Rebeldia Iminente escrita por Apimentada


Capítulo 3
O Abandono


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o segundo capítulo! Gente eu estava muito anciosa para postar esse, pois vi que muitos leitores estavam querendo saber como a Mônica e o Cebola terminaram e como eu não sou má e nem nada, eu tinha que mostrar pra vocês! E nesse cap vamos descobrir o por quê...
Boa leitura!
;)



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Naquele 29 de Maio, eu estava tão feliz. Nós estávamos felizes. As palavras que dissemos um ao outro que pareciam mais regras inquestionáveis , do que simples frases saídas de duas bocas.

" Agora eu quero que você me prometa, que nunca vai me deixar! Por nada!"

No momento em que eu lhe disse isso, não estava apenas pedindo. Estava implorando. Então ele me disse :

"Nunca! "

Nunca. Uma palavra forte que as pessoas têm medo de pronunciar e ao mesmo tempo precisam dela. Aquele que diz, "eu nunca vou dizer nunca " está errado. Está mentindo.

"Eu...às vezes fico pensando se...tudo isso é real!" - ele me disse- "Não sei! Foi tudo tão...tão doido! Tão irreal! Tão diferente! Eu...não sei! Sinto que qualquer hora você vai me abandonar!"

Quando ele me disse isso, foi como levar uma facada no peito. Eu abandoná- lo ? Por que eu faria isso ? Ele era tudo que eu tinha. Não era ? ... Eu disse então:

"Então não pense nisso! Porque nunca vai acontecer! Nunca!"

Novamente o nunca vem à tona. Para apenas fazer promessas, que não sabemos se vamos cumprir. No mesmo dia, depois que pegamos o avião, chegamos em L.A . Fiquei tão encantada com o lugar! Era vivo, era doido, era bonito, era igual nós dois. Meu sonho era conhecer Las Vegas, e conhecer com o homem que eu amava parecia perfeito. O Cê, sem eu saber, havia alugado um apartamento pra nós dois.

Ficamos lá por 1 ano e depois viemos para NY. Aqui, o Cê conseguiu um emprego como lojista em uma loja de roupas famosas por aqui, já que ele já tinha experiência como lojista. Depois ele virou gerente da loja e conseguimos um dinheirinho extra. É claro que não paramos de estudar, continuamos em uma faculdade aqui. Até nós formarmos. Eu quis ser veterinária, apesar de não ser lá essas coisas. Tínhamos empregos bons , onde morar, dinheiro e um ao outro. O que mais queríamos ? Mais amor. E o problema, foi esse...

_ Você não me pergunta mais como foi meu dia, como estou, se estou bem, se morri... -- eu comecei gritando--

_ Mas você só viajou por um mês! -- ele gritou de volta, mas se calou quando percebeu o que falou--

O olhei incrédula esperando que ele risse ou pedisse desculpas, falasse que foi só uma brincadeira pra me fazer sentir saudades. Mas o resultado foi outro. Ele não falou nada.

_ Você tem outra ? -- perguntei séria--

_ O quê ? Tá doida ? -- ele me perguntou surpreso --

_ É uma pergunta simples. Você sabe responder.

Ficamos um tempo em silêncio enquanto ele me olhava como se eu estivesse louca e eu com o olhar quebrado.

_ Sabe... A gente anda brigando muito ultimamente... -- ele disse se sentando no sofá e apoiando a cabeça nas mãos --

_ Eu concordo. Mas você não me respondeu a pergunta. Ele ficou um tempo em silêncio e resolveu falar.

_ É lógico que não. -- ele disse sério-- Mas parece que não nos amamos mais-- ele devolveu com frustração e raiva--

Ele foi sincero. Mas a sinceridade mata. Aquilo me fez encher os olhos de lágrimas e ficar sem reação. E o pior é que eu já sabia disso.

_ É bom saber que você é sincero em qualquer situação. -- eu disse sorrindo ironicamente -- Você tem razão... Acho que não podia ter sido mais claro-- desfiz o sorriso--

Não sei se aquelas palavras foram as que eu queria usar. A verdade é que eu não queria dizer : Eu não te amo mais. Porque seria mentira.

_ Olha... -- ele começou mas o interrompi--

_ Você está certo. -- eu ri sem humor-- Isso tudo foi uma besteira! Eu e você termos fugido de tudo para tentarmos viver nossas vidas! O que é isso ? Um filme de romance água com açúcar ? Não. Isso é a vida real. Por isso acho melhor acordarmos e encararmos o fato de que não nos suportamos mais.-- eu disse olhando para as minhas malas-- Eu estou indo embora.

