Esquecendo você escrita por Bibs Elric


Capítulo 12
Capítulo 11² - Desilusão


Notas iniciais do capítulo

Enfim, esse último capítulo real! Ficou MUITO confuso, e pode parecer meio escasso, mas eu JURO que vou explicar tudo no próximo capítulo ok?
Enjoy ;D



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Alec’s POV

O dia era, enfim, 31 de dezembro.

O dia do combate final com Sebastian.

O dia da verdade sobre Magnus Bane.

Hoje era, realmente, o dia das decisões.

– Alec? Se quiser acordar, eu agradeço.

Ouvi a voz de Jace vindo de trás da porta, com algumas batidas. Cansado por uma noite mal dormida por ansiedade, levantei da cama e troquei de roupa. A caixa de itens de Max ainda estava na mesa de cabeceira, me lembrando das divagações do dia anterior.

Ao chegar na sala de jantar, era possível ver que o clima não estava agradável, e a cena nem um pouco comum.

Estavam à mesa os Caçadores de Sombras – Izzy, minha mãe, Jace, Clary e Jocelyn -, Luke, Maia e Jordan representando os lobisomens, Mystia representando os feiticeiros e Simon com Raphael, representando os vampiros.

– Alec? – chamou minha mãe. Parei de divagar.

– Desculpa, me distraí – falei, me sentando entre ela e Jace. O café da manhã estava servido, mas quase ninguém se atreveu a comer. O nervosismo era grande e a pergunta era clara: o que aconteceria hoje?

Eu, Jace e Izzy nos entreolhamos, a dúvida transparente em nossos olhos: o que seria de nós? O que seria do Instituto? Depois, Jace olhou Clary e Izzy olhou Simon. Sabia que estavam pensando o mesmo que nós Só o que queríamos era sobreviver.

Apesar disso tudo, eu tinha uma duvida muito maior que, ao olhar para Mystia, sabia que isso a atormentava também: realmente havia um Magnus Bane? Se sim, onde ele estava?

Eu iria encontrá-lo. Ou não, afinal. Ainda assim, era algo que eu queria contar para a feiticeira, mas era praticamente impossível. Jace e Izzy não saíam de perto, e com todo o treinamento reforçado era difícil encontrar uma brecha. Achei que iria para o local marcado sozinho, mas com Mystia no Instituto seria mais fácil. Ao olhar para ela, sabia que ela havia entendido.

Ela também queria falar comigo.

– Vou treinar – comentei, levantando de meu lugar. Mystia fez o mesmo, mas antes de dizer qualquer coisa minha mãe a interrompeu.

– Mystia, precisamos conversar.

Eu a olhei, preocupado, mas ela meneou a cabeça. Então segui até a sala de armas sozinho, realmente com a intenção de treinar. Não muito tempo depois que cheguei, minha mãe apareceu na porta.

– Alec? – Chamou ela, avisando sua chegada. Deixei o arco e fui até ela.

– Diga?

– Estamos indo para Idris.

Entrei em pânico, ou quase isso. Precisava ver se Magnus aparecia. Ela notou a preocupação em meu olhar e fechou a porta atrás dela.

– Por que não quer ir? – Perguntou. Suspirei.

– Não disse que não quero ir.

– Mas demonstrou. O que aconteceu?

Respirei fundo. O máximo que poderia acontecer era ela proibir que eu fosse até a casa de Magnus – apesar de ser justamente esse o problema. Ignorei esse fato, lembrando que foi minha mãe que me apoiou e me ajudou durante toda minha relação e meus problemas com Magnus. Foi ela quem me defendeu e enfrentou meu pai por isso, e nada mais justo do que contar a ela.

– Alguém me mandou uma carta. Dizia que se eu quisesse descobrir a verdade sobre Magnus, deveria ir até a casa dele hoje. Antes de ir para Idris – respondi, vendo-a sorrir.

– Realmente está preocupado, não é? – Perguntou. Abaixei a cabeça, assentindo de leve. Ela sorriu, me abraçando.

– Tudo bem, pode ir. Pedirei à Mystia que fique para leva-los depois.

Olhei para cima, vendo seu rosto sereno, e seu olhar me acalmou. Ela poderia ser séria, poderia ter duvidado de Jace e poderia ter feito muita confusão, mas eu sabia que, em todos os casos, era apenas seu forte coração de mãe que falava mais alto. Abracei-a apertado.

– Obrigado.

Ela sorriu, retribuindo o abraço.

– Não se preocupe. Mas, por favor, não se decepcione no caso de Magnus não ser real. Não quero vê-lo deprimido e escondido em seu quarto como da última vez.

