Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 69
It Ain't Over




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Assim que Adrienne entrou no banheiro as duas, que estavam em cólicas aguardando, foram pra cima, sem nem mesmo deixar ela respirar.

— E aí, como foi? Não é perfeito? - Katherine perguntava.

— Então, vocês vão se entender agora? Diz que sim! - Caroline, empolgava-se.

— Hey, vocês duas podem se acalmar um pouco. Obrigada! - Adrienne jogou um pouco de água no rosto, fingindo calma, e secou com cuidado pra não borrar a make. Olhou pra elas, abriu um sorriso e respondeu, empolgada. - Sim, foi perfeito! E, bom, não sei o que vai ser agora. Não sei o que fazer. - respondeu um pouco receosa.

— Como assim, você não vai ficar com ele? - Caroline empoleirou.

— Eu não sei, Caroline, se ele quer ficar comigo.

— Mas é claro que ele quer, há meses ele só quer isso! Desde que te conhece, só fala de você, e de como você é especial, e como ajuda ele, e, como é linda, e isso, e aquilo. Chega a ser chato.

— Ora, Docinho, claro que ele quer, Stefan não ia tomar nenhuma atitude se não tivesse certeza do que sente. Magoar alguém é a última coisa que ele faria.

Caroline concordou. As três ainda ficaram um tempo conversando, ouvindo Adrienne contar os detalhes que elas perderam. De como ele tirou ela pra dançar no susto, da música cantada ao pé do ouvido, da confissão...

— Ele falou isso? Mentiiiira?!?! - Caroline ficou orgulhosa do amigo.

— Aham... Achei tão fofo! Não resisti. - Adrienne respondeu, juntando as mãos nas bochechas e sorrindo.

— Mas, tá, e agora, vocês tão namorando? - Caroline não se aguentava.

— É claro que sim! Vivem juntos, só faltava isso mesmo pra finalizar. - Katherine se adiantou.

— Ah, gente, calma, não é assim também, né... Outro dia ele estava sofrendo pela escolha do amor da vida dele - deu uma ênfase debochada na frase -  não acho que as coisas sejam assim tão simples.

— Bom, eu acho que quem tá complicando é você!

— Katherine! - Adrienne retrucou inconformada.

— Eu acho, tá cheia de justificativas o tempo todo. Parece que não sabe curtir a vida. Fala tanto de se divertir, mas, chega na hora você corre, sempre assim. Se joga dessa vez! Se der errado, pelo menos vocês vão se divertir juntos. Já fazem isso o tempo todo. Além do mais... Acho que um pouco de sexo vampírico não faz mal a ninguém, principalmente sendo com Stefan.

— Você é impossível, garota!

— Só falo verdades! E, após tantos anos, ele só deve ter melhorado! - Katherine finalizou com uma expressão maliciosa.

Caroline caiu na gargalhada com a sinceridade dela, não podia negar que apesar de tudo, ela sempre falou o que pensava. Adrienne não ficou muito à vontade com a observação, mas, riu também.

— Hey, vamos, ele deve estar estranhando a demora!

— Ai, meu Deus, larguei o Klaus sozinho também! - Caroline lembrou e saiu na frente.

Klaus e Stefan permaneciam sentados, conversando. Após o estranhamento inicial, ele contava o que estava acontecendo na sua cidade preferida. Adrienne saiu e ficou apreensiva, mas, os dois estavam bem, rindo até.

As meninas voltaram pra mesa, Adrienne se aproximou devagar, Caroline veio mais rápido, se desculpando por ter largado Klaus sem explicação e Katherine voltou pra cabine, onde largou Cadu sem entender nada. A pista já estava bem mais vazia, a maioria das pessoas já tinha ido, e até o movimento do bar estava parado.

Os dois se levantaram abrindo espaço pra elas sentarem. O espaço era em meia lua, com uma mesa central e estofado em volta. Assim como as mesas do primeiro andar, mas, com divisões mais baixas do que as debaixo, que foram feitas pra pequenos grupos.

Caroline sentou-se ao lado de Klaus, Adrienne olhou pra Stefan em dúvida, e ele fez um gesto com a mão e sorriu, pra que ela sentasse também. Chegou na borda da grade de segurança, e pediu que um dos rapazes levasse bebidas e copos pra eles e sentou-se em seguida, pra terminar de ouvir as histórias de Klaus e sua nova morada.

Ficaram assim, bebendo e conversando, os quatro, ainda um bom tempo. Stefan lembrou-se do tempo em que esteve lá com Damon. Contou algumas coisas que passou, quando teve que trabalhar num circo pra salvar o irmão que tinha sido capturado pra ser exposto como atração do lugar.

— Nossos irmãos sempre nos dando trabalho! Vocês duas têm sorte de terem sido filhas únicas! - Klaus falou, debochando, e não se deu conta que Adrienne adotou Katherine como irmã após a fuga dela. Mas, ela ficou quieta. Stefan olhou e percebeu o incomodo.

— Às vezes, os que escolhemos também dão, mas, a vantagem é não passar a eternidade sozinho. - Stefan completou.

— Eu queria ter tido irmãos. Ser filha única é muito chato. Mas, claro, acho que não ia querer ter uma irmã como a Rebekah, ou o Damon. Passar a eternidade com eles deve ser, realmente, um martírio. O Elijah, sim, é um irmão bom! - Caroline findou o peso da conversa e todos riram.

Logo em seguida, Daniel se aproximou avisando que ia levar a namorada em casa, e ficaria por lá.

— Boneca, Alex me perguntou se eu podia fechar o Club, mas, você se importa de fechar hoje? Ela já foi com o cara lá...

Adrienne imediatamente o corrigiu, não gostava quando ele diminuía os rapazes que Alex conhecia. - Dan, o nome dele é Chuck. - e ele continuou.

— Sim, o Chuck, ela foi embora com o Chuck – ele frisou o nome – e, bom, já está tarde, mas, não quero colocar vocês pra fora. Se importa?

— Não, claro que não. Pode ir, eu fecho.

As luzes se acenderam, os funcionários foram fechando as portas, já não havia mais ninguém além deles, Adrienne se levantou pra bater o caixa com as meninas. Katherine e Cadu se juntaram ao grupo. Os rapazes do bar limparam tudo e foram dispensados. A equipe de segurança também, exceto o chefe que sempre saía no final, fechando a última porta. Adrienne foi pro escritório guardar tudo no cofre, e voltou em seguida.

— Então, gente, preciso liberar os funcionários, vocês querem ficar mais um pouco?

— Que tal se fôssemos pra outro lugar? - Katherine se empolgou. Estava trancafiada em casa a maior parte do tempo, queria aproveitar o tempo que podia.

A ideia teve adesão. O DJ desligou o som, que estava baixinho, apagou as luzes, e desceu. Stefan pegou algumas garrafas de bebida do bar, com o aval de Adrienne. O chefe de segurança, que se chamava Victor e era tão imponente quanto o próprio nome, terminou de apagar as luzes, conferiu banheiros e espaços mais fechados.

— Tudo limpo por aqui, podemos ir.

Fecharam as portas, se despediram dos funcionários que ainda restavam, e seguiram pro estacionamento subterrâneo, pela porta dos fundos.

— E, agora, vamos pra onde?


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