Esquecendo você escrita por Bibs Elric


Capítulo 4
Capítulo 4 - Portal


Notas iniciais do capítulo

Eu achei esse capítulo fofo pq Mystia e Magnus são mto sis x bro dhakjsdhak
Enjoy ;)



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Alec’s POV

Quando sai de casa, não me despedi. Sabia que Izzy entenderia, e tinha esperança de que os outros também. Alguma coisa estava errada há meses, e eu precisava saber o que era.

Sinceramente, não esperava uma resposta tão positiva de minha mãe. Mas, de algum modo, ela parecia ter outras intenções ao me deixar ir embora. Quais eram eu não sabia.

E havia a história de Magnus. Parecia algo muito distante, mas senti que Mystia não era Magnus Bane. Eu tinha a leve impressão de que o warlock tinha apenas ido viajar, e todos haviam se esquecido dele. Como se Magnus existisse e estivesse por perto, mas eu não podia vê-lo, ouvi-lo ou tê-lo comigo.

E era por isso que eu estava indo embora.

Não aguentava as dúvidas que me rondavam, muito menos as coisas que Izzy, Jace, Clary e até mesmo Simon contavam, tudo parecendo falso demais para que fosse verdade. Magnus existia e estava ali, e eu podia sentir.

Havia feito uma lista de lugares para visitar. Descartei o Peru por motivos óbvios e inclui todos que me lembravam de minha suposta “lua de mel”. China, Itália, Japão, Rússia, Alemanha... Todos os lugares que poderia visitar. Eu não esperava realmente encontrar Magnus Bane. Havia a probabilidade (talvez grande) de que Mystia fosse realmente o famoso warlock do Brooklyn, e eu estivesse viajando apenas para fugir de toda essa loucura.

Mas eu precisava ir. E o melhor lugar para começar era um portal. De preferência, um criado por uma warlock.

- Ah, oi Alec – falou Mystia, abrindo a porta. – O que foi?

- Vou viajar – comentei, entrando –, e preciso de um portal.

A warlock suspirou, meneando negativamente a cabeça, e então entrou na casa. Me levou até um pequeno quarto e se afastou. Então passou por uma cortina e me mandou parar.

- Você só entra aqui quando o portal estiver pronto.

E então se fechou dentro da cortina. Me sentei no chão e esperei.

- Mystia, você já acordou e pensou que tudo que viveu foi uma mentira?

Do outro lado da cortina, ouvi a warlock rir.

- Eu vivi séculos, Alexander. Às vezes me pergunto se não sou uma criança dormindo em um mundo onde nada disso existe.

Assenti calado, mesmo que ela não me visse.

- E nunca procurou descobrir se era real ou se era mentira?

Ela colocou a cabeça para fora da cortina.

- Se eu duvidasse do que acredito, jamais conseguiria viver. Agora me diga Alexander: você acredita no que?

Ela voltou para dentro da cortina, me deixando sozinho para pensar. Eu entendia o que Mystia estava falando, sabia que ela me entendia. E eu sabia no que acreditava.

- Pronto – disse ela, abrindo a cortina. Do outro lado, um portal estava no meio de um pequeno quarto com mesas e estantes, abrigando milhares de materiais. – Preparado para ir?

Olhei o portal, ansioso. Então assenti.

- Sim. Avise Izzy que vou começar na Itália. – Ela riu e assentiu.

- Claro. Mais alguma coisa?

Me posicionei ao lado do Portal. Ainda queria perguntar muitas coisas, mas só uma delas realmente me importava.

- Você é realmente Magnus Bane?

Ela me olhou com um sorriso malicioso.

- Hora de ir, Alexander.

E então, ela fechou as cortinas.

Magnus’ POV

- Incrível – comentei, quando senti uma leve movimentação e fui até o pequeno quarto de hóspedes de Mystia.

A warlock estava fechando novamente a cortina, como se fosse fazer muita diferença. Quando acabou, se sentou no chão, cansada, e encostei no batente da porta.

- Ótimo – comentei, fazendo-a levantar o rosto e me olhar. Ela deu um grande sorriso e se levantou, correndo me abraçar.

- Você voltou! – ela disse, meu ombro começando a se molhar. Eu ri.

- Na verdade, estou na cidade há duas semanas, mas isso é irrelevante – comentei. – E pare de chorar, minha blusa está começando a ficar molhada e não quero que manche.

Ela deu risada e me encarou.

- Como assim duas semanas?

Dei de ombros, apesar de notar um leve tom de mágoa em sua voz.

- Quis voltar. Não avisei para não dar alarde aos shadowhunters.

