Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 14
Luxúria.


Notas iniciais do capítulo

OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! Um beijo e esse capítulo é pra você:



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POV: DRACO.

Me sentei na cama, com a cabeça doendo e tonto. Eu estava arrasado. Eu não queria fazer Astoria sofrer, mas eu não fiz de propósito. Eu nunca magoaria Astoria de propósito. Pensar que ela estava desabando em lágrimas no banheiro por culpa minha e eu não tinha como reverter isso, nada que eu dissesse a faria acreditar em mim. Que maravilha! A única pessoa com quem eu me importo acaba de começar á me odiar, e olha que nós casamos hoje. Esse casamento vai ser um fiasco. Vamos viver separados para sempre porque ela nunca vai confiar em mim de novo. Se rolar de nós termos um filho, vai ser por conveniência. Eu não quero um filho por conveniência, eu não quero que ela esteja ao meu lado por isso, eu quero que ela queira e goste de estar comigo. Por Deus, porque aquela garota apareceu no meu casamento?

– Você tem um bilhete no paletó, Draco, a Thamyris me disse que a Parkinson colocou lá.- Disse Astoria saindo do banheiro, com uma camisola curta porém muito culta, preta. Apesar de não ser nada sensual, em Astoria ficou sexy. Mas Astoria tinha um corpo incrível, que até agora eu não tinha visto, e isso estava me enlouquecendo. Ela segurava um creme para pele e começou á passá-lo nos braços, isso tudo sem me olhar. Eu fui até meu paletó numa poltrona e tirei o cartão do bolso. Era o endereço de um hotel trouxa onde Pansy esperava se encontrar comigo essa noite, depois que Astoria dormisse. Vamos lembrar os velhos tempos. Maluca. Não é porque Pansy foi a primeira garota com quem eu me deitei que eu quero repetir isso. Nunca mais. Ela pode ser gostosa mas não vale tudo isso. Suspirei e balancei a cabeça.

– Você quer que eu vá dormir em ouro quarto? Eu compreenderia.- Eu disse, jogando o bilhete na poltrona e colocando as mãos nos bolsos da calça pra olhar para ela que agora já passava creme nas pernas, apelativamente sensual. Ela deu de ombros.

– Uma hora vai ter que acontecer, não é? Querendo ou não, é isso que as pessoas esperam da gente, foi pra isso que nos casamos, não faz diferença. Eu só estou exausta demais hoje, amanhã, okay?- Ela disse, ainda sem me olhar. Eu bufei.

– Não quero saber o que as pessoas esperam da gente, eu não vou me deitar com você, Astoria.- Eu disse, irritado. Ela parou de passar o creme para me olhar com uma sobrancelha erguida. Seus olhos estavam vermelhos e inchados pelo choro.

– Ótimo.- Ela disse e voltou á passar o creme. Eu não queria brigar mas essa situação estava me dando nos nervos, eu sentia que podia matar Pansy se a visse na minha frente.

– Astoria, eu espero que você não se arrependa disso tudo depois.- Eu disse, suspirando. Ela deu uma gargalhada sarcástica e se virou para mim, fechando o pote de creme.

– Eu já me arrependi, Draco, á algumas horas atrás, sabe? Me arrependi de ter insistido em te conhecer mais para poder confiar em você. Me arrependi de ter te escolhido em meio á todos aqueles homens que podiam me fazer muito feliz, mas não, eu escolhi você. E me arrependo disso. Me arrependo de ter tentado ajudar você em suas crises existenciais e tudo mais. Me arrependo de ter dedicado noites da minha vida sonhando com você e com o nosso casamento, te desejando, te querendo, te amando. Eu me arrependo, Draco.- Ela disse e caiu ajoelhada no chão, chorando. Eu engoli em seco.

– Você me ama, Astoria?- Eu perguntei enquanto me aproximava de seu corpo que tremia. Ela soluçou mas não me respondeu.- Me ama de verdade?- Eu repetia suas frases na minha mente, ela me amava.- Você me ama e eu estraguei isso.- A verdade disso me fez desabar ao lado dela.

– Eu sinto muito por você, eu sinto muito por não conseguir confiar mais em você. Eu acredito que você não tenha tido culpa, Draco. O problema é que... Quantas outras vezes você não terá culpa? Se ela vier para você de novo, será capaz de resistir?-E la perguntou, limpando os olhos e olhando para mim.

