Redenção escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 16
Capitulo 15 - Apenas eu


Notas iniciais do capítulo

Meu Deuss...eu não acredito..recebi uma recomendação.. estou surtando aqui....
MEU DEUSSS...
Enfim kkk muito obrigada Alera pela recomendação, eu amei..fiquei sem palavra, pois começava a achar que ninguem estava gostando mais rsrs...
O numero de leitores aumentou, mas nao houve comentario..fico imaginando que a historia está pessima, mas enfim..vc me animou a continuar a escrever e a terminar este capitulo e por isso..dedico ele a vc..

Obrigada mais uma vez..

Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/431465/chapter/16

Os fotógrafos e jornalistas conversaram entre si na sala em que se encontravam. Em um dos hotéis mais caros da cidade, Nikko Nicolai, havia prometido fazer uma coletiva sobre os rumores de seu affair e sobre a empresa. Alguns diretos encontravam-se presentes e sentado, paciente, em uma sala próxima a sala de reunião, Nikko sorria consigo mesmo. Tudo que ele havia planejado começava a demonstrar resultados, um resultado que ele não esperava que fosse tão efetivo. Ao ver o seu secretario abrir a porta, com o intuito de indicar que já estava na hora, ele se levantou, ajeitou o seu paletó e seguiu para a coletiva. Uma coletiva que iria mudar o destino da vida de Melanie.

–Para pior – acrescentou ao balbuciar antes de avistar Fabriccio do lado de fora –O que está fazendo aqui?

–Vim para impedi-lo.

–De que? – perguntou bem humorado.

–De cometer mais um erro.

–Bobagem – respondeu ao dar as costas ao irmão, o qual segurou o seu braço impedindo-o – O que foi agora? Nada do que falar irá me impedir. Estará apenas perdendo tempo.

–Não tem medo do que Alessandro poderá fazer? – perguntou ao encará-lo friamente suplicando com o olhar.

–Alessandro? Não. Ele é um imaturo que não sabe o quão poderoso eu sou e muito menos tem respeito pela nossa família.

–Nikko não está agindo diferente dele – falou o soltando – Vim para impedir que uma guerra começasse na nossa família, mas levará ate o fim.

–Irei levar ate as ultimas consequências – confessou sério – mas, como sabe o que irei dizer?

–Lhe conheço bem o suficiente para saber ate onde irá chegar.

–E eu conheço Alessandro bem para saber que ele não irá ir contra mim – disse antes de se afastar. As portas da sala onde seria realizado a coletiva, abriu dando passagem para o presidente da K’Angus. Todos os repórteres olharam com surpresa para ele. Um homem viúvo imerso em escândalo, oriundo de uma família importante e acima de tudo perfeito em tudo o que fazia. Com segurança e orgulho, Nikko sentou-se na mesa em frente a todos onde um microfone estava presente. – Podemos começar? – Nikko indagou assim que sentou-se ficando sério ao ver os repórteres erguerem as mãos – Começaremos com os jornalistas que estão na primeira fileira e assim seguiremos. Darei a vocês, uma hora e meia para fazer todas as perguntas que quiserem – disse surpreendendo a todos. O primeiro a pergunta questionou sobre as ações da empresa e os projetos futuros. Nikko respondeu com elegância e profissionalidade, e assim seguiu-se ate o quinto repórter sorrir malicioso.

–Senhor Nicolai, admito que fiquei surpreso com a sua inovação – o repórter disse ao sorrir. O repórter possuía vinte e oito anos e exibia dentes brancos, perfeitos.

–Sobre o que está falando? – Nikko indagou frio ao encará-lo.

–Sobre o seu novo caso.

–Caso?

–A jovem que foi vista com o senhor. É curioso que um homem em sua posição esteja se rebaixando – disse e em seguida murmúrios foi escutado por todo o recinto – Fiquei ainda mais surpreso, não pela sua idade, mas sim ao descobrir quem é o seu novo affair.

–Diga-me o nome dela então – Nikko tornou sádico. O seu sorriso revelava a satisfação em que escutava tudo aquilo.

–O seu nome não é de conhecimento público.

–Tem certeza? - perguntou sorridente.

–O mais correto nesta situação é não revelá-lo - o reporter tornou ponderado ao encará-lo.

–Faz bem, mas como pretende que eu saiba de quem está falando?

–Há outra forma.

–Qual?

–A jovem responsável pelo acidente de sua esposa é a mesma com quem está tendo um caso? – perguntou diretamente fazendo todos prenderem a respiração ao ver Nikko sorrir e assentir.

–Sim, ela mesma.

–Para confirmar – o repórter disse novamente com entusiasmo – Está me dizendo que está tendo um caso com uma jovem de 17 anos, uma menor, que causou a morte de sua esposa?

–Se quiser colocar dessa forma – deu de ombros ao demonstrar indiferença.

–É a única forma a ser colocada – o repórter continuou a falar –Não acha que está sendo imprudente ao revelar isso?