- E onde você ficou? – perguntou ela, sabendo que ainda haviam pessoas me procurando na antiga casa.

- Theresa Gray me abrigou. James Carstairs foi me informando sobre você.

Ela me olhou, os olhos semicerrados, e então riu.

- Pode dizer que estava se informando sobre Alec. Não me importo, sei que é verdade. Além do mais, se estivesse pensando em mim algum segundo da sua viagem, diria que está realmente enlouquecendo.

Suspirei, abraçando-a.

- Sim, eu estava atrás de Alexander. Mas fiquei cansado da doce monotonia e silêncio, senti sua falta.

- Você definitivamente está enlouquecendo – murmurou ela, rindo baixo.

- Enfim, fiquei sabendo que Alexander decidiu viajar e claro que ele precisa de um warlock, e como o único que eles contatam e não os cobram é “Magnus Bane”, no caso você, o que me traz diretamente até você.

- Sabia que você tinha algum interesse – disse ela, rindo.

- E por acaso, você faz ótimos portais. Não sabia que você fazia portais, já que nunca te vi fazendo um.

- Odeio fazer portais – reclamou ela, se sentando novamente -, são extremamente desgastantes.

- Não acho – comentei, fazendo ume pequena poltrona surgir -, provavelmente é a prática. Mas apesar de dizerem que a prática leva à perfeição, seus portais parecem simplesmente profissionais.

- Vai entender – disse ela. – Enfim, o que quer saber?

- Para onde Alexander foi?

- Ah, por favor – falou ela, revirando os olhos. – Por que ele me contaria?

Sorri malicioso e percebi a warlock nervosa.

- Porque sei que ele saiu de casa sem avisar. Sei que vai contar à Isabelle de algum modo, e não acho que ele vá mandar um cartão postal.

Coloquei um pequeno tom irônico, apenas para complementar a frase, e a warlock suspirou desistente.

- Itália. Ele disse que vai começar por lá. Não me pergunte para onde ele vai depois.

- Obrigada querida – falei, piscando. Mystia riu.

- Você é surpreendentemente previsível, Magnus – disse ela, balançando a cabeça em descrença -, os outros que não percebem isso.

Dei um sorriso triste e abaixei a cabeça.

- Já me disseram isso, querida – comentei, lembrando do momento. – E estou começando a acreditar.

Flashback On

Estava procurando algo para compensar Alexander pela calça roxa de glitter que dei a ele no natal, mas não conseguia encontrar. Eu normalmente o via de preto e não tinha certeza do que ele gostaria. Algo não muito chamativo – não depois da calça roxa.

Mas eu sabia o que dar.

***

Quando Alec chegou, eu o esperava na sala com uma caixa de presente e um sorriso no rosto.

- Oi – disse Alec, como sempre um pouco tímido.

Não o respondi e o abracei, selando nossos lábios e me afastando.

- Feliz aniversário.

- Obrigado – disse ele, escondendo o rosto em meu pescoço. Dei risada.

- Eu comprei um presente. Ou melhor, eu fiz um presente.

Ele deu risada, se afastando e me olhando. Me perdi em seus olhos, pequenos mares e céus se chocando.

- Vamos ver, então.

Entreguei a caixa e ele abriu. Dentro, encontrou uma camisa preta com dizeres em dourado: “Eu pertenço ao Alto Feiticeiro do Brooklyn”¹.

Ele alternou pequenos olhares entre mim e a blusa, e tratei de comentar logo algo.

- Eu não quis algo muito brilhante, mas o preto em si é muito sem graça, então eu...

Fui interrompido por seus lábios tocando os meus. Me surpreendi por um momento, logo intensificando o beijo. Quando se separou de mim, ele tinha um grande sorriso, apesar do rosto corado.

- Eu adorei.

Dei uma risada nervosa, aliviado por não ter exagerado, e o peguei no colo, lhe lançando um olhar malicioso.

- agora, que tal fazer algo um pouco mais divertido?

Alexander deu risada, me dando um rápido selinho.

- Você é tão previsível, Magnus Bane. O problema é que os outros não te conhecem o bastante para perceber isso.

Dei um pequeno sorriso de lado, levando-o para o meu quarto.

- Quer tirar a prova disso, Alexander?

Ele me olhou corado, mas riu e me segurou mais forte.

- Eu adoraria.

Entrei no quarto e fechei a porta.

Flashback Off

Eu teria meu shadowhunter de volta. Alec não poderia e nem iria desistir do que acreditava.

E eu também não.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? dhasjkhdkjas
xx Bibs