Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 50
Holding On and Letting Go




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Estava tudo certo. Daniel pesquisava o horário do Eclipse, em que país aconteceria, e Alex calculou a diferença pelo fuso horário. Enquanto Jô e Lucy treinavam as palavras. Precisavam falar tudo, por três vezes, e não era um feitiço simples. Elas começariam às 17:05 daquele dia.

O Eclipse duraria cerca de 7 minutos. Este é o tempo que elas teriam para terminar o feitiço e trazer Bonnie de volta, qualquer erro, perderiam o evento e teriam que aguardar um seguinte. Elena e Caroline estavam apavoradas. Jeremy permanecia num canto, e quem olhasse com atenção, percebia que ele estava cochichando. Certamente, com a própria Bonnie.

— Será que não poderíamos trazer o Ric de volta, também? – ele questionou, curioso. – Já que depois irá um casal…

Jô se atentou ao pedido, mas, continuou concentrada em fazer sua parte. Havia prometido que traria a bruxa, qualquer outro iria além do que planejava e não queria gastar energia desnecessária respondendo.

— Seria perfeito. – Elena se juntou ao coro – Quer dizer, um casal por outro. Não?

Todos olhavam atentos para as bruxas que continuavam entoando o feitiço, sem responder aos Gilbert. Eles continuaram aguardando. Alex cronometrava o tempo. Até que conseguiram sincronizar. Estava pronto. Tinham ainda um minuto sobrando caso algo desse errado.

— Meus queridos, eu gostaria muito de dizer-lhes que seria possível. Mas, já estamos quebrando as regras aqui, trazendo a menina. Silas e Amara não deveriam estar neste plano há tempos. E, uma vez que se vai, não tem retorno. O rapaz caçador já é a exceção. Eu sinto muito, mas, não podemos trazer seu amigo de volta.

Damon estava calado, mas, ficou esperançoso. Tudo que ele mais queria, além de ter Elena, era seu amigo de volta. Mas, estava acostumado a perdas. Apenas, se conformou.

— Então, todos prontos, podemos ir até o local, certo? – Ele disse, finalizando. - Ainda não entendo porque todos precisam ir.

Katherine quase fez coro, mas, calou-se ao olhar reprovador de Adrienne e lembrou do que ela disse. Preferia ficar em casa, lendo, tomando banho, fazendo qualquer coisa diferente, mas, se rendeu.

Se dirigiram todos à gruta que dava acesso aos corredores subterrâneos. Elena teve um tremor, a última vez que esteve ali, fugia de Rebekah. Foi quando Damon transformou a mãe de Bonnie, por causa dela. Sempre ela. Suspirou pensando se um dia ia deixar de perder as pessoas que ama.

Chegaram ao local. Jeremy seguiu com as duas bruxas. Já passavam de 16:30, e era só aguardar. Estavam todos ansiosos. Elena, Caroline, Jeremy e Stefan, aguardavam a volta de Bonnie. Damon apenas queria que isso terminasse logo, Adrienne, Alex e Danny sentiam o mesmo, mas, apenas porque Jô estava envolvida. Eles se preocupavam com ela utilizando tanta força, com a idade avançada. Ainda bem que Lucy era jovem e também uma bruxa Bennet.

Adrienne sabia que era importante ter alguém da linhagem do local. Jô não era, veio da França ainda pequena. Não era descendente das de Salém. Sua magia não era essencial naquele local. Tinha força em Whitmore pois criou raízes, mas, em Mystic Falls, por mais mágico que fosse, não era o seu lugar. Ela estava preocupada com a velha guardiã.

Enfim, o relógio marcou o horário do Eclipse. Jô e Lucy se prepararam. Assim que o ponteiro apontou elas começaram a entoar o feitiço ensinado por Silas. A primeira frase saiu leve, como se conversassem entre si, a segunda já começou com um peso, como se o ar ficasse rarefeito. Continuaram.

Os vampiros que ficaram de fora, sentiram o peso da respiração. Se olharam assustados, mas, continuaram por ali. Queriam acompanhar de perto, caso houvesse algo.

As bruxas começaram então a entoar pela terceira vez. Uma luz envolveu o ambiente, e formas começaram a surgir. Era como se a camada que separa os mundos fosse quebrada. Elas diziam as palavras, mas, o feitiço precisava levar o nome de quem voltaria. Uma forma começava a criar corpo. As palavras fluíam na boca das bruxas. Jeremy podia vê-la, todos podiam vê-la. Bonnie estava se materializando. Ele quase podia tocá-la. Então, antes de finalizar, Jô enfraqueceu. Katherine, a única humana correu pra dentro pra ampará-la.

Jeremy percebeu que Bonnie voltou a desaparecer. Os rostos desesperados. Precisavam de tempo pra começar de novo. Jeremy ajudou Jô a se reposicionar e ela voltou a entoar o feitiço com Lucy. Ainda tinham tempo. Treinaram pra isso. Alex cronometrou o feitiço 2 vezes em 7 minutos. E ainda sobrou tempo. Iriam conseguir. Começaram de novo.
A primeira frase, novamente. E tudo calmo. A segunda frase, e novamente, tudo foi tomando forma. Começaram novamente a terceira. Bonnie reaparecia com um sorriso, todos a viam. Jeremy ancorava Jô. Bonnie estava perto dos dois. Como se ela colocasse sua força vital na velha bruxa.

Faltavam apenas três palavras e o nome. Era latim, ninguém além de Jô e Adrienne entendiam aquilo. Adrienne estava tensa. Segurava a mão de Daniel e Alex, que ainda cronometrava. Tinham tempo. Mas a preocupação era se Jô ia aguentar.

— Venha Bonnie! – as bruxas finalizaram! Jô conseguiu terminar e se mantinha de pé. Tirou forças da terra. Sabia como fazer quando precisava. Se dirigiu à saída, apoiada a Katherine.

Bonnie abraçava Jeremy, ansiava por isso. E ele a agarrava com força. Ela deu a vida pela dele, não tinha como agradecer.

Lucy estava bem e abraçou Bonnie também, dando-lhes as boas vindas. E se juntou aos demais, na saída. Se aproximou de Jô, pra ajudar na recuperação das forças. Aproveitaram que estava no subterrâneo para usar a terra para se recuperar. Adrienne e Alex ajudavam elas. Daniel vinha atrás.

Bonnie foi em direção às amigas. Saiu da gruta direto pro abraço de Caroline e Elena, que se acabavam em lágrimas.

— Deu certo! Temos você de volta! – Caroline gritava e pulava.

Bonnie se desvencilhou das duas e abraçou Stefan, agradecendo. Ela viu que sem os novos amigos dele, jamais conseguiria. Se afastou e apenas acenou para Damon, com a cabeça. E voltou a abraçar Elena e Caroline. Saíram todos dali, indo direto pra mansão, comemorar.

* * *

Após todos saírem, num canto da gruta, uma figura contorcida, tomava forma. Ninguém percebeu a presença. Na primeira entonação do feitiço, deu um jeito de distrair a todos e conseguiu sair. Estava fraca, achou a brecha, mas, não era o seu nome que estava sendo dito. Ficaria ali por um tempo, até se recuperar. Mas, não importava, estava livre agora e ia se vingar!


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