ver a sua irmã ser levada a ruína por um homem como eu.

–Me chamou ate aqui para tripudiar em cima de meu sofrimento?

–Não, eu jamais faria isso – mentiu ao esboçar um sorriso cruel – vim lhe oferecer um emprego.

–Por qual motivo?

–Sou um homem generoso, apenas isso.

–O que pretende ao me chamar ate aqui? Peço para que diga a verdade.

–Apenas que consiga ajudar a sua irmã – mentiu ao encará-lo com firmeza – estou lhe dando uma oportunidade de conhecer o seu inimigo e tramar algo contra ele, porque não aceita? Em uma trama de vingança, o vingador deve ter um inimigo e porque não você?

–És tão doentio ao ponto de desejar ser desafiado?

–Sim, sou doente ao ponto de lhe dar armas para usar contra mim.

–Isso não faz sentido.

–Levar a sua irmã para a minha casa também não faz, mas ainda assim a levei.

–O que pretende com isso tudo? Porque não se vinga dela de uma vez e a deixa em paz?

–Como posso fazer isso se não lhe dei nem um terço do sofrimento que senti ao perder a minha esposa? Não acha injusto?

Christopher prendeu a respiração ao escutar aquelas palavras que atormentavam os seus sonhos mais secretos. Olhou para o homem a sua frente e sem perceber aceitou a proposta que ele lhe fazia.

–Justo ou não, aceito a sua proposta.

–Excelente, tenho certeza que gostará de trabalhar comigo. Fale com o meu secretario assim que sair. – Nikko ficou sério ate ver Christopher se afastar a passos rápidos para em seguida gargalhar – Isso será mais fácil do que imaginava – percebeu ao fechar os olhos e a imagem de Melanie vir em sua mente – a farei sofrer uma dor tão grande que desejará morrer.

***
Alessandro caminhou desolado e sem rumo. Ele amava o seu irmão acima de tudo, mas a obsessão dele em destruir Melanie estava deixando-o temeroso. Temeroso do futuro. Seus passos apenas seguiam em frente como ele desejava que Nikko fizesse. Em sua mente a imagem de Melanie surgia como alguém fraca que precisava de apoio, e com a firmeza de seu coração, ele prometeu a si mesmo que seria a pessoa que lhe apoiaria dali em diante, mas para isso ele precisaria de ajuda. Ergueu a mão para um taxi que passou próximo a si e logo se dirigia para a casa da única pessoa que poderia lhe ajudar. Fabriccio. Por mais que estivesse forçando-o a escolher um lado naquela guerra interna, ele precisava de apoio e o único que poderia fazer isso, seria ele. O taxi percorreu as ruas com lentidão e ao ver o automóvel estacionar em frente ao edifício onde Fabriccio morava, suspirou.

–Eu deveria resolver meus próprios problemas, mas porque vivo colocando-o nisso? – se perguntou confuso. – Eu deveria parar com isso e resolver sozinho meus problemas. – já estava decidido a ir embora quando alguém bateu na janela do taxi, o fazendo encarar o semblante divertido do homem do lado de fora. – Fabriccio?

–O que faz aqui? – Fabriccio perguntou sorrindo ao olhar para o semblante confuso de Alessandro – Estava com saudades?

–Voce nunca muda – Alessandro respondeu sorrindo antes de entregar o dinheiro ao taxista e sair do carro – Estava passando, apenas isso.

–Nunca conseguiu mentir bem para mim – sorriu de forma gentil ao olhar em volta – quer entrar ou prefere conversar aqui?

–Eu...

–Alessandro, imagino que tenha vindo para falar sobre Melanie e Nikko, estou certo?- o viu assentir sem jeito – Então, o que veio me falar? Declarou guerra contra Nikko?

–Sim.

–Não pode estar falando sério.

–Eu estou. Ele passou dos limites.

–Eu concordo, mas declarar guerra contra ele não é a melhor opção.

–E qual seria? Eu deveria ficar sentado e esperar vê-lo matá-la?

–Ele nunca faria isso.

–Como pode ter tanta certeza? Eu mal estou o reconhecendo.

–Eu confio em nosso irmão, mas você não. Não o culpo, mas não acha que está sendo demais? Nikko jamais mataria alguém. Ele não faria isso.

–Ele está mudado.

–Todos mudam quando encontram uma dor como aconteceu com ele.

–Isso.. está do lado dele?

–Não estou do lado de ninguém, mas..

–Não diga mais nada. Eu me enganei com você.

–Não seja dramático – Fabriccio tornou sério – O seu problema é que sempre foi imaturo, e continua agindo dessa forma quando deveria estar sendo maduro.

–Eu deveria ser maduro? O que me diz de Nikko? Ele está usando uma criança, como isso pode ser sinônimo de maturidade?

–Eu nunca disse que ele estava sendo maduro, mas apenas que entendi a sua dor.

–Fabriccio, uma hora terá que decidir de que lado ficará, e espero que seja do meu. – falou ao dar as costas a ele – E não se engane, Nikko nunca será tão bonzinho quanto espera.

Fabriccio permaneceu calado ao ver o seu irmão afastar-se lentamente. Ele sabia que tinha sido duro, e que deveria dar-lhe apoio, mas para ele, o único que estava sofrendo era Nikko, pois ele perdera alguém que amava. E assim como Nikko, ele conhecia aquela dor. Uma dor que jamais sumia do coração, e apenas era amenizada com o tempo.

