Contra as Regras escrita por Nina Malfoy


Capítulo 12
Capítulo XI – Cock it back


Notas iniciais do capítulo

Nossa, o contador de acessos nos dá números impressionantes! :) Não sabia que tanta gente lia minha história, o que me deixa feliz. Mas tantos acessos e UM comentário? Heeey, fantasminhaaas! Tudo bem com vocês? Tenho que cumprimentá-los, já que fiquei fora do ar por algum tempo. Mas todos merecem férias. E com as férias vem o tédio e aquela preguiiiiça... Mas estou aqui com mais um capítulo! Woohoo!

Espero que gostem - e que não tenham se esquecido de mim! (tô de olho o.o )



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Tudo naquele lugar era frio. Enquanto Stella passava pelo corredor de celas, as presidiárias gritavam e tentavam a tocar. Era repugnante. A policial a dirigiu até uma sala, onde Amanda estava sentada do outro lado de um vidro.

– Vocês têm dez minutos.

Amanda indicou o telefone na parede com a cabeça.

– Achei que minha primeira visita iria ser do pai da minha filha.

– Você tem uma filha?

A garota revirou os olhos.

– E muito amada. – disse com sarcasmo.

– Como assim?

– Você não veio aqui para falar da minha filha, não é?

– Não. Eu tenho que lhe perguntar sobre o que aconteceu hoje na delegacia.

– Como se isso não envolvesse minha filha.

– Você não está insinuando que sua filha é Veronika Parr, está?

Amanda a olhou com uma expressão estranha.

– Não.

– Veronika está desaparecida.

– Ah, não. – ela gritou. – Acabei de sair de um interrogatório sobre a porcaria dessa garota que por uma burrice foi sequestrada. Francamente! Menina estúpida. E ainda me colocam nessa merda de caso. Eu nem sabia que o nome da criatura era Sebastian. Ainda acho que é Alan Porter o nome dele. – Stella segurou o impulso de se jogar em cima da garota.

– Alan Porter? – ela sussurrou.

– Me poupe. – Sykes disse se levantando. Acenou para o policial do lado dela do vidro, ele a algemou e a conduziu até sua cela.

– Não consegui o que queria? – disse a policial, que deu uma risada escandalosa.

– Consegui mais do que você imagina.

...

– O que conseguimos na fábrica de ervilhas? – disse Mac, entrando na sala de reunião.

– Não muita coisa. – Flack jogou um pacote amarelo no centro da mesa. – Nada além do DNA da garota.

– Só não sabemos como que o sequestrador ficou sabendo que íamos para lá. – disse Danny.

– Ele não sabia. – disse Lindsay, se ajeitando na cadeira. – Estamos lidando com profissionais. Ou com um, não sabemos.

– Garanto que isso não é trabalho de uma pessoa só. – Danny girou na cadeira. – Vejamos, Flack, quais os motivos prováveis para um sequestro de uma garotinha da parte chique da cidade?

– Ahn, bem, dívidas. Drogas ou dinheiro.

– Anote, Danny. – Mac pediu, estendendo um bloquinho amarelo e uma caneta.

– O que mais?

– Uma lição? Vingança.

– Para uma vingança ele teria que ter feito algo ruim. – disse Lindsay. – Mas ele é totalmente inocente.

Mac sentiu um arrepio pela coluna. Não. Ele não era inocente.

Ele não iria aguentar. Depois pediria perdão à Stella, mas ele não iria segurar uma informação que levaria o caso à possível conclusão. Quando Mac ameaçou abrir a boca, Adam irrompeu na sala, berrando que havia conseguido muita coisa sobre o caso e que era melhor eles sentarem; mesmo que todos já estivessem sentados.

– A primeira e mais chocante noticia – ele disse, levantando o tablet com um resultado de DNA. -, nossa garota sequestrada é filha da...

– Stella. – disse Mac, com um sorriso fraco.

– Como você sabe? – Adam parecia indignado.

– Foi um chute. – mentiu, tentando disfarçar. – Pela semelhança.

