Após algumas horas de viagem cansativa, Katherine e Rebekah conseguem chegar a New Orleans. Porém, ao chegar ao French Quarter, perceberam que havia algo errado.

O bairro estava abandonado, e as poucas almas que andavam por ali, não pareciam felizes. Rebekah tentou conseguir algumas informações sem sucesso. Ninguém tinha notícias dos seus irmãos, e muito menos de Marcel. Era como se tudo tivesse sido apagado.

As duas se preocuparam e decidiram ir para casa, ver se encontravam pistas que pudessem levar ao paradeiro dos três. O lugar foi tomado por vagabundos, que dificultaram a entrada delas. Rebekah furiosa, acabou se alimentando de alguns, e se livrando de outros por hipnose. Não sem antes fazer com que limpassem toda a sujeira.

Enquanto isso, Katherine encontrou uma pista que ligava o sumiço às bruxas que estavam procurando Klaus. As duas decidiram percorrer toda a cidade, em busca de informações que pudessem ajudar.

Após horas procurando, exaustas, decidiram voltar e descansar. Continuariam tentando no dia seguinte.

Passaram semanas sem sucesso, ninguém sabia de nada, ou se sabiam, estavam escondendo muito bem. Não avistavam bruxas, vampiros, nada. Nenhuma criatura sobrenatural, além delas, na cidade. Começaram a ficar desesperançosas e assustadas.

Rebekah decidiu mandar Katherine de volta, achando que sozinha, talvez tivesse mais sucesso afinal, ter que cuidar da cura, a deixava distraída. Mas, Katherine não queria voltar, Adrienne tinha contado suas desconfianças e ela achava que, humana, seria um alvo fácil.

Rebekah foi persuasiva, mas, Katherine conseguiu convencê-la que, sozinha, seria ainda mais difícil do que estava. E, que se dividindo teriam um alcance melhor. Embora Rebekah não quisesse admitir, ficar sozinha não era a melhor opção, mesmo sendo Katherine a companhia, ao menos era a cópia mais divertida.

Continuaram a busca incessante, até descobrirem uma bruxa, no bairro vizinho, que poderia ter informações. Foram atrás, afinal, qualquer coisa era melhor do que a falta de notícias e sinal que estava naquele lugar.

* * *

Adrienne explicava pra Caroline, lembrando sobre o que Jô havia sentido na noite em que Bonnie voltou. Como se alguém a tentasse empurrar. Sua teoria era que este espírito, força ou o que fosse, era forte o bastante pra atravessar sem ser chamado, e poderia sim, usar o ciúme de Elena pra se fortalecer.

Caroline lembrou que, no início, Elena estava incomodada com a mudança de Stefan pra casinha branca, e reclamou bastante da suposta influência de Adrienne em cima dele. Caroline estava estarrecida com a possibilidade.

— Mas, ela se entendeu com o Damon, eles têm ficado juntos e passaram o verão curtindo. Como pode isso, será... Não, nem quero imaginar o que ele faria se isso fosse verdade! - ela pensou alto.

— Sim, ele vai ficar furioso, mas, é só uma hipótese, Care, não tenho certeza. Nem sei de fato se isso é possível. Encontrei essa outra parte aqui, num dos grimórios da Emily, que achamos, onde falava do Silas. Imaginei que, talvez, ela soubesse de algo e olha o que achei.

“A Bruxa traída tentou algumas formas de manter sua imortalidade, adiando ao máximo sua morte. Criou Talismãs, colocando um pouco de poder em cada um para que mantivessem sua alma intocada. Com o tempo, alguns desses foram descobertos pelos treze e sendo destruídos, e assim ela foi perdendo sua força, até sucumbir pelo tempo. Porém, nunca foi sabido quantos amuletos haviam de fato e se existia algum que a mantivessem poderosa e viva no outro lado que ela mesma criou”

Caroline levou a mão à boca, tentando disfarçar o medo e espanto. Tremia com a possibilidade de Elena estar, novamente, sendo o alvo de um louco, como foi de Katherine, Klaus e tudo de ruim que acontece. Será que a amiga nunca teria paz? Tentavam assimilar todas as informações e pensamentos quando o telefone de Adrienne tocou.

