Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 52
Free like you make me




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Stefan fechou o diário e ficou pensativo sobre o que tinha escrito. Ainda tentava entender o que estava acontecendo. E mesmo quando escrevia não conseguia. Sabia que Adrienne tinha um efeito positivo sobre ele, e no momento, era isso que importava.

Estava cansado, mas, era cedo pra dormir. Pensou em ler um livro, mas, não tinha levado nenhum. Deixou todos na estante do quarto na mansão. Decidiu ver o que passava na TV e desceu.

Adrienne zapeava o controle procurando algo pra ver. Era verão, mas, ela vestia um moletom largo que parecia confortável, e meias coloridas. E olhava distraída pra TV enquanto passava os canais. Stefan chegou mansinho, por trás do sofá e sentou ao lado.

— Ai, que susto, Stefan! Cruzes! Chega sorrateiro, parece até um vampiro!

Os dois caíram na gargalhada! Ela sempre fazia esse tipo de piada, e era impossível não achar graça. Saía tão natural que ele até esquecia que era mesmo.

— Então, tô cumprindo minha função direitinho. O que você tá vendo aí?

— Ah, nada de bom… parece que sábado dão folga pra galera que monta a programação. Não tem nada de interessante passando.

— Hum… quer dar uma volta? Tá meio quente pra dormir cedo.

— Sério? Olha como eu tô largada. Pareço uma mendiga. – ela responde e sorri. E, de novo, Stefan vê o dia naquela sala.

— Sério. De repente a gente assiste a um filme no cinema. Sabe o que tá passando?

— Hum… é uma, faz tempo que não vou ao cinema. Me dá um minuto pra me arrumar?

— Certo, tô contando. Corre!

Adrienne subiu correndo, mas, antes de se arrumar passou no quarto de Alex pra perguntar se queria ir também, mas, ela já estava dormindo. Então, foi perguntar ao outro amigo.

— hey, Stefan quer ir ao cinema, vamos?

— Ah, baby, vou não. Estava pensando em ir no Club pra ver como está, faz 5 dias que a gente não aparece. Tô até com medo. Mas, tô tomando coragem pra levantar. – ele respondeu dando uma risada.

— Ah, relaxa, se tivesse algum problema já tinham ligado.

— Hum. Tem razão! Mas vão vocês, depois me conta o filme!

— Tá bem. Boa noite. – ela se despediu fechando a porta e mandando beijos com a mão.

— Ai, caramba, Stefan! De novo! Tem vergonha não de ficar assustando as pessoas assim?

— Você disse um minuto, já passaram 5! Anda!

Ela resmungou alguma coisa que ele não entendeu e foi pro quarto se trocar. Voltou em seguida, mal deu tempo dele suspirar. Usou sua velocidade de vampira pra trocar de roupa. E, mesmo assim, saiu impecável. Vestia uma saia jeans com uma camiseta mais larguinha, preta, de renda. Usava uma sapatilha vermelha que parecia confortável, e estava sem bolsa. Soltou o cabelo, e estava com um par de brincos enormes. E umas pulseiras que faziam um barulhinho engraçado.

— Pronto! Vamos! Ah, não, péra, nós vamos de moto?

— Era a ideia, mas, você tá de saia, melhor não, né?!

— Não, calma, vou trocar!

Entrou de novo no quarto e trocou a saia por um short, também jeans, porém bem mais curto e que mostrava bem suas coxas. Stefan ficou desconcertado ao reparar. “ela corre, era óbvio que teria pernas assim, seu idiota” ele disse pra si mesmo. “pare de olhar”. Mas não conseguiu, desceu atrás observando as pernas torneadas dela, e todos os detalhes da produção.

Enquanto descia, ela fez um movimento pra prender o cabelo. Já que iam de moto, pra colocar o capacete. Deixando a pequena tatuagem de caranguejo à mostra. Uns pelinhos fugiam do coque, contornando a nuca. Stefan sentiu os caninos latejarem.

Ele tentou se concentrar no barulho que as pulseiras faziam quando ela se mexia, e parou de pensar. Subiram na moto. Adrienne se posicionou como sempre. E, novamente, ele sentiu os caninos coçarem como no dia que se conheceram. Deu partida e saíram.

Chegando nas salas de cinema, não viram nenhum filme interessante passando. Só havia comédias adolescentes e um filme de vampiros, também adolescentes.

— Sei lá, mas essa história de vampiro adolescente me parece tão irreal. O que você acha? – Ela olhava pra ele e ria do próprio deboche.

— Acho que não faz sentido, eles brilham no sol. Onde já se viu isso?

Ela deu uma gargalhada alta, jogando a cabeça pra trás. Stefan adorava quando ela sorria assim. Tão espontânea, solta. Livre. Ele se sentia livre da mesma forma.

— E então, o que fazemos agora?

— Sei lá. – Stefan olhou em volta. Era uma cidade de universitários, e por isso não tinha muito entretenimento nas férias. – Quer tomar sorvete? – perguntou quando avistou uma sorveteria aberta.

Foram pra sorveteria e pediram. Creme pra ela, chocolate ao rum, pra ele. Sentaram num banco de praça próximo e ficaram conversando sobre sorvetes, sabores preferidos, falaram da confusão que foram os últimos dias, o medo que sentiram de não dar certo. Falaram novamente sobre o filme em cartaz e ela ria das piadas dele.

Ela ria tanto que chegou a engasgar. E quanto mais ela ria, mais ele se sentia a vontade de fazer mais piadas e gracinhas. Ele gostava do som da risada dela, e fazia tempo que ele mesmo não sorria tanto assim. E continuavam conversando e rindo de si mesmos, até não ter mais ninguém em volta.

As barraquinhas de pipoca em frente ao cinema já tinham sumido. O próprio cinema já apagava suas luzes. A sorveteria estava fechada, e só haviam casais saindo da sessão e indo pras suas casas. Perceberam que já era bem tarde. Nem tinham visto o tempo passar.

— Vamos embora? – ele perguntou querendo que a resposta fosse negativa. Mas, ela se levantou concordando.

Stefan se divertia tanto aquela noite, que queria que ela não acabasse. Adrienne se recuperava das risadas, tentando respirar. Ajeitou o cabelo pra colocar o capacete. Stefan subiu na moto, ela subiu em seguida. E foram pra casa.

Ele pensava na risada dela, nas besteiras que falaram. Conversa leve, sem problemas. Sentia o vento no rosto e se sentia leve. Como se pudesse voar.

— Stefan… Sabe o que lembrei agora?

— Hum?

— Aquele dia que fui buscar você e o Danny na cachoeira. Era uma noite estrelada igual a essa.

Stefan aproveitou. Não queria que a noite acabasse. Queria prolongar. Passou direto pela entrada da casa e se dirigiu à Mystic Falls.

— Hey, pra onde você tá indo? - ela questionou quando percebeu que ele passou da entrada.

— Pra cachoeira. Vamos ver as estrelas!


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