— O que é impossível? – Stefan pergunta, afoito.

O telefone de Adrienne toca. O de Elena também, com Jeremy avisando que Bonnie descobriu como achar a âncora.

— Vamos. – Adrienne, tenta esquecer do assunto. Mas, Klaus, a questiona.

— Você está me escondendo alguma coisa! É impossível! Emily menciona os Boucher, sendo que ela nasceu séculos depois. Como ela poderia saber disso? Ela estava…

— Você nunca vai saber! – Adrienne o confronta.

— Você sabe que eu vou descobrir! – Klaus se volta furioso pra ela.

Os dois se encaram e começam a se transformar e Caroline intervém.

— Hey, estamos em público, parem já os dois. Depois resolvemos isso, Klaus. Vamos!

Ele cede, rosnando para Adrienne que é puxada por Stefan. Elena e Damon só assistem, próximos ao carro. Stefan pede que Elena vá na frente com Damon, e tenta acalmar Adrienne no banco de trás.

— Quem são os Boucher, Adrienne, e porque Klaus está assim?

— Adelle, Stefan. É a família dela, ou melhor, descendentes. Eles me ajudaram no feitiço de ocultação quando fugi dele. E ele prometeu se vingar de toda a linhagem dela!

— E ele fez isso? – Elena perguntou intrigada.

— Não! Demos um jeito de fazer com que eles mudassem de nome e local. Eu realmente não sei como Emily descobriu a linhagem. É impossível. – respondeu, incrédula.

— Katherine sabia disso, dessa mudança de sobrenomes? – Stefan perguntou.

— Claro que ela sabia... Não, Stefan, ela não faria isso… Faria? – Adrienne questiona atordoada.

— Se isso desse alguma vantagem a ela, faria! – Elena responde de imediato.

— Bom, ao menos isso não foi espalhado. Senão, ele teria exterminado todos os descendentes, e eu sei que ele não fez.

— Como você pode ter certeza disso? – Damon ficou curioso.

— Porque eu conheço alguns Boucher vivos, ora. Por que mais?! – Adrienne responde. – Mesmo assim, ela pode ter descoberto depois, já que aparentemente, pelos escritos, já havia ocorrido o incidente na cidade de vocês e ela e Katherine já tinham se separado. Emily era uma bruxa muito esperta, e o tempo que passou com Katherine a ajudou ainda mais a descobrir coisas que nem imaginávamos. Jamais ficamos sabendo o motivo de Katherine ser uma cópia da minha bisavó…

— Sua bisavó? – Elena e Damon perguntaram ao mesmo tempo, assustados. Damon deu uma freada que quase os fez voar pelo parabrisa. Os dois olharam pra trás, aguardando a explicação. – Você é bisneta da Tátia? – Elena continuou.

— Stefan, você não contou a eles? – ela perguntou, docemente.

— Er… não. Não achei relevante.

— Não achou relevante? Stefan, desde quando você sabia? Tinha que ter nos contado! – Damon, questionou irritado.

— É, por quê? O que isso ia mudar as coisas? Já descobrimos que as cópias podem nem ter ligação consanguínea. Anda Damon, dirige, precisamos chegar logo na mansão.

— Calma, gente! Não tem muito tempo que ele sabe. Agora vocês também sabem, pronto. Sou bisneta da Tátia, Klaus achou que eu era mais uma cópia, por isso se aproximou e deu nisso. Após centenas de anos, ele descobriu outra cópia, dessa vez real. Realmente, era confuso pensar que a cópia nasceu na Bulgária, se nenhum membro da minha família esteve lá, então, faz sentido que as cópias, realmente, não tenham ligação de sangue. Mas, naquela época era tão comum enviar filhos bastardos pra outras famílias criarem que achamos essa possibilidade válida. Mas, enfim, Elena pode ou não ter ligação sanguínea comigo. Mas, a chance é bem remota.

Damon seguiu caminho, se aproximando de Klaus novamente, e chegando logo em seguida à mansão. Jeremy já aguardava, com Katherine e Lucy. Alex e Danny ainda não tinham retornado do acampamento.

— Muito bem, pequeno Gilbert, que informações você tem pra nós? – Klaus pergunta, assim que entra, seguido dos demais.

— Bonnie localizou a âncora, mas, a notícia não é boa, está na América do Sul. Parece que foi levada pra alguma ruína Inca, ela não identificou exatamente. – Jeremy diz.

— E quanto ao feitiço de petrificação, Lucy tem como fazê-lo? – Elena questiona. 

— Não. É preciso muito poder pra um feitiço desse, e infelizmente, eu não tenho. Teria que canalizar muita força, e acabaria em sacrifícios. Acredito que nem os 13 seriam suficientes pra isso. Bonnie estava usando magia antinatural. E, eu não vou me submeter, de forma nenhuma! - Lucy respondeu convicta.

Jeremy e Elena tentam convencê-la a ao menos tentar, mas, ela permanece resoluta. Damon então, tenta persuadir de outra forma, e avança no pescoço dela. Ela, faz um pequeno movimento com a mão, tentando se livrar.

— Damon! – Elena grita após começar a pegar fogo! Stefan, Adrienne e Caroline tentam apagar. Damon aperta mais o pescoço da bruxa, e dessa vez é Stefan quem grita o nome do irmão. O fogo em Elena aumentou e Stefan também foi atingido. Damon olha furioso para os dois.

— Damon, solta ela! – Caroline berra, ainda tentando apagar Elena.

— Existem outras formas de atingir um coração, Damon. Você pode escolher. – Lucy balbucia.

Damon cede e solta ela. Imediatamente, ela faz o fogo cessar. Stefan e Elena se recuperam.

— Você não precisa machucar ninguém pra conseguir as coisas, Damon. Basta ter um pouco de paciência. – Adrienne diz, irritada, tentando levantar Stefan.

— Ah, claro, foi assim que a sua amiguinha sempre conseguiu tudo na vida dela, não é?! – Ele responde, indignado.

— Ela eu não sei, mas eu sim. Meu passado não é bonito. Não me orgulho dele. Mas, no momento que eu passei a respeitar as pessoas, ganhei respeito de volta! Você deveria tentar. – ela continua. – Aliás, vocês dois! – e aponta pra Klaus, que estava parado num canto.

— Mas, ora, estava demorando pra ser atacado. – ele diz, em tom de deboche. – Gostaria de lembrar que estou aqui pra ajudar, ok?!

— E permanece sem fazer absolutamente nada a não ser ameaçar! – ela responde de volta.

— Vocês não vão começar de novo, não é?! – Caroline inflama. – Ou vocês aprendem a conviver, ou é melhor cada um ir pra sua casa. Já temos muitos problemas aqui pra ficar lidando com briguinha de casal mal resolvido!

Os dois se calam, abaixam a cabeça, quase se desculpando com ela. Que, num rompante, nem acredita que deu uma bronca em dois vampiros infinitamente mas fortes e mais velhos que ela.

— Muito bem, obrigada! Ok, precisamos pensar numa forma de neutralizar Silas e trazer a Bonnie de volta, sem mais mortes e sacrifícios! – ela finaliza.