Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 43
Running Up That Hill




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— Nik, não precisava ser desse jeito. Você tinha escolha, e você podia ter me contado a verdade antes que eu descobrisse. – Adrienne continua.

— Você não me deu nem chance de me explicar. – Klaus quase sussurra, abaixando a cabeça.

— Não tinha o que explicar. Você me usou, achando que eu era a cópia, me obrigou a casar com alguém que eu não amava pra poder ter minha descendência, e depois, usou a Katherine também. E, como se não bastasse, se vingou de toda a família dela por ela ter fugido da morte certa. Você me traiu da pior forma possível! Mentindo, abusando da minha confiança! Eu te odiei por isso!

— E, resolveu se vingar ajudando ela por toda a vida?

— Eu ajudei ela porque não poderia mais me ajudar!

Klaus abaixa a cabeça. Aquelas palavras soaram fino como uma lâmina cortante. Passou mais de 500 anos odiando aquela mulher na frente dele, por tê-lo abandonado, mas, no fundo ele sabia que o erro era só dele. Jamais admitiria isso. Não podia admitir que estava errado. O amor o tornava fraco, e ele jamais seria fraco.

— Você me abandonou! Eu nunca vou te perdoar por isso! – ele fala com raiva nos olhos.

— Você me abandonou primeiro! Se alguém tem que ser perdoado, não sou eu! Quando eu mais precisei de você, quando eu estava desesperada, corri atrás de você naquela colina, sendo obrigada a me casar com outro! Você me abandonou! Eu amava você. Você, Niklaus! – Adrienne se alterou, tinha isso engasgado por quase um milênio. Chorava e lembrava do dia de sua morte. – A culpa foi sua! Eu morri e matei aquele homem, por culpa sua!

Ela desaba sentando no sofá. Aos prantos. Stefan, de dentro da biblioteca, faz uma menção que vai sair, Damon o segura.

— Você não vai fazer isso, não vai se meter. Eles ainda não acabaram.

— Eu não posso deixá-la assim, Damon.

— Stefan… não se meta agora!

Ele desiste, e permanece, inquieto e impaciente, aguardando o fim da conversa. Klaus se aproxima da vampira, abaixa, se ajoelhando de frente pra ela, tirando suas mãos do rosto, molhado de lágrimas.

— Eu… ahn… Eu jamais me desculpei por nada nessa vida, mas… Você tem razão, tudo o que aconteceu, foi culpa minha. Eu não deveria ter me aproximado de você naquela colina. Não era pra você me conhecer. Mas, não pude resistir à minha curiosidade e… – ela olhava pra ele, como antes, com o olhar doce e brilhante, os olhos e rosto molhados, mas, ainda era linda, assim como quando ela o deixou. Klaus respirou fundo, passou a mão no rosto dela, tentando secá-lo. – passava os dias, depois daquele seu aniversário, esperando pra ver o seu sorriso.

Ela olhou pra ele e disse baixinho, abaixando a cabeça novamente:

— Eu te amava mais que a minha própria vida. Um pedido de desculpas e eu voltaria pra você sem pensar.

— Eu… – ele abaixou a cabeça, quase se desculpando, mas as palavras não saíam.

A porta se abriu, Jeremy entrou empolgado, interrompendo o diálogo. Tinha ido ao local onde seria feita a troca, e ainda não tinha voltado. Klaus ao perceber sua entrada, se vira, pra que o menino não o veja chorando.

— Desculpe, eu… – Jeremy fica desconcertado – Onde estão os outros?

— Na biblioteca. – Adrienne responde apontando e secando suas lágrimas também.

O Caçador se desculpa novamente, e segue pra biblioteca.

— Acho que atrapalhei alguma coisa, o que tá acontecendo ali?

— 500 anos de história, Jenjen. – Katherine responde.

Os ouvintes na biblioteca mal podiam acreditar, não ouviram direito, mas poderiam jurar que Klaus estava prestes a se desculpar. Katherine pergunta o que houve, Stefan diz. Ela pula da cadeira.

Elena olha com os olhos arregalados para Caroline, que tentava não chorar. Damon andava de um lado pro outro sem se conformar. O Vampiro mais poderoso do mundo se desculpando como uma garotinha frágil.

“Mas, quem sou eu pra julgar, estou trancado numa sala, com um bando de adolescentes, pra poder salvar a amiga adolescente da minha namorada adolescente. O Amor… esse bastardo que acaba com a gente!” Ele pensava.

— Stefan, você tem certeza que ouviu isso? – Katherine pergunta incrédula.

— Não, certeza eu não tenho, pareceu. Mas, você acha tão impossível assim, afinal?!

— Não sei… é o Klaus, Stefan… e… Bom, é o Klaus, ele jamais se desculpa!

— Talvez, o Klaus que não se desculpava era aquele de antes. Talvez, esse de agora, que salva nossas vidas, que vem ajudar depois de um telefonema, talvez esse seja capaz! – Caroline se levanta defendendo o Original.

— Sim, Caroline tem razão! Ele já mostrou várias vezes que tem mudado. – Elena concorda com a amiga.

Enquanto eles tentavam entender o que havia na sala, Klaus ainda segurava as mãos de Adrienne, agachado de frente pra ela. Mas, com a interrupção, acabou desistindo. Se levantou depressa, secou o rosto, e se afastou.

— Vamos ao que interessa. – Se levantou depressa, secou o rosto, e se afastou, indo em direção à Biblioteca. – Acabou o show, vocês podem sair agora. Afinal, o que está acontecendo aqui, por que precisam saber onde minha mãe fez o feitiço?

Caroline se antecipou contando os planos. Explicando o que Silas queria e o que eles pretendiam fazer. E, apesar de um tanto cético, Klaus se propôs a ajudar, queria o Imortal fora de cena o mais rápido possível, tanto quanto todos ali. Enquanto Caroline explicava, Katherine seguiu para o cemitério, foi na frente sozinha, os demais, iriam depois.


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