Contra as Regras escrita por Nina Malfoy


Capítulo 5
Capítulo IV - Ato Dois


Notas iniciais do capítulo

Hey! Estou esperando ansiosa o contador de visitas, mas vocês podem me dar uma média comentando! Vamos lá, fantasminhas!



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Ela estava parada na frente da porta do apartamento dele, tentando não cair no chão. A maleta vermelha de primeiros-socorros pesava em seu braço. Mas finalmente ela bateu na porta, depois de 5 minutos.

– Stell?

– Sheldon não pode vir. Está se voluntariando em um evento. – ela disse balançando a maleta.

– Eu não queria ficar sob os cuidados de alguém, todavia eu não consigo fazer o curativo em mim mesmo.

Stella assentiu, ele sentou no sofá e tirou a camisa. Ela virou a cabeça, constrangida. Aos poucos, enquanto fingia mexer no conteúdo da maleta, ela virava a cabeça.

Oh, Deus, ele era sexy. Desviou o rosto tão rápido que deu um estralo alto.

– Sheldon disse que eu era a única que saberia fazer isso certo. Apesar de eu ter certeza que Danny, Lindsay ou Sid conseguiriam.

– Mas você fez curso de medicina.

– Um curso pequeno, não foi como uma faculdade. – ela enrolou a atadura em volta do braço dele. – E isso nem é tão difícil. Embora que aparência não seja boa.

Ela finalizou o curativo, Mac colocou a camisa de volta. Quase que ela o impediu.

– Aceita um café? – ele perguntou – Deve ter bolo ainda.

– Não, obrigada. Meu pai chega a Nova York daqui a meia hora.

– Tudo bem.

O silencio constrangedor que se seguiu foi interrompido pelo celular de Stella.

– Pai?

– Meu vôo atrasou bastante. Espero que não fique chateada.

Atrasou quanto tempo?

5 horas.

– Oh, é muito tempo.

– Eu sei. Desculpe-me, filha, mas em breve estarei aí.

– Sim, sim. Eu te amo.

Eu também, querida.

Bem, Mac pensou, ela não tinha mais desculpas para não aceitar o café.

– Conte-me sobre você. – ele disse, cortando um pedaço de bolo.

– Faça-me perguntas, sou ruim nisso.

– Comece por seu programa de TV favorito.

– Eu olho muito seriados criminais, quer dizer, é mais uma mania. Acho que o favorito é qualquer jornal que passe no horário em que eu chego em casa.

– E... – Mac se levantou e pegou o celular tocando de cima do sofá, com a foto de Flack piscando.

– Taylor. Sim. Sim. Certo, chego aí em 10 minutos.

Mac bufou.

– Temos uma chamada perto do Central Park. – ele disse balançando o telefone.

– Mas é sábado. – ela fez a maior cara de preguiça possível.

Se você revirar a cena do crime inteira eu te libero. – ele disse arqueando uma sobrancelha.

– Feito.

Quando Mac não a liberou, Stella fez uma cena bem convincente. Algo relativo à ‘Meu pai só pode me visitar uma vez por ano’. Ele sabia que não era verdade, mas liberou Stella.

A falta de provas e familiares da vítima incomodava Mac. Ele sabia que iria ser apenas mais um caso arquivado. Digamos que Sinclair e boa parte da imprensa de Nova York não iriam gostar disso.

...

– Se recuperou do Smith?

– Sim, pai. Pretendo nunca mais olhar na cara dele.

– E como vai o trabalho? Nem ouse se envolver com alguém de lá. – ele disse sério.

– Gostei muito de Nova York. Eles são bem receptivos.

– Receptivos? Essa é a palavra para descrever uma semana de convivência? Receptivos?

– Achei que era uma boa palavra. Eles são muito melhores que todo o pessoal de Salt Lake junto.

– Ah, isso sim é um elogio. – ele sorriu. – Fale-me, Stell, diga-me, por favor, que seu chefe é uma mulher.

– Pai! Não é porque eu me envolvi com um que eu vou pegar todos.

– Você sabe sobre sua mãe, você tem tendência a isso.

– PAI! – gritou, mas depois relaxou ou ombros e balançou a cabeça. – Você sabe que mamãe não está bem mentalmente.

– Eu sei. – ele disse enterrando a cabeça nas mãos. – Mas é tão complicado.

– Não pai, é só uma doença. Eles têm o tratamento certo, ela vai ficar bem.

– Você sabe que psicose não é tão simples.

– Mas culpá-la por qualquer coisa é injusto. Ela não está aqui para se defender.

– E dar um tapa na minha orelha. – ele disse, com um sorriso triste. – Quando você vai visitá-la?

– O mais breve possível, eu espero. Essa foi minha primeira folga.

– Sua chefe parece gostar de você.

– Pai...

– Você podia me apresentá-la.

– Pai...

– Já que eu fui...

– PAI!

– Sim?

– O nome do meu chefe é Mac Taylor.

O pai abaixou a cabeça, ligeiramente desapontado.

...

– Certo. – disse o homem, encarando Sebastian. – E se for pelo preço certo?

– Preço certo? O que sugere?

A expressão sombria do homem o fez cambalear para trás.

– 500 mil. Na mão.

– Você sabe como é arriscado. Percebe a influencia que ele tem nessa cidade? Percebe os riscos que eu vou correr? Cadeira elétrica é o mínimo.

Um carro passou na rua, iluminando a sala úmida e escura. A mesa de mogno era a única sem uma cobertura espessa de poeira, o homem de terno, com cabelos grisalhos e um sorriso cínico, pegou uma maleta e a abriu. Os olhos de Sebastian saltaram das órbitas.

– 900 mil. E não se fala mais nisso.

Sebastian pensou. Fechou os olhos e viu a garotinha balançando-se. O futuro dela estaria naquela maleta. Talvez, depois desse serviço eles até pudessem se mudar para algum país na Europa. E esse seria seu último assassinato. Mas ele teria que fazer um serviço tão bem feito que, por um momento, hesitou.

E então ele estendeu a mão para o homem, um acordo foi firmado e ele saiu com a maleta pesada.

...

Mac passava pela frente de uma das lojas de jóias de Nova York, quando um objeto excessivamente brilhante o chamou a atenção. Um colar com o pingente prateado ‘Stella’ estava sendo colocado na vitrine. Ele fechou os olhos com força, deveria estar imaginando. Ele olhou novamente, estava escrito Estella. Mac balançou a cabeça, e por um momento pareceu ver um homem encapuzado no reflexo do vidro.

Ele balançou a cabeça novamente, se tinha visto um ‘e’ no lugar errado, o que seria um reflexo?


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro e comentem! :D



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