Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 25
Ficha.


Notas iniciais do capítulo

Voltei. Semanas de provas, aí já viu né? Quando terminar esse capítulo, eu vou correr pra o quarto, estudar pra Biologia e Física, cambada! Enfim, vamos de capítulo novinho em folha.



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POV: DRACO.

Astoria me obrigou á voltar ao Ministério na manhã seguinte, alegou que estava perfeitamente bem e que Thamyris ficaria com ela hoje, já que teria 2 dias de folga. Eu acreditei nela porque simplesmente decidi que não existem motivos para não fazê-lo, ela não se colocaria em perigo novamente.

Todos sabiam do que tinha acontecido com Astoria, o fato de eu ter passado esses 4 dias no hospital com ela quase me fez esquecer que existiam pessoas aqui fora. O Ministro foi na minha sala por volta das 11:00 AM.

– Eu soube do que aconteceu com sua esposa e sinto muito.- Ele disse enquanto eu conjurava dois copos e ia pegar um pouco de chá para ele no meu armário particular. Eu suspirei.

– Ela está bem melhor agora...- Entreguei o copo dele. Ele sorriu de leve.

– Eu até pude perdoar a sua falta ao trabalho.- Ele disse e eu fiz uma careta. Eu nunca voltei ao Ministério para avisar de minhas folgas repentinas.

– Pode apostar que vou cobrir tudo isso, pode pegar minhas próximas folgas. Eu vou trabalhar.- Eu disse e ele revirou os olhos.

– Não é necessário, suas faltas foram amplamente justificadas. Seria crueldade tirar esse direito de você, e por sinal: pode ficar mais tempo em casa, cuidando dela.

– Está tentando se livrar de mim, Ministro?- Perguntei, em tom de brincadeira. Ele sorriu para mim e balançou a cabeça.

– Longe disso! Acho que ninguém quer se livrar de você, não depois do que fez para nós no Quadribol. Não, não quero me livrar de você... Hermione Granger... Weasley. Weasley, me deixou á par de sua situação atual e eu achei que gostaria de ficar com a Sra. Malfoy.

– Granger se casou com o Weasley?- Perguntei com a sobrancelha erguida. Não era exatamente surpresa, era só que eu não imaginei que ela fosse casar tão cedo. Quantos anos ela tem? 22?

– Sim. Um dia depois do que aconteceu com sua esposa, eu me lembro de ter mencionado algo sobre você e ela me disse.- Ele disse.

– Como ela ficou sabendo?- Perguntei e ele deu de ombros.

– A Srta. Davis.

– Thamyris.- Eu revirei os olhos e sorri. Claro que seria ela.- Se vir a Weasley de novo, diga que eu mandei... Felicidades.

– Pode deixar. Bom, acho que isso é só... Estava preocupado com sua esposa e era só isso mesmo. Você tem algo novo para nos mostrar?- Perguntou, olhando toda a papelada que estava sobre a minha mesa e várias cartas e pergaminhos, sem falar nas penas novas. Sorri.

– Estou abrindo as correspondências e avisos que chegaram, parece que o nosso time está perto de ter um jogo... Mas eu ainda tenho que marcar e remarcar várias vezes. Vou me comunicar com Caleb para saber como anda o time.- Eu disse sorrindo. Depois da aposentadoria de Olívio Wood(jogador do time da Grifinória até o terceiro ano, que eu me lembre), Caleb ficou no lugar dele como o Capitão do nosso time. O Ministro sorriu, concordando com a cabeça.

– Me mantenha informado, eu adoro quadribol.- Ele disse, levantando-se e indo até a porta. Eu acenei antes que ele saísse de vez.

O dia foi cheio, eu tive de responder várias cartas e meus dedos doíam quando eu decidi que estava na hora de ir. Estava tudo acertado, arrumado e providenciado. A reunião com Caleb seria amanhã cedo e eu não estava muito preocupado em ser pontual. Já estava caindo de sono quando aparatei na areia fofa de casa... Eu podia deitar e dormir ali mesmo.

– Draco? Meu amor!- Astoria me viu da janela e gritou para mim. Ela correu até a porta e ergueu os braços me esperando para um abraço. Eu fui rápido e a abracei com força.

– Como foi seu dia? Thamyris foi embora á muito tempo?- Perguntei, abraçando a sua cintura e andando para dentro de casa. Ela tinha um sorriso enorme.

