— Incrível! Eu me ausento e vocês deixam essa confusão se instalar. A bruxa Bennet morta, o feitiço quebrado, Elena em vez de tomar a cura, enfia na garganta da Katherine, Stefan sai de casa. E, pra completar, minha irmã na Europa com o garçom! Como vocês conseguem ser tão atrapalhados?

— Klaus!

— O que foi, Caroline? Estou falando alguma mentira?

Ela tentou protestar, mas, precisou concordar, as coisas aconteceram de um jeito que eles não conseguiram prever e por isso, estavam tão perdidos.

— De qualquer forma, vamos ver o que poderemos fazer para acabar de uma vez com essa ameaça. Silas não pode continuar vagando pela cidade. Isso foge dos meus planos.

* * *

Katherine chegou ao cemitério pontualmente às 15h. Parou em frente a tumba dos Fell. Ainda não tinha entendido porque precisava ser ali. E aguardava a chegada do imortal.

O combinado era aguardar e assim que ele chegasse, ligar para Adrienne, que estava impaciente. Já se passavam 15 minutos e nenhuma ligação. Ela, nervosa, enviava mensagens. “nenhum sinal, continuo sozinha”, Katherine respondia.

Sentada por meia hora, no chão do cemitério, ela ouviu passos. Levantou-se pra ver, ninguém se aproximava. Olhou em volta, tinha certeza de ter ouvido alguém pisando na folhagem. Seu ouvido humano a enganara. Virou-se, pra sentar-se novamente e ouviu de novo.

— Avise aos seus amigos que já está comigo, Katherine! - Silas chegou por trás, assustando-a.

— Eu… ahn… você… é você mesmo?

— Pode avisá-los. Não será hoje que eles vão me capturar, mas, eu tenho uma proposta, e quero que todos saibam.

Katherine fez o que o imortal pediu, chamando-os para o cemitério, já que ele sabia que estavam por perto. Com todo o roubo de sangue, havia se alimentado e estava forte o suficiente para captar a presença deles, mesmo à distância. Silas permaneceu dentro do sepulcro com Katherine, até que todos chegassem. Ela estava estarrecida, não sabia o que pensar, se estava em perigo, se estava salva, ou o quê.

Quando todos chegaram, eles saíram. Silas apareceu para todos causando espanto. Era Alaric ali. Eles sabiam que era mais uma ilusão, mas, pra Elena, Damon e Jeremy, trouxe dor e saudade.

— Desculpem usar este rosto comum a vocês, mas, ainda não é hora de mostrar o meu real. Porém, houve uma mudança em meus planos. E, mesmo sabendo que a intenção era me matar pra trazer a bruxinha de volta, proponho uma troca.

— Não vamos negociar com você, seu psicopata! - Damon retruca.

— Não existe a menor chance de darmos ouvidos a você! - Jeremy inflama.

Silas se aborrece e ameaça. - Caçador, não posso te controlar, mas, ainda posso controlar os vampiros, e tem muitos por aqui, portanto, não me provoque. E, mesmo os seus 13 bruxos, com todo o poder deles, não posso controlá-los, mas, eles também não conseguem me derrotar. Vocês podem me ouvir e me ajudar, ou morrer tentando me matar. Podem escolher.

Jô interfere na briga. Realmente, mesmo com todo o poder, Silas é psíquico e está mais forte. Não há nada que eles possam fazer contra ele. Nem mesmo possuem o feitiço de petrificação. Ela pede calma e pede que ele continue.

— Muito bem, como vocês já sabem, a única coisa que eu pretendia era destruir o véu e morrer em paz, pra encontrar com minha Amara. Porém, isso não será necessário.

— Como assim, não será necessário? - Damon desconfia.

— Não será mais. Fui ludibriado, Amara não está morta, e se tornou um ser sobrenatural, assim como eu. Só preciso achá-la e tudo será resolvido. - Ele continuou calmamente, enquanto todos prestavam atenção.

— E quanto a Bonnie? - Elena pergunta a Jô, quase sussurrando.

— Vamos aguardar ele terminar pra saber onde isso vai chegar, se for necessário, tentaremos a petrificação novamente. - Jô respondeu no mesmo tom.

— É aí que preciso de ajuda. Não sei onde ela foi escondida. Preciso da amiga de vocês que está do outro lado.

— E por que você acha que nós vamos te ajudar, depois de tudo que você nos fez? - Caroline resolve reclamar.

— Porque eu sei como trazê-la de volta!

Elena e Jeremy viram um brilho de esperança, e ficaram mais atentos aos planos de Silas, enquanto os 13 bruxos achavam pouco provável. Jô se adiantou.

— E como você pretende nos convencer que isso é possível?

— Eu já sei que vocês descobriram uma brecha, e estavam dispostos a trocar a minha vida pela dela. Porém, obviamente, eu derrubaria o véu antes disso acontecer. Mas, eu sei o feitiço que pode trazê-la, pela mesma brecha, sem que ninguém precise ser trocado. Faremos o feitiço, quebramos a defesa e ela passa.

— E o que você quer em troca? Porque é óbvio que isso tem um preço! - Jeremy se manifestou.

— Ela precisa me trazer a informação de onde está a âncora. - Ele mantém o mistério, como sempre.

— Âncora? Do que você está falando, precisamos ir atrás de algum navio? - Damon diz, tentando entender.

— Peça a ela, caçador, que busque informações. Alguém do outro lado, deve saber. Ou ter ouvido algo sobre. Diga a ela pra ser rápida. O Eclipse é amanha, então, sugiro que ela corra.

Jeremy sabia que Bonnie estava por ali, aguardando que tudo se resolvesse e só confirmou se ela tinha ouvido.

— Agora, vocês, vampiros e caçador, estão dispensados. Os adultos irão conversar. - Silas diz, influenciando-os, pra se reunir com os bruxos.