Rebeldia Iminente escrita por Apimentada


Capítulo 4
Reviravolta


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o terceiro capítulo hein ? Gente vamos lá! Eu já selecionei as trilhas sonoras e as do Cebola vou falar nas notas finais! Chega de enrolação! Vamos ver tudo aos olhos do Cebola...



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Eu tentei realmente não olhar para baixo. Mas foi impossível. Aquelas pernas... Não. Para com isso Cebola! Oh Deus. Ela estava tão linda quanto da ultima vez que a vi. Porque da ultima vez, a beleza não era o que reinava nela. Mas sim a tristeza. E naquele dia acho que não poderia ter coisa pior. Perder a pessoa que mais amei na minha vida. A vida é irônica. Há cinco anos ela me abandonou e de repente nos cruzamos ? Só pode ser brincadeira! Não sei o que pensar. Ela não era mais uma menina. Com certeza NÃO. Ela já era uma mulher. Uma mulher de 21 anos.

Puxa! Como o tempo passa ! E não foi cruel! Olha só pra ela! Está com um corpo de violão, os cabelos maiores e com mechas claras nas pontas e sem a franja que eu gostava. Ela estava mordendo os lábios vermelhos e olhando incerta para mim. O que ela sempre faz quando está nervosa. E fica tão sexy. Como deixei ela escapar ? Aliás, por que ela foi embora mesmo ? Espera! Esse foi o meu lado irracional masculino falando. Eu sabia o motivo muito bem.

Quando a vi saindo por aquela porta vi meu desespero tomar conta. Comecei a tacar alguns objetos na parede de raiva e frustração. Sai correndo feito um louco atrás dela. Mas quando cheguei lá, ela não estava mais. Derramei lágrimas sem saber o que fazer. Para falar a verdade o clima estava bem tenso.

Um olhando para a cara do outro se perguntando quem iria começar a falar algo. Eu não conseguia olhar diretamente em seus olhos, pois a lembrança do dia em que ela me abandonou me preencheu a cabeça. Fechei os olhos por alguns segundos e os abri depois para ter certeza se não era alucinação. Não, não era.

_ Não sabia que era dono da empresa... -- ela falou envergonhada com algo que eu não sabia o porquê--

_ Pois é... O mundo dá voltas. -- eu disse seco de mais--

Ela me lançou um olhar um tanto indignado com o meu tom de voz, mas eu não pude evitar. Não sei se estava realmente feliz em vê- la. Nós terminamos e foi ela quem quis. Me arrependi e tentei ligar para ela. Mas a ligação sempre caia na caixa postal. Eu não sabia para onde ela havia ido e nem onde ela poderia estar. Mas ela estava ali. Agora. Na minha frente me olhando como só ela sabe fazer.

_ Parece que seguiu seu sonho de ser dono de uma empresa. Aliás, seu único objetivo na vida não é ? -- ela respondeu no mesmo tom--

Soltei um longo suspiro e olhei em seus olhos. Aqueles olhos. Aqueles mesmos olhos que quando vi me apaixonei. Quando nos conhecemos, confesso que não era "fã" dela, mas depois... Tudo mudou. O dia em que ela chegou lá em casa pedindo para morar comigo, eu sabia que já era tarde. Eu gostava de mais dela pra dizer não. E quando ela me abraçou como se fosse uma garotinha indefesa, eu só pude confirmar isso. Ela era minha. Minha garotinha. E agora ela havia voltado.

_ Desculpa... Hã...Você... Mudou muito hein ? -- eu disse tentando não deixar na cara o quanto ela estava deslumbrante--

A pergunta e minha mudança de humor a deixaram surpresa. Ela pensou um pouco e continuou.

_ Você também né ? -- ela disse corada--

Isso é uma das coisas que sempre amei na Mônica. Ela era tão transparente com seus sentimentos, que era fácil decifrar o que sentia no momento. Era assim que eu sabia como lidar com ela. Sorri com o suposto elogio dela e ela se envergonhou mais ainda. Então me lembrei que ela iria trabalhar pra mim e eu teria que ser seu chefe. Não sei se vou aguentar.