– Foi maravilhoso! Acordei na hora do almoço.- Ela sorriu travessa e eu revirei os olhos. Astoria me ajudou á tirar a roupa de cima enquanto falava.- Thamyris já estava aqui e tinha preparado meu almoço, acredita? Comemos lasanha, eu nem sabia que ela sabia cozinhar! Depois, ela e eu ficamos falando sobre um monte de coisa e fizemos as contabilidades da loja de Dafne. Ela veio aqui com mamãe e me ajudaram a fazer o seu jantar. Não faz muito tempo que elas foram embora.

– E o que vocês fizeram para mim?- Perguntei, começando á virar meu corpo para a cozinha, mas ela segurou meu braço com força. Astoria estava com uma mão na cintura e a outra mão exibia um dedo indicador apontado para mim, sua cara era a de uma mãe que está pronta á dar broncas ou ordem no filho.

– Nada disso, mocinho! Só depois do banho.- Eu revirei os olhos sorrindo e ela bufou, cruzando os braços.- Acha que eu estou brincando?

– Não, claro que não! Eu nunca seria capaz de subestimar sua moral, nunca!- Eu disse, me segurando para não morrer de rir.- Eu já estou indo para o banheiro, mas não posso ter uma prévia do meu jantar?- Ela negou com a cabeça. Eu suspirei.- Sério? Eu estou com muita, muita, muita fome.

– Então está fazendo o quê aqui? Devia estar providenciando o banho á muito tempo.- Ela disse e eu revirei os olhos, indo direto para o quarto de hóspedes onde eu estava desde que eu e Astoria brigamos. Provavelmente eu voltaria para o meu quarto, mas por enquanto estava aqui. Abri o closet para pegar as minhas roupas mas elas não estavam lá.

– Astoria, minhas roupas...

– Estão no nosso closet. Thamyris também me ajudou á levar tudo para nosso quarto de novo.- Ela sorriu para mim, estava na porta do quarto. Eu sorri e fui até o nosso quarto, minha roupa já estava pronta em cima da cama. A calça do pijama e a cueca.

– Sem camiseta?

– Você nunca dorme de camiseta, eu ainda me lembro como o meu marido e veste antes de dormir, okay?- Ela disse, cruzando os braços com um sorriso. Eu revirei os olhos. É claro que ela lembrava.

Não me preocupei com muita coisa, apenas tomei um banho rápido. Minha barriga roncava alto enquanto eu vestia a roupa, mas eu não estava ligando. Não estava fazendo frio hoje, o que é muito raro porque sempre faz frio aqui, a maresia e tudo mais ajudam muito.

– Eu não acredito que vocês fizeram Assado de Porco para mim!- Eu exclamei olhando para a mesa que estava graciosamente e luxuosamente arrumada. Ela sorriu abertamente.

– A sra. Malfoy me disse que você comia muito isso quando era mais novo, mas o seu pai começou á passar mal por causa das Sálvias e pararam de fazer. Eu achei que gostaria de lembrar um pouco, eu não sei se terá o mesmo gosto da comida de quando era mais novo, mas eu tentei.- Ela disse, e eu percebi que ela tinha tomado banho também. Estava com uma camisola bem comportada, provavelmente a mais comportada que ela tinha, e um robe rosa bebê. Eu revirei os olhos e balancei a cabeça, me sentando á mesa.

– Tenho certeza que está maravilhoso.- Eu arrumei os talheres nas minhas mãos e ela se sentou, sorrindo.

– Acho que ter ficado doente trouxe alguma coisa boa á mim.- Ela disse, servindo nossos pratos. Eu ergui uma sobrancelha. Ela estava falando do aborto?

– Está cozinhando melhor?- Perguntei, abrindo a garrafa de vinho francês que ela tinha preparado para a gente. Ela negou com a cabeça, fazendo uma careta para mim.

– Não, eu estava me referindo á você.

– Eu?- Perguntei, começando á comer. Eu sorri. Estava maravilhoso, muito melhor do que a comida que os elfos faziam lá na mansão. Ela sorriu para mim.

– Bom?

– Maravilhoso! Ainda acho que o bem que o aborto te fez foi á cozinha.- Eu disse, sorrindo. Ela revirou os olhos.

– Não, eu estava falando de você porque parece mil vezes mais carinhoso e legal comigo depois do que passou.- Ela disse, me fazendo assumir uma careta. Ela sorriu balançando a cabeça.