– Eu não posso te prometer isso, e você não sabe o quanto me dói. Me perdoa por ser tão... Impulsivo e não ter pensado na hora o quanto isso ia te magoar. Eu vou dormir no outro quarto pra te dar privacidade. Tenha uma boa noite.- Eu disse mas ela segurou o meu braço antes de eu ir.

– Não, não me deixa dormir sozinha, por favor. É a minha noite de núpcias numa casa nova, numa cama nova, numa vida nova, não me deixa passar por isso sozinha.- Ela disse, fungando. Eu dei um meio sorriso.

– Claro. Eu vou tomar um banho e já volto pra você.- Eu disse, dando um beijo na testa dela. Eu entrei no banheiro, tomei um banho devagar e calmante. Eu não sabia o que tudo isso significava, o que seria de mim e Astoria depois de tudo isso, não sabia. Eu sabia que ela me amava e não sei a dimensão desse sentimento. Ninguém nunca me amou, exceto por minha mãe e eu realmente acredito que é um sentimento muito louco. Astoria me ama, ela me disse isso, talvez não tenha percebido que disse, mas eu ouvi.

– Você pretende ir?- Ela perguntou quando eu entrei no quarto secando o cabelo. Ela estava segurando o cartão de Pansy entre os dedos, mas não parecia estar triste ou chateada com isso, ela falava com naturalidade, mas eu bufei.

– Eu vou fingir que você não está perguntando isso.- Eu disse, enquanto entrava no closet me perguntando se eu deveria vestir alguma coisa. Eu não costumo dormir vestido, estou sempre de cueca ou só com a calça do pijama. Eu suspirei olhando as peças de roupa que Astoria comprou para nosso enxoval.

– Ah, desculpa. Eu prometo que vou tentar não falar sobre isso mais, tá bom? Acabamos de nos casar e eu não quero começar isso brigando com você.- Ela disse, sua voz saiu abafada porque eu estava dentro do closet.

– Você tem distúrbio de personalidade múltipla? Pensei que nunca mais quisesse me ver.- Eu disse, aparecendo na porta, ainda de roupão porque não consigo decidir o que vestir. Me sinto uma porcaria de uma mulherzinha na hora de sair. Eu ri interiormente. Astoria gargalhou.

– Acho que eu tenho isso mesmo. Vai ficar assim de roupão?- Ela perguntou, jogando o cartão de lado e apontando para mim. Eu suspirei.

– Ia haver algum problema se eu dormir de cueca? É que eu não durmo de pijama desde... Desde criança.- Eu disse, passando a mão nos cabelos úmidos. Astoria deu de ombros.

– Não, eu estava mesmo louca pra ver como é o seu corpo.- Ela disse, dando de ombros e sorrindo depois.- Além disso, você é meu marido, te ver de cueca é o mínimo.- Ela disse. Eu sorri para ela. Astoria estava de volta, mas seu rosto ainda era triste. Ao menos ela estava tentando. Voltei para o closet e vesti a primeira cueca que eu vi.

– Vamos dormir?- Eu perguntei, saindo do closet e desligando as luzes. Mas a luz da lua ainda entrava pela enorme janela do quarto, estava tudo iluminado. Eu me deitei ao lado de Astoria mas ela estava sorrindo e olhando para mim.- Que foi?

– Você é gostoso, Draco Malfoy.- Ela disse, passando a mão na minha barriga. Eu revirei os olhos e ela gargalhou.- Boa noite, querido. Espero que os nossos dias de casados sejam menos conturbados que esse.

– Eu também, eu também.- Eu disse, abraçando ela quando se deitou em meu peito. Mas eu não dormi. Eu fiquei olhando para o teto, para ela, sentindo a sua respiração dela no meu peito. Eu sorri um pouco enquanto passava a mão no cabelo dela. Eu não estou acreditando, eu só posso estar ficando maluco, me apaixonei por Astoria.

(...)

Acordei porque senti cócegas. Astoria gargalhava quando eu me sentei na cama sonolento.

– A casa está incendiando? Espero que você tenha um bom motivo pra me acordar quando eu posso dormir o dia todo.- Eu disse, cruzando os braços.