_ Tudo bem, você pode ir comigo até um prédio? -- perguntei--

_ C- como assim ? -- ela perguntou confusa e envergonhada--

É, ela entendeu errado.

_Um prédio de uma empresa conversar com o dono de lá. Preciso tentar fazer um contrato com ele até quinta. E hoje já é terça. Por isso tenho que insistir. Você pode ir ?

Ela parou um pouco e pensou. Aposto que estava pensando se não era uma tentativa de levá-la para um lugar " romântico " .

_ Sim, posso. -- ela respondeu sorrindo--

Sorri de volta e peguei meu casaco. Ficamos em silêncio até chegarmos no elevador, onde encontrei uma de minhas secretárias, Clarice. O destino tem um jeito engraçado de brincar com a gente, mesmo sem ser intencional. Clarice era uma de minhas secretárias que davam em cima de mim. Acho isso um tanto irônico porque sei que muitas delas só fazem isso por eu ser o dono da empresa.

_ Bom dia Sr. M... -- ela disse com uma voz sensual--

Notei que Mônica fez uma cara de nojo e revirou os olhos. Acho que poderia tirar proveito da situação. Só um pouquinho,isso ia ser engraçado.

_ Bom dia Clary... -- eu devolvi uma voz sensual--

Mônica me olhou com desprezo e raiva ao mesmo tempo e euqueria ser um Edward Cullen só para saber o que ela estava pensando.

_ Hum... Vejo que arranjou uma namorada... -- ela disse sínica.

É claro que ela sabia que eu não tinha namorada. Mônica corou ao ouvir a palavra "namorada".

_ Ela não é minha namorada.-- eu respondi assim que o elevador abriu--

Clarice sorriu satisfeita.

_ É minha ex. -- eu completei sorrindo-- Mônica pareceu se divertir também enquanto Clarice tinha um "ataque de toses". Saímos do elevador e fomos até o estacionamento onde havia estacionado meu carro. Ela ficou olhando um tempo para mim até que teve coragem de perguntar.

_ Você tem uma Ferrari ? -- ela perguntou surpresa--

_ Tenho. -- respondi indiferente-- Ah e cuidado com seus saltos na hora de entrar. -- completei prestando atenção em como ela entrava --

_ Não vou estragar seu carro-- ela disse balançando a cabeça e entrou dentro do carro.--

Tudo bem, nunca vou entender o universo feminino. Enquanto estávamos no carro liguei o som em qualquer rádio e começou a tocar uma música. Mas me parecia muito familiar... Até de mais. Comecei a pensar em todas as musicas que conheço. E nada. Olhei de relance para Mônica que parecia incomodada. De repente me veio uma lembrança relâmpago. Cada palavra me parecia mais familiar... When did your heart go missing... Na...na...na... Era a musica que eu e a Mônica cantamos logo após termos começado nossa amizade. Me lembro desse dia como se fosse ontem. Fizemos uma verdadeira bagunça naquela cozinha! Mas cada segundo valeu a pena. Só de eu ter tido ela em meus braços por poucos segundos.

E agora mesmo ela estando perto, sinto que está longe.

_ Hã... O que você andou fazendo nesses últimos anos ? -- perguntei tentando parecer o menos invasivo possível --

Ela ficou um tempo olhando para a janela sem responder nada. Parecia estar em outro mundo, até que ela olhou em meus olhos.

_ Tentando me virar por aí. -- ela respondeu sem ânimo-- Acho que é o que as pessoas fazem quando se sentem perdidas.

Tentei ao máximo manter a calma naquele momento com a sua indireta.

_ Eu te entendo.


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Notas finais do capítulo

Achei esse capítulo sem graça! :/ Mas o próximo é um dos meus favoritos!! *-*
A trilha sonora do Cê é: Heartbraker -- Justin Bieber -- Apesar de achar que ele não merecia porque ele foi um cretino aqui no Brasil! ( sem ofensas às fãs ) e Kiss me -- Ed Cheeran -- As duas com certeza falam do que o Cebola está sentindo! Ouçam e me falem o que acharam!
MANDEM REVIEWS!!
Beijoooooossss!! ;)