— Oi, docinho. Tudo bem por aí? - Adrienne atendia contente a ligação de Katherine mesmo estranhando que ela estava ligando de um telefone público. - Como é? Onde? Como isso? Espera, calma! Olha em volta!

* * *

Katherine acordou atordoada. Sentiu o corpo dolorido e percebeu que estava deitada no chão, no meio do nada. Se apavorou. Tentou lembrar do que havia acontecido e a única imagem que vinha na mente era dela conversando com Rebekah dizendo que iam atrás da tal bruxa.

Olhou em volta, procurando a original, e não achou. Se levantou apavorada, tentando entender onde estava. Notou uma cripta, alguns nomes em lápides, sepulturas. Era um cemitério, tinha sido largada lá, com certeza. Andou um pouco pra se situar e percebeu que ainda estava em Nova Orleans. Procurou a saída e seguiu pela estrada, buscando um posto de gasolina onde pudesse pedir socorro.

Adrienne ouvia o relato, angustiada. Estavam tão distantes uma da outra e não podia ajudar mais. Pediu que Katherine olhasse em volta pra ver se lembrava de algo, e ela percebeu que estava no meio da cidade. Saiu pela lateral do cemitério e não percebeu que ficava dentro do French Quarter, mesmo. Estava mais próxima da casa de Klaus do que onde havia ido com Rebekah.

Adrienne sugeriu que não voltasse, poderia ser muito perigoso. Pesquisou rapidamente hotéis próximos e mandou Katherine direto. Fez a reserva pela internet, e já estava reservando passagens para resolver tudo.

— Mas, você vai sair daqui agora, depois dessa notícia bombástica? - Caroline disse preocupada.

— Me desculpe, Caroline, mas, isso tudo é muito estranho. Katherine sem memória, Klaus e Rebekah desaparecidos, e nenhum sinal de Elijah. Isso vai ter que esperar porque eu preciso ir até lá e tentar descobrir o que está acontecendo!

— Bom... acho que uns dias a mais ou a menos não vão fazer diferença por aqui. Enquanto isso, posso tentar descobrir mais alguma coisa, talvez, até, testar Elena.

— Isso, excelente ideia! Eduardo, aquele amigo do Danny, sabe?! Ele está me ajudando nas pesquisas, acho que ele pode te ajudar um pouco com isso, mas, não contei pra ele que somos vampiros, tá?! Ele só sabe que tem algo errado, que pode ser um caso de possessão, mais nada!

— Ah, ótimo! Não contarei nada além disso. Mas... Você vai falar com Stefan antes de ir, não é?

Após um suspiro profundo, Adrienne respondeu que tinha dúvidas se ele queria falar com ele após o acontecido na sala de aula.

— Ele não pareceu muito amigável e eu nem faço ideia do motivo. Eu estava parada, querendo contar pra ele sobre isso, ele passou por mim, tão estranho. Elena vinha atrás sorrindo, e achei isso bem suspeito, inclusive.

Enquanto conversavam, Elena e Bonnie entraram no quarto e questionaram o que era a bagunça de livros e porque as duas estavam com cara de enterro. 

— O que é suspeito? - Elena perguntou, curiosa.

Adrienne contou sobre o telefonema de Katherine e disse que os livros eram pra saber algo sobre quem poderia ter sequestrado Klaus e a falsa Elena acreditou. Nem desconfiava que Adrienne pudesse estar atenta às mudanças de sua hospedeira, afinal, de todos, era a que menos conhecia Elena.

— Bem, vou entregar esses livros, já que não encontrei nada neles. - disse, disfarçando enquanto juntava tudo evitando que tivessem alguma curiosidade extra.