–De maneira alguma – negou ao sorrir – porque alguém como eu iria mentir para todos? Este fato não irá influenciar em minhas decisões empresariais como devem ter percebido. Os últimos meses foram o tempo em que a cotação da empresa mais cresceu. Não tenho duvidas de que continuaremos expandindo nossos negócios trazendo lucro a todos. – exibiu o sorriso mais confiante que possuía e ao vê-los assentiu ficou satisfeito.

***

Melanie exibiu o seu olhar determinado ao entrar na sala de aula, mais cedo do que de costume, e ao avistar o cavalete em que costumava pintar, sorriu. Um sorriso tranquilo e repleto de paz. Uma paz que sentia apenas em pintar. Olhou para a tela em branco a sua frente, pegou algumas tintas e antes que pudesse pensar, começou a pintar. Pintou espantando todos os temores de sua mente e tudo que lhe corroía por dentro. Ela ainda se lembrava de ter concordado com Nikko, e apesar de se arrepender sabia que havia feito a escolha correta.

Me tornei a pior. Nunca pensei em retribuir o modo cruel como ela me tratou, apenas continuei a viver. Porque agora sinto vontade de pagar na mesma moeda?” se perguntou ao pincelar imagens desconexas na tela a sua frente. Sempre que pintava, abstraia tudo em sua mente e se desconcentrava do que acontecia ao seu redor. Ao escutar o barulho da porta, ergueu o seu olhar assustada, mas ao se deparar com Susan, uma de suas colegas, exibiu o seu olhar frio prosseguindo com a pintura.

–Veja quem está aqui – Susan disse provocativa ao cruzar os braços em frente ao seu corpo sorrindo ao ver mais quatro meninos entrarem na sala, fechando a porta atrás de si. – Espero que não esteja ocupada – disse irônica ao olhar para Melanie com desprezo.

–Mesmo se eu estiver ainda irá me importunar, ou estou enganada? – disse sem encará-los tendo a sua atenção presa na tela de pintura.

–Deve estar se achando muito importante, não é? – olhou em volta fazendo um sinal discreto para um dos meninos – Sabe, Melanie, estava pensando.. A pintura é a sua felicidade, não é? – obteve como resposta o silencio – então irei assumir que sim. Pergunto-me o que faria se não pudesse mais pintar – Melanie ergueu o olhar fingindo segurança, mas percebeu o perigo que corria. Ela estava sozinha em uma sala, e quatro meninos a olhavam com curiosidade e malicia.

–Pretende me machucar? Não seria tão tola – Melanie disse séria ao voltar a pintar, mas desta vez preocupada com o que poderia lhe acontecer.

–Sim, é exatamente isso que estou pensando – Susan revelou friamente – Podem agarrá-la – ordenou ao sorrir assim que avistou o olhar de surpresa de Melanie. A garota que ela desprezava.

Melanie soltou o pincel, o qual caiu no chão. A tinta nele contida fez uma mancha. Os olhos de Melanie se voltaram para a mancha e em seguida para os meninos que se aproximavam cada vez mais dela. Como por reflexo, Melanie, deu passos para trás ate encostar-se na janela. Sentiu o vento bater em suas costas e sorriu ao perceber o que aconteceria em seguida. Dois meninos agarraram o seu braço forçando-a se ajoelhar, em frente a Susan.

–Não está tão confiante agora, não é? – Susan disse arrogante ao olhar com alegria para Melanie ajoelhada em sua frente.

–Pelo contrario – Melanie respondeu ao erguer o seu olhar – Cada vez sinto mais pena de você. Teve que se rebaixar tanto para se sentir superior a mim. Deve ser horrível, não é? Precisar disso tudo – tornou de forma calma tentando não transparecer o medo que sentia. Melanie sorriu ao ver Susan se descontrolar, mas logo percebeu o seu erro quando sentiu o seu rosto queimar. Susan havia batido em sua face – Isso é o máximo que fará? Não seja hipócrita Susan, sabe tão bem quanto eu que me bater não irá trazer beneficio a sua vida.

–Beneficio? Quem disse que quero algo assim?

–Então o que quer?

–Que perca o seu talento – disse sombria ao olhar para as mãos de Melanie com um sorriso macabro.

–Se fizer isso será presa. – Melanie disse aparentando calma, enquanto o seu coração batia descompassado no peito.

–Não se preocupe – disse ao se abaixar – Ninguém saberá – sussurrou em seu ouvido ao afastar-se em seguida. –Podem se divertir um pouco – Susan disse para as meninos que sorriram. Melanie puxou o seu braço tentando soltar-se sem sucesso. Dois meninos continuavam agarrando o seu braço, enquanto outros dois apenas sorriam ao ver a cena.

–Como poderemos nos divertir? – um deles perguntou sorrindo maliciosamente.