–Uma hora todos irão entender o sofrimento dele, mas eu espero que não seja por passar pela mesma dor – murmurou antes de entrar no edifício.

***
A enorme casa silenciosa conseguia trazer calafrios para a jovem Melanie. Ela encontrava-se sozinha na casa, e pela primeira vez, sorriu de alivio e medo. Medo do desconhecido. Começou a explorar a casa antes que Nikko chegasse, e a forçasse a retornar para a sua prisão. Seus passos silenciosos assemelhavam-se ao silencio que habitava aquele lugar. Ao andar pelo primeiro andar percebeu uma porta, próxima a cozinha, escondida. Com jeito, conseguiu ir ate ela e ao abri-la se deparou com uma, pequena, sala decorada com esmero e elegância. Livros encontravam-se nas prateleiras e ao se aproximar percebeu serem todos de romance, suas mãos se dirigiram para um deles, e o leu em voz alta.

–O morro dos ventos uivantes – abriu aleatoriamente e continuou a ler intrigada com a história. Uma história que ela não sabia sobre o que era, mas sentia-se familiar ao tudo que acontecia. – Parece ser uma história comovente – sussurrou sem perceber a presença do homem na porta do escritório. O semblante de Nikko era o mais duro e frio que poderia imaginar. Ele havia chegado a pouco tempo, e imerso em saudades e dor em seu peito foi ate o lugar onde sua esposa costumava ficar trancadas por horas, apenas lendo os romances, muitas vezes trágicos, que amava. Sua dor, e ciúmes. Sim, ciúmes por ver outra mulher tocando nos livros de sua esposa, o fez caminhar com o olhar odioso ate onde ela estava. Melanie não percebeu o que aconteceu ate sentir a mão firme em seu ombro, e logo se viu de frente para Nikko.

A respiração de Melanie ficou suspensa, e em seus olhos poderia ser visto o medo. Medo por ter sido pega naquela situação. Em sua mão esquerda ainda segurava o livro com força.

–Não deveria ter entrado aqui – Nikko disse friamente ao encará-la com ódio. – Porque... veio aqui? Porque insiste em sofrer por minhas mãos? – sua voz saiu tão dura quanto o seu coração estava – Deseja tanto assim sofrer?

–O único que está sofrendo aqui é você, pelo que vejo – Melanie falou segura ao ver a dor nos olhos dele. – Não acha que deveria..

–CALE-SE – gritou ao segurar em seus ombros com força – Não se dirija a mim como se soubesse de algo. Você não sabe nada.

–O que eu não sei? Porque não tenta me dizer?

–Acha realmente que irá conseguir me demover da ideia de vingança? – riu diante do que dissera – És realmente ingênua.

–Posso ser ingênua, mas o único que continua sofrendo é você. É o único que me prendeu a essa situação para sentir o vazio da dor ser preenchido, estou enganada? – Nikko escutou as palavras dela e a sua raiva apenas crescia.

–Não diga mais nada – a advertiu com o rosto preenchido pela raiva.

–Você se culpa, não é? É por isso que continua... – Melanie sentiu o rosto arder e as palavras morreram em sua garganta. Sua mão pousou no rosto onde Nikko acabara de lhe bater. – Essa é a forma que acha que conseguirá resolver tudo? Me batendo? Me forçando a calar-me? Isso não é nada para mim – riu tristemente ao recordar-se de Susan – se acha que é o carrasco nesta história, está enganado. É apenas um personagem secundário que acredita estar se vingando, mas que no fundo apenas tumultua o seu coração cada vez mais com dor.

–Alguém lhe faz sofrer mais do que eu? – questionou duramente ao encará-la e perceber os olhos dela fraquejarem – Me diga quem é essa pessoa.

–O que irá fazer? Pedir aulas? – perguntou irônica, mas sua raiva aumentava ao sentir a dor em seu rosto.

–Não, a farei ter mais dor em sua vida do que já fez a você.

–E por qual motivo faria isso? No que isso o beneficiaria?

–Ainda não entendeu? – perguntou ao segurar o queixo dela com força – o único que poderá fazê-la sofrer sou eu, e mais ninguém.

Melanie o encarou friamente, mas sentiu algo. Um sentimento de incapacidade.

–Eu estou em suas mãos, é isso o que quer dizer?

–Demorou muito para perceber – tornou sério – saia desta sala e fique trancada em seu quarto. Não comerá hoje, este será o seu castigo.

–Como...

–É melhor ir agora, se não.. o seu castigo será bem pior – com força a jogou contra a estante, fazendo-a tremer e alguns livros caírem. Colou o seu corpo no dela, segurando seus braços acima de sua cabeça. O livro que ela segurava caiu no chão, e a respiração de ambos estava ofegante. Melanie virou o rosto, enquanto fazia força para soltar-se. Nikko sorria ao vê-la se esforçar tanto, e o desespero dela aumentar a medida que ele aproximava o seu rosto do pescoço dela. – Esta é a diferença entre nós dois. Eu estou no controle, enquanto você, é um peão que tenho que jogar. Entende isso?

–Entendo que é um louco.

–Isso também está certo – disse antes de erguer a cabeça e olhar para os lábios dela entreaberto – Isso será doloroso para você, e divertido para mim – falou antes de tocar os seus lábios nos dela, forçando um beijo. As lagrimas surgiram no rosto de Melanie, sem que ela conseguisse evitar.


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