Contra as Regras escrita por Nina Malfoy
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Fiquei chateada com o numero de comentários do último capítulo. Você odiaram tanto assim? :(
Bem, chateações a parte, trago um novo capítulo.
Boa leitura! E comentem, fofetes, antes que eu comece a cobrar de vocês! :O
Stella não pensava direito enquanto seus olhos corriam pelo monitor. Rastreando celulares, buscando DNA e procurando qualquer lugar abandonado em um raio de 10 quilômetros do apartamento de Parr. A percentagem de Stella conseguir algo assim era minúscula, mas suas anteninhas vibraram pouco antes do computador apitar, mostrando que a busca do DNA estava pronta. E com um resultado.
Stella havia pegado – emprestado – um pouco de todo o DNA que haviam achado no apartamento e jogado no sistema. Esperançosa por um resultado, ela encarava a foto da filha grudada na janela com fita adesiva, ela lhe dava motivação para procurar mais locais.
Ela adoraria saber o que estava acontecendo no caso. Stella estava totalmente por fora. Ninguém dirigia sequer um olhar a ela. Ordens de Mac, Danny havia dito. A curiosidade foi tanta que ela chegou a ouvir parte de uma conversa de Lindsay e Danny, mas não resultou em nada. Era uma discussão boba sobre uma garota com roupas inapropriadas.
Stella tremia enquanto encarava o resultado. Seria ela a sequestradora? Em seguida, a tela piscou novamente, e dois resultados extras pularam. Amanda Sykes – provavelmente a garota de qual Danny e Lindsay estavam falando -, Miracle Houston – uma secretária presa por porte de drogas - e Charlie Prest, um policial.
Ela conhecia Charlie. Sorriu, pegou sua bolsa e empurrou rapidamente a porta de vidro. Ser vista não era uma opção. Foi surpreendida por um estagiário que lhe deu um oi animado no elevador e outro técnico do laboratório que, de costas, parecia muito com Sid. Mas talvez fosse Sid. Ela não queria ficar ali para saber. Entrou sorrateiramente na delegacia e desviou dos amigos de Flack, foi direto à mesa de Charlie.
– Prest? – disse tocando no ombro do policial.
– Bonasera. Que surpresa. Que bons ventos te trazem?
– ‘Tá mais para furacão. – completou rápido. – Eu só gostaria de saber qual sua relação com Sebastian Parr. – Stella jogou a foto do homem na mesa.
Charlie arqueou as sobrancelhas. – Você não está fora do caso, Stella?
Stella praguejou baixinho e jogou as duas outras fotos na mesa de Prest. A reação do policial foi bem diferente.
– Essa é Amanda Sykes. – disse com frieza. – A ruiva com cara de psicopata é Miracle Houston.
– Como as conhece? – Stella franziu o cenho. Não se importaria de Charlie conhecer Miracle. A garota foi presa por porte de drogas, ele a devia conhecer. Mas algo a incomodava na frieza com que ele havia dito o nome de Amanda Sykes. Como se ela tivesse feito algo que mudou sua vida.
Ele continuou com um olhar gélido sobre a imagem da loira, como se só a foto já fizesse o ter lembranças doloridas.
– Eu fui um dos policias que apreendeu as drogas de Houston. – disse se levantando. Charlie pegou o casaco da cadeira e a arma da gaveta. – Eu tenho que ir.
– Não. – Stella colocou a mão no peito dele e o fez se sentar novamente.
– Olha, Stella, eu tenho mais nada para falar. – agora ele soava calmo, talvez um pouco cansado.
Ela hesitou – e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, as portas da delegacia foram abertas com força. Stella tampou o rosto com uma pasta e esperou que Lindsay não a visse. Amanda Sykes estava algemada, um policial a segurava pelos ombros enquanto ela tentava reagir. Lindsay e Danny estavam dos lados, como se prescindissem que ela poderia se soltar a qualquer momento.
Charlie congelou por alguns segundos. Aproveitou o caos que a delegacia virou e tentou sair, Stella o puxou pelo braço e o jogou na cadeira. Prest abriu a boca pra dizer algo, mas Stella foi mais rápida.
– Não ouse.
Amanda passou por eles. O olhar gélido de Charlie para a foto dela não era nada comparado ao olhar que ela lançou para Prest. Ela fez todos pararem o que estavam fazendo. Até o policial que a segurava relaxou ou ombros e prestou atenção. Stella disfarçou e andou o mais discretamente possível até uma mesa ao longe, tampando o rosto com a pasta azul.
A garota o olhou mais profundamente, como se pudesse ver através dele e, com o pé, empurrou tudo o que estava em cima da mesa de Charlie.
Como se acordassem de uma hipnose, os policiais apontaram as armas para Sykes. Diversos cliques foram ouvidos, mas todos sabiam que a garota não podia fazer nada contra eles. A não ser, talvez, chutar no meio das pernas de alguém ou morder. Os policiais guardaram as armas e o que a acompanhava empurrou Amanda, o que a fez tropeçar nos próprios pés. Com a risada dos policiais ao fundo, ela foi colocada em uma viatura, com destino ao presídio feminino mais próximo.
Stella precisaria fazer uma visita a Amanda. Mas antes queria respostas de Prest.
O homem juntava suas coisas do chão com amargura, dispensando qualquer ajuda com rispidez.
– Ela não atingiu o que queria. – sussurrou para si mesmo, enquanto recolhia uma foto sua e de Maia, sua filha.
– E o que ela queria atingir? – disse Stella, fazendo Charlie pular e bater a cabeça na mesa. – Desculpe.
– Você não vai desistir, não é? – Prest colocou a foto na mesa, ao lado de uma miniatura da bandeira dos Estados Unidos.
– Não mesmo. – falou Stella, o seguindo até uma máquina de café. – Achei seu DNA na casa de Sebastian Parr. Você me deve uma explicação.
– Você achou? Quer dizer que está trabalhando mesmo estando fora do caso?
– Isso não convém. O que seu DNA estava fazendo lá?
– Eu nunca estive na casa desse Sebastian. Tem certeza de que não é de outra pessoa?
Charlie tomou um gole do café grosso e quente.
– Aceita um?
– Nem pensar. – disse Stella, encarando com certo nojo o liquido gosmento que Charlie ousava chamar de café. – Você está me enrolando.
– Só agora que percebeu? – ele riu.
Stella bufou. – Eu estou falando sério. Eu quero respostas.
– Eu também falo sério. – disse, voltando a se sentar em sua mesa. – Você não vai ter as respostas porque eu não tenho as respostas.
– Você tem as respostas. – Stella se apoiou na mesa. – Você sabe por que seu DNA estava lá.
– Não, eu não sei. – disse como se encerrasse a conversa.
Stella percebeu que a conversa não a levaria a lugar nenhum. Mas ela tinha que fazer que a levasse.
– Porque Amanda foi presa? – ela perguntou casualmente, como se fosse a primeira pergunta do dia.
– Pros... Porque você quer saber? – ele se interrompeu.
Stella deu ombros. – Curiosidade.
– Ah, sim. - disse com sarcasmo. – Tudo isso de você estar investigando o caso da garota sequestrada é só por mera curiosidade?
– Óbvio. – disse, mas a voz falhou.
Stella se deu por vencida. Ela sabia que agora era ela que seria atingida por uma avalanche de perguntas. Ela deu meia-volta e saiu o mais rápido possível da delegacia, deixando um Charlie atônito para trás.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
REVIEWS! Sugestões e elogios são seeempre bem-vindos.