–Vamos descobrir, afinal se essa puta conquistou aquele homem é porque ela é boa em muitas coisas – o outro falou malicioso ao ir ate onde ela estava. Melanie empalideceu ao escutar tais palavras, olhou suplicando em silêncio para um dos meninos que agarrava o seu braço. O jovem olhava para tudo que acontecia a sua volta com lamento, pois sabia que nada poderia fazer para ajudá-la. Um dos meninos segurou o cabelo de Melanie, forçando-a a erguer o rosto e encará-lo, enquanto ele se abaixava em sua frente – O que fez para ele estar com você?

–Está curioso? – Melanie perguntou sentindo dor.

–Muito.

–Matei a sua esposa – disse friamente, o que fez titubear. – Não esperava isso? Eu matei uma pessoa e posso muito bem tornar a fazê-lo. Não me importo em ser presa novamente. – mentiu ao vê-lo hesitar. Ela sabia que teria apenas uma chance para empurrar os dois que a segurava e em seguida correr ate a porta. – “Uma chance” pensou angustiada ao passar a língua em seus lábios. Susan olhou para os meninos desconfortável ao escutar de Melanie o que tanto escutava pelos corredores.

–É verdade então – Susan murmurou incomodada. Melanie apenas assentiu em silencio com o olhar determinado quando sentia medo. Ao perceber que eles não a seguravam com força, fez o que uma pessoa conseguiria fazer dada a situação. Empurrou o garoto que achava mais perigoso e nada precisou fazer com o outro que tinha olhado suplicante, pois ele a soltou. Ela correu e assim que abriu a porta, sentiu o seu cabelo ser puxado. Gritou o mais alto que conseguiu apesar de sentir dor, ela queria se salvar.

–Fique calada – o garoto disse ao segurá-la pela cintura, forçando-a a voltar para dentro da sala.

–Prefiro morrer que ter você me tocando – revelou antes de segurar o seu próprio cabelo, enquanto chutava e batia no homem atrás de si. Sem saber como, o acertou e antes que ele pudesse segurá-la novamente, voltou a correr. Saiu pelo corredor com a respiração ofegante, rosto avermelhado e coração partido mais uma vez.

***
Nikko caminhou pelo corredor do colégio de forma inexpressiva e ao entrar na sala da direção se deparou com Melanie sentada em um canto com a cabeça abaixada, seus cabelos escondendo o seu rosto.

–Sou Nikko Nicolai. – pronunciou com a voz grave olhando para Melanie – O que ela fez?

–É o novo guardião dela – a diretora tornou séria ao se levantar da cadeira e encarar o homem desconhecido a sua frente – Ela..

–Não me importo as consequências, basta fazê-la pagar pelo seu crime – falou gélido com um sorriso cruel na face – se foi para isso que me chamou..

–Ela apanhou e sofreu violência de alguns meninos – a diretora revelou com o olhar duro – como pode entrar aqui e não perceber que ela está tremendo? – perguntou perturbada – que tipo de guardião é? – Nikko bufou controlando-se para não responder a ofensa quando voltou sua atenção para Melanie. Ela mantinha as mãos repousadas em sua perna, segurando com força os joelhos, seus cabelos mexiam como se uma brisa passasse por eles. Intrigado com o que estava vendo caminhou ate onde ela estava, segurou em seu cabelo, suavemente para afastá-lo do rosto, e em seguida a viu gritar, batendo em sua mão, e o olhar com temor pela primeira vez. Seus olhares se encontraram e daquela forma, Nikko percebeu que ela não era tão forte quanto havia demonstrado para ele. Um incomodo surgiu em seu intimo e com raiva encarou a diretora – Quem fez isso com ela? Quero o nome de todos eles.

–Não posso..

–Não me importo com nada – disse duro – o único que pode fazê-la sofrer sou eu. Perguntarei mais uma vez, e espero que me diga. Quem fez isso com ela? – perguntou duramente e ao vê-la hesitar gritou – QUEM FEZ?

–Foram quatro garotos do terceiro ano. Eles estavam a perseguindo pelo corredor quando um professor viu e a trouxe. Ela estava...

–Já chega – Melanie disse ao se levantar – não basta tudo? Eu estou cansada, posso ir embora? – perguntou ao olhar para a diretora, a qual assentiu sem jeito. Melanie caminhou para fora da sala da direção com os passos fracos e o coração sensível. Ela sabia que poderia chorar se ele falasse alguma coisa, e por isso optou por ir a pé para a casa dele. Ela não precisava sofrer mais ainda aquele dia. Levou a mão aos olhos antes de passar pelo portão, pois temia chorar. Antes que seus pés tocassem na rua, sentiu o seu braço ser puxado e logo virou-se, se deparando com Nikko. – O que fará agora? – ela perguntou séria ao encará-lo.

–Nada – revelou ao olhar para os seus olhos percebendo a dor – Vamos para casa – disse ao levá-la ate o seu carro em silêncio, segurando o seu braço.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hmmmm e agora?? O que acham que irá acontecer? Curiosos??



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Redenção" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.