Assenti. Sabia que havia essa possibilidade. Ela então soltou o abraço e bateu palmas, sorrindo.

– Então vamos chamar Mystia.

***

Não contamos a Mystia o que iria acontecer. Apenas pedi para que ficasse no Instituto enquanto eu resolvia alguns assuntos inacabados. Depois de conversar com minha mãe, concluí que não precisava contar para a feiticeira aquilo.

Sai do Instituto com esperanças renovadas. Era a última chance.

Cheguei na casa do feiticeiro, observando o local. As luzes estavam apagadas, o local organizado. Com as mudanças visíveis, era possível perceber que alguém havia estado ali. Mas não podia simplesmente confirmar que havia sido Magnus.

Sentei no sofá, esperando. Olhava para a porta ansiosamente, esperando ver Magnus abri-la e atravessar a sala em minha direção. Esperava ver Mystia junto, dizendo que sabia de tudo, e então as coisas voltariam ao normal.

Mas não aconteceu. O que aconteceu foi um pequeno pedaço de papel voando em minha direção com quatro simples palavras:

“Magnus Bane nunca existiu”.

Simples assim.

Sem remetente, sem pistas. Apenas as quatro palavras que me confirmavam que todos aqueles em minha volta estavam certos. Senti lágrimas correrem pelo meu rosto, não consegui evitar. Não pude controlar. A decepção era grande demais. A verdade era como um tapa na cara.

Magnus Bane era apenas uma imaginação.

Magnus Bane era apenas um sonho.

E quando me levantei ainda chorando, tentando aceitar esse fato, só conseguia pensar em como seria dali para frente.

E fui em direção ao Instituto.

EPÍLOGO – ALGUNS ANOS DEPOIS

Narradora’s POV

Para alguns, a vida de Alexander Lightwood era perfeita. Uma bela esposa, um adorável filho, um pai e uma mãe decentes, uma irmã fiel e a “diretoria” do Instituto. Mas aquela encenação não enganava algumas pessoas.

Izabelle, Maryse e Jace Lightwood sabiam que isso era mentira. Clarissa e Simon também sabiam. E a feiticeira, agora distante, Mystia, também sabia. Alec estava vivendo atuando, e continuaria a viver assim, até o fim de sua vida.

– Ele nunca vai superar, não é? – perguntou Izzy para Jace, observando o irmão brincar com o filho. Jace suspirou.

– Não. Eu só queria saber por que Magnus não voltou – respondeu o loiro. – Quase contei ao Alec sobre o feiticeiro estar vivo, mas pensei melhor. Ele ficaria pior se soubesse que Magnus o abandonou.

Max, o filho de Alec nomeado em homenagem ao irmão do Lightwood mais velho, saiu correndo de perto do pai e foi atrás da tia, curioso ao ver a morena falando com Jace.

– Tia Izzy?

Chamou o garoto. Isabelle notou Max observando-a e sorriu.

– Diga Max.

– Vem brincar comigo e com o papai.

Izzy concordou, e ela e Jace foram atrás de Simon e Clary. O garoto voltou para perto de Alec. Nessa hora, um garoto conhecido apareceu na frente dos dois.

– Oi Max! – falou o garoto, sorrindo. Na hora, Max ficou tímido, abrindo um pequeno sorriso.

– Oi Nate – respondeu. Alec, notando a expressão do garoto, não conteve um fraco sorriso. Quando o outro foi embora, Alec não conteve a pergunta.

– De onde conhece ele? – perguntou. Max corou.

– Dylan me apresentou a ele. O filho do tio Jordan. Nate é um feiticeiro.

O sorriso de Alec aumentou. Nate era sua segunda chance. Nate era a chance de Max. Max era Alec agora.

– E você parece gostar bastante dele – provocou, vendo o mais novo corar absurdamente – Ok, desculpe. Só não perca essa chance.

Max, curioso, olhou para o pai sem entender.

– Que chance? – Alec riu, piscando para o mais novo.

– Nenhuma. Mas ele também parece gostar de você.

O garoto lhe estapeou, fazendo Alec rir mais alto e olhar para o céu, lembrando de um certo feiticeiro por quem ele próprio havia se apaixonado antigamente, uma memória criada para si mesmo. Izzy e Jace poderiam não comentar, mas Alec sabia que o feiticeiro havia realmente existido, e que o havia deixado. Mas sabia também que Magnus tivera motivos para isso, e só o que esperava era que o feiticeiro estivesse bem. Nunca o esqueceu e nunca deixou de amá-lo, mas seguiu em frente por ele.

Sabia que era isso que Magnus queria.


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Notas finais do capítulo

E então? Ficou muito ruim ou quebrou o coração de vocês como imaginavam? sahushaus



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