– Não pode dormir o dia todo, não! Nós temos muito o que fazer, moço.- Ela disse, passando a pluma na minha barriga de novo. Eu revirei os olhos.

– Como o quê?

– Andar por aí, eu não conheço as outras áreas da ilha.- Ela disse, se levantando e indo para uma mesa que tinha colocado no nosso quarto. Era a mesa do nosso café da manhã. Eu sorri e me levantei para sentar com ela na mesa.

– É só areia e água... E mato.- Eu disse, dando de ombros e comendo. Ela revirou os olhos.

– Muito o que explorar.

– Você parece criança.- Eu disse, revirando os olhos. Ela deu de ombros.

– Você não vai querer me deixar ir lá sozinbha, vai? Sua esposa sozinha por aí... Eu posso me perder!- Ela disse, colocando a mão no peito e fazendo drama. Eu sorri. Estava tudo bem com ela, ela não parecia querer chorar de novo, ou me abandonar.

– Nunca.- Eu disse. Ela sorriu e nós continuamos o nosso café da manhã calmamente.- Mas eu ainda tenho que resolver umas coisas da ilha.

– Ah, mas hoje não! Sem trabalhos ou preocupações por hoje, hoje seremos só eu, você, a nossa amizade e essa ilha linda!- Ela disse, abrindo os braços e sorrindo.

– Mas você não vá lá fora com essa roupinha, vai?- Perguntei olhando para aquele corpo e de fato esquecendo qualquer trabalho ou problema. Astoria bateu no meu braço, rindo um pouco.

– Hey, pare de olhar para as minhas pernas, eu sou uma moça direita, de família.- Ela disse, balançando a cabeça. Eu sorri e dei de ombros.

– Ainda bem que eu sou o seu marido, não é?- Eu disse. Ela concordou com a cabeça.

– Além disso, não tem ninguém lá fora, tem? Se você quiser, pode ficar de cueca mesmo, não tenho problema.- Ela disse, balançando a cabeça. Eu arregalei os olhos.

– Safada.- Eu disse, balançando a cabeça. Ela mostrou a língua.

– E você bem que gosta.

– E eu bem que amo.- Eu disse, e voltei a comer. Só percebi o que tinha dito segundos depois quando ela ficou quieta e extremamente vermelha.

– O que você disse?

– Que você era safada.- Eu disse, engolindo em seco. Ela olhou para mim, séria.

– Depois.- Ela disse, ainda muito, muito séria. Eu suspirei.

– Não me faça repetir, já foi difícil falar a primeira vez. Por favor.- Eu disse, me levantando e limpando a boca e indo para o banheiro.

– Eu preciso ouvir, Draco, pra ter certeza que eu não sou a única nessa relação. Quando você descobriu isso?

– Ontem.- Eu respondi, enquanto colocava creme dental na escova de dentes. Ela se levantou da mesa e ficou com o corpo escorado na soleira da porta, olhando para mim. Eu podia vê-la pelo reflexo do espelho.

– Descobriu isso, você sente isso, ou você acha isso só porque me viu daquele jeito? Só acha isso porque me viu declarar pra você. Olha, eu não...

– Não me diga que você não fez aquilo de propósito, que foi sem querer, porque eu gostei de ouvir. Mas eu admito: eu amo você. Mas não sei se é o tipo de amor que você espera que eu sinta.- Eu disse, me virando para ela.- Mas não vamos brigar, por favor.

– Eu não quero brigar, eu gosto de ficar de boa com você. Vamos sair, transparecer!- Ela disse, abraçando o meu braço e me puxando.

– Mas eu estou de cueca.- Eu disse, olhando para o meu corpo. Ela deu um sorriso safado.

– Você está... E aliás, bom dia.- Ela disse, e se aproximou. Abraçou meu pescoço e me deu um beijo. Mas não foi nenhum dos beijos que ela já me deu desde que nos conhecemos, era cheio de luxúria, de amor, de desejo, de... Sensualidade. Eu já me imaginava arrancando aquela camisola dela, e então, ela se afastou.- Vou trocar de roupa.- Ela disse, ofegante e entrou no closet. Eu passei a mão no cabelo e respirei fundo.- E ah... Pode voltar para o banheiro e tomar um banho frio.- Ela disse de lá de dentro. Olhei para a minha cintura e gargalhei.

– Bom dia pra você também!

(...)


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