– Acho que eu desisti de ser chato com você, não adianta muita coisa, não é? Eu sempre perco nossas brigas. Sou sempre o culpado, certo?- Perguntei, bebendo do vinho maravilhoso. Ela sorriu.

– Certo... Hm... Draco?

– Sim?

– Thamyris me chamou para ir com ela no médico amanhã. Ela vai em um médico trouxa porque acha que é mais preciso... Eu sei que não gosta de trouxas, não faça essa careta.- Eu me recompus.- Eu só vou acompanhá-la.

– É pra ver as coisas do bebê?

– É, parece que ela já pode fazer um exame mais preciso, não me lembro o nome... Ela talvez possa saber o sexo do bebê. Acredita? Ela pode saber se é menino ou menina antes de nascer.

– Esses trouxas são muito loucos.- Eu disse, dando de ombros. Ela mordeu o lábio inferior.

– Eu posso ir?

– Você está me pedindo permissão?- Eu ergui uma sobrancelha e ela revirou os olhos.

– Eu não quero brigar.- Sorri para as suas palavras.

– Vai estar aqui antes do jantar? Não gosto de jantar sozinho. Pelo menos não depois que casamos.- Eu disse e ela sorriu, pegando a minha mão sobre a mesa.

– Eu amo você.

– Eu sei.- Ela gargalhou.

(...)

A reunião na manhã seguinte durou mais tempo do que eu esperava, o time precisava de um goleiro e ele me pediu para organizar os testes... Eu teria de viajar até Hogwarts e conversar com os jogadores dos times do 7ª ano. Era maio e as aulas estavam perto de acabar, eles teriam que fazer uma provas e tudo mais. Acredito que eles pensem que é fácil entrar para um time? Tem que fazer algumas provas também. Depois que saem dos times, os jogadores ainda tem uma chance no Ministério e essa primeira prova ajuda muito.

Tive que mandar uma carta para a Professora McGonnagall sobre o assunto, e sabe Deus quando vou ter a resposta! De qualquer jeito, ter ficado esses 4 dias no hospital me deu muito trabalho e essa noite eu não pude sair tão cedo.

Eram quase nove da noite quando eu desaparatei na areia. Astoria estava do lado de fora de casa, enrolada em um cobertor, olhando o horizonte. Quando eu pisei firme no chão, ela colocou a mão no peito e parecia aliviada. Eu revirei os olhos.

– Boa noite. Desculpa a demora, tive muito trabalho hoje.- Eu disse, beijando-a. Ela balançou a cabeça.

– Tudo bem, eu entendo. Já jantou?

– Tem algo para jantar lá dentro?- Perguntei, abrindo a porta. Ela fez uma careta.

– Não. Eu jantei fora também, estava me sentindo muito culpada sabe? Quando eu cheguei e tudo mais. Pensei que você já tivesse voltado e estivesse bravo por eu não estar aqui na hora do jantar.

– Está ficando paranoica, Asty.- Eu disse, balançando a cabeça. Ela sorriu nervosa.

– Provavelmente. O médico não disse algo sobre isso? Como um tipo de efeito colateral?- Ela perguntou e eu quase vi a esperança em seus olhos. Eu neguei com a cabeça, revirando os olhos.

– Não mesmo.- Ela sorriu nervosa de novo.- Aconteceu alguma coisa?- Perguntei, olhando em seus olhos pela primeira vez. Ela estava toda nervosa. Mordia o lábio o tempo todo e tremia os dedos.

– Não, nada.

– Astoria.- Eu cruzei os braços esperando que ela começasse á falar. Revirou os olhos e suspirou.

– Eu acho que... Não pire.

– Fala logo.- Eu disse, já pirando.

– Eu acho que eu estou grávida de novo.- Ela disse, sorrindo abertamente dessa vez. Eu arregalei os olhos e depois suspirei, triste. Me sentei no sofá, tentando pensar em como dizer isso á ela.

– Astoria, você perdeu nosso bebê. Não está grávida.

– Eu sei que perdi o meu bebê, não precisa ficar me lembrando isso. Mas eu tenho certeza, sabe? Quando Thamyris estava no hospital, ela sentia coisas que eu sinto todos os dias, eu tenho certeza de que estou grávida!- Ela disse sorrindo animada e feliz ao meu lado. Eu peguei as suas mãos nas minhas.