– Não havia reparado. – Lindsay pegou a foto da menina de cima da mesa do chefe e a encarou. – São parecidas. Muito.

– Não acho que seja só isso, não é mesmo, Adam? – Mac levantou as sobrancelhas e pulou de cima da mesa, começando a andar de um lado para o outro. – Conte-nos.

– Sheldon estava conversando com o Alan Porter que trabalha em um supermercado. Ele é um cara pacato e paga suas contas, mas o outro Alan Porter não. O outro Alan Porter, o que tem um site de jogos na internet, sumiu do mapa. Não temos nenhuma informação sobre o paradeiro do sujeito. Eu revirei tudo. Câmeras de segurança, de transito, fotos de pessoas desaparecidas. Nada. Até coloquei um aviso na internet, mas ninguém ligou. Então, fui mais fundo. Tentei achar conexões com Sebastian Parr e Alan Porter. Descobri um outro nome. Sebastian McKinley. Vulgo Parr. Vejam, é o mesmo. – ele mudou a imagem do tablet e apareceu duas fotos com o mesmo homem. – McKinley, Parr ou Porter, como quiserem, são suspeitos de 12 assassinatos. Todos não solucionados por falta de provas.

– Você não está insinuando que...

– Sebastian é um assassino cruel e frio, que mata por dinheiro. E que tem uma filha com Stella, o que soa muitíssimo estranho. Acho que deveríamos falar com Stella e achar Parr.

– Não! – Mac gritou. – Não vamos falar com a Stella. Ela está realmente abalada. Não é um bom momento.

...

Stella estava passando apressada pelas ruas de Nova York, segurava uma lista na mão, da qual dois itens já haviam sidos riscados e um contava com um ponto de interrogação ao lado. Ela parou na frente de uma das casas do Brooklyn depois de ter pegado um metrô lotado e tocou a campainha diversas vezes; ninguém atendeu.

– Eu vou me arrepender disso... – ela sussurrou, enquanto forçava a fechadura da porta. Com um baque alto a porta cedeu e se abriu lentamente.

Ficha criminal de Stella em Nova York: 1.

Dignidade da Stella em Nova York: -1.

A casa tradicional tinha todos os moveis cobertos por lençóis velhos e amarelados e um cheiro de mofo quase insuportável. Ela cobriu o nariz com a manga do casaco e começou a andar pela casa, os saltos fazendo um barulho engraçado no piso de madeira. Algumas teias de aranha aqui e ali, formigas em migalhas esquecidas na cozinha, uma parede tomada pelas infiltrações e bonecas maquiavélicas com sorrisos cínicos e manchados repousavam em prateleiras em um dos quartos. Um bom cenário para um filme de terror ruim, Stella pensou.

Passou a mão por um aparador na sala da jantar e puxou o lençol de cima, revelando fotos meio foscas. Ela pegou o primeiro porta-retratos, era uma foto de uma ruiva sentada em um banquinho dentro d’agua com um drink colorido na mão, e, ao fundo, uma paisagem muito bonita de pôr-do-sol no mar. A outra foto mostrava a mesma ruiva, sozinha, sentada em cima da letra M de I AMsterdã. Em outra ela estava sentada na grama, sorrindo, mas sozinha.

Miracle Houston parecia uma mulher muito solitária.

...

Sebastian estava orgulhoso de estar bêbado o suficiente para se sentir orgulhoso de se estar bêbado. Mas ainda assim ele estava à três passos a frente da policia. Quando se inclinou para bater na porta de uma das suas mais antigas clientes ele caiu, empurrando a porta que estava aberta junto, caindo com tudo no chão empoeirado do apartamento. Ele se apoiou nos cotovelos – mas antes que se levantasse por completo, um barulho de vidro se chocando contra o chão foi ouvido, e Sebastian estava em pé em meio segundo, encarando a mulher a sua frente; apavorado.


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Notas finais do capítulo

Adíos, leitores, vejo vocês na próxima.

*Acho que estou passando tempo de mais com argentinos. Eles dominaram a praia onde estou. (nada contra eles, na verdade)*

Beijocas