_ O quê ? -- ele perguntou pulando do sofá -- _ Você tem ouvidos certo ? -- eu disse pegando minhas malas--

Eu havia acabado de chegar de uma viajem para Seattle. Uma nova oportunidade tinha surgido. E eu queria tê- la.

_ Não! Você vai embora ? -- ele me segurou pelo pulso--

_ Sim. -- respondi firme, porém tentando conter as lágrimas --

Ele parou um tempo e ficou pensando nas palavras que diria.

_ Se for... Não volte mais.

Aquelas típicas palavras que o mocinho fala para a mocinha não ir e ficar. Acontece que isso não é um conto de fadas. E eu não sou a mocinha. Não disse mais nada depois disso, apenas abri a porta e sai. Quando cheguei no asfalto da rua molhada pela chuva que caia, minhas lágrimas resolveram desabar. Eu me sentia acabada. A ficha não tinha caído ainda. Não. Eu não havia deixado o Cê . Isso era impossível. Foi aí que percebi que a minha promessa e a dele, eu mesma quebrei. O "nunca" , não existia... Duas semanas depois a Magali me ligou.

_ Alô ? Magá ? -- eu disse surpresa--

_ Tudo bem, o que aconteceu ? -- ela perguntou com raiva--

_ Como assim ? -- perguntei confusa--

_ Eu recebi um buquê de rosas com um cartão do Cê. E ele colocou um bilhete para eu te mandar, já que ele não sabia onde você poderia estar. O que aconteceu ?

Fiquei um tempo em silêncio sem nem respirar e tomei coragem para falar.

_ Acabou.

Depois fiquei mais dois anos em Seattle e depois retornei para NY, onde estou desde então. Continuei sobrevivendo sendo uma veterinária, mas decidi que não era o que eu gostava. Fui atrás de outro emprego, que inclusive pagava mais. Porém o tiro saiu pela culatra. O mesmo homem que amei e abandonei, estava na minha frente. Nesse exato momento. Esperando algo no olhar. Mas eu não tinha nada pra dar.

_ Hã... Qual o seu nome ? -- ele perguntou um tanto desconfiado, incerto--

Meu sangue gelou e eu não tinha certeza se devia falar ou ficar calada e sair de lá sem pronunciar nada. Mas eu faria mesma coisa que fiz a três anos atrás. E não quero repetir a dose.

_ Mônica Sousa.

As palavras saíram feito bala da minha boca, esperando que ele não entendesse. Mas sua surpresa foi grande.

_ Mônica ? -- ele perguntou--

Fiquei um tempo calada tentando me acostumar com sua nova fisionomia e voz.

_ Oi Cebola. -- eu disse tentando conter um sorriso por falar seu nome--

_ Vocês se conhecem ? -- Penha perguntou nojentamente como sempre--

_ S- sim. -- respondeu Cebola-- Hã...

Penha ajeitou o decote mais uma vez quando Cebola olhou, que ficou sem graça pela a atitude dela na minha frente. A palavra VADIA não podia deixar de aparecer na minha mente.

_ Mônica, podemos ir até o meu escritório para conversarmos ? -- ele disse arrumando o terno--

Não disse nada, apenas assenti. Assim que me levantei da cadeira, Penha lançou um olhar feroz em minha direção, é claro que ela ia escutar a conversa. Entramos em silêncio, cada um procurando não fazer um ruído . Ele encostou em sua mesa enquanto eu fiquei em pé de frente para ele.

_ O que está fazendo aqui ?


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Notas finais do capítulo

E aí ? Gostaram ?
Gente eu, particularmente, achei muito triste a separação deles! :(
E eu queria agradecer MUITO a todos os comentários! Eu amei de paixão cada um! Vou responder sempre que puder!
Próximo cap vai ser narrado pelo Cebola e acho que posto amanhã ou segunda! E próximo cap vou postar a trilha sonora do Cebola, já que eu selecionei duas musicas para a Mônica e duas para o Cebola. Na verdade é só para não perder o costume de colocar trilhas nas minhas fics! Kkkkkk! Mas eu acho que elas ajudam a gente a se comunicar mais com a personagem e eu espero que gostem pois mostra como ele se sente. E o quarto vai ser a Mônica! É isso! MANDEM REVIEWS!!
Beeeeeeeijoooosss!!



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