– Astoria, meu amor, me escuta...

– Não! Eu não quero escutar! Você não sabe como é! Você não vai conseguir acabar com a minha felicidade, Draco Malfoy! Eu estou grávida sim!- Ela disse, desesperadamente.

– Não, você não está.- Eu tentei deixar a minha voz o mais calma possível, mas eu estava começando á ficar nervoso. Que merda é essa? Porque ela acha que está grávida agora? Será que é o choque pelo aborto? Eu pensei que ela já tivesse passado por isso, ela passou por tudo tão bem... Bem demais.

– Não... Não estou?- Ela me olhou profundamente. Seus olhos negros estavam sem nexo de repente. Era choque.

– Você... Está se sentindo bem? Eu sinto muito. Eu juro que queria que fosse verdade, Deus sabe o quanto eu queria! Mas não é, não pode ser.

– Porque não?- Perguntou, soltando as minhas mãos para colocá-las na cabeça, desesperada.

– Porque não.- Eu disse, colocando a mão nas suas costas. Astoria estava chorando e eu estava me sentindo muito mal e agoniado. Ela escorregou do sofá e se sentou no chão com as pernas cruzadas, chorando. Eu suspirei, me sentando ao lado dela e abraçando seus ombros.

– E quando vai acontecer? Quando eu vou poder ficar grávida de novo? Quando, Draco?

– Eu não sei, meu amor, mas não precisa ter pressa... Nosso filho virá.

– Promete?- Eu fiz uma careta e ela me olhou.- Prometa.

– Não posso.- Ela soluçou quando eu respondi.- Não fique assim.

– Eu quero um filho também.- Eu suspirei. Sabia que era por causa do bebê de Thamyris, ela não devia ter ido afinal.

– Você vai ter, meu amor. Vai ter sim.- Eu disse, beijando o seu ombro. Ela balançou a cabeça. Balançou. Balançou. Balançou. Ela não parou de balançar a cabeça.- Astoria? Astoria está me ouvindo?

– A culpa é minha não é? Ele morreu por causa de mim. Eu sou uma assassina!

– Ninguém teve culpa, apenas aconteceu.- Eu disse, segurando seu rosto nas mãos, preocupado que ela começasse á ter um ataque de desespero de novo. Ela soluçou, e eu a abracei.

O que eu ia fazer agora? Eu não sabia explicar o que estava acontecendo, bem, sabia... mas eu não podia fazer nada, podia? Ela estava em choque e isso era tudo. Tudo que ela era no momento: choque. E o que eu era? Eu não conseguia raciocinar direito, os soluços dela estavam me deixando maluco.

– Astoria, presta atenção, olha pra mim.- Eu pedi e ela me escutou, olhando para mim atentamente.- Você perdeu um bebê e não a sua vida, você tem apenas 20 anos! 20 anos! Jovem o suficiente para ter uma manada de filhos se você quiser, no futuro... Só espere mais alguns meses, ou 1 ano, okay? Eu prometo á você que vamos fazer de tudo para que tenha um bebê dentro de si mais uma vez, ou talvez 5, quem sabe? Eu vou até médicos trouxas se você quiser, mas não me abandona! Não se entrega á isso... Essa melancolia, a culpa e a depressão. Tudo menos isso!- Eu pedi, com a garganta apertada. Astoria fungou, ela tinha parado de chorar.- Não quer estar em depressão quando nosso filho for gerado, não é?- Ela sorriu abertamente.

– Podemos... Tentar gerar ele agora?- Eu gargalhei.

– Você não parece nada depressiva.- Eu disse enquanto ela se sentava no meu colo, com as pernas cada uma ao redor da minha cintura. Ela sorriu, puxando o meu cabelo.

– Eu vou ser depressiva amanhã, hoje eu quero fazer...

– Amor.- Eu completei, fazendo uma careta. E ela riu.

– Fazer amor com o melhor marido do muindo. Eu amo você. Obrigada por estar sempre do meu lado e fazer de tudo para que eu fique bem, o tempo todo.

– Obrigado por ser incrivelmente gostosa e não me deixar resistir.- Eu disse, agarrando-a.

Aquela foi a primeira noite em que eu e Astoria transamos no sofá.

(...)


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Notas finais do capítulo

"Fazer amor", Darleyde :p



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